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Considerando a diversidade de resultados nos estudos analisados e a não existência de clara evidência da relação das variáveis endócrinas com a performance dos atletas em situação de competição, a interferência colocada por outro tipo de variáveis situacionais, bem como a constante necessidade de cada equipa técnica ter conhecimento das condições comportamentais que favorecem a obtenção de melhores resultados por parte dos atletas, sugere-se a continuidade de estudos nesta matéria em atletas de elevado nível competitivo, deixando em aberto as seguintes propostas de investigação:

a) Considerando os diferentes desenhos de investigação para estudos com idênticos objetivos, bem como a utilização de diferentes processos de tratamento laboratorial das amostras, sugere-se, em futuros estudos, a preocupação de uniformizar os procedimentos no que respeita ao tempo de recolha antes e após competição, bem como à utilização de diversas recolhas diárias (controlo do ciclo circadiano) realizadas num dia de repouso (valor basal) e no dia da competição; b) Tendo em conta que o cortisol é essencialmente apresentado como uma medida

eficaz de controlo do stresse do atleta em presença de situações de competição, de futuro, deveriam sempre ser utilizadas uma ou mais medidas de avaliação do

stresse do atleta, em antecipação à competição, como é o caso dos questionários

de ansiedade, de forma a estabelecer uma relação entre as duas avaliações; c) Atendendo às diferentes variáveis contextuais que podem alterar as

concentrações dos marcadores fisiológicos, cortisol e testosterona, deve, nos estudos realizados, caracterizar-se da forma mais completa possível a situação competitiva essencialmente no que respeita a variáveis situacionais indutoras de stresse: local de realização da competição; importância da competição; resultado da competição; nível dos adversários além de outros possíveis elementos de pressão para o atleta;

d) Com a utilização no estudo de variáveis notacionais que implicam unicamente a contagem de ações de contacto com bola, o que já referido como limitação à investigação realizada, devemos na projeção de futuros estudos utilizar formas de avaliação do desempenho do atleta mais completas, como seja a avaliação das distâncias percorrida por cada atleta e o tempo de posse de bola, para relacionar com as variáveis hormonais;

e) Na sequência do estudo realizado e como forma de completar a análise dos resultados obtidos, iremos estabelecer uma relação entre o desempenho motor de cada atleta em competição e o seu estado de humor, de forma a podermos definir o perfil de estados de humor que mais favorece cada atleta, no momento da competição;

Capítulo 5 – Conclusão geral, limitações e perspetivas futuras

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f) De modo a destrinçar o melhor possível o efeito (psicológico e fisiológico) da competição nas atletas, deverão ser considerados de forma comparativa, os dados das atletas que não entraram em competição, servindo como amostra de controlo para estudar as alterações dependentes da situação competitiva;

g) Tendo em conta que as atletas de seleção se encontram “deslocadas” das suas equipas de origem, o que poderá ser considerado como elemento adicional de stresse, poderiam estudar-se as atletas nos dois contextos competitivos (seleção/clube) para verificar até que ponto é que o comportamento hormonal assume características diferentes em cada uma das situações de competição; h) Considerando a necessidade de possuir uma base de valores devidamente alargada

de atletas/equipa de uma modalidade coletiva, sugere-se a realização do mesmo estudo de forma longitudinal, acompanhando uma equipa de elite ao longo de uma época completa de forma a aproveitar os diversos momentos (treino/competição) para estabelecer um padrão comportamental para cada variável hormonal estudada (C, T e T:C) em situações de derrota e de vitória; i) Por último, tendo por base que todos os anos se realiza em Portugal o mesmo

Campeonato, sugerimos a repetição do mesmo estudo, com as atletas da seleção nacional, tendo o cuidado de efetuar procedimentos de recolha de dados, de forma a resolver as limitações já apontadas e alargar o tamanho da amostra, efetuando o mesmo estudo nas equipas adversárias da seleção, para que se possa estabelecer uma verdadeira relação entre o resultado (vitória/derrota) de cada jogo e o comportamento das variáveis hormonais (cortisol e testosterona).

Anexos

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Anexos

Anexo 1 – Lista de Publicações

Anexo 2 – Questionário POMS

Anexo 3 – Consentimento informado aplicado aos atletas

Anexos

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Anexo 1 – Lista de Publicações

Esta tese de estudos em 3º ciclo em Ciências do Desporto encontra-se suportada nas seguintes publicações:

Casanova N, Palmeira-de-Oliveira A, Serra, N, Reis VM, Costa AM (……). Respostas hormonais da testosterona e do cortisol em contexto competitivo: uma revisão sistemática.

Motricidade (em revisão).

Casanova N, Palmeira-de-Oliveira, Pereira A, Crisóstomo L, Travassos B & Costa A M (2015). Cortisol, Testosterone and Mood State Variation During an Official Female Football Competition. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Jul 8. [Epub ahead of print]

Anexos

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Anexo 2 – Questionário POMS

Informação

A presente investigação insere-se num estudo de doutoramento da Universidade da Beira Interior, no domínio das Ciências do Desporto, tendo por objectivo, o estudo do comportamento de indicadores fisiológicos e indicadores psicológicos, durante um período de elevada intensidade de treino e competição.

Agradecemos a sua colaboração na recolha dos dados que se destinam exclusivamente a este estudo, sendo confidenciais e anónimos.

Dados pessoais:

Data de nascimento _______________Clube atual/Pais_______________/________________

Nº de anos de prática _____________ Nº de treinos semana _______________________

Nº de internacionalizações ___________________

Anexos

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