• Nenhum resultado encontrado

2.2 Sistemas de Avaliação

2.2.1 Sistema de Avaliação da Educação Superior na Argentina

“A regulamentação acerca da criação e

funcionamento de universidade privadas se modificou a partir da sanção da Lei de Educação superior.

Segundo o artigo 62 da Lei, as instituições universitárias privadas deverão ser constituídas sem fins lucrativos, obtendo personalidade jurídica como associação civil ou fundação; estas instituições são autorizadas por decreto do Poder Executivo, com caráter de funcionamento provisório por um período de seis anos, após apresentação de relatório favorável da CONEAU acerca da qualidade e domínio de sua proposta educativa, e com indicação das carreiras, graduações e títulos que a instituição pode oferecer e expedir. Após seis anos de funcionamento com reconhecimento provisório, a

instituição universitária pode solicitar o reconhecimento definitivo, o que será outorgado por decreto do PEN, após a apresentação de relatório favorável da CONEAU”. (LAMARRA, 2002, p. 69).

“No caso das instituições públicas de educação superior não-universitárias, foram muitas décadas primordialmente de jurisdição nacional; na década de 80 muitas foram criadas sob jurisdição das províncias e em 1993 foram transferidas para as respectivas províncias, conjuntamente com as escolas de nível médio.” (LAMARRA, 2002, p. 69).

“Em matérias de lei praticamente não estabelece normas, já que em seu artigo 15 determina que corresponde às autoridades jurisdicionais ditar as que dizem respeito a criação, funcionamento, modificação e suspensão destas instituições.Neste artigo, assim como em outros, estabelece pautas e critérios sobre aspectos acadêmicos, de títulos e planos de estudo e – assim como para as instituições universitárias – de avaliação de credenciamento” (LAMARRA, 2002, p. 74).

Portanto, “não possuem autonomia, como as [instituições] universitárias, razão pela qual as decisões, tanto de caráter político como técnico, são assumidas no nível de condução educativa central da província.” (LAMARRA, 2002, p. 75).

“As universidades privadas [como as públicas] estão incluídas no artigo 29 e seus incisos da Lei, razão pela qual gozam de autonomia acadêmica e institucional. Entende-se que esta autonomia é alcançada com o reconhecimento definitivo das universidades privadas, razão pela qual no período de reconhecimento provisório o regime de autonomia é restrito, porque estas instituições devem ser controladas pelo governo nacional, por meio de relatórios anuais que devem ser apresentados e pala supervisão dos respectivos organismos ministeriais, com relação a diversos temas de sua gestão institucional e acadêmica.” (LAMARRA, 2002, p. 76).

“As instituições não-universitárias não gozam de autonomia porque dependem institucional, acadêmica e administrativamente das autoridades educativas de cada jurisdição, geralmente por meio de direções provinciais de

educação superior. Em matéria de planos de estudo, devem se sujeitar aos lineamentos, em alguns casos, ou desenhos, em outros, curriculares de cada província. Por sua vez, este lineamentos devem responder, particularmente no que se refere à formação docente, aos Conteúdos Básicos Comuns estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação.” (LAMARRA, 2002, p. 76).

No que se refere às universitárias, o maior avanço estabelecido pela lei, e no decorrer destes últimos anos, talvez, seja o credenciamento de instituições e de programas de graduação e pós-graduação e a avaliação institucional. Igualmente, as novas universidades criadas na última década de 90 – tanto nacionais quanto privadas – em alguns casos, constituem-se em um modelo universitário alternativo, capaz de gerar novos critérios de gestão institucional e acadêmica.

Em 1995, a Lei de Educação Superior criou a Comissión Nacional de Evaluación y Acreditación Universitária – CONEAU, que possui funções, dispostas no quadro abaixo.

