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5 SISTEMA ESTADUAL DE TRANSPORTES NA ATUALIDADE:

5.1.1 Subsistema Aeroviário

O subsistema aeroviário atual compreende uma rede aérea que conecta sete destinos. Destes, seis destinos são aeroportos e um diz respeito à pista ativa de Pracuúba, município que abriga grandes fazendeiros locais. Os aeroportos são: Macapá, Belém, Oiapoque, Monte Dourado, Base aérea de Amapá e Caiena. Este último é um destino ainda em planejamento, cujo acordo de implantação teve início em 2014. Como parte dos incentivos para que a companhia aérea implantasse a rota, exigiu-se a redução ou isenção da alíquota do imposto incidente sobre o combustível. Em meados de 2015, as negociações foram concluídas entre a companhia aérea e o governo do estado, e a implementação deverá ocorrer até 2016. Mesmo

que a configuração espacial do subsistema aeroviário possua sete destinos ativos ou em fase de ativação, os fluxos estão concentrados entre os aeroportos de Macapá e Belém, ou seja, para fora do estado (Figura 30).

Figura 30: Representação esquemática do subsistema aeroviário atual do estado e seus principais nós. Fonte: Elaboração

Embora o Amapá apresente fluxos aéreos significativos para o transporte de passageiros e cargas, esse fluxo está relacionado com as demandas em escala inter-regional ou nacional. O fluxo aéreo a partir do território amapaense concentra-se na ponte área Macapá- Belém e a partir daí são feitas a conexões para o restante da região Amazônica ou do restante do país. Esses voos são operados pelas grandes companhias aéreas como GOL, TAM e

AZUL, utilizando-se de aeronaves com capacidade acima de 100 passageiros e com tração a sistema de turbinas ou turboélices.

Os fluxos internos no território amapaense são de menor intensidade, com voos pouco regulares e operando aeronaves de pequeno porte monomotores ou bimotores entre as rotas Macapá-Monte Dourado e Macapá-Oiapoque. Apesar de ter um aeródromo de pista não pavimentada, os voos para a cidade de Laranjal do Jari, no sul do estado, utilizam o aeroporto da cidade irmã paraense de Monte Dourado. Os pousos na cidade fronteiriça de Oiapoque, ao norte do estado são realizados no aeroporto local, que possui pista de 3000 metros pavimentada e sinalizada. Esse aeroporto é controlado por um destacamento da Força Área Brasileira (FAB).

Uma rota aérea entre a Base aeronaval de Amapá e o litoral amapaense também foi eventualmente operada entre meados da primeira e início da segunda década do século XXI . Essa rota era feita basicamente por helicópteros para o transporte de pessoal técnico, cargas e suprimentos para os navios de pesquisa de empresas petrolíferas na costa amapaense. Embora ainda indefinida, a perspectiva de exploração de petróleo ao longo da costa marítima no Amapá pode significar uma nova dinâmica de desenvolvimento regional. Embora em franco processo de desativação, a base aérea de Amapá tem posição estratégica no centro do estado, conectada a capital por rodovia pavimentada. A considerar a função de conectividade e outras facilidades logísticas como a proximidade dos portos fluvio-oceânicos de Calçoene e Amapá, esse aeródromo poderá ser de importância fundamental para os fluxos de provimentos e passageiros para as plataformas de extração de petróleo na costa do Amapá.

A base aérea de Amapá que foi construída originalmente com duas pistas ainda conta com uma estrutura planejada que poderá permitir seu aproveitamento após reformas, adequações e ampliação da capacidade de controle. Até início da segunda década do século XXI, o controle de tráfego era realizado a partir de único prédio reativado na década de 90 do século XX pelo Governo Federal Brasileiro. Esse controle estava sob a responsabilidade da FAB e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO).

Na atualidade, o estado possui apenas dois aeroportos operantes, sendo o de Oiapoque operado fundamentalmente para fins de controle fronteiriço e esporadicamente para voos comerciais e de pequenas aeronaves particulares. O único aeroporto que opera voos comerciais e de cargas de média escala é o situado na capital Macapá que possui pista única e um terminal de passageiros com dois pequenos anexos construídos para embarque e desembarque. Um novo terminal, com capacidade aproximada para a movimentação 1 milhão

de passageiros (Brasil,2015) por ano está sendo construído, mas devido a problemas de projeto e verbas, ainda não existe prazo para a sua conclusão.

No que concerne à sua infraestrutura aeroportuária, o Amapá ainda é completamente dependente da administração federal, tanto no que concerne á implantação das estruturas quanto á sua manutenção e ordenamento legal. Após quase 30 anos de sua emancipação, o Estado ainda não possui nenhum instrumento interno, seja de lei ordinária ou mesmo portaria normativa que estabeleça qualquer diretriz voltada ao setor aeroportuário.

Vantagens comparativas da reativação da Base Aérea de Amapá como suporte à extração de hidrocarbonetos na costa do estado.

-Área mais próxima a área metropolitana da capital e através da BR-156 que nesse trecho já está completamente pavimentada, sendo que em Santana, o porto poderá ser o link para receber cargas recebidas via balsa, transportadas do sul do país por rodovias, a serem transportadas até os portos fluviais de Calçoene ou Amapá

-Situa-se em região produtora de gado, peixe, leite e insumos alimentícios para abastecimento do pessoal embarcado.

-Possui nos portos fluviais de Calçoene e Amapá um suporte imprescindível e muito mais acessível do que aquele que seria feito pelo Rio Oiapoque para o transporte de suprimentos para as plataformas de exploração.

-possui boa rede hoteleira.