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RESULTADOS E DISCUSSÃO

L. Sugestões e considerações

Foi perguntado aos participantes quais sugestões poderiam ser dadas para o Programa TEC NEP. Podemos observar no Quadro 17 que as respostas foram categorizadas em três itens, que serão apresentados a seguir.

Quadro 17. Sugestões para o Programa TEC NEP

Categorias Participantes Respostas mais freqüentes Desenvolver

uma política norteadora

para o Programa

E1, E4, E5, E6, E7, E8, E10, E10, E11, E12, E13, E17, E20, E25, E27, E28

• Valorizar os recursos humanos (gestores) no sentido de uma maior integração das ações em nível Estadual e Federal.

• Desenvolver ações articuladas - gestores regionais/ gestores estaduais/ coordenadores de núcleos.

• Desenvolver reuniões periódicas com os diretores das IFETs para averiguar o comprometimento destes com o Programa • Criar um projeto único onde todas as regiões

estivessem amparadas pela mesma linguagem de trabalho

• Criar comissões regionais

• Inserir disciplinas de Educação Especial nos cursos de Licenciatura

• Orientar /Incentivar a reserva de vagas • Avaliação qualitativa e quantitativa do

projeto TEC NEP

• Promover mais encontros por região

Proporcionar capacitação e Formação Continuada

E1, E2, E4, E5, E8, E9, E11, E15, E18, E21, E22, E23, E27,

E28, E29

• Capacitar o maior número possível de pessoas interessadas na inclusão. • Criar condições para que o programa

oportunize a capacitação de todos

• Implementar no Programa a formação dos recursos humanos na área de educação especial.

• Investir na formação do professor

Recursos Financeiros

E4, E6, E8, E9, E11, E12, E13, E14, E15, E19, E22, E23, E26,

E28, E29

• Definir orçamento anual para todos os núcleos do programa

• Definir acompanhamento sistemático pela SETEC/MEC.

• Buscar fontes de financiamento de projetos voltados para a inserção do PNE.

• Sensibilizar mais o governo quanto a verbas para as implantações das adaptações

Como sugestões para melhorar o Programa TEC NEP, os participantes apontaram várias propostas que foram categorizadas nos seguintes itens: desenvolver uma política norteadora para o Programa; capacitação e formação de recursos humanos e recursos financeiros. Essas sugestões sugerem que o Programa TEC NEP não apresenta ainda uma proposta política definida. O Programa parece não agregar condições que indiquem caminhos de uma política de inclusão que se proponha a garantir o acesso de pessoas com necessidades educacionais especiais à educação para o trabalho.

A seguir apresentaremos algumas considerações finais expostas nos questionários pelos informantes.

“Sucesso no desenvolvimento do seu projeto e que mais pessoas voltem seus trabalhos de pesquisa nessa direção” (E2).

“Gostaria de pedir divulgação do resultado de sua pesquisa, uma vez que para nós que estamos começando a trabalhar com os PNE’s, será de uma grande ajuda, junto a instituição e junto as empresas parceiras” (E6).

“Acolher a pessoa com deficiência na sociedade não pode ser restrito a um sentimento interno nas pessoas...Criar as ferramentas e as tecnologias de adequação e adaptação, em todos os níveis, é uma obrigação da sociedade” (E8).

“Sim. Fornecer recursos para que o Núcleo possa trabalhar a formação continuada, cursos básicos e outros. Gostei da sua pesquisa, após a conclusão mande-nos os resultados” (E9).

“A coordenação nacional programar e orientar a realização de pesquisa pelos NAPNE’s sobre a questão da reserva de vagas. Desejar sucesso a você e cumprimentá-la pela iniciativa” (E10).

“Capacitação mais regular dos envolvidos no programa... Avaliação qualitativa e não quantitativa do projeto” (E11).

“Que o programa de capacitação na rede seja logo viabilizado” (E12).

“Estou tentando estabelecer cotas para o processo seletivo, percebo algumas resistências, peço-lhe alguma sugestão” (E15).

“Gostaria de fazer uma observação quando a nossa Escola, tendo em vista a sua localização e a região que a mesma se encontra, a demanda assistida pela escola é relativamente pequena. Até o momento, não exigiu ainda da instituição mudanças mais complexas, sendo que os alunos atendidos se adaptarem a estrutura existente com algumas pequenas adequações. Pretende-se para o ano de 2006 aumentarmos essa demanda através de uma maior divulgação” (E17).

“Sinto uma imensa falta de apoio, principalmente da escola onde trabalho, mas o programa poderia ser mais atuante e menos teórico” (E20).

“O fato de ainda não termos implantado efetivamente nossas ações com os PNE, dificulta a apresentação de uma avaliação mais criteriosa sobre o assunto. Provavelmente, em um outro momento teremos condições de apresentar/apontar outros aspectos relevantes para o desenvolvimento do Programa” (E22).

“Por gentileza, no caso dos surdos não utilize o termo deficiência auditiva. Este é um olhar colonizador e perverso” (E24).

“Considero este tipo de pesquisa de levantamento extremamente relevante, pois nos permite fazer um levantamento do que está acontecendo nas escolas que implementaram este serviço” (E25).

“Temos procurado fazer o melhor, mas reconheço que ainda é muito pouco diante do tenho para fazer. Espero que o governo olhe com mais atenção quanto aos recursos a serem investidos no setor” (E26).

“A Educação Especial é um processo irrevessivel, não tem como retroagir, a ciência em especial a bioneurologia, já conseguiu provar que o cérebro humano é capaz de aprender mesmo lesionado. O que falta é vivenciar esse processo de fato, pois de direito ele também já existe, leis é que não faltam. Falta apenas acreditar, sonhar e é claro lutar, p/ que a inclusão realmente aconteça” (E28).

As considerações finais apresentadas pelos participantes demonstram as expectativas, inseguranças e as preocupações dos participantes em relação ao desenvolvimento do Programa, no que se refere às condições para ingresso e permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais, como também na formação de recursos humanos. Evidenciam também a importância de pesquisas que tenham como objetivo avaliar políticas que estão em processo de implementação.

A luta pela construção de uma escola pública de qualidade e para todos tem se constituído em um desafio no interior da implementação de políticas públicas. Nesse contexto, entendemos que a educação não se apresenta separada do contexto político, no qual as práticas sociais contraditórias expõem, ainda hoje, uma parcela significativa de cidadãos a uma condição de desigualdade social e, portanto, de usurpação de direitos.

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