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2.2 SISTEMA DE GESTÃO E A SAÚDE E SEGURANÇA DO

2.2.5 Sistema integrado Boas práticas e principais dificuldades

Na literatura, os autores que tratam de Sistemas Integrados de Gestão (SIG), concentram-se normalmente na integração dos Sistemas de Gestão da Qualidade, dos Sistemas de Gestão Ambiental e dos Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho, considerados por WILKINSON E DALE (1999) os elementos do núcleo de um SIG.

De acordo com MACKAU (2003), cientistas e trabalhadores práticos que têm trabalhado em questões de sistemas integrados de gestão, são mais comumente encontrados abordando os seguimentos da qualidade, proteção ambiental e saúde e segurança, os de seus maiores interesses.

KARAPETROVIC (2002) exprime um sentimento de que a literatura sobre SIG ainda não é a esperada quando diz: "Apesar da literatura em SIG em jornais acadêmicos não seja de modo algum abundante...". Acredita-se que seja devido ao tema integração de sistemas de gestão ser relativamente recente.

Conforme WILKINSON E DALE (1999) boa parte da literatura sobre SIG, os estudos de casos, tem tratado algumas vezes a integração mais como uma discussão secundária do que como principal foco de atenção. Por outro lado, o setor químico tem demonstrado particular interesse em integração de sistemas de gestão (SISSELL, 1996). Esses mesmos autores consideram que há um crescente interesse na integração de sistemas de gestão.

Constata-se que a própria norma de Sistemas de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000 contempla a possibilidade de integração de sistemas de gestão, possibilitando a uma organização o alinhamento ou a integração de seu sistema

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de gestão da qualidade com outros requisitos de sistemas de gestão relacionados. A norma refere-se aos Sistemas de Gestão Ambiental, Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, Gestão Financeira e de Risco.

Sobre o que vem a ser Sistema Integrado de Gestão, não há ainda um consenso na definição.

KARAPETROVIC E WILLBORN (1998) afirmam que há diferenças na interpretação do que integração signifique e como ela deva ser efetuada e que isso leva a uma necessidade urgente de definições. Eles mesmos apresentam uma proposta esclarecedora sobre integração de sistemas: "interconectando dois sistemas de forma que isso resulte na perda de independência de um ou dos dois, significa que esses sistemas estão integrados", sem que os sistemas individualmente percam suas identidades.

Indaga-se se essa perda implica em redução de flexibilidade. Geralmente a resposta é procurada caso a caso num estudo de balanceamento de perdas e ganhos no projeto utilizado.

WILKINSON E DALE (1999) esclarecem que "colocar sistemas separados em um único manual de políticas e procedimentos não é integrá-los". Afirmam que, "para a integração, todas as práticas gerenciais devem ser colocadas em um único sistema, mas não como componentes separados".

Enfim, para a integração, as normas com suas similaridades e diferenças, deverão ser identificadas nas práticas gerenciais, pois só o sistema com as instruções e manuais dos sistemas individuais completamente fundidos poderá ser avaliado.

Vários autores da literatura pesquisada analisam a integração dos sistemas de gestão com base em normas internacionais. Evidente que uma norma, interna ou externa, bem disseminada dentro de uma organização é fundamental, mas não é suficiente, pois outras dificuldades podem surgir.

CANSANÇÃO et al. (2003) observam que em todos os modelos de SIG apresentados constituem dificuldades de implantação, pois é preciso mudança de cultura.

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A importância da Segurança no Trabalho logicamente se faz necessária cotidianamente, como um fator de prevenção de acidentes e conscientização a todos os integrantes da relação laboral.

Um programa de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho – SST, deve considerar – cultura, ferramentas e objetivos. Pelos resultados obtidos constata- se que a disposição e participação compromissada de todos os envolvidos em suas ações, especialmente do corpo gerencial da empresa, os resultados por ele produzidos serão limitados, tanto do ponto de vista quantitativo, quanto qualitativo. Infelizmente, a grande maioria das empresas no país ignora o respeito e a responsabilidade que deveriam ter com a questão da segurança e saúde no trabalho. Isso está transparente nas respostas dos questionários entregues para serem respondidos. Deveria haver maior envolvimento da alta direção, seus prepostos, gerentes de todos os escalões.

2.3 PROGRAMA E POLÍTICA DE SAÚDE DO TRABALHADOR

No Programa e Política de Saúde do Trabalhador é primordial a Inserção dos Trabalhadores nos Programas de Treinamento (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2008). Além destes, a alta direção deve ‘abraçar’ esse evento. No mais, um importante instrumento - o ‘Código de Ética’, que enfatiza a visão, a missão e os valores corporativos, ou seja, o código de ética empresarial é uma ferramenta que demonstra a postura social da organização frente ao mercado de trabalho. A partir deste torna-se possível mensurar a sua função no mercado e o que ela busca nos seus funcionários. Seus artigos devem retratar não só as leis do país em relação a proteção aos direitos trabalhistas e práticas ilegais como as relações internas da empresa e com o consumidor, além da prevenção do assédio sexual ou moral (LYRA, 2009). Uma comunicação direta entre a área de RH e os demais profissionais também deve ser instaurada. O feedback é uma ferramenta valiosa em todo processo organizacional.

A participação dos trabalhadores nos programas de SST vincula-se intimamente à cultura da empresa (ASSMANN, 2005). As atividades da Comissão

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Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA melhoram o relacionamento com o próprio trabalho.

A importância desse treinamento é vantajosa para todos os envolvidos na relação laboral tanto nos aspectos produtivos como financeiros. Investir em segurança significa aumentar o grau de conscientização dos empregados. Fazer treinamento de segurança melhora o relacionamento entre eles e a comunicação com as chefias. Os acidentes acontecem. A cultura tradicional das empresas precisa ser revestida para manter a mente aberta com os empregados, com o pessoal da área de segurança, participantes do processo. Palestras e Seminários, Cursos de atualização sobre gerenciamento, qualidade e meio ambiente, assim como inserir tópicos envolvendo segurança do trabalho, são fundamentais para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva.