• Nenhum resultado encontrado

ABANDONO DO ESTUDO SISTEMATIZADO DO CÓDIGO

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS 1 Considerações Finais

6.2 Sugestões para futuros trabalhos

Com a aplicação deste trabalho sugerimos que, diante da importância de se formar o aluno trabalhador alfatetizado e crítico, há necessidade de modificações contundentes e importantes no âmbito escolar.

Tais alterações estão relacionadas às questões sociais e políticas, sendo que se observa os interesses da classe dominante, que tem intenções em manter a sociedade doutrinada de acordo com as regras da sua visão de mundo.

Para tornar o aluno trabalhador alfabetizado e crítico, exigir-se a que a escola seja um ambiente rico em materiais de qualidade, que ofereça e oportunize o manejo de diferentes opções direcionadas aos conteúdos essenciais, para que conheçam e possam fazer uma auto-seleção do que está aprendendo.

É necessário um envolvimento de todo corpo docente para oferecer aos alunos, aulas com qualidade, motivando-se e despertando o prazer pelo que está sendo transmitido.

É preciso eliminar técnicas antigas, que só levam a “memorização” de conteúdos e proporcionar técnicas que o levem a pesquisar, analisar, refletir e compreender, tornando-os capazes de descobrir mais o mundo por conta própria.

Para serem trabalhadores alfabetizados, para se desenvolverem, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura, a escrita, a escola deverá mobilizar-se inteiramente, pois aprender a ler (e também ler para aprender) requer esforço. Precisamos fazer com que os alunos achem que a alfabetização é algo interessante e desafiador, algo que, conquistado plenamente, dará autonomia e

liberdade de expressão. Precisamos torná-los confiantes, condição para que possam enfrentar o desafio de “aprender fazendo”.

Deve ser realizada uma prática pedagógica de alfabetização eficiente, é algo que requer condições favoráveis para a prática de alfabetização, não se restringindo apenas aos recursos materiais disponíveis, pois, na verdade, o uso das dinâmicas é o aspecto mais determinante para o desenvolvimento da prática e do gosto pela aprendizagem.

Alguns passos que podem ser utilizados para um desenvolvimento da alfabetização são: espaço físico específico e o processo profissional adequado para desenvolver um trabalho pedagógico a partir dos conteúdos programados de forma interdisciplinar, utilizando-se de metodologias e técnicas adequadas à Educação de Jovens e Adultos.

Outro fator significativo refere-se a formação de alfabetizadores, pois antes de começar a ler e escrever , estas pessoas precisam estar capacitadas.

Para tanto, sugerimos que os Governos estaduais, prefeituras,universidades, ONGS e entidades civis sem fins lucrativos busquem trabalhar com alfabetização de jovens e adultos para que possamos amenizar e não mais ignorar a realidade de pelo menos 20 milhões de brasileiros com mais de 15 anos de idade que não tiveram acesso à leitura e a escrita.

É importante lembrarmos também que parte fundamental de qualquer programa de alfabetização consiste no acompanhamento rigoroso da avaliação dos rendimentos dos alunos. Pois só desta forma, poderemos construir um país mais justo e mais humano.

REFERÊNCIAS

BEAUD, Michel. Arte da tese: como preparar e redigir uma tese de mestrado, uma monografia ou qualquer outro trabalho universitário. Tradução: Glória de Carvalho Lins. 2a. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

CAPORALINI, Maria Bernadete S. C. A transmissão do conhecimento e o ensino noturno. Campinas: Papirus, 1991.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil: leitura crítico compreensiva: artigo a artigo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

CARVALHO, Célia Pezzolo de. Ensino Noturno: realidade e ilusão. São Paulo: Cortez/ Editores Associados, 1985.

Constituição da República Federativa do Brasil. 4a. ed. Brasília: Imprensa Nacional, Divisão de Editoração, 2000.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 2000.

DI ROCCO, Gaetana Jovino. Educação de adultos – uma contribuição para seu estudo no Brasil. Coleção realidade Educacional nº 5. São Paulo. Edições Loyola,1979.

FAZENDA, Ivani. (org). Metodologia da Pesquisa Educacional. 4a. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

FREIRE, Paulo. Política e educação. São Paulo: Cortez, 2000

_____. Pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1981.

_____. Desafios da educação de adultos frente ‘a nova reestruturação tecnológica. Conferência in Seminário Internacional de Educação e Escolarização de Jovens e Adultos. Experiências Internacionais. MEC, 1997.

______.Pedagogia da autonomia – saberes necessários ‘a prática educativa. Paz e Terra. São Paulo,1999.

______.O ato de estudar. In : Leite, L.C.M., “ Encontro com Paulo Freire “. Educação e Sociedade. São Paulo, 1979.

______.Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.

_____. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1984.

_____. A importância do ato de ler: três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora/ Editora Autores Associados, 1986.

GADOTTI, Moacir. Educação de jovens e adultos – A experiência do MOVA – SP. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 1996.

______.Pedagogia da práxis. São Paulo: Cortez, 1998.

GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (Org.) Educação de Jovens e Adultos: Teoria prática e proposta. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

GUARNIERI, Maria Regina (org.). Aprendendo a ensinar: o caminho nada suave da docência. Campinas: Editora Autores Associados, 2000.

HADDAD, Sérgio. Diretrizes de política nacional de educação de jovens e adultos. São Paulo. Texto CEDI, 1994.

______. O estado da arte das pesquisas em educação de jovens no Brasil. Ação Educativa. São Paulo. 2000.

HADDAD, Sérgio e Di Piero M. C. Satisfação das necessidades básicas de aprendizagem de jovens e adultos no Brasil: contribuição para uma avaliação da década de educação para todos. INEP/MEC. Brasília, 1999.

KLEIN, Lígia Regina. Alfabetização de Jovens e Adultos: elementos para uma proposta metodológica.

KLEIMAN, Ângela, Inês Signorini e colaboradores. O ensino e a formação do professor. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MEC. COORDENAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Educação de jovens e adultos ensino fundamental – Proposta curricular 2º segmento. Brasília, 2001.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos , resumos, resenhas. 4a. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MICHAELIS, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa.

MOSCOVICI, Felá. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José Olympio. p.24-31, 1998.

OLIVEIRA, Betty. O Trabalho Educativo. Campinas: Autores Associados.1999.o

PALLÁCIOS, Jesus; COLL, César; MARCHESI Álvaro, (orgs.) – Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia Evolutiva. Vol.1-Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

PICONEZ, Stela C. Bertholo. Educação Escolar de Jovens e Adultos.Campinas: Papirus, 2002.

PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Cortez, 2000.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 24 ª ed. São Paulo: Cortez / Editores Associados, 1991.

SOARES, Leôncio. Educação de Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2002.

TRIVINOS, Augusto N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

VIEIRA, A. O Analfabetismo no Brasil. In: KUPSTAS, M. (Org.) Educação em Debate. São Paulo: Moderna, 1998.

Documentos relacionados