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Somatória da relação entre evapotranspiração real ETR e evapotranspiração

4.2.1.1 Modelos propostos para estimativa da plena floração

X 2 Somatória da relação entre evapotranspiração real ETR e evapotranspiração

potencial ou de referência - ETP para os períodos de dezembro, janeiro e fevereiro. A relação ETR/ETP = 1, significa que toda demanda evaporativa do solo e da planta (vegetação) foi satisfeita pela precipitação pluviométrica armazenada no solo, ao nível radicular. Caso contrário, a planta foi submetida a um processo de estresse hídrico, tanto maior quanto menor a relação referida. Este fator, é uma forma simplificada, climatológica, de estimar a disponibilidade hídrica para a planta (maçã);

X3 = Somatório da insolação, em horas e décimos, determinado por meio de heliógrafo para os períodos mensais de outubro até janeiro, computados mensalmente ou em conjunto (novembro-dezembro, dezembro-janeiro);

X4 = Somatório graus-dia, período de I o maio - 31 julho, pela mesma metodologia descrita para x ,, como forma de dimensionar a disponibilidade térmica do período outono-invemo e indiretamente a disponibilidade de frio para quebra de dormência e, conseqüentemente, a uniformidade na floração;

Xs = Variáveis dummies ( 0 ou 1), compensação de pomares e locais diferentes; b,>b2’b3’b4’bi2b22 = coeficientes de regressão;

e = erro aleatório. As variáveis estimadoras Xi 1X2 1X3 1X4 5X5 são múltiplas considerando-se os períodos envolvidos.

Para a estimativa da evapotranspiração potencial ou de referência, utilizou-se da expressão mundialmente conhecida de PENMAN (1948), com alterações adaptativas regionais, conforme BRAGA (1982), SILVA e BRAGA (1987).

Equação geral: ETP = (S/(S+Y))RL + (Y/(S+Y))Ea ... (08) Onde:

ETP = Evapotranspiração potencial ou de referência (mm/dia); (S/S+Y)RL — > Termo "ENERGIA";

S = coeficiente angular da curva que relaciona tensão de saturação de vapor e temperatura do ar (T), em mmHg/ 0 C, assim definida:

S =( 18795 *107'ST/(237’5+T)) / (237,5+T)2;

Y = Constante psicrométrica, mmHg/ 0 C, assim expressa: Y = Cp*P/0,622*L

Sendo:

P = pressão atmosférica em mmHg (estação meteorológica local); Cp = calor específico do ar úmido em cal/g. 0 C;

Cp = 0,241 cal/g. 0 C;

L = calor latente de vaporização d'água; L + 597,3 - 0,566*T;

Adotou-se para esse caso:

A = Cp/0,622*L = 80 10 5°C ===> p/ psicrómetro comum; A = Cp/0,622*L = 6 6 10”5°C = > p/ psicrómetro aspirado; Y = A*P em mmHg/ 0 C;

RL = saldo de radiação (energia líquida disponível) - mm; RL = ROC - ROL;

ROC = radiação de onda curta (saldo) - mm; ROL = radiação de onda longa (saldo) - mm; ROC = RG(1 - r);

RG = radiação global determinada pelo actinógrafo -cal/cm2 - ou estimada por meio da radiação extraterrestre (Qo) e insolação máxima teórica

(N);

r = poder refletor da superfície vegetada, considerada igual 0,25 conforme MONTEITH (1959);

RG = Qo( a + b*n/N), sendo que:

a e b = constantes para cada local e época do ano, determinadas para

Santa Catarina por BRAGA et al (1987);

n = insolação observada (h e décimos) via heliógrafo;

N = insolação máxima teórica, definida por equação astronômica:

N = (2 hp)/15 dado em horas e décimos;

Qo= 916,7R2 {senl*senD(hp*3,1416/180)+cos(l)*cos(D)*sen(hp)}

Onde:

hp = ângulo horário no pôr-do-sol;

1 = latitude local, considerando o sinal algébrico;

D = declinação solar, considerando o sinal algébrico, definida

por meio de equações astronômicas; R = raio vetor unitário = RM/R1;

RM e RI = distância terra-sol média e do dia considerado, res­

pectivamente.

