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Densidade   de   Cianobactérias

6 SITUAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DA PAMPULHA PAMPULHA

A partir da 4º campanha de 2012 foi iniciado o monitoramento da qualidade das águas dentro da Lagoa da Pampulha em três locais, quais sejam: próximo à Ilha dos Amores (PV230), no braço da igreja São Francisco (PV235) e próximo ao vertedouro (PV240). Foram registradas violações dos seguintes parâmetros: coliformes termotolerantes, demanda bioquímica de oxigênio, fósforo total e nitrogênio amoniacal total em todas as estações de amostragem localizadas dentro da Lagoa, além de cor verdadeira nas estações de amostragem próximas à Ilha dos Amores (PV230) e à igreja São Francisco (PV235), e manganês total também próximo à ilha dos Amores.

Ressalta-se que o IQA se apresentou na condição Ruim nos três pontos de monitoramento. Os parâmetros que mais influenciaram no cálculo do IQA foram coliformes termotolerantes, demanda bioquímica de oxigênio e oxigênio dissolvido. Com relação à CT as estações de amostragem localizadas no braço da Igreja São Francisco (PV235) e próximo ao vertedouro (PV240) apresentaram CT Alta em decorrência da violação de nitrogênio amoniacal total. Na estação de amostragem localizada próximo à Ilha dos Amores (PV230) a CT foi considerada Baixa.

O IET se apresentou na faixa Supereutrófico nas três estações de amostragem, indicando o avançado processo de eutrofização em que a Lagoa se encontra.

Esses resultados refletem os impactos dos lançamentos de efluentes domésticos, bem como o lançamento de efluentes industriais, principalmente dos ramos de alimentos e têxteis presentes nos municípios de Contagem e Belo Horizonte.

7 AVALIAÇÃO AMBIENTAL

7.1 Análise dos Resultados em Desacordo com os Limites Legais

Considerando os resultados do período de 2006 a 2012, para as estações de amostragem da bacia da Lagoa da Pampulha, avaliaram-se os parâmetros monitorados em relação ao percentual de amostras cujos valores violaram os limites legais da Deliberação Normativa COPAM/CERH Nº01/08 para rios de Classe 2. A Figura 7.1 apresenta o percentual de violações em ordem decrescente do valor obtido para cada parâmetro, indicando os constituintes mais críticos na bacia da Lagoa da Pampulha. Esses resultados permitiram o conhecimento das principais interferências das atividades predominantes nessa bacia, como os lançamentos de esgotos domésticos, as atividades industriais, além de outras formas de uso do solo da bacia de drenagem que podem afetar a qualidade da água na área de estudo.

O parâmetro coliformes termotolerantes apresentou o maior percentual de registros em desconformidade com o limite estabelecido na legislação (89% das análises), como mostrado na Figura 7.1. A ocorrência das bactérias do grupo coliformes constitui uns dos principais indicadores de contaminação que tem como principal origem os lançamentos de esgotos sanitários nos corpos de água.

As ocorrências das concentrações de manganês total também se destacaram na bacia, uma vez que foi o metal que apresentou o maior percentual de desconformidade, ultrapassando o limite legal em 79,1% das análises realizadas no período de 2006 a 2012. Os teores mais acentuados deste metal foram observados no período de chuvas, estando associado ao carreamento de materiais oriundos da própria bacia de drenagem, ao mau uso e má preservação do solo nesta região.

Os níveis de oxigênio dissolvido estiveram abaixo do preconizado na legislação em 70,8% dos resultados. Esses resultados indicam o elevado consumo de oxigênio dissolvido resultante da decomposição da matéria orgânica advinda de despejos domésticos e industriais provenientes dos municípios de Belo Horizonte e Contagem nesses corpos de água. Essa depleção do oxigênio é um fator preocupante, uma vez que esse fato pode conferir restrições a manutenção da biota aquática, sobretudo de peixes.

Os resultados do parâmetro fósforo total apresentaram desconformidade em 66,7% das análises em relação ao limite estabelecido na legislação. O fósforo está presente, sobretudo, nas descargas de esgotos e nas águas provenientes do escoamento superficial de terras cultivadas. Esse elemento é o nutriente mais importante para o processo de eutrofização do corpo hídrico, ou seja, o enriquecimento de nutrientes minerais e orgânicos pode promover o crescimento excessivo de algas e de plantas aquáticas.

