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6.4 O Processo de Solu¸c˜ao do Modelo Bidimensional

7.1.2 Solu¸c˜ao da Equa¸c˜ao da Temperatura

Tendo sido estabelecidas as estrat´egias para a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao da energia nas dire¸c˜oes espaciais x, y e z, ´e necess´ario estabelecer as estrat´egias para a solu¸c˜ao transiente. Os m´etodos comumente utilizados s˜ao os m´etodos de diferen¸cas finitas expl´ıcito, impl´ıcito e o de Crank-Nicolson. Tendo sido utilizada a estrat´egia semi-Lagrangeana para a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao tridimensional da temperatura, a discretiza¸c˜ao do termo convectivo resultou em um esquema expl´ıcito para o avan¸co no tempo.

Desta forma, para avaliar o valor da temperatura no tempo n + 1, procede-se da seguinte maneira: os termos convectivo e dissipativo s˜ao avaliados no tempo n, e o termo

de condu¸c˜ao definir´a o esquema de diferen¸cas finitos empregado, podendo ser avaliado no tempo n, resultando em um esquema expl´ıcito, o tempo n + 1, resultando em um esquema impl´ıcito, ou em ambos os tempos, fazendo-se uma m´edia entre eles, resultando em um esquema de Crank-Nicolson.

7.1.2.1 M´etodo de Diferen¸cas Finitas Expl´ıcito

Neste caso ´e usada uma aproxima¸c˜ao de diferen¸cas centradas, de segunda ordem, para o termo espacial: ∂2T ∂z2 ≈ Tn k+1− 2Tkn+ Tk−1n (dz)2 (7.29)

Usando essa rela¸c˜ao, a equa¸c˜ao (7.8) pode ser escrita como: Ti,kn+1 = T n i,k − dt [~v · ∇T ] n i,k+ dt ρcp   η ˙γ2ni,k+ kT n

i,k+1− 2Ti,kn + Ti,k−1n

dz2



(7.30)

Para garantir a estabilidade da solu¸c˜ao da equa¸c˜ao (7.30), usando um esquema de diferen¸cas finitas expl´ıcito, ´e necess´ario:

M = kdt

ρcp(dz)2

≤ 1 2

(7.31)

7.1.2.2 M´etodo de Diferen¸cas Finitas Impl´ıcito

Uma t´ecnica impl´ıcita de solu¸c˜ao tem a vantagem de ser incondicionalmente est´avel para qualquer tamanho de passo no tempo [Kennedy, 1995]. Entretanto ´e mais caro computa- cionalmente do que o esquema expl´ıcito utilizado acima.

Como no caso expl´ıcito, se a equa¸c˜ao ´e resolvida no tempo tn+1, ent˜ao os termos de

convec¸c˜ao e dissipa¸c˜ao viscosa do tempo anterior podem ser adicionados como termos fonte `a equa¸c˜ao da condu¸c˜ao.

Usando uma equa¸c˜ao de diferen¸cas progressivas de dois pontos para a derivada tempo- ral e uma equa¸c˜ao de diferen¸cas centradas de trˆes pontos para a derivada espacial, tem-se:

∂2T

∂z2 ≈

Tn+1

k+1 − 2Tkn+1+ Tk−1n+1

(dz)2 (7.32)

Substituindo essas express˜oes em (7.8) obt´em-se: Ti,kn+1= Ti,kn − dt [~v · ∇T ] n i,k+ dt ρcp  η ˙γ2ni,k+ kT n+1

i,k+1− 2Ti,kn+1+ Ti,k−1n+1

dz2

!

7.1 O M´etodo Semi-Lagrangeano

e rearranjando os termos, obt´em-se:

−M Ti,k+1n+1 + (1 + 2M )Ti,kn+1− M Ti,k−1n+1 − dt [~v · ∇T ]ni,k + dt ρcp h η ˙γ2in i,k (7.34) onde M = kdt ρcp(dz)2 (7.35) Os valores desconhecidos de T em qualquer novo tempo tn+1 s˜ao encontrados es-

crevendo a equa¸c˜ao (7.34) para cada n´o preenchido no modelo. Essas equa¸c˜oes podem ser arranjadas numa matriz na forma a seguir:

ΛTn+1 = b (7.36)

onde Λ ´e uma matriz quadrada, Tn+1´e uma matriz coluna dos valores desconhecidos de T

no novo tempo e b ´e uma matriz coluna dos antigos valores de T e termos fonte associados com os termos de convec¸c˜ao e dissipa¸c˜ao viscosa. A equa¸c˜ao matricial ´e resolvida para Tn+1 usando o Algoritmo de Thomas [Fortuna, 2000].

