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Se se desejar conhecer um pouco mais dessa cidade que ganha forma, bem mais no imaginário local, do que em seu desenho concreto, outros projetos merecem nota. É o caso do projeto de Lei número dez de 1957, também aprovado pela Câmara naqueles idos de junho. Nele, o executivo ficaria autorizado a abrir um Crédito Especial de “Cr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros) para a construção de um reservatório de alvenaria e cimento para água”. Em sua justificativa verbal, transcrita na forma de artigo segundo, diz que “destinar-se-á o referido tanque para o depósito de águas transportadas das regiões distantes, para suprir as necessidades da população quando desaparecer o precioso liquido que abastece nossa cidade294”. Certamente uma reivindicação que merecia justificativa quanto a sua necessidade.

Aqui não se fala em um desejo de dotar a cidade de um empreendimento moderno: sistema de abastecimento d’água, sobretudo, em sintonia com a ideia de “saneamento” tal como ocorrerá em outras cidades no Brasil e mundo afora. Não se tem os modernos sistemas de abastecimento e distribuição d’água, sobretudo com a presença do item “água tratada”, cara as preocupação sanitárias que deram forma ao empreendimento sistema de abastecimento d’água como um item moderno necessário em muitas cidades do Brasil e do mundo. Porém, o principio do desejo pode encontrar conectores, sobretudo, em se tratando de um desejo levado a cabo pela administração pública: resolver os problemas de armazenamento e distribuição de água dos moradores locais. Contudo, trata-se de um desejo de se criar um reservatório de água com capacidade de armazenamento mais durável, ou seja, um empreendimento destinado a “estocagem de água295”. Neste caso, as paredes de alvenaria e cimento, além de “segurarem” a

água por mais tempo, dariam forma a cisterna construída no Mercado Público.

A água que enchia o reservatório era captada pelas “biqueiras” do “alto” telhado do mercado em épocas de chuva, sendo estocada até ficar escassa as águas dos demais reservatórios. Em dias de seca prolongada, é provável que “carros pipas” se encarregassem de abastecer o reservatório trazendo água de outras localidades. Aquela altura, parece que nossos legisladores pareciam ter percebido que, na ausência de um tipo de sistema de abastecimento mais eficaz e confortável, ou mais moderno, a falta de reservatórios d’água ainda era um problema para os moradores da cidade, não apenas os populares, mas também a

294

(Ata da Sessão Ordinária de de 10 de Junho de 1957, p. 56.)

295 Daniel Roche (2000, p. 191) nos chama atenção para criação de cisternas em determinadas regiões da França

sua elite local. E é bem verdade que, sem água nas proximidades, é provável que muitos moradores sofressem com a falta do “precioso líquido”.

Isso porque, naquele tempo, o reservatório de água mais próximo era o açude João Pessoa construído na década de 1930, a uma distância de 2 a 3 km aproximadamente da sede do Município, conforme nos lembra Andrade (1991). Esse manancial, construído em 1931, foi anunciado com “mérito e que grandes benefícios vem trazer á população”. Efetivamente, em um tempo de seca constante, a obra é envernizada como “uma iniciativa do saudoso Dr. João Pessoa” que viria “contentar bastante a população a merecer esse grande melhoramento”. Sob a responsabilidade do “competente construtor Ivo Souto Maior” o reservatório tinha um “bardo de 133 metros de comprimento, 10m, 50 de altura, firmado na base de 36 metros de largura por quatro metros de altura296”. Era o Açude João Pessoa, nomeado em homenagem ao ex-presidente que havia dado inicio as obras ainda em 1930. Certamente, um empreendimento capaz de amenizar a falta d’água da pequena Vila. Talvez por isso, certo aroeirense tenha congratulado nas páginas da União tamanho melhoramento, mesmo se levando em consideração a distância que se percorria até o açude para trazer a água para o consumo na Vila.