• C o o r d i n a r y l l e v a r a c a b o l a s e v a l u a c i o n e s e x e r n a s d e l a s in stitu cio n e s u n iv ers itá ri as, co m La p ar tic ip a ci ó n d e p are s ac ad ê mi co s d e r eco n o cid a co mp eten ci a;

• A c r e d i t a r l a s c a r r e r a s d e g r a d o c o r r e s p o n d i e n t e s a p r o f e s i o n e s re gu lad as p o r el Est ad o ;

• A c r e d i t a r l a s c a r e r a s d e p o s g r a d o , y a s e a n d e e s p e c i a l i z a c i ó n , ma es trí a o d o cto r ad o ;

• E x p e d i r s e s o b r e l a c o n s i s t e n c i a y v i a b i l i d a d d e l p r o y e c t o in sttu c io n al req u erid o p ar a q u e el M in it erio d e Ed u c ació n au to ri c e la p u est a en ma r ch a d e u n a n u e v a in stitu ció n u n iv er sit ari a n aico n al co n p o st erio r id a d a su cre a ció n p o r l e y d el Co n gr eso Na cio n al o el re co n o ci mi e n to d e u n a p ro vin ci al;

• P r e p a r a r l o s i n f o r m e s req u e rid o s p ar a o to rg ar o n o la au to ri za ció n p ro vi so ri a y el re co n o ci mi en to d e f in itivo d e la s in stitu cio n e s u n iv ers tar ia s p riv ad a s, a sí co mo lo s in fo r me s en b as e a lo s cu a le s s e e valú a an u al men t e el p erío d o d e fu n cio n a mi en to p ro vi so rio d e d ich as in stitu cio n e s;

• E x p e d i r s e s o b r e l a s p r o p u e s t a s p a r a l a c o n s t i t u c i ó n d e e n t i d a d e s p riv ad a s co n fin e s d e e v alu a ció n y a cr ed i atió n u n iv ers ita ri a en fo r ma p r eia a l a d eci sió n a l re sp e cto d e l M in is ter io d e Ed u c ac ió n .

Quadro 05: Funções do CONEAU.

Portanto o CONEAU está organizado em subcomissões que ocupam-se das quatro grandes áreas

a) Avaliação Externa;

b) Projetos (acreditação de instituições oficias e privadas)

c) Acreditação de Graduação; e d) Acreditação de Pós-Graduação.

La CONE A U ha asumido – em El marco

de los princíp ios de autonomia

univers itária y de lo e st ablecido por la Lay de Educa ción Superior – que el

proceso d e auto e valuación es

responsabil idad de cada instituc ión y qe

la agencia se hace cargo de

laevalu cac ión ex terna. E n estos años de trabajo la CON EA U ha desarrollado diversa s ac cion es t endi entes a s isti r a

las inst ituc iones en s us tareas de

autoevalua ción. Pa ra ell o, ha organizado

cursos y ta lle res s obre aspe ctos

concep turales y m etodol ógicos de e stos procesos ; ha c elbrado acuerdos de cooperac ión con un a lto núm ero de institu cione s; ha e labor ado y difundido

diverso s docum ent os teóri co-

metodológ icos sobre asp ectos espe cíf icos

de la evaluac ión institu cional ; ha

birndado asesoram iento por parte de su equipo té cnico a las inst itucion es que lo han solici tado; et c.

O sistema de avaliação institucional na Argentina pode ser considerado como voluntário, caso se considere o argumento da expansão da educação superior e da respectiva autonomia universitária.

Como afirma Pérez Rasetti (2007), a

obrigatoriedade esta condicionada ao financiamento. Parti cipa ción voluntar ia en los procesos de e valuac ión y acredita ción (en el caso de Argen tina la ob ligato riedad se debía al hecho de qu e la s univer sidades estatal es no estaban ar anceladas y se

trataba de inducir las, mediant e la exposi ción de sus déf ici t de ca lidad, a cobrar sus ser vi cios para poder financ iar las m ejoras ).

No caso argentino e de acordo com a percepção dos autores consultados, identificou-se que o objetivo seria fundamentar e criar um sistema de meta-avaliação que propiciasse o asseguramento continuo da qualidade dos processos de avaliação externa.

