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A evolução das telecomunicações permitiu o surgimento da convergência tecnológica, que tem por base a comunicação entre partes, isto é, o transporte de informações de determinado ponto para outro. Uma das formas conhecidas de desenvolvimento de recursos de comunicações a maiores distâncias são os sistemas de telecomunicações. A comunicação de voz surgiu na segunda metade do século XIX, através de um aparelho de transformação “acústico-elétrica”, no qual ondas sonoras são transformadas em sinais elétricos e transmitidas para um receptor.

Com o crescimento da telefonia, surgem também as centrais de comutação, que gerenciam a interligação de acessos entre pontos e sustentaram o enorme crescimento da telefonia no século XX. No princípio, estas centrais eram operadas manualmente. Por volta da metade do século XX se tornaram centrais analógicas operadas através de dispositivos eletromecânicos. Em seguida, as CPA’s (centrais Controladas a Programa Armazenado) substituem as antigas centrais, surgindo o processador de dados e os microprocessadores. E, mais recentemente, as centrais digitais começam a se massificar, tanto para a rede quanto para os PABX (Private Automatic Branch Exchange).

A partir deste momento, começam a surgir, no mercado de equipamentos e rede, produtos potenciais que oferecem maior valor agregado através da convergência, como o RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados), espécie de evolução do PABX, possibilitando o tráfego de voz, dados e texto.

A modernização ainda passou pela construção de redes de fibra ótica, transmitindo sinais digitais a grandes distâncias e alto volume de dados. Estas constantes evoluções permitiram a redução do valor da chamada de voz, sendo atualmente um bem de consumo massivo.

Telecomunicações - Dados

A comunicação de dados permitiu a troca de informações e o compartilhamento de recursos com diversos usuários, em distintas localidades. A comunicação era feita entre um computador (CPU – Central Processor Unit), um controlador (FEP – Front End Processor) e

o modem (transforma sinais digitais em analógicos). A rede telefônica era o suporte do sistema, que posteriormente evoluiu para uma rede própria de dados (Renpac).

As redes integradas (RDSI) surgem permitindo maior capilaridade e integração de serviços, com conectividade digital, ponta a ponta, suportando vários serviços com padrões e protocolos de interface.

Internet

Resultado de pesquisas em universidades norte-americanas, a versão inicial da Internet foi estruturada a partir de um projeto de integração de redes de computadores, chamado Arpanet, interligando as redes e computadores de 4 universidades a partir da Universidade da Califórnia (UCLA).

A partir da segunda metade da década de 90, a Internet cresceu de forma expressiva e se tornou um dos mais importantes canais de comunicação e troca de informações da era moderna.

Estimativas apontam que no Brasil já existem mais de 33 milhões de usuários de internet2 e a evolução do volume de Host (computadores conectados à internet) está definida assim:

Tabela 01 - Evolução do volume de Hosts no Brasil

Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Jul./07

Hosts (milhares)

877 1.645 2.237 3.163 3.935 5.095 7.422 8.265

Fonte: www.teleco.com.br, 2007.

O crescimento exponencial da Internet também foi acelerado pelas constantes reduções de custo de acesso, conferido pelas empresas de telecomunicações, pela oferta de microcomputadores, cada vez mais acessíveis e com menores custos, dando sustentação ao surgimento de um novo modelo econômico mundial.

Tecnicamente, alguns fatores sustentaram o sucesso da Internet, como:

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- Comutação por pacotes: fragmentação da mensagem e envio independente, gerando maior eficiência na utilização do canal. A estrutura de rede distribuída é mais segura e tem menor risco de inoperância;

- Padrão: o padrão TCPIP3 estabelece um formato padronizado. Os dados que trafegam na internet são enviados via pacotes, garantindo a comunicação entre distintas arquiteturas;

- Público: não existe custo intrínseco à utilização da internet, de forma que não existe um proprietário ou controlador central da Internet, e sim órgãos reguladores de seu uso e acesso, garantindo os domínios e proteção aos usuários.

