• Nenhum resultado encontrado

Sistema Pictográfico

No documento Surdocegueira Empírica e Científica (páginas 95-103)

PARAR DE UMA VEZ MOVER-SE JUNTOS

5.6. Comunicar é preciso: os meios de comunicação do surdocego

5.6.2. Sistema Pictográfico

Os símbolos de comunicação pictóricos - Picture Communication Symbols (PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que se referem ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste de símbolos, figuras, etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto expressivamente.

CONCLUSÃO

Em síntese a esta obra, gostaríamos de destacar o quanto complexo é proceder considerações sobre as questões que envolvem a surdocegueira em nosso cotidiano.

Dificuldades de diversas ordens surgem e irão continuar, por certo, surgindo à medida que nosso desenvolvimento e reflexões nesta área não se encerram com o término desta obra – quem sabe apenas esteja começando.

Tanto as dificuldades pessoais, quanto os sucessos que pretendemos alcançar com esta obra, especialmente com seu conteúdo, obtidos, através do trabalho que forem porventura, idealizados e desenvolvidos com pessoas surdocegas, são frutos de alguns anos de intensas participações e “atuações” junto aos surdocegos. Alguns anos de experiências vivenciados foram colocados em jogo para o bom desenvolvimento deste trabalho.

É difícil de acreditar que uma pessoa sem nossas experiências poderia supor a surdocegueira com características de igualdade, honestidade e doação com que fizemos. Muitos trabalhos poderão surgir nesta área a partir de agora, mas se estes não apresentarem características bastante particulares de doação, respeito às diferenças e, acima de tudo, condições humanas de seus idealizadores, qualquer trabalho em Surdocegueira poderá ser altamente destrutivo à categoria de Surdocegos que existe no Brasil.

Passamos os últimos dez anos de nossa vida buscando organizar condições para que a Surdocegueira fosse divulgada e recebesse o espaço que merecia. Em parte, obtivemos êxito em nossas articulações e esta obra é síntese disso. Porém, em muitos casos, as oportunidades nos foram negadas. Muitos buscaram mudar nossa personalidade em prol de suas opressões. Temos em nossa mente cada

gesto, palavra e ação que nos foi conferida, e por certo sempre ficarão gravados em nossa mente.

Enfim, os sucessos superaram em muito os insucessos. E de todos estes sucessos cada Surdocego é em parte merecedor, pois para eles fomos formados a fim de considerá-los em sua plenitude e totalidade. Para eles, aprendemos a suportar e deles aprendemos a ver a vida por outros caminhos que não sejam nossos olhos e ouvidos.

Dessa forma, agradeço imensamente a todos vocês, pais de surdocegos, às crianças, aos jovens e adultos surdocegos. Muito obrigado!

BIBLIOGRAFIA

ADMIRRAL, R.C.L. Síndromes Genéticas Raras Associadas com

Deficiências Visuais e Auditivas. Holanda. Saint Michielgestel, 1993.

____. A.P.P.S.R.A. Associación de Padres de Personas Sordociegas de La República Argentina. Estatuto. 1991.

____. ASHA. National Joint Commitee for the Communication Needs of Persons With Severe Disabilities.Guidelines for Meeting the Communications Needs of Persons With severe Disabilities. (march,

suup.1997) 1-8, 1992.

BADDELEY, A. Memória Humana: Teoría y práctica. España: Mcgraw Hill, 1999.

BROWN, D. Condições e Síndromes que Podem Resultar em

Surdocegueira. Deafblind Education. January-June, 1996.

____. Center and services for deafblind Children. Boston, USA, 1973.

CHEN, D.; DOTE-KWAN J. Starting Points:Instructional Pratices for

Young children Whos Multiple desabilities Include Visual Impairment.

Blind Children Center. Los Angeles, Califórnia, 1995. In: NUNES M. C. A.

Aprendizagem Ativa na Criança Multideficiente com Deficiência Visual: um

Fundación ONCE, Comunicate Con Nosotros. Lerner Printing, S.A Madri, 1990.

CUSHMAN, C. Teaching Children With Multiple Disabilities na Overview. Perkins School for the Blind, 1992. In: NUNES M. C. A. Aprendizagem Ativa

na Criança Multideficiente com Deficiência Visual: um guia para educadores.

Perkins School for the Blind, 1999.

