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Sumário das principais diferenças entre BRGAAP (BACEN) e IFRS:

Receitas associadas a captação - No BRGAAP, o prêmio recebido nos exercícios de 2007 e 2006, no valor total de R$ 500.000, previsto na escritura da 3ª emissão das debêntures da controlada BV Leasing, foi registrado em Reserva de capital, conforme disposto no artigo 182 § 1º - item c, da Lei nº 6.404/76 (legislação vigente na data de emissão das debêntures). No IFRS, o prêmio é reconhecido ao longo da expectativa de vigência da captação.

Cessão de créditos - No curso de suas atividades, o Conglomerado efetua transações que resultam na transferência de ativos financeiros para terceiros e para Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios, os quais o Conglomerado possui a maioria das quotas subordinadas, na qual, os riscos de crédito destas operações são substancialmente retidos. Até 31/12/2011, no BRGAAP, as cessões de operações de crédito eram contabilizadas através do reconhecimento do resultado no momento da realização da cessão, independente da retenção ou não do risco. Para atendimento as normas do IFRS, quando existe a cessão de ativos financeiros com retenção substancial dos riscos e benefícios relacionados aos ativos transferidos, esses permanecem no balanço do Conglomerado e é reconhecido um passivo em associação.

Banco Votorantim S.A. Demonstrações financeiras em IFRS

31 de dezembro de 2012

Pelo advento da Res. 3.533/08 do BACEN, a partir de 01/01/2012, as transferências efetuadas seguem o mesmo procedimento quanto ao tratamento contábil, tanto para o IFRS como para o BRGAAP, não havendo assim diferenças de práticas contábeis para o tratamento contábil das operações realizadas a partir desta data.

Provisão para perdas por redução ao valor recuperável - No BRGAAP, a provisão para créditos de liquidação duvidosa é mensurada considerando-se uma análise dos riscos de realização dos créditos, em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas seguindo as normas estabelecidas pelo BACEN. De acordo com essas normas, as provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco de crédito, em função da análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade e não apenas quando da ocorrência de inadimplência. No BRGAAP, a provisão não pode ser inferior ao mínimo requerido pelas normas do regulador, mas uma provisão adicional pode ser reconhecida quando a provisão mínima é considerada insuficiente. O IAS 39 determina que a entidade deve avaliar a cada data-base se existe evidência objetiva que a operação de crédito ou grupo de operações de crédito está em situação de perda por redução do seu valor recuperável. Uma operação de crédito ou grupo de operações de crédito está em situação de perda de seu valor recuperável se existir evidência objetiva de redução ao valor recuperável como conseqüência de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial da operação de crédito (evento de perda) e este evento ou eventos tem impacto em seu fluxo de caixa futuro e possa ser estimado de forma confiável.

Perda por redução do valor recuperável em ativos financeiros disponíveis para venda – Conforme o IAS 39, quando um declínio no valor justo de um ativo financeiro disponível para a venda tiver sido reconhecido em outros resultados abrangentes e houver evidencia objetiva de que o ativo esta com problemas de recuperabilidade, a perda acumulada que tiver sido reconhecida em outros resultados abrangentes será reclassificada do patrimônio líquido para o resultado como um ajuste de reclassificação, mesmo se o ativo financeiro não tiver sido baixado. Alguns investimentos em ações de companhias fechadas, classificadas como disponível para a venda apresentaram ajuste ao valor justo negativo por mais de um exercício. Durante 2012, alguns investimentos foram baixados pela venda dos ativos. No evento de baixa, a perda por redução do valor recuperável que estava registrada no BRGAAP, é transferida do Patrimônio Líquido para Lucros e Prejuízos pela realização do prejuízo. No IFRS, essa realização já havia sido reconhecida e um ajuste positivo foi efetuado no período para equalização das práticas contábeis.

Usufruto de ações - As operações de usufruto de ações são contratos que dão direito ao Conglomerado Financeiro Votorantim de receber dividendos, de ações preferenciais de uma determinada companhia do mercado por um prazo determinado. O Conglomerado desembolsa um montante com a finalidade de obter tais direitos, onde a expectativa do fluxo de caixa gerado corresponde ao valor total corrigido desembolsado pelo Conglomerado Financeiro Votorantim. Ou seja, o Conglomerado receberá os juros e o principal aplicado em forma de dividendos das ações preferenciais da companhia.

A operação de usufruto de ações possui características de um ativo financeiro não-derivativo, com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo.

Banco Votorantim S.A. Demonstrações financeiras em IFRS

31 de dezembro de 2012

No BRGAAP essas operações são tratadas contabilmente como ativos financeiros com taxas de juros fixas e variáveis e o valor desembolsado para o usufruto das ações, tem a sua apropriação em lucros e prejuízos em base línear enquanto os valores oriundos dos direitos de

recebimento dos dividendos, são reconhecidos como receita quando da comprovação de direito. Apropriação de desconto – O Conglomerado efetivou operação nas condições ususais de mercado, a qual dá direito à contraparte, em determinado período estipulado em contrato, de adquirir todos os riscos e benefícios sobre determinado ativo financeiro, registrado na rubrica Empréstimos e Recebíveis com desconto no valor presente do ativo financeiro, na data da transferência. O BRGAAP aplicou o tratamento do futuro desconto como impairment.

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