Em relação ao planejamento, a compreensão e análise das ações, relações e implicações do contexto, história e constituição das políticas no campo da avaliação da educação superior com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e eqüidade, são fundamentais e devem se reintegradas no processo, bem como devem produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, educadores e público em geral.

Tendo com foco a análise da qualidade, Garduño (1996) afirma:

El art ículo presen ta un brev e análisi s del concep to de ca lidad d e la edu cación

desde di ferent es pe rspect ivas. Se

presenta un modelo d e e valuación d e la calidad de la edu cación univers itaria . En él s e s eñala la i mporta ncia de avanzar sobre la mera e valuación de la d im ensión descrip ti va sobre los ins umos, proc esos y productos educat ivos, y se es table ce la

neces idad de la ev aluación sobre

dimens iones rela cional e s que per mi tan un mejo r ac erca mi ento al t ema d e la calidad. Final ment e, se plant ea la neces idad de val idar el modelo, a la v ez que ll evar a cabo un trabajo de evalua ción riguroso.

O devido distanciamento entre o poder executivo e agente responsável da avaliação superior na Argentina

ACREDITACIÓN UNIVERSITARIA – CONEAU) é apresentado na perspectiva de Chiroleu (2005) na seguinte abordagem:

Los órganos que queda ron a cargo de este pro ceso fueron básicam ente el propio Minist erio, a través d e la Secretaría de Polít icas Univer sitar ias

(SP U ) y la CO NE A U, ambos de

naturaleza dif eren te y orientados el

prime ro, a formular las pol íti cas

general es en ma ter ia u nivers itar ia y el

segundo, a efe ctuar la evalua ción

institu cional de todas l as universidad es argentinas y la acred itación de los

estudios de posg rado y carreras

reguladas.

Segundo Pérez Rasetti (2007), a avaliação é obrigatória e integradora no processo de desenvolvimento institucional, sendo que: “La evaluación es obligatoria y está integrada en un proceso que determina su utilización

en el diseño de programas de desarrollo.”

Entretanto, o mesmo autor ressalta ainda que o procedimento, por ser compartilhado, torna-se um mecanismo de integração regional, portanto “Es un procedimiento o sistema de evaluación/ acreditación compartido por varios países en el marco de políticas de

integración regional.

Brunner e Flischfisch (1989) assinalam que entre 1950 e 1975 se configuraram na região latino-americana os atuais sistemas de educação superior e estes se referem a cada país a um numeroso e heterogêneo conjunto de estabelecimentos que chamamos universidades e com percursos distintos.

En el marco de la moderniza ción y refor ma del Sis te ma de Educac ión Superior, varios país es d e Latinoa mér ica

han imple men tado diferent es

modalidades de e valuac i ón instituciona l como part e d e sus resp ect ivas po lít icas públicas. En e sas e valuacion es, el rendim iento acad émi co de los atores social es invo lucrados en los procesos d e

enseñanza e inv est igació n, es una de las variabl es más impor tante .

Na Argentina, a estrutura e funcionamento da educação superior, a tipologia das instituições de educação superior e a caracterização das instituições públicas e privadas e suas respectivas normas e legislação que regem a estrutura e o funcionamento da educação superior

El trabajo d e me ta evalua ción d e

Berns te in y Free man (1 975) const ituy e uno de los m ejore s ej emp los de lo que los enfoques cien tif istas c onsideran co mo " calidad" en la inve stiga ción e valuat iva. Estos autores desagregaron el conc epto de calidad en una seri e de dim ensiones - tipo de mu estreo, análisis d e datos, procedi mi entos estad ísti cos y diseño de la inv est igación - a las cu ales at ribuy eron valor en función d e una escala en la qu e la má xima va loración co rresponde con el nive l má xi mo de ca li dad. Desd e su

perspe cti va, sólo los diseños

exper im ental es o cuasi -e xper im entale s, el mu est reo al eatorio, las té cni cas cuantitat ivas de anál isis de datos y los procedi mi entos mul ti var iables m erec en lamáxi ma calif ica ción.

