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Os livros sobre leitura freqüentemente tentam definir seus termos com afirmaçEes como ‘ler é extrair infomaçEes do que está impresso’. Mas tais asserEes não propoxrcionam qualquer compreensão para a leitura, ou para o modo como está sendo discutida, podendo levar a debates acalorados. (...)

Tome a questão relativa a se a ‘leitura’ necessariamente envolve a compreensão, um assunto algumas vezes discutido de forma ampla. Mas esta questão não indaga sobre o modo como a palavra é utilizada em ocasiEes particulares. E a única resposta possível é que, às vezes, a palavra ‘leitura’ wimplica compreensafo, e às vezes não. Quando sugerimos que alguém deva ler um determinado livro,obviamente incluímos a compreensão, em nossa recomendação – seria redundante, se não rude, dizer ‘Acho que você deveria ler e compreendera esse livro’. Mas, psor outro lado, nosso amigo poderia replicar. – ‘já o li, mas não entendi, agora obviamente excluindo a compreensão do sentido da palavara ‘leitura’. Tudo depende do senso geral no tqual àws palavras são usadas, mesmo na mesma conversa, em duas sentenças sucessivas. Se existe dúvida, é melhor proporcionar descrição mais completa de como a palavra está sendo usada, do que tentar uma definição geral.

Considere, por exemplo, as diferenças entro ler um reomance, ujkm poema, um texto de estudos sociais, uma fórmula matemática, uma lista telefônica, uma receita culinária, a descrição formalizada de alugm mpovimento de abertura num jogo de xadrez, ou um anúncio

em um jornal. Os romances são geralmente lidos para a experiência, par ao envolvimento em uma situação, não muito diferentemente de se olhar um filme ou peça ou, de participar em eventos reais, onde somos senvolvidos pelas personagens e motivaçEss mdas pessoas individuais, e com a maneira como as circunstâncias os colocarão em ação. Ler um romance é particular na vida. Um poema pode-envolver uma experiência muito mais intensa, especialmente emocioanl, envolvendo uma determinada atidtude mental a uma sensibilidade aos sons., bem como aos significados, das palavaras, muito semelhante ao modo como ouvimos m?úsica. Os textos de estudos sociais podem deixacr de apresenentar a conexão emocional direta e estética de um romance ou poema, mas envolvem um pensamento analítico mais detalhado um pensamjento que está “fora da página” e é mais geral do que o s detalhes diretamente apresentados na página impressa. A formula matemática é um instroumento a ser erguido com a compreensão de sua posicção no texto e utilizado outro lugar, enquanto a lista telefônica é como uma coleção de chaves, cada qual abrindo a fechadura em umac determinada conexão. Uma receita culináriah é uma descrição de um conjunto de açEes que o o leitor deve realizar, a orientação par ao xadrez envolve a padícipação em um jogo e uma anúncio de jornal é íuma estratégia para persuadir feitores a agir de certa maneira.

Esctas descriCEes sáo pateticametne inadequadas par a riqueza, demonstrando a inadequação. E, mesmo assim, supersimplifiquei. Não existe apenas uma espécie de romance ou um tipo (de ankúncio e os mesmos textos podem ser lidos de diferentes maneiras. Um romance pode ser lido com4o um texto de estudos sociais, e um texto de estudo social pode ser lido como um romance. Um anúncio de jornal pode ser lido como um poemas. Além do mais,c ada um destes diferentes modos de ler textos é mais como outras formas de comportamento ou experiência que não envolvem a leitura, do que outras formas de leitura. Equacionei a leitura de um romance com a assistir ubma peça, não com ler uma peça, e lar uma receita é, obviamente, mais como cozinhar uma refeifç/ao do que ler sobre qualquer outro tipo de atividade. Não existe uma atividade que possa ser resumida como leitura: nenhuma descrição que possa ser resumida como o ‘processo’ que está envolvido.

O significado do palavra ‘leitura’ em todosu este exemplos, depende de tudo o que está ocorrendo – não somente do que etá sendo lido, mas do porqu~e de um determinado leiotr qestar lendo. Pode-se dizer que, em todos estes exemplos que dei, as respostas são procuaradas, para as questEoes que variam de acordo com as pessoas que as formulam, e a única coisa que transforma todas estas diferentes atividades em “leitura” é o que as respostas estão sendo procuradas no texto. (...). (SMITH, F. Compreendo a leitura: uma análise

2. Você não tem muito tempo para ler o texto acima e precisa tirar dele uma definição de leitura. leia-o do modo que julgar mais adequado para tirar rapidamente, por escrito, a informação de que precisa.

3. Faça agora uma última leitura do texto, para estudo. Para isso, divida-o em partes e faça um resumo de suas idéias principais. Agora, você tem todo o tempo de que precisa.

ATIVIDADE 5 : integrando as estratégias

Leia o texto “Visão Geral da História da Lingüística” (Saussure, F. Curso de Lingüística Geral. Trad. Antônio Chelini et al. São Paulo: Editora Cultrix, 1969, p. 7-12.

1 Estabelecido o objetivo da leitura, faz-se necessário abordar o conhecimento e experiências prévias/prever/formular perguntas a partir de como o texto foi estruturado. De que maneira o autor distribui as informações ao longo do texto, há sub-títulos ou sub-divisões, ilustrações, etc, que possa situar o leitor no texto, ativar o seu conhecimento prévio e motivá-lo a comparar suas hipóteses?

2 Leia o texto sem parar para qualquer detalhes ou esclarecimentos. Escreva a idéia central do texto.

3 Avalie a sua compreensão do texto (fazendo perguntas sobre o texto ou recapitulando-o por meio de resumo escrito).

IMPORTANTE: É essencial que você faça constantes perguntas a si mesmo durante a leitura: interagindo com o texto, você estará dando significado a ele e disso dependerá a sua compreensão. Cada pessoa tem seu próprio “método” de leitura, identifique o seu e leia pensando sempre em aperfeiçoá-lo (Figueiredo, 1984).

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