Os principais fatores de degradação ambiental que podem ser apontados como contribuintes dos resultados observados são os lançamentos de esgotos domésticos e industriais nos corpos de água, além do manejo inadequado do solo.

Figura 7.1 – Frequência de ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação DN Copam/CERH nº01/08 na bacia da Pampulha no período de 2006 a 2012.

89% 79,1% 70,8% 66,7% 59,7% 58% 53,1% 53,1% 53% 40,5% 30% 22,7% 18,4% 18,2% 17,6% 16,1% 11,5% 8% 7,3% 3,4% 3% 2,9% 1,3% 1,1% 0,8% 0,7% 0,6% 0,4% 0,4% 0,3% 0% Colif. termotolerantes Manganês total Oxigênio dissolvido Fósforo total DBO Ferro dissolvido Cianeto Livre Substâncias tensoativas Nitrogênio amoniacal total Óleos e graxas Densidade de cianobactérias Sólidos em suspensão totais Sulfeto Clorofila a Turbidez Cor verdadeira Fenóis totais Zinco total Chumbo total Sólidos dissolvidos totais Cobre dissolvido Cromo total Níquel total Nitrito pH in loco Cádmio total Arsênio total Mercúrio total Nitrato Cloreto total Sulfato total

Os quadros a seguir apresentam os mais importantes fatores de PRESSÃO associados aos indicadores de degradação no período de 2006 a 2012 e os parâmetros que apresentaram maior número de resultados em desacordo com os limites da DN Conjunta COPAM/CERH 01/08 no período de monitoramento, para cada ponto de amostragem, caracterizando o ESTADO da qualidade das águas da bacia da Lagoa da Pampulha.

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV005 Córrego do Bairro CINCO Coliformes termotolerantes (71%) Ferro dissolvido (63%) Manganês total (31%) Fósforo total (25%) Oxigênio dissolvido (25%)

Predomínio: IQA Médio (71%) e CT Baixa (88%)

O ponto encontra-se dentro da propriedade de empresa de fabricação de parafusos. PV010 Córrego do Bairro Bernardo Monteiro DBO (100%), OD (100%) Fósforo total (100%) Óleos e graxas (94%) Coliformes termotolerantes (94%) Manganês (82%), Ferro (71%) Nitrogênio amoniacal total (71%) Turbidez (65%)

Chumbo total (59%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (71%) e CT Alta (76%)

Lançamento de esgoto sanitário e efluentes industriais do bairro Bernardo Monteiro (Contagem).

PV020 Córrego Sem Nome Oxigênio dissolvido (100%) Manganês total (93%) Coliformes termotolerantes (85%) Ferro dissolvido (73%) Fósforo total (47%)

Predomínio: IQA Ruim (69%) e CT Alta (67%)

Lançamento de esgoto sanitário e efluentes industriais do bairro CINCO (Contagem).

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV030 Córrego do Aterro Perobas Ferro dissolvido (100%) Manganês total (100%)

Nitrogênio amoniacal total (100%) Oxigênio dissolvido (100%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (59%) Fósforo total (55%)

Predomínio: IQA Ruim (80%) e CT Alta (100%)

Ponto dentro do aterro sanitário do Perobas. PV040 Córrego do Bairro Oitis Ferro dissolvido (100%) Coliformes termotolerantes (95%) Manganês total (88%) Oxigênio dissolvido (75%) Fósforo total (25%)

Predomínio: IQA Ruim (50%) e Médio

(50%) e CT Baixa (100%)

Lançamento de esgoto doméstico dos bairros Oitis e Colorado (Contagem).

PV045 Córrego da

Avenida 2

Coliformes termotolerantes (100%) DBO (100%), Manganês total (100%) Nitrogênio amoniacal total (100%) OD (100%), Fósforo total (96%) Ferro dissolvido (92%)

Óleos e graxas (88%)

Sólidos em suspensão totais (62%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (96%) e CT Alta (88%)

Lançamento de esgotos domésticos do bairro Milanêz (Contagem).