R 2 = 1,00011 + 0,03422IcosN + 0,00128senN + 0,000719cos2N + 0,000077sen2N;

Sendo:

N = dia do ano;

N = (275 m)/9 - (m+9)/6 + 1 -30 = > ano não bissexto;

N = (275 m)/9 - (m+9)/12 + 1 -3 0 = > ano bissexto;

I = dia do mês ( de 1 até 31);

m = mês do ano ( de 1 até 12);

Sendo:

Z = ângulo zenital =90° 50'

D = declinação solar, definida por:

sen D = 0,39782* sen L = > L = longitude solar;

L = M + 1,916 *sen M + 0,020*sen 2M + 282,634; M = 0,9856 * T - 3,289 ==> M= anomalia média solar; T = tempo aproximado do fenômeno em dias, tal como

0 jan; 0 UT (local considerado);

T = N +(12-F)/24 = > (para as 12 h do dia);

F = longitude do local em horas(graus/15);

N = dia do ano, definido acima. ROL = - s ô t4( 0,56-0,092>/ê ) (0 ,l+ 0 ,9 n /N ) ;

Sendo :£ = emissividade, aproximadamente = 1;

õ T4 = emissão teórica de um corpo negro à temperatura média do ar, em o K, onde g é a constante de STEFAN-BOLTZMANN e corresponde a 1,171008 *10"7cal *cm2’ dia ‘*K 4;

ea = pressão parcial de vapor d'água do ar, em mmHg, dado por:

ea = UR/100*es, onde UR é a umidade relativa média do ar, em %, e es é a

pressão máxima de vapor, em mmHg, expressa pela seguinte equação:

es = 4,5825 * io i7’5’l/<237'5+T)l , onde T = Temperatura média do ar - 0 C;

Y/(S+Y)*Ea = = = = > Termo aerodinâmico Ea = poder evaporante do ar à sombra, em mm; Ea = 0,35(1 + 0,54V)(es - ea), onde:

V = velocidade do vento a 2 metros de altura, em m/s;

V = Vx * ln(Z/Zo)/ln(Zx/Zo), em m/s ===> equação logarítmica adota­

da para transformar velocidade do vento a 2 metros de altura em função de outras, tomadas em diferentes alturas:

Z = altura que se deseja ==> 2 metros;

Zo = altura da rugosidade, ou parâmetro rugoso;

= 0,01 m (Paspalum notatum L.);

Zx = altura do anemómetro que se dispõe,em metros; Vx = velocidade que-dispõe na altura Zx, em m/s;

A estimativa da evapotranspiração real é efetuada de forma indireta,isto é, por meio de uma contabilidade entre entradas e saídas de água no solo, denominada de BALANÇO HÍDRICO. A metodologia adotada neste trabalho para o referido cálculo, segue o principio básico de

THORNTHWAITE e MATHER (1955), com algumas modificações para tomá-lo de forma

seriada. O desenvolvimento de forma seriada, isto é, o período escolhido (diário, pentadal, decendial) guarda relação com o seu precedente. Na interrupção do cálculo de um período para outro, caso típico de mudança do ano, deve ser observado, para a alimentação inicial do cálculo, o valor do armazenamento de água do solo do período anterior, bem como o valor do negativo acumulado (coluna) para que o BH continue seriado. Conforme modificações introduzidas por

BRAGA (1982), no modelo de BH original, é possível o seu cálculo para qualquer capacidade de

água disponível - CAD, entre 0 e 400mm. A CAD significa a quantidade de água que fica disponível para as plantas, armazenadas no solo, entre o ponto de murchamento e a capacidade de campo. Serão utilizados 125mm, como armazenamento máximo de água no solo. Tal valor está baseado na capacidade de retenção dos solos da região de estudo e para uma profundidade média do sistema radicular de 1,25 metro, POLA E BIASI (1993). O balanço hídrico será realizado de forma seriada e por período diário.

O modelo de BH adotado apresenta uma diminuição da água disponível do solo de forma exponencial, isto é, à medida que vai havendo um secamento da água contida no solo (reservatório), tanto mais difícil para a planta torna-se a sua extração, provocando falta de água nos tecidos da planta para proporcionar adequado metabolismo dos seus sistemas. Tal fato, dependendo da seriedade da demanda atmosférica por água, provoca estresse para a planta ou cultura, com conseqüências sobre a produção final. Os elementos climáticos necessários ao cálculo da ETR, ETP e BH, são os seguintes: temperatura média do ar - (°C ), precipitação pluviométrica(mm), umidade relativa - (%), insolação (n) em horas e décimos, velocidade do vento - (m/s), pressão atmosférica - (mmHg), radiação solar global medida ou estimada pela insolação - (cal/cm2 .dia). Para a estimativa tanto da ETP quanto da ETR utiliza-se o sistema agrometeorológico para microcomputador - SISAGRO, conforme SILVA e BRAGA (1987).

b) - Modelos derivados de redes neurais

Para o desenvolvimento destes modelos, segue a mesma abordagem do item 4.2.1.1 - b.