A Web, como conhecemos atualmente, é uma aplicação possível dentro da Internet, utilizando-se de um navegador para acesso à informação de hipertexto e multimídia, além de busca e referências entre usuários.

WEB 2.0

Criado em 2004 por uma editoria americana (O’Reilly Media), o termo Web 2.0 vem despontando como a segunda geração de serviços na Web, uma nova “era” da internet, agregando valor na “rede” atual através do desenvolvimento de uma plataforma mais ampla de aplicações e serviços e tendo como base o conceito da colaboração. A Wikipedia4 disseminou este conceito de rede social, que agora surge também mais amplamente na Internet com um todo, utilizando conceitos como Mash-up (combinação de serviços), RSS5 (conceito de distribuição simples, uma maneira de distribuir informações na internet), Blogs (canais de comunicação usados amplamente), Tag (listagem de sites preferidos ou “folksonomia”).

“O termo web 2.0 refere-se à mudança para uma internet como plataforma e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Estas regras já foram amplamente discutidas e, entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva” (O’REILLY, 2006).

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TCPIP: Transmission Control Protocol/Internet Protocol

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Wikipedia: conceitua-se como uma enciclopédia construída pela livre colaboração de seus leitores (www.wikipedia.org)

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Na prática, o termo Web 2.0 também pode ser comparado com o de Infoware, ou internet operating system, isto é, trata-se se uma evolução quase “natural” da Web, em que referências tradicionais da Web vão evoluindo e ganhando novas funcionalidades.

A tabela 02 aponta de maneira resumida algumas das evoluções comentadas:

Tabela 02 - Comparação entre WEB e WEB 2.0

Web Tradicional Web 2.0

Enciclopédia on-line Wikipedia

Sites pessoais Blogs

Taxonomia Folksonomia

Stichiness (Chat, comunidades, fóruns) Syndication (atualização de conteúdo)

Publicação Participação Unidade: páginas visitadas Unidade: custo por clique

Fonte: elaborada pelo autor.

WAP

O protocolo de aplicação sem fio, conhecido como Wireless Application Protocol (Wap), surgiu como uma resposta de mobilidade de uso da internet via telefones celulares, permitindo que o acesso à internet ocorresse de forma efetiva a partir do ano 2000, no Brasil.

Televisão – A vez da Imagem

A televisão tornou-se um das maiores invenções da história, com uma capacidade de influência e capilaridades nunca antes vista. A mudança do sinal analógico para o digital impulsionou este processo, chegando ao início do século XXI a 1 bilhão de aparelhos em residências no mundo6. Este movimento permitiu a melhoria de qualidade, redução dos custos de transmissão e aumento da oferta de canais.

Atualmente, o serviço de televisão por assinatura possui 4 modalidades de tecnologia / tipo de outorga:

• TV a cabo – distribuição feita por meios físicos (cabos) instalados;

• Serviço de Distribuição Multiponto Multicanal (MMDS) – distribuição efetuada

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através de radiofreqüências na faixa de microondas; • DTH (Direct to home) – distribuição através de satélites; • TV por assinatura (TVA) – radiofreqüências (parabólica);

A televisão transmitida via satélite (também conhecido como DTH – Direct To Home) alavancou a qualidade, o tempo de resposta e o volume de transmissão, reduzindo os custos das operações.

No Brasil, o mercado de TV paga tem evoluído com foco nos público-alvo das classes A e B, com crescimento a partir de 2004, chegando a 5,3 milhões de assinantes em dezembro de 20077, após alguns anos de estagnação. O maior entrave ao crescimento deste mercado ainda é a má distribuição de renda, que deve ser rompida com o oferecimento de pacotes de valor mais acessível ao consumidor da classe C.

Tabela 03 – Evolução da base de TV por assinatura no Brasil

Ano 2004 2005 2006 2007

Base Assinantes (Milhões)

3,8 4,1 4,7 5,3

Fonte: ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), 2007.

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