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV055 Córrego Tapera Coliformes termotolerantes (88%) Ferro dissolvido (69%) Manganês total (62%) Oxigênio dissolvido (27%) Óleos e graxas (16%)

Predomínio: IQA Médio (64%) e CT Baixa (92%)

Lançamento de esgotos domésticos.

PV060 Córrego

Cabral

Manganês total (100%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (96%) Oxigênio dissolvido (96%)

Ferro dissolvido (91%) Fósforo total (91%)

Coliformes termotolerantes (91%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (55%) e CT Baixa (70%)

Lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais do bairro Novo Boa Vista e Cabral (Contagem).

PV065 Córrego

Cabral

Manganês total (100%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (96%) Fósforo total (96%)

Coliformes termotolerantes (96%) Oxigênio dissolvido (92%)

Ferro dissolvido (88%)

Nitrogênio amoniacal total (73%) Óleos e graxas (52%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (80%) e CT Alta (54%)

Lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais dos bairros Novo Boa Vista, Kennedy e Cabral

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV070 Córrego

Sarandi

DBO (100%), Manganês total (100%) Fósforo total (96%)

Nitrogênio amoniacal total (92%) OD (92%), Coliformes termot. (92%) Ferro dissolvido (69%)

Zinco total (69%) Óleos e graxas (60%)

Sólidos em suspensão totais (54%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (80%) e CT Alta (85%)

Lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais dos bairros CINCO, Cincão, Morada Nova, Jardim Laguna, Guanabara, Milanêz, Cabral, e demais da região (Contagem).

PV075 Córrego da

Luzia

Coliformes termotolerantes (100%) DBO (100%), OD (100%)

Fósforo total (96%)

Nitrogênio amoniacal total (96%) Manganês total (88%)

Óleos e graxas (88%)

Sólidos em suspensão totais (75%) Turbidez (65%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (100%) e CT

Alta (92%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Jardim Balneário, Ressaca, São Joaquim e Parque Turistas (Contagem); Lançamento de efluentes industriais. PV080 Córrego Gandi Coliformes termotolerantes (88%) Oxigênio dissolvido (62%) Manganês total (58%) Fósforo total (50%) Óleos e graxas (44%)

Predomínio: IQA Médio (42%) e CT Baixa (73%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Parque Recreio, São Gotardo e Parque Turistas (Contagem); Lançamento de efluentes industriais.

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV085 Córrego

Flor d’Água

Manganês total (100%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (96%) Fósforo total (96%)

Nitrogênio amoniacal total (92%) Oxigênio dissolvido (92%)

Coliformes termotolerantes (92%) Óleos e graxas (56%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (75%) e CT Alta (85%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Alípio de Melo, Manacás e São José (Belo Horizonte).

PV090 Córrego

Ressaca

Demanda Bioquímica de Oxigênio (100%) Manganês total (100%)

Fósforo total (96%)

Nitrogênio amoniacal total (96%) Oxigênio dissolvido (96%)

Coliformes termotolerantes (92%) Óleos e graxas (52%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (88%) e CT Alta (96%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros São Salvador, Glória, Coqueiros (Belo Horizonte);

Lançamento de efluentes industriais (alimentícias). PV105 Córrego da Av. Tancredo Neves Fósforo total (96%) Coliformes termotolerantes (96%) Demanda Bioquímica de Oxigênio (88%) Nitrogênio amoniacal total (85%)

Manganês total (62%) Clorofila a (56%)

Predomínio: IQA Ruim (92%) e CT Alta (85%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Ouro Preto, Castelo e Paquetá (Belo Horizonte). Efluentes industriais.