7.1.2.3 M´etodo de Crank Nicolson Generalizado

O m´etodo de Crank Nicolson ´e constru´ıdo fazendo uma m´edia entre os esquemas expl´ıcito e impl´ıcito. Se essa m´edia for ponderada de um crit´erio α, ent˜ao o m´etodo pode ser considerado um m´etodo de Crank-Nicolson Generalizado.

Neste caso, a equa¸c˜ao da temperatura discretizada ´e dada por: Ti,kn+1 = Tn i,k− dt [~v · ∇T ] n i,k+ dt ρcp [η ˙γ2]n i,k + dt ρcp α k T n+1 i,k+1− 2Ti,kn+1+ T n+1 i,k−1 dz2 + (1 − α) k Tn i,k+1− 2Ti,kn + T n i,k−1 dz2 ! (7.37) Para α = 0 teremos o m´etodo expl´ıcito, para α = 1 teremos o m´etodo impl´ıcito, para α = 0.5 teremos o m´etodo de Crank-Nicolson. Para outros valores de α teremos o m´etodo de Crank-Nicolson Generalizado.

7.2

Considera¸c˜oes Finais

Neste cap´ıtulo foi apresentada a estrat´egia de solu¸c˜ao da equa¸c˜ao da temperatura tridi- mensional. O termo convectivo foi discretizado utilizando um m´etodo semi-Lagrangeano e a estrat´egia para a sua aproxima¸c˜ao, em cada triˆangulo, tamb´em foi apresentada. A estrat´egia para a aproxima¸c˜ao do termo de dissipa¸c˜ao viscosa, cuja viscosidade para cada c´elula e cada camada de fluido ´e determinada utilizando o m´etodo de Newton, tamb´em foi

apresentada neste cap´ıtulo. O termo de condu¸c˜ao apresenta segunda derivada com rela¸c˜ao a z e sua discretiza¸c˜ao determina se o m´etodo de solu¸c˜ao da equa¸c˜ao da temperatura ´e expl´ıcito, impl´ıcito ou semi-impl´ıcito (Crank-Nicolson).

O campo de distribui¸c˜ao de temperatura ´e determinado para todos os volumes de con- trole que j´a est˜ao cheios de fluido (dire¸c˜oes x e y) e tamb´em nas Nz camadas determinadas

(dire¸c˜ao z).

O pr´oximo cap´ıtulo trata da valida¸c˜ao do m´etodo num´erico implementado neste tra- balho de mestrado, tanto com rela¸c˜ao ao campo hidrodinˆamico, que se relaciona com a press˜ao e a velocidade, `a posi¸c˜ao da superf´ıcie livre e tamb´em com rela¸c˜ao `a discretiza¸c˜ao do termo convectivo da equa¸c˜ao da temperatura.

Cap´ıtulo

8

Valida¸c˜ao do Modelo

Neste cap´ıtulo ser˜ao validados os c´alculos da equa¸c˜ao da press˜ao, da velocidade e da posi¸c˜ao da superf´ıcie livre e dos termos convectivos presentes nos modelos para a equa¸c˜ao da temperatura em duas e trˆes dimens˜oes. Para validar, simultaneamente, as estrat´egias de solu¸c˜ao para press˜ao, velocidade e posi¸c˜ao da superf´ıcie livre desenvolvidas neste tra- balho foram simulados dois problemas f´ısicos com solu¸c˜oes anal´ıticas conhecidas, de modo a comparar os resultados. Uma terceira valida¸c˜ao do c´odigo foi feita comparando os re- sultados obtidos com os resultados apresentados por Chang e Yang [Chang e Yang, 2001]. Para validar a aproxima¸c˜ao do termo convectivos dos modelos para a equa¸c˜ao da tempe- ratura e a estrat´egia de solu¸c˜ao, o resultado obtido neste trabalho ´e comparado com uma solu¸c˜ao anal´ıtica.

8.1

Valida¸c˜oes para os C´alculos dos Campos de Press˜ao,

Velocidade e Posi¸c˜ao da Superf´ıcie Livre

Analisando a equa¸c˜ao de Hele-Shaw, tem-se que o campo de press˜ao ´e dependente da fluidez do pol´ımero, que, por sua vez, depende da viscosidade. A viscosidade ´e fun¸c˜ao da temperatura e da taxa de cisalhamento, que depende da velocidade. Por outro lado, a velocidade depende do gradiente de press˜ao e a posi¸c˜ao da superf´ıcie livre depende da velocidade. Portanto, nessa se¸c˜ao ser˜ao apresentadas as valida¸c˜oes destes trˆes aspectos simultaneamente: o campo de press˜ao, o capo de velocidade e a posi¸c˜ao da superf´ıcie livre.

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