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NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – Concessão de adicional de 10, 20 ou 40% do Salário Mínimo para os trabalhadores que desenvolvem atividades em ambientes insalubres

NR 16 – Atividades e Operações Perigosas – Concessão de adicional de 30% do salário do trabalhador quando este executar atividades perigosas e/ou em áreas de riscos, conforme regulamentação.

Para a realização da pesquisa, utilizou-se um questionário composto por quarenta e duas perguntas dispostas conforme as várias possibilidades de atuação profissional12.

O campo de atuação da engenharia de segurança é muito vasto, podendo o profissional trabalhar como integrante de SESMT de empresas, ser perito judicial ou perito assistente da empresa ré, consultor, professor, entre outros. A fim de facilitar o entendimento e o tratamento dos dados, a atuação do profissional foi dividida em três tipos: como professor, em matérias relacionadas à segurança do trabalho, como engenheiro integrante de SESMT de empresa e como consultor, entendendo-se como tal todo trabalho que não tenha vínculo formal com as empresas em que o serviço é prestado13.

5.1. A estrutura do questionário

O questionário foi dividido em grupos de perguntas para facilitar seu entendimento e o posterior tratamento dos dados. A estratégia usada foi da utilização de perguntas contingentes, que o profissional responderia somente ao grupo de questões referentes à sua realidade de trabalho (Babbie, 2001).

No primeiro grupo de perguntas, intitulado “IDENTIFICAÇÃO”, referente às questões um a quatro, o profissional indicou sua idade, sexo, município de domicílio e o tipo de empresa em que trabalha.

O segundo grupo de perguntas que engloba as questões cinco a oito, refere-se à “FORMAÇÃO”, que identifica a modalidade, instituição, local e ano de conclusão do curso de

graduação do profissional, do curso de Engenharia de Segurança do Trabalho e de outros cursos de pós- graduação, seja em nível de especialização, mestrado ou doutorado.

12 O questionário está no anexo VI desta dissertação.

13 A abrangência do termo “consultor” foi definida somente para facilitar o tratamento dos dados e o

O grupo seguinte, “SOBRE A ENGENHARIA DE SEGURANÇA”, composto pelas questões nove a dezesseis, estrutura o restante do questionário. Na pergunta número nove, o profissional responde se atua ou não como engenheiro de segurança do trabalho. Caso sua resposta seja negativa, o profissional responderá apenas a questão número dez, que indica o motivo desta não atuação como EST.

Caso o profissional trabalhe com engenharia de segurança do trabalho, as perguntas onze a dezesseis indicarão questões como tempo de atuação, principais problemas do setor e assuntos que o engenheiro gostaria de se aprimorar.

Para aqueles profissionais que realmente atuam como engenheiros de segurança do trabalho, a questão treze é estratégica para a compreensão desta atuação. O profissional responde se atua com EST em empresa (setor público, privado, estatal, etc), como consultor, conforme entendimento de consultoria definido anteriormente, e como professor. Nessas três modalidades tem-se, ainda, a opção de tempo parcial ou integral. Dessa forma foi possível abranger as várias possibilidades de atuação, como por exemplo, o profissional que faz parte de SESMT e que eventualmente faz perícia judicial, ou que atua como professor, ou o profissional que tem outra atividade completamente distinta, mas que usa a engenharia de segurança como forma de aumentar sua renda.

As questões dezessete a trinta e seis, intituladas “O SEU TRABALHO COMO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA EM EMPRESA”, foram respondidas somente por aqueles profissionais que atuam como engenheiros de segurança em empresas e objetivou avaliar desde seu ramo de atividade e localização, até questões sobre a importância da segurança e saúde no contexto empresarial e sua influência na atividade do profissional.

O último grupo de perguntas, composto pelas questões trinta e sete a quarenta e dois, intitulado “O SEU TRABALHO COMO CONSULTOR”, foi respondido somente por aqueles que desenvolviam atividades de consultoria, buscou informações sobre a região de atuação, o

tipo de atividade, as razões que demandam tal serviço, renda do profissional e os critérios para estabelecimento dos valores referentes aos honorários.

5.2. Os pré -testes

Realizou-se um primeiro pré-teste, abrangendo quatro profissionais, com o objetivo de avaliar a existência de perguntas supérfluas, correta organização e ordenamento das questões, dificuldade do entendimento dos questionamentos. Tendo corrigido os problemas apontados pelos profissionais, realizou-se um segundo pré-teste, para aferição e ajustagem de algum problema que tenha passado desapercebido na primeira avaliação.

5.3. A estratégia de envio dos questionários

A relação dos Engenheiros de Segurança do Trabalho no Estado de Santa Catarina foi obtida junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA. O número de profissionais no Estado, no momento do envio dos questionários, era de 503 Engenheiros.

Havia duas preocupações mais evidentes nos preparativos de envio dos questionários: a primeira era ter o maior número possível de respostas e a segunda era garantir o caráter confidencial e anônimo da pesquisa, deixando o profissional completamente a vontade para responder conforme sua opinião, sem temer o vazamento dessas informações.

Assim, cada profissional recebeu um envelope enviado no dia 09/07/2002, contendo o questionário, uma carta de apresentação e instrução14, e um envelope selado para resposta. Como no questionário não havia campo para identificação pessoal e o envelope selado já estava endereçado a FUNDACENTRO, foi garantido o anonimato dos profissionais.

No dia 21/08/2002, pouco mais de um mês após o envio dos questionários, foi enviada uma segunda carta a todos os profissionais – já que pelo caráter anônimo do processo não era possível saber quem havia remetido sua resposta. Esta segunda carta foi de agradecimento àqueles que já haviam respondido o questionário e um reforço da importância de participação daqueles que, por qualquer motivo, ainda não tinham participado do processo15.

A estratégia usada, não só no envio dos questionários, seguiu as recomendações de Babbie (2001) e resultou num índice de devolução de mais de 45%, o que foi bastante satisfatório.

5.4. O tratamento dos dados

A partir do questionário foi criado um banco de dados utilizando-se a base EPI INFO16. As análises estatísticas foram feitas na Divisão de Estatísticas do Centro Técnico Nacional da FUNDACENTRO, utilizando-se o software SAS17,.

Para verificar a associação entre duas variáveis utilizou-se o teste estatístico de Qui- Quadrado ou os testes de Tendência (Cochran-Armitage) e teste exato de Fischer para tabelas 2 x 2 quando o Qui-Quadrado não podia ser aplicado devido aos valores “missing”. Adotou-se a existência de significância estatística para valores de p ? 0,05.

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