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV125 Córrego Bom Jesus Ferro dissolvido (96%) Coliformes termotolerantes (88%) Oxigênio dissolvido (50%) Manganês total (19%) Óleos e graxas (16%)

Predomínio: IQA Médio (56%) e CT Baixa (92%) Lançamento de esgotos domésticos e presença de animais de pastagens. PV130 Córrego Banguelo Oxigênio dissolvido (96%) Coliformes termotolerantes (92%) Ferro dissolvido (77%) Manganês total (65%) Fósforo total (35%)

Predomínio: IQA Ruim (76%) e CT Baixa (81%) Lançamento de esgotos domésticos e presença de animais de pastagens. PV135 Córrego da Avenida A Coliformes termotolerantes (88%) Manganês total (65%) Oxigênio dissolvido (62%) Fósforo total (58%) Clorofila a (42%)

Predomínio: IQA Ruim (52%) e CT Baixa (77%)

Lançamento de esgotos domésticos do Vale das Amendoeiras e Nacional (Contagem).

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV140 Córrego Xangrilá Ferro dissolvido (85%) Coliformes termotolerantes (76%) Manganês total (65%) Oxigênio dissolvido (62%) Fósforo total (19%)

Predomínio: IQA Médio (64%) e CT Baixa (88%)

Lançamento de esgotos domésticos do bairro Xangrilá (Contagem).

PV145 Córrego da Avenida Nacional Coliformes termotolerantes (100%) Manganês total (96%) Oxigênio dissolvido (96%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (92%) Fósforo total (88%)

Nitrogênio amoniacal total (76%) Ferro dissolvido (68%)

Óleos e graxas (63%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (71%) e CT Alta (76%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Bom Jesus, Xangrilá e Nacional (Contagem). PV150 Córrego Munizes Manganês total (96%) Coliformes termotolerantes (88%) Oxigênio dissolvido (50%) Ferro dissolvido (46%) Fósforo total (35%)

Predomínio: IQA Ruim (52%) e CT Alta (76%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Pedra Azul, Estrela Dalva, Carajás e São Mateus (Contagem).

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV155

Córrego Munizes

Coliformes termotolerantes (100%) Demanda Bioquímica de Oxigênio (100%) Fósforo total (100%)

Nitrogênio amoniacal total (95%) Oxigênio dissolvido (90%) Manganês total (86%) Óleos e graxas (80%) Ferro dissolvido (71%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (90%) e CT Alta (76%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Pedra Azul, Estrela Dalva, Carajás e São Mateus (Contagem).

PV160

Córrego Bom Jesus

Coliformes termotolerantes (100%) Manganês total (100%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (96%) Fósforo total (96%)

Oxigênio dissolvido (92%) Nitrogênio amoniacal total (85%) Ferro dissolvido (69%)

Óleos e graxas (56%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (68%) e CT Alta (73%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros São Mateus, Carajás, Pedra Azul e Estrela Dalva (Contagem).

PV165 Córrego Bom Jesus

Demanda Bioquímica de Oxigênio (100%) Fósforo total (100%)

Coliformes termotolerantes (96%) Manganês total (96%)

Nitrogênio amoniacal total (96%) Oxigênio dissolvido (96%) Ferro dissolvido (68%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (68%) e CT Alta (76%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros São Mateus, Carajás, Pedra Azul e Estrela Dalva (Contagem); Lançamento de efluentes industriais (Usina de produção de concreto)

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV185 Córrego Olhos D’Água Coliformes termotolerantes (76%) Oxigênio dissolvido (73%) Ferro dissolvido (50%) Manganês total (50%)

Predomínio: IQA Médio (72%) e CT Baixa (92%)

Lançamento de esgotos domésticos dos bairros Céu Azul e Nova Pampulha (Contagem) PV200 Córrego Mergulhão Coliformes termotolerantes (95%) Fósforo total (54%) Clorofila a (17%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (17%) Nitrogênio amoniacal total (17%)

Predomínio: IQA Ruim (64%) e CT Baixa (67%)

Lançamento de esgotos domésticos do bairro Engenho Nogueira (Belo Horizonte PV205 Córrego Mergulhão Coliformes termotolerantes (96%) Fósforo total (88%) Manganês total (81%)

Demanda Bioquímica de Oxigênio (46%) Nitrogênio amoniacal total (42%)

Predomínio: IQA Muito Ruim (68%) e CT Alta (76%)

Lançamento de esgotos domésticos do bairro Engenho Nogueira (Belo Horizonte) e Garagem de ônibus

