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Suporte teórico para o professor

No documento THAIS TEIXEIRA DA COSTA PORTES BRUSDZENSKI (páginas 30-33)

Movimento aparente do Sol

Ao observarmos o céu durante a noite, temos a sensação de que estamos no centro de uma esfera, rodeados por estrelas e afins. A Esfera celeste é, portanto, uma forma de facilitar a compreensão dos movimentos aparentes dos astros. É uma esfera imaginária. E todos os corpos visíveis no céu podem ser representados na abóbada celeste, ou seja, o hemisfério celeste visível.

Se observarmos o Sol durante um dia, podemos verificar que o mesmo nasce no lado leste, passa pelo céu num trajeto que parece contornar uma circunferência, atinge maior altura durante o meio-dia e se põe ao oeste. Esse movimento aparente do Sol, ou eclíptica, ocorre devido ao movimento de rotação da Terra. Como não percebemos que o planeta está girando, para nós, aqui da Terra, parece que é o Sol que está se movimentando no céu. Durante o verão, mais precisamente no dia em que esta estação dá sua partida, o Sol encontra-se em sua altura máxima em relação ao horizonte. Já no início do inverno, o Sol atinge sua altura mínima. Medimos essa altura, quando o Sol cruza o meridiano local (PICAZZIO, 2011).

Povos antigos de diferentes culturas utilizavam um instrumento muito simples e um dos mais antigos para verificar esse movimento aparente do Sol durante um dia e ao longo do ano. Esse instrumento é o gnômon. O gnômon (Figura 2.1) é uma haste inserida em uma base na posição vertical, que projeta uma sombra da luz solar. Observando a sombra projetada pelo Sol através do gnômon, astrônomos de épocas antigas puderam perceber que a mesma é mais longa durante o nascer e pôr-do-sol, tornando-se mais curta em horários próximos ao meio-dia (Figura 2.2).

Figura 2.1: Gnômon (Lorena Kaz; MENDES, JAKIEVICIUS e GIANSANTI, 2018)

28 Figura 2.2: Mudança da posição das sombras ao longo do dia (Tirinha Ciência Hoje, v. 5, nº 27, dez.

1986. Encarte).

Disponível em: https://fisicaevestibular.com.br/novo/optica/optica-geometrica/principios-da-

propagacao-da-luz/exercicios-de-vestibulares-com-resolucao-comentada-sobre-principios-de-propagacao-da-luz/ Acesso em: fevereiro/ 2021.

Através do gnômon, também podemos definir ainda o ciclo das estações do ano, pois o comprimento da sombra do meio-dia sofre variação durante um ano, isso porque a altura do Sol ao meio-dia muda em função das estações do ano. Por volta do dia 21 de dezembro, que marca o início do verão (solstício de verão), o Sol apresenta uma sombra mínima, isso porque ele alcança a maior altura possível. O contrário acontece no início do inverno, ou no solstício de inverno (por volta do dia 21 de junho): a altura atingida pelo Sol em relação ao horizonte é mínima, e por isso, sua sombra ao meio-dia é a maior possível. Essas sombras máxima e mínima do Sol também se alteram nos equinócios de primavera - aproximadamente, 21 de setembro - e de outono - aproximadamente, 21 de março. Podemos conferir a responsabilidade pelas estações do ano à inclinação do eixo de rotação da Terra (Figura 2.3), onde cada hemisfério do planeta recebe os raios solares durante intervalos de tempo diferentes (SOBRINHO, 2017).

29 Figura 2.3: Eixo de rotação da Terra e as estações do ano.

Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/fis02001/aulas/aula_movsol.htm Acesso em: fevereiro/2021.

A posição e o horário do nascer e pôr-do-sol também se alteram no decorrer do ano. Interessante notar que, já que temos essas informações, não podemos afirmar que o Sol sempre nasce no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste. O Sol nasce e se põe exatamente desta forma apenas nos equinócios de primavera e outono pois, nessas datas, o Sol cruza o equador da esfera celeste, em seu movimento aparente (Figura 2.4). E assim, podemos então concluir que, nos outros momentos do ano, o Sol “nasce cada vez mais a nordeste, após o equinócio de outono, e cada vez mais a sudeste, após o equinócio de primavera”, de acordo com Picazzio (2011).

Figura 2.4: Movimento aparente do Sol durante os solstícios e equinócios. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/fis02001/aulas/aula_movsol.htm

Acesso em: fevereiro/2021.

30 1º encontro presencial – Aplicação do questionário prévio sobre “Orientação durante o dia e Relógio de Sol”.

Com base nos resultados da aplicação deste questionário, o professor saberá como conduzir a próxima aula, com base nos principais erros dos alunos.

Atividade de Casa - Assistir a videoaula disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=5BYSO_TZwjYe responder às questões que o vídeo trouxe (Tarefa do vídeo);

2º encontro presencial -

1º momento: Após receber os alunos, levar a turma para o pátio externo e fazer uma brincadeira com as sombras. Cada aluno irá receber um giz de quadro e deverá fazer o contorno no chão da sombra do colega. As sombras deverão ser identificadas com o nome do colega e o horário de realização da atividade.

2º momento: Ao retornar à sala de aula, dividir a turma em 4 grupos da forma que o professor considerar a mais produtiva. Sugestões: grupos de alunos por ordem alfabética, por ordem numérica inversa do diário de classe, sorteio pelo número estabelecido no diário de classe, livre escolha pelos alunos;

3º momento: Cada grupo terá uma atividade determinada a ser realizada em 20 minutos, de forma simultânea. Ao final dos 20 minutos, os grupos sofrerão rodízio das atividades até que todos os grupos tenham realizado todas as atividades.

No documento THAIS TEIXEIRA DA COSTA PORTES BRUSDZENSKI (páginas 30-33)

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