Além desse, o Açude “Jucazinho”, construído por Sebastião Souto Maior ainda na década de 1950, talvez também visasse atender a essa necessidade, a saber, a de acabar com o problema d’água em Aroeiras. Mas esse reservatório também foi construído a considerável distancia da sede do município o que aparentemente dificultava o abastecimento da cidade. Ambos os reservatórios pareciam não ter resolvido o problema d’água da localidade.

Assim, o armazenamento do “precioso líquido” tornava-se uma urgência, extensiva ao futuro, quando os reservatórios comunais baixassem, ou mesmo acabassem suas águas, certamente em períodos de secas prolongadas. Além disso, as distancias percorridas para se obter água dos demais reservatórios, açudes e barragens de pequeno porte, parecia ter se tornado um obstáculo ao armazenamento mais duradouro da água. Por outro lado, a cisterna poderia ter simbolizado a possibilidade de se ter água de melhor qualidade, dado a forma com que seria armazenada, em reservatório de alvenaria fechado.

O sonho ganha forma, e o Mercado Público passou a abrigar esse reservatório (cisterna) no centro da cidade. Mais acessível e com sinais de “conforto” dado a distribuição da água ser feita por um sistema de canos, uma tubulação que saia da cisterna em direção a parte externa, na fachada do Mercado. Lá, as torneiras se encarregavam de encher os

recipientes de posse dos moradores. Latas, baldes, “ancoretas”, enfileiravam-se ao longo da rua central. Certamente, estamos falando de uma “nova” relação, a nível local, entre a forma de armazenar a água e sua distribuição no âmbito público. Pois, esse tipo de reservatório já era bem conhecido dos membros de sua elite local no âmbito privado, sobretudo aos que tinham condições da bancar a feitura de uma cisterna particular, conforme veremos. Porém, queremos acreditar que no âmbito público, tratava-se de um elemento novo, sobretudo, em relação as idas e vindas dos recipientes no lombo dos animais percorrendo longas distancias para pegar água nos demais reservatórios existentes, a exemplo do açude João Pessoa. Além disso, insistimos, a forma de distribuição era um tanto quanto inovadora. Embora, sabemos, não há aqui nenhum traço de abastecimento moderno, na ausência e disponibilidade de água tratada, potável ou ainda instalada para o interior das residências.

Esse empreendimento, decantada a sua utilidade, parece ter chamado atenção daqueles administradores, ou mesmo de algum membro da elite letrada na época, que se encarregou de registrar essa “nova” relação. A imagem abaixo nos fornece pistas sobre isso. Analisemos a imagem...

Fotografia n° 11 – Fila para obtenção de água na Rua central. Acervo Biblioteca Pública Municipal.

A imagem acima é provavelmente da década de 1960. Nela vê-se o aglomerado de pessoas formando uma espécie de fila para obtenção de água. Certamente se trata de uma imagem recorrente quando da distribuição pública do precioso líquido. O espaço retratado é o da Rua Grande, já calçada, a altura da Praça Central. A imagem foi captada de cima da Praça de onde é possível avistar algumas das residências situadas na parte de cima, bem como parte

do “Pavilhão de Recreio” a esquerda da imagem. Contudo, o foco maior da imagem são os “populares em fila” em direção ao provável reservatório de água colocado em cima do passeio público da Praça. Provavelmente de forma provisória para atender a certa urgência. Na altura da calçada a água desce rua abaixo, certamente um desperdício em dias como aquele. Essa imagem parece ter sido tirada com o objetivo de retratar a dificuldade de se obter água em Aroeiras nesse tempo. E sobre isso, alguns populares parecem perceber que deveriam fazer parte daquele cena se deixando fotografar.

