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CAPÍTULO V – APLICAÇÕES DO MODELO E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

5.5 Simulação do Modelo para o Estado Natural

Essa aplicação teve o intuito de verificar como estaria acontecendo o balanço natural do subsistema, caso não houvesse explotação, para o período de julho a outubro de 2009, objetivando quantificar o volume de água da descarga natural do subsistema modelado. Esta descarga natural é importante para a gestão de recursos hídricos, pois está associado à disponibilidade de água subterrânea (ALBUQUERQUE e REGO, 1999).

Nessa simulação foram feitas algumas considerações para a obtenção do estado natural do aquífero Beberibe. A primeira corresponde a admitir que o divisor de água com cargas hidráulicas mais altas (Figura 43) corresponde aos resquícios do sistema natural anteriormente à explotação. A segunda corresponde à consideração da descarga natural do subsistema confinado ocorrer no final da plataforma continental com carga hidráulica constante e nula. Portanto, foi estabelecida a relação linear para obtenção das cargas hidráulicas em cada célula do modelo, a partir da carga do divisor de água obtida do diagnóstico atual do subsistema confinado (Figura 44).

Figura 43 – Cargas hidrául localização das carga

Figura 44 – Esquema pa

ráulicas calculadas pelo modelo matemático, em argas correspondente aos resquícios do sistema

a para obtenção das cargas hidráulicas no estado subsistema.

74 , em destaque a ma natural.

75 As relações apresentadas nas equações seguintes foram utilizadas para o cálculo das cargas no contorno para o sistema no estado natural.

D c D C Dist xDist Ch Ch = Equação 22 D ta c D CCosta Dist xDist Ch Ch = cos Equação 23 Onde:

Chc = Carga hidráulica no contorno(m); ChD = Carga Hidráulica no divisor de água(m);

Chccosta = Carga Hidráulica no contorno da costa litorânea(m); Distc = Distância contorno do até o final da plataforma (m); DistD = Distância do divisor de água até o final da plataforma (m); Distccosta = Distância do contorno da costa até o final da plataforma (m);

As condições iniciais importantes dados de entrada no modelo matemático para o regime transitório foram obtidas a partir da simulação do modelo para o regime permanente. Na simulação do regime permanente as cargas hidráulicas foram inseridas nas células fixas no contorno (A) e (C) da área modelada cujos valores foram obtidos a partir das relações das equações 22 e 23 acima descritas para o mês inicial, julho de 2009. As cargas fixas em destaque na Figura 45 foram assim definidas com intuito de especificar o valor da carga hidráulica no divisor de água. Com essa simulação em regime permanente, as cargas hidráulicas calculadas pelo modelo matemático foram inseridas como condições iniciais para o regime transitório.

Figura 45 – Células de cor az As Figuras 46 e 47 confinado no estado natura se esperar, pelo modelo con para toda a área. A realizaçã descarga para os meses d confinado encontra-se sem uma vez que o subsistema c 4.184.000 m³ para os meses

Figura 46 – Perfil EF – Carg julho

r azul, cargas especificadas (fixas), para o regime 47 apresentam as cargas calculadas para tural. Verifica-se que o fluxo subterrâneo ocorr conceitual, do interior para o litoral sem nenh ização dessa simulação permitiu a quantificação s de julho a outubro de 2009, uma vez que em explotação. Sendo este o volume possível ma confinado encontra-se sem explotação. Esse eses de simulação do modelo matemático.

Cargas calculadas pelo modelo matemático para lho e outubro de 2009 (estado natural).

76 gime permanente.

ara o subsistema corre como era de enhuma influencia ação do volume de que o subsistema ível de explotação, Esse volume foi de

Figura 47 – Perfil GH – Carg julho O diagnóstico realiza que a explotação por poço julho a outubro de 2009. Es mesmo subsistema (4.184.0 a descarga natural for retira Desta forma, a rec causando um déficit hídrico aquífero na região, o que re longo do tempo, o que já se Marés, que na época de sua encontra-se com nível estát proteção das áreas de rec dentre outras, devem ser ut preservados os recursos h modelado.

Os valores encontrad avaliação condicionada aos parcela do ciclo anual de

Cargas calculadas pelo modelo matemático para lho e outubro de 2009 (estado natural).

alizado para a situação atual do subsistema conf oços totaliza um volume de 6.429.400 m³ par . Este é um valor superior ao volume da desca 4.000 m³), indicando a ocorrência de uma supe tirada como disponibilidade máxima do aquífero

recarga natural não repõe o volume de ág rico que resulta na diminuição dos níveis poten e resulta em um rebaixamento dos níveis poten á se observa em alguns poços. É o caso do poço sua perfuração apresentava-se como jorrante stático abaixo do nível do mar. Portanto, medi recarga, observação da capacidade de recarg

r utilizadas pelos gestores de recursos hídricos s hídricos, em particular os subterrâneos pa

trados nessa simulação devem ser vistos como aos poucos dados disponíveis e abrangendo l de recarga, circulação e descarga. Com a

77 para os meses de confinado mostrou para os meses de escarga natural do uperexplotação, se ífero. água explotado, tenciométricos do tenciométricos ao oço da CAGEPA em nte e, atualmente, edidas tais como: carga do aqüífero cos para que sejam para o aquífero

omo uma primeira endo apenas uma a expansão do

78 monitoramento deverão ser obtidas séries mais longas, de observação plurianuais, que darão maior confiança aos resultados do modelo. Contudo, a situação representa muito bem os resultados atuais e serve de alerta para se evitar as consequências advindas da superexplotação detectada.

Um das maneiras, que podem ser utilizadas pela gestão de recursos hídricos para o controle das emissões de outorga de direito de uso dos recursos hídricos existente no subsistema confinado, é a integração da Política Estadual de Recursos Hídricos com a Política Nacional de Saneamento Básico - Lei Federal nº 11.445-(BRASIL, 2007), visto que em seu art.45, segundo parágrafo, a Lei de Saneamento básico determina que não poderá ser utilizado nenhuma outra fonte de água, se o local estiver ligado a rede pública de abastecimento. Deste modo, devem ser fiscalizadas as outorgas já existentes para averiguar essa integração.

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