Pérez Rasetti (2007) apresenta alguns

questionamentos sobre o processo de avaliação na Argentina e posiciona a questão perante a Comisión Nacional de Evaluación y Acreditación Universitaria – CONEAU.

A continuac ión trato de repasar algunas cuest iones teó ricas y metodológi cas respe cto de los proc esos de evaluación y acredi tación que, má s allá del div erso grado de gene ralidad que pres entan, rem iten al sis te ma argentino. Se trata de cuest iones qu e m e ocu pan desde hac e algunos años en mis clases y en la tarea de evaluac ión reali zada como integ rante de la CONE AU (2000-20 04), algunas de

las cuál es ya circularon en for mato digital y que aquí repong o rev isadas. Pode-se afirmar que a avaliação global e formativa responde a diferentes objetivos e como tal, não se devem confundir ambos os termos. A avaliação formativa diz respeito à aprendizagem e a global resulta útil para avaliar o processo como um todo.

Desta forma, a meta-avaliação pode e deve ser entendida como um percurso de ajustes diretos e ao longo do processo, mesmo que na fase final.

Chiroleu (2005) aborda a questão da expansão do ensino superior na Argentina e apresenta uma perspectiva sobre as particularidades da Reforma do Estado, na seguinte afirmação:

Esto s e t radujo en una expansión d e la administ ración c entral relac ionada con el s etor, tal co mo lo ilu stra la creación

de la S ecretar ía de Polí ti cas

Univ ersi tarias y un conjunto de

institu cione s que asu mi e ron funcion es de promoción, finan ciam ien to, acredita ción y eva luación de la ati vi dad académi ca y cien tíf ica dent ro del Minist erio de Educac ión (por e je mplo , la Ag encia de Promo ción de las Ati vi dades Ci entíf ico Técn icas, el Fondo de Mejora mien to de la Calidad – FO MEC , y la Co mis ión Nacional d e E valua ción y A cred itac ión Univ ersi taria – C ON EA U .

Assim, pode-se concluir que e de acordo com a obra de Scriven (1991), o meta-avaliador pode servir não apenas pode ser entendido como utilizador dos padrões especificamente formulados para a meta-avaliação, mas também aqueles outros que foram concebidos para a própria realização da meta-avaliação.

A questão da autonomia universitária,

nomeadamente autonomia financeira e independência do poder executivo, no caso da Argentina está patente na seguinte afirmação de Rasetti:

la asignación a la age ncia de l rol d e fomento y de la cons ecu ente asigna ción de fondos para ese fi n, impl ica una delega ción de funcion es políticas . Esto redundará en un ef ecto de con tinuidad para las polít icas, p ero tambi én ci erta renuncia a la f le xibi lid ad para adaptar esos obje ti vos a la d inámica d e los

procesos pol íti cos, económ icos y

social es. De cualqui e r mane ra, la

composi ción de la di rec ción de la agencia in cidirá en estos aspe ctos,

espec ial ment e su ma yor o menor

vincula ción/d ependen cia del Poder

Ej ecut ivo.

A efetiva avaliação democrática, tratada por Barry McDonald (1977), aborda a questão do conceito de participação com seu principal referencial. Para o autor a avaliação democrática é aquela que reconhece e representa a pluralidade de opiniões existentes e retro-alimenta o processo. Mais uma percepção de percurso possível e que vincula a questão da meta-avaliação como ponto de convergência do processo como um todo.

Na história das políticas universitária na argentina e em especial da avaliação universitária, define que a política e os organismos que foram postos em marcha na década de 90, partiram para uma modernização da universidade desde o regional, nacional ate o internacional, contextualizando assim um percurso integrado e possivelmente convergente em termos de tendências.

Caracteriza-se, assim uma identificação das tendências para meta-avaliação [da auto-avaliação institucional] na América Latina, nomeadamente deste percurso argentino.

Documentos relacionados