O fato é que a cisterna construída no mercado também não resolveu todos os problemas dos moradores locais em relação a falta d’água na cidade, sobretudo, água tratada, tida como mandamento número um das políticas higienistas quando o assunto era abastecimento d’água. Ainda porque, mesmo após a sua construção, filas como essa eram “organizadas” em sentido contrário na direção do mercado público. Por outro lado, mesmo não tendo como precisar a capacidade desse reservatório à época, é provável que atendesse a uma boa quantidade de pessoas. Sendo comum em dias de distribuição de água, seja no mercado, ou seja em reservatórios colocado improvisadamente em locais estratégicos, as pessoas irem e virem pela Rua Central equilibrando suas latas na cabeça, dividindo o peso nos ombros, ou mesmo no lombo dos animais, como é o caso do animal que segue carregado no passeio público do lado direito da imagem. O passeio das águas fazia contornos por essa rua.

Por fim, na impossibilidade desse reservatório atender a todos de forma satisfatória, é provável que tenham surgido novas figuras, emblemáticas, na missão de abastecer os moradores locais, sobretudo aqueles que pudessem comprar. Neste caso, é provável que os antigos carregadores de água tenham se encarregado de modificar seus métodos, de modo a “ganhar mais” em menos tempo e carregando um volume maior de água para atender a uma clientela que, provavelmente em dias de seca prolongada, aumentava consideravelmente. É o caso dos “carros de mão”, verdadeiros “transportes” que “invadem” as ruas da cidade destinados ao abastecimento d’água. Esses transportes eram movidos por um sistema motriz tracionado que envolvia força animal controlada por um “guia” e o uso de “rolamentos” e correntes para auxiliar no movimento das rodas. A “frota” do Sr. Severino Pereira Leite, conhecido como Zé da Gaita, é um bom exemplo desse tipo de transporte. A despeito disso, uma imagem nos informa. Leiamos...

Fotografia n° 12 – Zé da gaita e seus transportes de água. Acervo Biblioteca Pública Municipal.

Na imagem, o Sr. Severino Pereira, à frente, segura com firmeza a “volante” de seu carro e exibe seus dois “transportes” de água. Zé da Gaita, nome que ficou conhecido por soprar uma gaita quando passava pelas ruas da cidade vendendo água, provavelmente trouxe para as ruas de Aroeiras esses transportes, destinados ao abastecimento d’água. Provavelmente naquele tempo, o primeiro “carro” parecia não mais atender as necessidades de sua freguesia, fazendo com que Severino se encarregasse de aumentar a sua frota, adquirindo mais um transporte, menor do que o primeiro. Não sabemos ao certo se foi ele quem construiu o admirável transporte, trazendo a idéia de outras localidades, ou se o mesmo foi literalmente trazido de outra localidade, a exemplo de Campina Grande com quem Aroeiras mantinha fortes relações comerciais, ou mesmo de outras localidades. De um modo ou de outro, temos um indício de atividade que, se não era tão lucrativa em termos mais concretos, provavelmente fazia com que o Sr. Zé se virasse, sobrevivesse desse “trabalho”, ficando igualmente conhecido por ele.

O certo é que, guiado por uma direção de “automóvel” que se conectava as rodas dianteiras por duas “correntes” facilitando a sua condução pelas ruas da cidade, os pequenos transportes comportavam uma carga de três ou dois tambores com uma boa quantidade de água. Presos na “carroceria”, cuidadosamente desenhada, os tambores eram puxados por um “jerico” preso por uma corda que saia de sua base central, formando uma espécie de chassi. O guia, Sr. Zé e um provável ajudante, se encarregavam de guiar o carro e também o animal. No segundo carro, esse sistema de tração pode ser visto.

Os carros contavam ainda com um sistema de “freios” nas rodas traseiras para auxiliar na parada. Note-se na altura da roda traseira de ambos os transportes a presença de um

artefato, provavelmente de madeira e segurado por uma trava que vai de um lado ao outro doas rodas. É um sinal da presença do sistema de freios. Esse sistema composto com algum tipo de material emborrachado, provavelmente pedaços de pneus usados que, em contato com o revestimento de borracha das rodas de madeira, gerava um certo atrito, precioso na diminuição da velocidade. É provável que tal sistema fosse acionado por um pedal que ficava na altura da plataforma traseira, próximo ao volante e usado pelo guia quando o transporte embalava. Essa plataforma pode ser vista na imagem.

