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substâncias infecciosas

O transporte de materiais infecciosos e potencialmente infecciosos está sujeito a severa regulamentação nacional e internacional. Tal regulamentação descreve a utilização apropriada de materiais de acondicionamento, assim como outros requisitos de expedição.

O pessoal de laboratório deve expedir as substâncias infecciosas segundo os regu-lamentos aplicáveis a transporte. A observância destes reguregu-lamentos:

1. Reduz a probabilidade das embalagens sofrerem danos e deixarem escapar algum conteúdo, o que leva a uma

2. Redução de exposições que resultem em infecções possíveis e 3. Melhor eficiência no transporte de embalagens.

Regulamentos internacionais sobre transportes

Os regulamentos sobre o transporte de materiais infecciosos (qualquer modo de transporte) baseiam-se nos Regulamentos Modelo das Nações Unidas sobre Transporte

de Mercadorias Perigosas (40). Estas recomendações são elaboradas pela Comissão

de Especialistas das Nações Unidas sobre o Transporte de Mercadorias Perigosas (UNCETDG). Para que se tornem legalmente obrigatórios, os Regulamentos Modelo

das Nações Unidas devem ser introduzidos nos regulamentos nacionais e

regulamen-tos modais internacionais pelas autoridades competentes (por exemplo, as Instruções

Técnicas para o Transporte Seguro de Mercadorias Perigosas por Via Aérea (41) da

Orga-nização da Aviação Civil Internacional (OACI) para o transporte aéreo e o Acordo

Europeu sobre o Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por via Terrestre

(ADR) (42)).

A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) publica todos os anos

Directivas sobre Expedição de Substâncias Infecciosas (43). As directivas da IATA devem

conformar-se com as Instruções Técnicas da OACI, como padrão mínimo, mas podem impor outras restrições. As directivas da IATA são aplicáveis se a expedição for feita por um dos seus membros.

Dado que os Regulamentos Modelo das Nações Unidas sobre Transporte de

Mer-cadorias Perigosas são um conjunto dinâmico de recomendações sujeitas a rectificações

bienais, é necessário consultar as últimas emissões de regulamentos modais nacionais e internacionais para encontrar os textos reguladores aplicáveis.

A OMS tem um papel consultivo junto da UNCETDG. Na 13aedição (2003) dos

Regulamentos Modelo das Nações Unidas (40) foram introduzidas alterações

impor-tantes em relação ao transporte de substâncias infecciosas. Orientação sobre o con-texto das correcções adoptadas pode ser obtida junto da OMS (44).

Os regulamentos modais internacionais não são destinados a suplantar requisitos locais ou nacionais. Contudo, em situações onde não existam requisitos nacionais, devem seguir-se os regulamentos modais internacionais.

É importante notar que o transporte internacional de substâncias infecciosas está também dependente e sujeito aos regulamentos nacionais de importação/exportação.

O sistema básico de embalagem tripla

Na Ilustração 13 dá-se um exemplo do sistema de embalagem tripla que é o método escolhido para o transporte de substâncias infecciosas e potencialmente infecciosas. Este sistema é composto por três elementos: o primeiro receptáculo, a embalagem secundária e a embalagem exterior.

O primeiro receptáculo contendo a amostra deve ser estanque e estar correcta-mente etiquetado de acordo com o conteúdo. Este receptáculo é embalado em mate-rial absorvente suficiente para absorver todo o líquido em caso de quebra ou derrame. Para embrulhar e proteger o primeiro receptáculo ou receptáculos utiliza-se outra embalagem estanque. Nesta embalagem secundária podem colocar-se vários primeiros receptáculos embrulhados. Certos textos reguladores indicam os limites de volume e/ou peso para embalagens de substâncias infecciosas.

A terceira embalagem protege a segunda contra danos durante o transporte. Dados, cartas e outros tipos de informações identificando ou descrevendo a amostra e que identificam o expedidor e o destinatário, assim como qualquer outro docu-mento exigido, também devem ser fornecidos de acordo com os reguladocu-mentos mais recentes.

Os Regulamentos Modelo das Nações Unidas determinam o uso de dois sistemas diferentes de embalagem tripla. O sistema básico de embalagem tripla aplica-se ao transporte de várias substâncias infecciosas; contudo, organismos de alto risco devem ser expedidos de acordo com exigências mais rigorosas. Para mais detalhes sobre a uti-lização de diferentes embalagens segundo os materiais a transportar, é aconselhável consultar os regulamentos nacionais e/ou internacionais para acesso aos textos reguladores aplicáveis.

Processo de limpeza de derrames

No caso de derrame de material infeccioso ou potencialmente infeccioso, deve utilizar-se o seguinte processo de limpeza:

1. Utilizar luvas e vestuário protector, incluindo, se necessário, protecção para a face e os olhos.

2. Para não deixar espalhar, cobrir o derrame com toalhas de papel ou de pano.

Primeiro receptáculo (tubo de ensaio) Embalagem secundária (estanque) Tampa Material absorvente Registo da amostra (incluindo lista do conteúdo)

Embalagem exterior Etiqueta indicando a orientação da amostra (não é obrigatória se o primeiro receptáculo não exceder 50 ml) Especificação das NU

Embalagem e etiquetagem de substâncias infecciosas de Categoria A

Tampa impermeável Material de embalagem absorvente Embalagem secundária (estanque) Etiquetas destinatário/expedidor Marca da embalagem Designação da expedição Embalagem exterior rígida Lista do conteúdo (registo da amostra) Recipiente tipo porta-tubos

(styrofoam ou esponja) Primeiro receptáculo (estanque) expedição Marca da embalagemembalagem Embalagem Lista do conteúdo (registo da amostra) Lista do conteúdo Recipiente tipo porta-tubos

(styrofoam ou esponja) (styrofoam ou esponja) Primeiro receptáculo (estanque) (estanque) destinatário/expedidor Etiquetas Embalagem secundária (estanque) (estanque) secundária Tampa

Embalagem e etiquetagem de substâncias infecciosas de Categoria B

Ilustração 11. Exemplos de sistemas básicos de embalagem tripla

(gráficos gentilmente fornecidos por CUH2A, Princeton, NJ, EUA)

p (tubo de ensaio) g (estanque) Material de embalagem absorvente absorvente Material de

3. Deitar um desinfectante apropriado sobre as toalhas de papel e a área imediata-mente circundante (geralimediata-mente, estão indicadas soluções de lixívia a 5%; mas para derrames em aeronaves devem utilizar-se desinfectantes de amónio quaternário). 4. Aplicar o desinfectante de uma forma concêntrica, principiando pelo exterior da

área do derrame e avançando para o centro.

5. Depois do período de tempo apropriado (por exemplo, 30 minutos), retirar os materiais. No caso de haver vidro partido ou outros objectos cortantes, utilizar um apanhador ou um pedaço de cartão rígido para recolher o material e colocá-lo num recipiente resistente para eliminação.

6. Limpar e desinfectar a área do derrame (se necessário, repetir os passos 2–5). 7. Descartar os materiais contaminados para um recipiente estanque e imperfurável

de eliminação de resíduos.

8. Uma vez terminada a desinfecção, informar as autoridades competentes de que o sítio foi descontaminado.

PARTE V

Introdução a