• Nenhum resultado encontrado

Gráfico 4 – Resultado das análises de Densidade g/cm³ a 20ºC.

Com relação a avaliação da cor das amostras:

Quanto à luminosidade (L*), as amostras com lactose apresentaram intervalo entre 66,14 e 68,55, e as amostras sem lactose, intervalos entre 64,54 e 68,18, sugerindo assim, que por meio do tratamento de hidrólise da lactose, ocorre escurecimento das amostras, porem o teste T Student, bicaudal e comparado com o valor tabelado, nos mostra que: T 1,738 < 2,776 (Tabelado) então não existe diferença significativa quanto Luminosidade. Na tabela 9 encontram-se os resultados obtidos:

Tabela 9 - Resultados da Análise de Cor

Amostra a* b* L HUE ° CROMA

CO M L A CT O S E A1 -2,61±0,03 1,28±0,08 68,55±0,02 -26,11±0,98 1,15±0,02 A2 -3,05±0,02 -0,06±0,03 66,14±0,02 1,13±0,53 1,76±0,01 A3 -2,99±0,04 0,16±0,01 67,57±0,01 -3,00±0,18 1,68±0,01 A4 -3,03±0,02 0,45±0,03 68,03±0,03 -8,46±0,44 1,61±0,01 A5 -3,01±0,04 -0,01±0,02 67,8±0,02 0,13±0,32 1,74±0,01 S E M L A CT O S E B1 -2,85±0,05 0,14±0,09 65,78±0,01 -2,86±1,44 1,64±0,01 B2 -2,46±0,05 1,00±0,04 65,91±0,01 -22,05±0,61 1,21±0,01 B3 -0,15±0,04 2,22±0,06 64,54±0,01 -86,22±0,71 1,44±0,02 B4 -0,73±0,03 4,06±0,2 68,18±0,01 -79,76±0,35 1,82±0,01 B5 -1,12±0,03 1,35±0,05 67,64±0,01 -50,40±0,29 0,48±0,02

Fonte: Autoria Própria (2016)

Para os tons de vermelho e verde (a*), o intervalo para as amostras com lactose, encontra-se entre -2,61 e -3,05. Este intervalo, para as amostras sem lactose, é de -0,15 e -2,85. Estes resultados sugerem que o tratamento enzimático tende a direcionar o tom das amostras para o para um tom menos verde, mais próximo do branco. 1.032,12 1.032,20 1.032,05 1.032,10 1.032,15 1.032,20

Com lactose Sem lactose

g/cm 3 a 20 ºC

Densidade

Media

As tonalidades azul e amarelo, são verificadas em função do valor (b*), sendo assim, os valores encontrados para as amostras com lactose encontram-se entre - 0,06 e 1,28, e os valores para as amostras sem lactose vão de 0,14 a 4,06. Estes valores indicam que o processo de hidrólise intensifica a tonalidade amarela das amostras.

Pode-se verificar que a amostra A1 (com lactose) e B1 (sem lactose) obtiveram resultados contraditórios para as determinações de a* e b*, indicando que provavelmente a hidrólise seja realizada após o processo de esterilização do leite, diferente das demais amostras.

Estes resultados demonstram que os processos de hidrólise enzimática afetam esta característica do leite e podem estar relacionados com a reação, considerando que existem diferentes maneiras de promover a deslactação.

Quando a hidrólise ocorre antes da pasteurização ou esterilização, de acordo com FAEDO, 2013, o processo de hidrólise enzimática promove aspectos como doçura excessiva e a ocorrência da reação de Maillard, pois ocorre a quebra da lactose em açúcares redutores (glicose e galactose) mais reativos que a própria lactose, e estes ao serem submetidos a temperaturas elevadas podem causar escurecimento.

5 CONCLUSÃO

As análises realizadas neste estudo demonstraram que o processamento da hidrólise enzimática não alterou os resultados das análises de pH, sólidos solúveis (brix) e densidade.

As alterações significativas foram determinadas para os valores de crioscopia, sendo este um teste de sensibilidade maior, apresentando uma diminuição em torno de 33 %.