Na imagem, dada a presença de dois “carros”, Zé trazia consigo cinco tambores, que frequentemente eram enchidos, o que certamente lhe rendia um bom troco ao final do dia. Trazida de regiões próximas, a água era vendida e distribuída por um sistema de mangueiras que saiam dos tambores para encher os recipientes particulares. Essa mangueira pode ser vista entre os tambores do primeiro transporte. Na imagem, observa-se a presença de dois recipientes menores, um em cada carro, que certamente serviam para auxiliar no enchimento dos tambores nos açudes e/ou poços nas redondezas. É de se pensar que inúmeras cargas d’água foram encomendados a Zé sendo esperada com ansiedade o sopro de sua gaita se aproximando das residências. Essa imagem é indicativa a uma cartografia de trabalho inscrita pelas ruas da cidade naquela época. Neste caso, a água era a mercadoria preciosa. E, assim, Zé da Gaita vendia suas águas, soprando a gaita pelas ruas, dando o sinal que se aproximava.

2.7. “A iluminação pública de Paulo Afonso”: os desejos de equipar a cidade com um novo sistema de luz elétrica.

Por esse tempo, pode-se se dizer que as obras que ganhavam espaço pelas ruas da cidade também eram requeridas em outras localidades e distritos de Aroeiras. Sobre isso, uma fala nos soa simbólica para pensarmos a forma como aqueles políticos e administradores da época se preocuparam em colorir suas atuações diante da missão de se construir a cidade.

É o que podemos notar nesse discurso proferido na década de 1960, em inauguração de algumas obras na Vila de Gado Bravo, no alcance dos limites do município, onde o vereador Pedro Paulo de Andrade descreve o contexto das transformações urbanas na pequena cidade, bem como a forma como se mostraram operosos aqueles homens que compunham o poder legislativo e executivo local. Para ele, o acontecimento que os unia naquela ocasião era,

[...] dos mais expressivos na luta que estávamos empenhados pelo desenvolvimento do nosso município. De fato, a inauguração do calçamento desta bela Vila é uma

das mais importantes contribuição para o desenvolvimento desta zona, inicial, de suas aspirações, indispensável ao seu progresso. Consta-nos que é do Programa do Exmo. Senhor Prefeito municipal estender também a rede de luz elétrica da Saelpa até esta Vila; realmente, não se pode falar em desenvolvimento sem energia; uma terra não se pode industrializar, não se pode superar as condições primárias do seu atraso sem que nela disponha de equipamento energético característico da civilização moderna. (...) Quero... congratular-me com o povo deste distrito e com todos os munícipes pela inauguração deste melhoramento...297

Esse discurso, proferido naqueles idos de 1960 marca o encontro de novos e antigos membros do executivo e do legislativo local. Acontece que em 1959, assume a prefeitura o Sr. Joaquim Antônio de Andrade, novamente apoiado por Carlos Pessoa Filho. Nesse tempo, a cidade continuou passando por algumas reformas e transformações, extensivas a outras localidades do município como é o caso das inaugurações do calçamento da Rua central do então distrito de Gado Bravo. Na fala de nosso orador, o empreendimento luz elétrica, bem como demais melhorias implantadas no distrito seriam capaz de tirar a localidade de seu atraso econômico e social. Um provável mero jogo de palavras em que, especialmente a luz elétrica, naquele momento, a luz de Paulo Afonso é decantada com um valor redentor. Para além disso, na fala novamente nos é lembrado que o desejo de transformar a cidade começa bem antes, continuado pelo atual prefeito.

Não se pode negar que o principio é o mesmo que animou os primeiros anos de mandato desses políticos na “nova" Comarca. Por isso, nada de se admirar que o discurso chame a atenção para a “luta” com que aqueles homens estavam empenhados. Nada como tornar pública essas intenções em um distrito com considerável número de habitantes. Trata- se de uma estratégia que tendia a levar para o conhecimento público essa predisposição. Um verdadeiro palco é montado onde o apelo ao progresso e a idéia de civilização moderna envernizam aquelas obras. Um discurso digno de comoção cívica.