____. Declaração de Salamanca e Linha de Ação. 2º Ed. Brasília, 1997.

____. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

Projeto de Resolução CNE/CEB nº 17/2001. Brasília, julho, 2001.

FERIOLI, G. O Desenvolvimento da Comunicação: Sua Abordagem na Etapa Pré - lingüística. Centrau/PR, 1993. Artigo não paginado.

FERNANDEZ, M.T. Manual de Genética de la Retinitis Pigmentosa y el

Síndrome de Usher. INCI, Colômbia, 1996.

FLAVELL, J. Cognitive Developent Englewood Cliffs. New Jersey. Pentice- Hall, 1977.

GUEST, M. Síndrome de Usher: identificação por um sucesso educacional. Conferência Deafblind Education Developing and Sustaining Provision, DBI, 1994.

JOHNSON, ROXANNA M. The Picture Communication Symhols Guide Mayer - Johnson Company, 1998.

KANDEL, E. JESSELL, T. e SCHWARTZ, J. Neurociencia y Conducta. España: Pentice Hall, 1996.

KENMORE J. R. State od the art: Prespectives on Serving Deaf-Blind Children.1977. In: WATERHOUSE, E. J. Definições, Responsabilidades e

Direitos dos Surdocegos. Anais do 1º Seminário Brasileiro de Educação do

Deficiente Audiovisual – ABEDEV. São Paulo, 1977.

KINNEY, R. A Definição, Responsabilidades e Direitos dos Surdocegos. In: Anais do I Seminário Brasileiro de Educação do deficiente Audiovisual – ABEDEV. São Paulo, 1977.

LÓPEZ. L. Desarrollo de las Áreas motoras y preceptúales. Universidad de Costa Rica. Costa Rica. 2000

O’DONNEL, N. M. A. Um Informe Sobre um Estudo de Manifestações que

Aparecem Tardiamente na Síndrome da Rubéola Congênita. Hellen Keller

National Center. Sands Point. New York, 1991.

ORTIZ, T. Neuropsicología del lenguaje. Madrid: CEPE, 1997.

Revista ¨Mano Sobre Mano¨. Argentina, 1997.

SMITH, M. E NANCY, L. Teaching Students With Visual and Multiple

Impairments a Resouce Guide. Texas School for the Blind and Visually

Impaired, 1996. In: NUNES M. C. A. Aprendizagem Ativa na Criança

Multideficiente com Deficiência Visual: um guia para educadores. Perkins

School for the Blind, 1999.

SOARES, R. A História da Educação do Surdocego no Brasil. In: Toque: Mãos Que Falam. Ano 1, Nº 1, São Paulo, 1999.

STILLMAN, R.; C. BATTLE. El Desarrollo de la Comunicacion Pré –

linguística en los Deficientes Profundos: una interpretación del método de Van

Dijk. ONCE. 1984. Vol. 5 Nº 3.

The Finnish Daf - Blind Association. Os meios de Comunicação do

Surdocego. Mimeografado, não datado.

VAN DIJK, J. The First Steps of the deafblind Children Towards Language. In: Proceeding of the Conference on the Deafblind. Denmark. Perkins School for the Blind. pp. 47-51 1965.

VAN DIJK, J. The Non – verbal Deafblind Child and his World. His

Outgrowth Toword the World of Symbols. Sint Michielsgestel. Instituut

Voor Doven. 1967. pp. 73-110

VAN DIJK, J. Programa para o Desenvolvimento da Comunicação. Revista Perfiles. ONCE. 1994.

VIEIRA, F. D. E M. C. PEREIRA. ¨Se Houvera Quem Me Ensinara¨. A Educação de Pessoas com Deficiência Mental. Textos de Educação. Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.

____. Visual: um guia para educadores. Perkins School for the Blind, 1999.

WATERHOUSE, E. J. Definições, Responsabilidades e Direitos dos

Surdocegos. In: Anais do I Seminário Brasileiro de Educação do Deficiente

Audiovisual – ABEDEV. São Paulo, 1977.

WERNER, H. KAPLAN B. Symbol Formation. New York. Wiley, 1963.

WYNNE, A. Independence Without Sight or Soud. In: Dona Sauerburger.

Sugerencias para los que Practican el Trabajo com Adultos Sordociegos.

No documento Surdocegueira Empírica e Científica (páginas 95-103)