• Nenhum resultado encontrado

4. RESULTADO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.9 Análise Geoambiental

4.9.2 Sistema Baixo Jaguari

O Sistema Baixo Jaguari caracteriza-se por estar em porções de médias altitudes, na porção geomorfológica da Depressão Periférica do RS. Este sistema geoambiental, distribui-se em declividades entre 2 – 5% (Unidade Arenitos Botucatu e Guará e Unidade Sanga do Cabral), e maiores que 15% (Unidades Morrotes). Predominam-se colinas suavemente onduladas, com a presença de Morrotes, que caracterizam os morros testemunhos.

O Sistema Baixo Jaguari apresenta a predominância de solos bem drenados e profundos, mas que apresentam baixa fertilidade natural (Argissolos), influenciando na produção agrícola e consequentemente refletindo na predominância dos campos. Além dos Argissolos, os Latossolos também estão inseridos nesse sistema geoambiental, mas em menor proporção de área.

A Unidade Arenitos Botucatu e Guará, situada próximo ao rebordo, caracterizam-se pelos processos e formas semelhantes. Devido às estruturas e a textura dos grãos médios, esta unidade é susceptível aos processos erosivos, de maneira acelerada. Com isso, os canais de drenagem transportam mais sedimentos em seus leitos, acarretando em depósitos de sedimentos em áreas mais planas do canal principal.

A Unidade Sanga do Cabral, caracteriza-se pela presença de arenitos finos, com intrusões de micas. Esta unidade situa-se em declividades entre 2 – 5%, influenciando na velocidade de fluxo do canal principal. O tipo de solos influencia do uso e ocupação do relevo, sendo que os Argissolos apresentando baixo índice de fertilidade conforme Streck et al, 2002, resultam na grande extensão de campos pela unidade geoambiental.

Vale ressaltar, que em menos proporção, há cultivo da plantação de arroz, próximo ao leito do rio principal, aproveitando regiões de várzea do canal de drenagem.

A Unidade Morrotes, situada em pequenas áreas ao sul da BHRJ, caracteriza- se por declividades acima de 15%, descrevendo a presença de Morrotes isolados. Esses Morrotes isolados caracterizam o recuo do Planalto.

Nesta unidade geoambiental, distribui-se vegetação arbórea, caracterizando as mesmas condições físicas do rebordo do planalto, que também apresenta vegetação arbórea em sua superfície.

4.9.3 Sistema Ibicuí

O Sistema Ibicuí caracteriza-se por estar em porções de baixas altitudes, na porção geomorfológica da Depressão Central do RS. Este sistema geoambiental distribui-se em declividades menores que 2%, caracterizando a Unidade Áreas Planas.

O Sistema Ibicuí a predominância de solos profundos e bem drenados (Argissolos), e solos mal drenados encontrado em área de várzea, com relevo plano e suave (Planossolos). O relevo nessas condições, apresenta fatores favoráveis a cultura de plantação de arroz, nas áreas de várzea do Rio Jaguari. As rochas sedimentares encontradas nesse sistema, estão associadas à áreas de depósito de sedimentos próximo a foz do Rio Jaguari.

44

5. CONCLUSÃO

A realização do estágio foi importante por possibilitar, aplicar na prática, muito dos conceitos estudados em sala de aula durante o curso Técnico em Geoprocessamento, assim solidificando o conhecimento adquirido.

Na realização das atividades de estágio, o aluno intensifica os estudos relacionados a temática que está trabalhando, refletindo assim, em um melhor preparo para o mercado de trabalho.

O Geoprocessamento surge neste momento, em que o aumento da exploração dos recursos naturais está intenso, trazendo ferramentas que possam minimizar esses impactos negativos, através de dados georreferenciados.

Ao definir os sistemas geoambientais, podem-se entender os processos naturais a partir das correlações entre geomorfologia, litologia, tipos de solos, uso e ocupação da terra e a hidrografia, sendo essas temáticas abordadas e discutidas no decorrer do trabalho.

Portanto, a Análise Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari cumpriu o objetivo de caracterizar os elementos físicos do relevo, para entender os processos naturais existentes na bacia hidrográfica, e caracterizá- los de forma clara e objetiva.

6 REFERÊNCIAS

ALVES, J.M.P.; CASTRO, P.T.A. Influência de feições geológicas na morfologia da bacia do rio Tanque (MG) baseada no estudo de parâmetros morfométricos e análise de padrões de lineamentos. Revista Brasileira de Geociências, v. 33, n. 2, p. 117-127, 2003.

ATTANASIO, C.M. Planos de manejo integrado de microbacias hidrográficas com uso agrícola: uma abordagem hidrológica na busca da sustentabilidade. 2004. 193p. Tese (Doutorado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura “Luis de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004. BARRELLA, W. et al. As relações entre as matas ciliares os rios e os peixes.In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. BORSATO, F.H; MARTONI, A.M. Estudo da fisiografia das bacias hidrográficas urbanas no município de Maringá, estado do Paraná.rev. Acta Scientiarum. Maringá - PR.v.26, n.2,p 273 – 285.2004.