Outro fato observado foram no que diz respeito a cor das amostras, antes e após o processo de hidrolise, que apresentaram resultados diferenciados. Embora não existam fontes de estudos de cor, voltadas em especificamente para o produto objeto de estudo, fica aqui a sugestão da necessidade de explorar o que ocasiona de fato a mudança de coloração no leite quando submetidos aos processos de hidrólise enzimática, mesmo que esta mudança não seja significativa estatisticamente.

Os resultados das análises das amostras encontram-se dentro dos padrões estabelecidos pela legislação para os leites semi-desnatados UHT, considerando que não está previsto um padrão de cor para este tipo de produto.

REFERÊNCIAS

_________. BRASIL, MAPA. RIISPOA - Regulamento Industrial de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal. Decreto nº 30.691/1952 e reestruturado em 2007 pela Divisão de Produtos de Origem Animal.

ANDRADE. A. C. Estudo da fermentação simultânea à hidrólise de soro de queijo, utilizando lactase e Saccharomyces cerevisae. 2005. 110 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em engenharia Química, Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Uberlândia, MG. 2005.

BRASIL. PORTARIA Nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais.

ACQUARO Jr., V. R. Desenvolvimento e validação de método para extração e quantificação através de HPLC com índice de refração para lactose em leite pasteurizado. Universidade Estadual de Londrina, Laboratório DIA, Departamento de Química. Londrina, PR. 2013.

BARBOSA, C.R.; ANDREASSI, A.P. Intolerância a lactose e suas consequências no metabolismo de cálcio. Revista Saúde e Pesquisa, v.4, n. 1, p. 81-86, jan./abr. 2011.

BIOQUIMICA, blog de. Disponível em:

<http://bioquimicadanut.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html.> Acesso em: 08 set. 2016.

BRITO, J. R. F.; BRITO, M. A. V. P. Qualidade Higiênica do Leite. EMBRAPA. Documento nº 62. Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite. Juiz de Fora, MG. 1998.

CARMINATTI, A.C. Ensaios de Hidrólise enzimática da Lactose em reator a Membrana utilizando Beta-Galactosidade Kluyveromyces Lactis. 2001. 79 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de pós-graduação em Engenharia Química, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001.

CASTANHEIRA,A.C.G. Manual Basico: Controle de qualidade de leite e derivados. CAP-LAB, São Paulo – SP, jun 2010.

COSTA, W. S. Influência da concentração de Sólidos Solúveis Totais no sinal Fotoacústico da Polpa de Cana. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.6, n.2, p.141-147, 2004.

CUNHA, L.R. Desenvolvimento e avaliação de embalagem ativa com incorporação de lactase. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, SP, 27(supl.): pag. 23-26, ago. 2007.

CUNHA, M. E. T. Intolerância à Lactose e Alternativas Tecnológicas. UNOPAR, Universidade do Norte do Paraná. Ciênc. Biol. Saúde, Londrina, v. 10, n. 2, p. 83-88, Out. 2008.

DSM Food Specialties Dairy Ingredients - DSM em Alimentos, bebidas e

suplementos dietéticos. Disponível em: <http://www.dsm.com/corporate/home.html.> Acesso em: 20 set. 2016

FACHINELLI, C. Controle de Qualidade do Leite – Análises Fisico-químicas e Microbiológicas. Trabalho de conclusão de curso, Tecnologia em Alimentos. Instituto Federal, de Educação, Ciência e Tecnologia. Bento Gonçalves, RS. 2010.

FAEDO, R. Obtenção de leite com baixo teor de Lactose por processos de

separação por membranas associados à hidrólise enzimática. Revista CIATEC – UPF Passo Fundo, Rio Grande do Sul – RS., vol.3 (1), p. 44-54, 2013. Universidade de Passo Fundo.

GRANOTEC; Colorimetria. Disponivel em:

http://www.granotec.com.br/arquivos/COLORIMETRIA.pdf/. Acesso em: 28 nov. 2016

GIESE, E.C. Produção, propriedades e aplicações de oligossacarídeos. Seminário de Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 2, p. 683-700, abr/jun. 2011.

JUNIOR, G.B.V. Bioestatistica: Teste T student. Disponivel em: http://www.cpaqv.org/estatistica/teste_t.pdf/. Acesso em: 11 dez. 2016.