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO -2006 A 2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV220 Ribeirão

Pampulha

Clorofila a (100%) Manganês total (100%)

Nitrogênio amoniacal total (77%) Coliformes termotolerantes (75%) Demanda Bioquímica de Oxigênio (65%) Fósforo total (62%)

Predomínio: IQA Médio (71%) e CT Média

(38%)

Lançamento de efluentes domésticos e industriais de Belo Horizonte e

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INDICADORES DE DEGRADAÇÃO –4º TRI2012 FONTES DE POLUIÇÃO

PV230 Lagoa da Pampulha

Coliformes termotolerantes Cor verdadeira

Demanda Bioquímica de Oxigênio Fósforo total

Manganês total

Nitrogênio amoniacal total Oxigênio dissolvido

Predomínio: IQA Ruim e CT Baixa

Dentro da Lagoa da Pampulha próximo a Ilha dos Amores.

Lançamento de efluentes domésticos e industriais de Belo Horizonte e Contagem

PV235 Lagoa da Pampulha

Coliformes termotolerantes Cor verdadeira

Demanda Bioquímica de Oxigênio Fósforo total

Nitrogênio amoniacal total

Predomínio: IQA Ruim e CT Alta

Dentro da Lagoa da Pampulha próximo a foz dos córregos

Mergulhão e Tejuco. Lançamento de efluentes domésticos e industriais de Belo Horizonte e Contagem

PV240 Lagoa da Pampulha

Coliformes termotolerantes Demanda Bioquímica de Oxigênio Fósforo total

Nitrogênio amoniacal total

Predomínio: IQA Ruim e CT Alta

Dentro da Lagoa da Pampulha próximo ao Vertedouro. Lançamento de efluentes domésticos e industriais de Belo Horizonte e Contagem

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise dos resultados do monitoramento na bacia da Pampulha mostrou que a Lagoa e seus afluentes vêm sofrendo ao longo dos anos uma série de problemas que afetam a qualidade de suas águas e também os organismos que neles se encontram. Os impactos gerados pelos lançamentos de esgotos sanitários e efluentes industriais são os principais responsáveis pelo aporte de matéria orgânica, sólidos e nutrientes que chegam a este reservatório onde grande parte se deposita. A contribuição de fósforo e nitrogênio favorece a eutrofização dos corpos de água e episódios de florações de algas. Também se destacam o assoreamento e o acúmulo de lixo doméstico como fatores que influenciam a degradação desta bacia.

Com relação aos resultados dos indicadores verificou-se o predomínio de águas nas faixas de IQA Ruim ou Muito Ruim ao longo do período de monitoramento. Observou-se ainda alternância de CT Baixa e Alta ao longo dos anos, Observou-sendo o nitrogênio amoniacal o contaminante tóxico com valores mais expressivos em toda a bacia. As condições mais favoráveis ao crescimento da biomassa algal predominaram ao longo dos anos, sendo registradas porcentagens de categorias mais altas do IET (Eutrófico, Supereutrófico e Hipereutrófico) no período avaliado.

As melhores condições de qualidade foram observadas nas estações de amostragem localizadas na nascente do córrego Sarandi (PV005), nos córregos Tapera antes da confluência com o córrego do Cabral (PV055) e Olhos d’Água na entrada da galeria de concreto (PV185), uma vez que essas estações apresentaram mais de 75% dos resultados de IQA no nível Médio e mais de 80% dos resultados da série histórica de monitoramento apresentaram CT Baixa. Destaca-se que essas estações estão localizadas em áreas de pastagens, fazendas ou próximo a nascentes.

Já os corpos de água que apresentaram as piores condições de qualidade foram os córregos do bairro Bernardo Monteiro (PV010), do Cabral a montante de sua foz no córrego Sarandi (PV065) e Sarandi a jusante do córrego do Cabral (PV070), uma vez que esses córregos apresentaram pelo menos 75% dos resultados na faixa de IQA Muito Ruim e apresentaram o maior número de parâmetros tóxicos (parâmetros que compõe a CT) violados. Os parâmetros nitrogênio amoniacal total e chumbo total apresentaram violação nessas três estações de amostragem e zinco, cianeto livre e fenóis totais também nas estações PV065 e PV070. Salienta-se que essas estações recebem os impactos das indústrias localizadas nos bairros Bernardo Monteiro, Novo Boa Vista e Kennedy e no Centro Industrial de Contagem (CINCO), todos no município de Contagem.

