• Nenhum resultado encontrado

Na pesquisa de (VILALTA et al., 2017), os autores propuseram uma arquitetura chamada TelcoFog como uma infraestrutura de fog computacional, onde a mesma propõe ser uma arquitetura segura, altamente distribuída e densa, que pode ser alocada na extremidade de uma rede com ou sem fio para que uma operadora de telecomunicações forneça múltiplos recursos unificados e econômicos para os novos serviços 5G, como NFV, MEC e serviços para terceiros (por exemplo, cidades inteligentes e IoT). Essa arquitetura tenta demons- trar que por seu modelo, é capaz de integrar um ecossistema para operadoras de rede dispostas a fornecer serviços NFV, MEC e IoT, onde o principal benefício da TelcoFog é a implantação dinâmica de novos serviços distribuídos de baixa latência. Em resumo, este trabalho apresenta os componentes básicos de uma nova arquitetura, que fornece a possibilidade de implantação dinâmica de serviços IoT na borda da rede. Diferentemente da proposta Edge-On, Telcofog foca em dispositivos IoT fixos em vez de veículos. Outra característica da arquitetura proposta é que não fazem qualquer tipo de processamento nos dispositivos finais, pois fazem uso de um gateway IoT ao qual enviam os dados até

esse dispositivo da rede. Outra grande diferença é que em nossa proposta concebemos e exemplificamos toda a sinergia que existe entre o padrão das arquiteturas NFV e MEC bem como toda a orquestração à nível de infraestrutura, serviços de rede e aplicações que poderão ser executados na borda da rede, tanto na infraestrutura MEC quanto nos próprios dispositivos/veículos.

No trabalho de (NING; HUANG; WANG, 2019), inicialmente os autores criaram um mo- delo baseado na arquitetura de computação veicular na névoa (Vehicular Fog Computing - VFC) de três camadas (cloud – cloudlet – fog) para gerenciar o tráfego de uma cidade de maneira distribuída. Depois disso, investigaram um esquema para o gerenciamento de tráfego através de VFC em tempo real. Especificamente, utilizaram a camada de fog com- putacional através de veículos estacionados e em movimento, onde utilizaram os veículos para oferecer recursos de computação para processamento de informações em busca de trazer melhoria no gerenciamento de tráfego e segurança no trânsito. Para os nós de fog computacional baseados em veículos móveis, o modelo correspondente seguiu um sistema de enfileiramento, onde as trocas de mensagens no sistema segue um procedimento de Poisson. Uma das críticas ao trabalho dos autores é que eles não citam ou trabalham com tecnologias facilitadoras do 5G, como NFV, SDN além de utilizarem paradigmas compu- tacionais como cloudlets, que é um paradigma precursor aos atualmente estudados como MEC e possível facilitador juntamente com outras tecnologias.

O trabalho de (LE et al., 2017) apresenta uma proposta de computação na borda que abrange uma infraestrutura Edge e continua até os dispositivos finais que fazem uso da tecnologia P2P. O principal elemento da proposta é apresentar uma arquitetura com tolerância a falhas na rede, que podem ser comuns em ambiente dinâmicos das redes veiculares. Seu maior trunfo, entretanto, é a maior fragilidade do trabalho, pois a resiliência pretendida, assim como boa parte do controle de requisição-resposta, fica sob responsabilidade de um middleware publisher-subscriber específico que se encontra na infraestrutura Edge. A arquitetura como um todo não faz uso de tecnologias e padrões especificados no mercado e na academia para tais infraestruturas. Uma das especificações citadas por (SABELLA et al., 2019) é que nestes modelos de arquitetura que façam uso de Edge, exista também uma camada superior, ou seja, uma infraestrutura de cloud para que exista uma redundância caso ocorra uma falha nesse servidor intermediário (MEC). Na proposta, a tolerância a falhas da arquitetura existe porque após a tentativa de requisição ao servidor de borda (edge) não ser bem sucedida, os próprios nós através de uma rede P2P fornecem uma forma de processamento até que a conexão com a infraestrutura Edge seja restabelecida. Um problema pode ser que para os requisitos de determinadas aplicações não seja possível elas serem executadas nos dispositivos finais através de P2P.

Por fim, podemos observar na Tabela 2 uma comparação dos trabalhos relacionados que foram utilizados nesta dissertação.

Tabela 2 – Comparação dos Trabalhos Relacionados

Proposta Problema SDN NFV Edge

(MEC, MCC) Containers Computação nos dispositivos finais Suporte à Mobilidade Orquestração Ambiente de Testes

(HSIEH; LEE; CHEN, 2018) QoS Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Simulação

(AL-BADARNEH et al., 2018) Latência Sim Não Sim Não Sim Sim Não Emulação (NOBRE et al., 2019) Congestionamento

em acidentes Sim Não Não Não Não Sim Não Simulação

(SUN; ANSARI, 2016) Mobilidade

e Latência Sim Não Sim Não Não Sim Não Simulação

(LI et al., 2019) Mobilidade

e Latência Não Não Não Não Não Sim Não Simulação

(SANTORO et al., 2017) Balanceamento Não Não Não Sim Não Não Sim Simulação (KIM; CHUNG, 2018) Posicionamento Sim Não Não Sim Não Não Sim Simulação (VILALTA et al., 2017) Latência Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Simulação (NING; HUANG; WANG, 2019) Gerenciamento

de Tráfego Não Não Sim Não Sim Sim Não Modelagem

(LE et al., 2017) Tolerância

a Falha Não Não Sim Não Sim Sim Não Simulação

Edge-On BalanceamentoMobilidade e Latência

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Emulação/

(Testbed)

Fonte: O Autor (2019)

bilidade e flexibilidade no gerenciamento da mobilidade dos veículos e em suas aplicações executadas internamente. A arquitetura NFV é utilizada para orquestrar, virtualizar as funções dos controladores, switches, reduzir custos e permitir a execução de vários servi- ços VNFs em infraestrutura construída por meio da computação em nuvem e MEC. A utilização da tecnologia em containers demonstra maior agilidade na criação, replicação ou migração de aplicações, e a fog computacional através da arquitetura P2P demons- tra excelentes resultados na diminuição da latência em comparação a nuvem, bem como tolerância a falhas em uma possível desconexão no momento que estiver adquirindo um conteúdo, pois esse conteúdo muito provavelmente estará contido em outros veículos na rede ao qual o veículo poderá se comunicar.

Documentos relacionados