LONGO, G. Influência da adição de Lactase na produção de Iogurtes. 2006. 109 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de pós-graduação em Tecnologia em

MANERA, A. P. Síntese de Galacto-Oligossacarídeos a partir de células

permeabilizadas de Kluyveromyces marxianus. 2010. 174 f. Tese (Doutorado) – Departamento de Engenharia de Alimentos. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP. 2010.

MATTAR, R.; MAZO, D.F.C. Intolerância a lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular. Departamento de Gastroenterologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo. Ver Assoc Med Bras, 2012; p 230-236.

MILKPOINT, o ponto de encontro da cadeia produtiva do leite. Intolerância à lactose: parte 1 - etiologia, epidemiologia e prevalência. Publicado em 29/06/2005 por Juliana Santim. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-

leite/leite-saude/intolerancia-a-lactose-parte-1-etiologia-epidemiologia-e-prevalencia- 25559n.aspx.> Acesso em: 01 ago. 2016.

ORDÓNEZ, J. A. Tecnologia em Alimentos. Alimentos de Origem Animal; vol. 2. Porto Alegre: Artemed, 2005.

RODRIGUES, E. Qualidade do Leite e Derivados. Processos, Processamento Tecnológico e Índices. Manual Técnico 37, ISSN 1983-5671. Programa Rio Rural, Niterói, RJ. 2013.

ROSA, L. S. Avaliação da qualidade físico-química do leite ultra pasteurizado

comercializado no município de Erechim. Revista Vigil. Sanit, Erechim, RS. debate 2015; vol. 3, pag. 99-107. RS. Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).

SANTANA, L. N. S. Imobilização e estabilização de β-Galactosidadepor ligações multipontuais em Duolite A568. Dissertação (Mestrado). Programa de pós

Graduação em Engenharia Química. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG, 2012.

SANTIAGO, P. A. Estudo da Produção de β-Galactosidade por fermentação de soro de queijo com Kluyveromyces marxianus. Revista Ciência e Tecnologia de

Alimentos, Campinas, 24(4): 567-572, out.-dez. 2004.

SANTOS, D. Blog do Professor Djalma Santos, Educação, Biologia e Afins. Publicação de 12/03/2011, disponível em :

<https://djalmasantos.wordpress.com/2011/03/12/operon/.> Acesso em: 01 ago. 2016.

SILVA, G. Produção Alimentícia: Processamento do Leite. Rede E-TEC Brasil. UFRPE/CODAI, 2012.

SILVA E SILVA, L. P. Propriedades termofísicas e comportamento reológico do leite e soro de búfala. Universidade Estadual do Sudoeste de Bahia – UESB.

Departamento de pós-graduação em Engenharia de Alimentos. Itapetinga, BA, 2014.

TREVISAN, A. P. Influências de diferentes concentrações de Enzimas Lactase e Temperaturas sobre a Hidrólise da Lactose em Leite Pasteurizado. 2008. 60 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, RS. 2008.

TREMARIM, A. Condições operacionais na hidrólise enzimática da lactose em reator a membrana. 2007. 104 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós- graduação em Engenharia de Alimentos. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 2007.

VALSECHI, O. A. O Leite e seus Derivados. Tecnologia de Produtos de Origem Animal, Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconômica Rural. Universidade Federal de São Carlos. Araras, SP, 2001.

VENTURINI, K. S.; SARCINELLI, M. F.; SILVA, L. C. da. Características do leite. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo/Pró-Reitoria de Extensão, Programa Institucional de Extensão, 2007. (Boletim Técnico - PIE-UFES: 01007).

WANDERLEY, C. H.; SILVA, A. C. de O.; SILVA, F. E. R.; MÁRSICO, E. T. M.; CONTE, JUNIOR. C. A. Avaliação da sensibilidade de métodos analíticos para verificar fraude em leite fluido.Rev. de Ci. da Vida, RJ, EDUR, v. 32, n 2, jul / dez, p. 34-42, 2012.

WHATTAM, D. Lactose Intolarance. Disponível em:

https://prezi.com/nf5bqut69v2y/lactose-intolerance/. Acesso em: 02 ago. 2016.

WORTMANN, A. C. Análise molecular da hipolactasia primária do tipo adulto.

_________. Uma nova visão do diagnóstico de um problema antigo e frequente. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 57 (4): 335-343, out.-dez. 2013.

Documentos relacionados