Com relação à qualidade das águas das estações localizadas dentro da Lagoa da Pampulha, cujo monitoramento iniciou-se em dezembro de 2012, verificou-se que o IQA se apresentou na condição Ruim nos três pontos de monitoramento. Já a CT foi considerada Alta nas estações de amostragem localizadas no braço da Igreja São Francisco (PV235) e próximo ao vertedouro (PV240) em decorrência da violação do nitrogênio amoniacal total. Na estação de amostragem localizada próximo à Ilha dos Amores (PV230) a CT foi considerada Baixa.

Os resultados da avaliação de cianobactérias no córrego da Avenida Tancredo Neves (PV105) e ribeirão Pampulha a jusante da barragem (PV220) no ano 2012 mostraram

a presença dos gêneros das espécies potencialmente tóxicas Microcystis sp.,

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na estação de amostragem localizada no ribeirão Pampulha a jusante da barragem (PV220).

Esses resultados indicam que as águas da bacia da lagoa da Pampulha, na grande maioria das estações avaliadas, apresentam condições sanitárias ruins, o que reflete o grande impacto dos lançamentos de esgotos domésticos e industriais nos tributários da bacia da lagoa da Pampulha, o que corroboraram para o avançado processo de eutrofização da lagoa e de seus afluentes.

Para a melhoria da qualidade das águas da Lagoa a principal ação a ser tomada é a retida dos esgotos domésticos que chegam aos corpos de água da bacia. Tal ação trará benefício em longo prazo. Outra alternativa seria promover o tratamento da água da Lagoa, após a retirada dos esgotos e a remoção dos sedimentos contaminados de maneira controlada, o que demanda estudos para a avaliar a melhor metodologia de forma a minimizar os impactos.

Ressalta-se que a prefeitura de Belo Horizonte e a Copasa estão realizando diversas ações com o objetivo de melhorar a condição ambiental da Lagoa. Nesse sentido, é importante lembrar que meta da Copasa é que 97% do esgoto da região da Pampulha em Belo Horizonte e 95% em Contagem sejam coletados e sejam direcionados para a ETE Onça. Contudo, é importante que a população seja conscientizada da sua responsabilidade em fazer a ligação da rede de esgotos de sua residência na rede da Copasa. A prefeitura de Belo Horizonte também iniciou no final de 2013 a dragagem da Lagoa, que garantirá 2m de lâmina d’água mínima, com remoção de cerca de

800.000m3 de sedimentos. Vale lembrar que outra importante etapa para revitalização

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9 REFERÊNCIAS

ALKMIM, Aline Ribeiro. Avaliação da Qualidade das Águas Superficiais da

Sub-Bacia da Lagoa da Pampulha. 2009. 47 fls. Especialista em Saneamento e Meio Ambiente. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CETESB. Águas

Superficiais. Disponível em < http://www.cetesb.sp.gov.br>.

COMPANHIA DE PESQUISAS DE RECURSOS MINERAIS – CPRM; PREFEITURA

DE BELO HORIZONTE – PBH; PREFEITURA DE CONTAGEM. Projeto Pampulha:

Estudo Hidrogeológico da Bacia da Pampulha. Belo Horizonte: CPRM, 2001, 215 fls. Volume 1.

BANDEIRA, Jefferson Vianna. Desenvolvimento de Técnicas Nucleares e

Correlatas para estudos em Hidrologia Urbana - aplicações na Bacia

Hidrográfica da Pampulha e no Rio das Velhas –MG. 2004. 316 fls. Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS - IGAM. Relatório de Implantação

da rede dirigida de monitoramento das Águas Superficiais da Sub-bacia da Lagoa da Pampulha na Região Metropolitana de Contagem e Belo Horizonte.

Belo Horizonte, 2006.

______. Indicadores da Qualidade da Água. Projeto Águas de Minas. Disponível em

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