BOTELHO, R. G. M. Planejamento Ambiental em Microbacia Hidrográfica. In: Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações/ Antônio José Teixeira Guerra, Antônio Soares da Silva, Rosângela Garrido Machado Botelho (organizadores) – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

CAZULA, L. P; MIRANDOLA, P.H. cuencas hidrográficas – conceptos y La importância de La planificación de La unidad: um ejemplo aplicado a La cuenca hidrográfica Del Ribeirão Lajeado/SP-Brasil. Revista Eletronica da Associação dos Geógrafos Brasileiros. Tres Lagoas. Mato Grosso do Sul. Nº 12, Nov. 2010.

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS – CPRM. Mapa geológico do Estado do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: CPRM, 2006. Escala: 1:750.000.

DE NARDIN, D,; ROBAINA, L. E. S. Zoneamento Geoambiental no Oeste do Rio Grande do Sul: um Estudo em Bacias Hidrográficas em Processo de Arenização. In: 7º Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Geoambiental. Maringá: Anais, 2010.

FIORI, A. P. Metodologias de Cartografia Geoambiental. In: Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Geoambiental, 5., 2004. Anais... São Carlos, 2004. GRECCHI, R.C. Zoneamento geoambiental da região de Piracicaba –SP, com auxílio de geoprocessamento. 1998. 132 f. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de São Carlos/USP, São Carlos. 1998.

HASENACK, H.; WEBER, E. Base cartográfica vetorial continua do Rio Grande do Sul. Série Geoprocessamento. Centro de Ecologia/UFRGS: Porto Alegre, 2010. 1 DVD.

LIMA, W.P.; ZAKIA M.J.B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES; R.R.; LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000. p.33-43.

MACHADO, R.A.S; LOBAO, J.S.B; VALE, R.MC; SOUZA, A.M.J. Análise morfométrica de bacias hidrográficas como suporte a definição e elaboração de indicadores para a gestão ambiental a partir do uso de geotecnologias. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.144

MENEZES, D. J. Atlas Geoambiental de São Pedro do Sul. 112f. Trabalho de Graduação. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011.

OLIVEIRA, T.P; SIMOES, S.J.C; TRANNIN, I.C.B; GOMES, F.C; BIGNOTTO, R.B. Implantação de um Sistema de Informação Geográfica aplicando um modelo de dados Geodatabase – proposta para a unidade de gestão de recursos hídricos da Serra da Mantiqueira. XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2011. p.1-11.

ROBAINA, L. E. S. et al . Atlas Geoambiental de São Borja. Santa Maria: Lageolam, 2006. v. 01. 59 p.

ROBAINA, L. E. S.; TRENTIN, R.; BAZZAN, T.; RECKZIEGEL, E.W.; VERDUM, R.; DE NARDIN, D. Compartimentação geomorfológica da bacia hidrográfica do Ibicuí, Rio Grande do Sul, Brasil: proposta de classificação. Revista Brasileira de Geomorfologia, v.11, n.2, p.11-23, 2010.

ROBAINA, L. E. S; TRENTIN,R; LAURENT, F; SCCOTI, A.AV. Zoneamento Morfolitológico da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí e sua relação com processos superficiais e o uso do solo. Revista Brasileira de Geomorfologia. V. 16, 2015. ISSN 2236-5664.

SCCOTI, A. A. V. Zoneamento Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí da Armada- Sudoeste do Rio Grande do Sul: Potencialidades e Susceptibilidade. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria, 2015. 148p.

SCHIRMER, G. J. Mapeamentos Geoambientais dos municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Nova Palma e Pinhal Grande – RS. Dissertação de mestrado. Santa Maria. PPGGEO-UFSM. 2012.

STRAHLER, A. N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. In: CHOW, Ven Te (Ed.).Handbook of applied hydrology: a compendium of water resources technology. New York: Mc-Graw Hill, 1964. Section 4-II Part II, 4-39 – 4-75.

48

TRENTIN, R.; ROBAINA, L. E. S. Metodologia para Mapeamento Geoambiental no Oeste do Rio Grande do Sul. In: Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 11, 2005. Anais... 2005.

TRENTIN, R. Mapeamento geomorfológico e caracterização geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Itu – Oeste do Rio Grande do Sul – Brasil. Tese (doutorado) Universidade Federal do Paraná – Programa de Pós-Graduação em Geografia. Curitiba, 2011. 215f.

TRENTIN, R; ROBAINA, L.E.S; SCCOTI, A.A.V. Determinação dos litótipos aflorantes na bacia hidrográfica do rio Ibicuí, RS. Geografia Ensino & Pesquisa, vol. 19, n. 2, maio/ago. 2015. ISSN 2236-4994.

VIESSMANN; KNAPP; HARBAUGH (1977), Introduction to hydrology, 2ª edição, New York, Harper and Row, 704 p.

Documentos relacionados