Por outro lado, a alusão do nosso orador quanto as futuras pretensões de estender a rede de energia elétrica até o povoado nos é indicativa de que em Aroeiras o “antigo” sistema de iluminação a motor já havia sido substituído. Por essa época, era provável que o motor de luz também não fosse condizente com os pretensos ares modernos com que esses administradores pintavam a cidade298. Os projetos de iluminação das ruas da cidade dão sinais de aparecimento por volta de outubro de 1962. Nesse tempo, as Atas do Legislativo falam

297Discurso proferido pelo vereador Pedro Paulo de Andrade na ocasião da inauguração do calçamento da vila de

Gado Bravo, pertencente ao município de Aroeiras (década de 1960).

298

Alguns projetos e requerimentos trazem consigo a proposta de abrir crédito especial para consertar o motor de energia. É o caso de Lei n° 1/61 do executivo local levado ao conhecimento do legislativo em 23 de janeiro de 1961 abrindo crédito de Cr$ 20.000,00 para o conserto dos motores de luz de Aroeiras e Pedro Velho.

sobre a contratação de empresa de eletrificação da sede do município. É o caso do projeto de Lei n° 27/62 apresentado pelo executivo a Câmara em 30 de Outubro de 1962. Nele o prefeito pede a autorização para abertura de crédito no valor de “Cr$ 700.000,00 (setecentos mil cruzeiros) para contratar projeto referente a eletrificação da sede municipal”.

De fato, nesse tempo, por volta de 1963, já no final do primeiro mandato de Joaquim Antônio de Andrade, a energia elétrica da cidade já havia sido inaugurada com direito a desfile e orquestra animando as ruas da cidade. É o que a imagem abaixo nos mostra.

Fotografia nº 13 – inauguração da energia elétrica. Acervo: Biblioteca Pública Municipal.

Na foto vê-se o desfile de autoridades políticas seguida de moradores, na inauguração da Luz Elétrica de “Paulo Afonso”, como ficou conhecida. Na imagem à direita, de terno encontra-se o então prefeito Joaquim Antônio de Andrade, seguido do representante do governador Pedro Gondin e, por último, o então secretário de Agricultura do Estado, o Sr. Carlos Pessoa Filho e sua esposa Terezinha Pessoa de vestido branco à esquerda foto. Eles abrem o cortejo de inauguração seguido de uma orquestra, certamente, animando as ruas da cidade e anunciando que aquele era um dia de festa. A presença do representante do governo estadual é indiciária no sentido de que se tratou de um projeto em que o executivo estadual esteve presente deliberando recursos. É provável que muitos dos projetos aos quais citamos anteriormente tenham tido a participação do estado.

Caminhando pela Rua, em direção ao centro, provavelmente saindo da residência do prefeito mais ao fundo, a comitiva segue para a rua central onde certamente se encarregaram de fazer o cerimonial com os discursos de praxe. Nesse tempo, pode-se se falar em energia pública tendo o projeto de eletrificação colocado postes ao longo das ruas. Na imagem, o céu da pequena Aroeiras acha-se cortado pelos fios da eletricidade, bem diferente das imagens de outrora. Mas será que efetivamente se mudou algo? Ou ainda essa energia foi um “bem” tido para poucos? É provável que essa última questão seja preenchida com uma afirmativa, de modo que essa energia tenha chegado primeiramente nas residências da elite local. Mesmo mais acessível quando puxada de um dos postes para o interior das residências, é provável que ela tenha permanecido inacessível.

Além da energia elétrica, a década de 1960, em sua primeira metade, foi palco para implantação de outras obras e instrumentos modernos que desfilaram nos pontos que conectam o desenrolar dos projetos de transformação urbana. No tocante ao calçamento da Rua do Alto, atual Rua Epitácio Pessoa, na primeira metade da década de 1960, a melhoria

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