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5. Análise e Discussão de Resultados

5.3. Análise por Subsetor de Atividade

5.3.3. Subsetor dos Produtos de Padaria

A nível Nacional, 6% das empresas do subsetor dos produtos de padaria/pastelaria não têm os serviços de segurança e saúde no trabalho organizados, sendo que 20% das empresas faz parte da região do Alentejo, já que, todas as empresas nas regiões Norte e Centro do País têm os serviços de SST organizados. Das empresas analisadas que têm os serviços se segurança e saúde no trabalho organizados, estão de acordo com os requisitos legais.

Apesar da maioria das empresas terem os serviços de segurança e saúde no trabalho organizados, apenas 71% realizaram avaliações de riscos, sendo que a regiões Centro e do Alentejo contribuem para essa percentagem, visto que 17% e 80% das empresas, respetivamente, não realizaram avaliações de riscos aos postos de trabalho. No que se refere a avaliações de risco ao ruído ocupacional, apenas 6% das empresas analisadas, a nível

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Alentejo realizaram avaliações de risco ao ruído, e apenas 17% das empresas da região Centro apresenta avaliações documentadas deste risco. Quanto à existência de avaliação de riscos químicos, 88% das empresas a nível Nacional não realizaram avaliações nas suas instalações, dado que, nas regiões Norte e Centro 83% das empresas não as realizaram, e na região do Alentejo, nenhuma empresa realizou este tipo de avaliações. No que se refere à avaliação de riscos de vibrações, somente 18% das empresas as realizaram. Fazendo a análise por região, na região Norte apenas 17% das empresas realizou avaliações de risco a este parâmetro, na região Centro a percentagem sobe um pouco, ficando-se pelos 33%, enquanto na região do Alentejo, nenhuma empresa realizou avaliações de riscos a vibrações nos locais de trabalho. No que diz respeito à existência de avaliações de riscos do ambiente térmico apenas 24% das empresas analisadas, a nível Nacional, realizaram avaliações. Pela análise por região, verificou-se que 17% das empresas da região Norte, e metade das empresas (50%) da região Centro e nenhuma empresa na região do Alentejo, realizaram avaliações. As avaliações ao nível da iluminância também são escassas, visto que a nível Nacional, 65% das empresas não efetuaram quaisquer avaliações de riscos referentes aos níveis de iluminação dos postos de trabalho. Das regiões Norte e Centro, metade das empresas que participaram no estudo (50%), realizaram estudos aos níveis de iluminância, e na região do Alentejo, nenhuma empresa realizou estas avaliações.

Relativamente à existência de sinalização de segurança, todas as empresas analisadas possuem sinalização de segurança nas suas instalações, no entanto, o panorama a nível Nacional requer intervenção, visto que 94% das empresas, no que respeita à sinalização das vias de circulação não cumprem os requisitos preconizados na legislação, sendo as regiões Centro e do Alentejo aquelas que estão em maior incumprimento, pois não existem empresas com as vias de circulação sinalizadas. Desta forma, no que se refere às vias de circulação serem da cor adequada, este parâmetro só se verificou existir na região Norte, apesar de 17% das empresas sinalizarem as vias de circulação, nenhuma das empresas utilizava as cores regulamentares para esse efeito.

No caso da iluminação, a nível Nacional 82% das empresas possuem os níveis de iluminação adequados, todavia, em 53% das empresas das 3 regiões verificou-se a existência de sombras nas áreas de trabalho. Na maioria das empresas das regiões Norte e do Alentejo existem sombras nas áreas de trabalho, 83% e 80%, respetivamente. Contrariamente, na região Centro não foram identificadas sombras sobre as áreas de trabalho, que diminuíssem a visibilidade sobre as tarefas que os trabalhadores executam. No entanto, quase metade das empresas analisadas não possuem iluminação natural, uma vez que os horários de funcionamentos das empresas deste subsetor ocorrem, geralmente, durante o anoitecer/amanhecer (Gaspar et al., 2018), tornando assim ainda mais preocupante as percentagens apresentadas.

Quanto às avaliações de riscos complementares, os riscos mais iminentes são os riscos associados a queimaduras térmicas, como seria expetável por causa do processo produtivo em

causa, e os riscos associados a riscos ergonómicos e de posturas, que foram identificados em todas as empresas que participaram no estudo. De seguida, a existência de riscos associados a entalamentos, choques, cortes ou perfurações, apresenta as mesmas percentagens nas mesmas regiões do País nos riscos associados a queda de objetos. Nas regiões Norte e do Alentejo, foram identificados os dois tipos de riscos em todas as empresas, e na região Centro, apenas não foram identificados este tipo de risco em 17% das empresas. No que se refere ao risco de incêndio, verificou-se que em apenas 12% das empresas, a nível Nacional, não foi identificada a existência de risco de incêndio. Nas regiões Norte e do Alentejo foi identificado o risco de incêndio em todas as empresas objeto de estudo, já na região Centro a percentagem desce relativamente, para 67%. Outro risco, é o risco associado a máquinas e equipamentos, que em apenas 12% das empresas do País, não foram identificados riscos na utilização de máquinas e equipamentos. Na região Norte verificou-se a existência deste risco na totalidade das empresas analisadas, e nas regiões Centro e do Alentejo este risco foi identificado em cerca de 80% das empresas.

Face à análise das avaliações de movimentação manual de cargas nas empresas deste subsetor, destaca-se a realização de tarefas que envolvem transporte/elevação manual de cargas, com 82% a nível Nacional.