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Objeto 3 (a) Lixo Walmor Artista Ano Museu

Correa 2006 - 2010 MAC (a) Materialidade Técnica/Coleção

Plástico, metal, fio, madeira, espuma polietileno, taxidermia, porcelana, papel, resina

Escultura

MUSEALIZAÇÃO

Os processos de musealização compreendem todas as ações, as rotinas e as estratégias realizadas no âmbito do museu, a fim de valorar o bem cultural, possibilitar acesso a informações e significados a ele identificados, resultando em produtos que retornarão à interlocução com a sociedade.

Descrição Documentação

A obra é feita de diversas partes. São tres tonéis de lixo de metal, animais taxidermizados soltos ou em composições com alimentos (resinas); uma espécie de cesto feito na técnica do papier maché com diversos elementos feitos a partir de resina, plástico, papel e lata. As caixas de madeira que aparecem na foto não foram encontradas. Supostamente são montadas só para a exposição e descartadas. (não temos a informação correta)

Nº Procedência

377 Doação do artista em 2012 Valores Identificados

- Valor como obra de arte contemporânea (técnica, experimentação e materialidade); - Valor de deslocamento epistemológico.

Trajetória/Hipóteses de Percurso/Exposições Exposições:

Você que faz versos, Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro-RJ, 2010 Você que faz versos, Instituto Goethe, Porto Alegre-RS, 2010

Conservação

Rotinas Intervenções realizadas

Não há rotinas de conservação Não há referências de intervenções

PLÁSTICO (TIPOLOGIAS)

Para identificarmos os polímeros que constituem a obra seria necessário a realização de ensaios físico-químicos. Neste caso também é possível entrar em contato com o artista para esclarecer algumas dúvidas. É evidente o uso de PVC, espuma de poliuretano e resina acrílica.

PESQUISA MUSEOLÓGICA

A pesquisa museológica compreende uma forma específica de olhar a “coisa”, no sentido científico, transformada em objeto pela ação da preservação, em seus meandros de valoração e de permanente revisão teórico-metodológica. Campos científicos como a Sociologia, a Antropologia, as Artes, a História, a Semiologia e as Ciências Exatas e da Terra, possibilitam- nos repensar a visada frente ao objeto museológico, firmando a pesquisa museológica como conjunto teórico-metodológico autônomo e dinâmico. Questionar ao objeto sobre representatividade social e coletiva e lhe reconhecer o poder de parte central (ou centralizada) do construto das sociedades e dos produtos humanos. Há um âmbito de controle político marcado no campo do patrimônio a ser considerado nesta mirada.

Possibilidades de leitura e interpretação (hermenêutica)

Sociologia do Objeto Sobre a obra “Lixo”:

Sua maior preocupação desde a criação do trabalho foi convencer esteticamente e não cientificamente, conforme ele mesmo ressalta. “Demorei cinco anos para concluir o trabalho, porque na junção destes dois animais (rato e pássaro), a cor e o tamanho têm que casar; a ideia é de convencer a mentira”.

[...] O efeito sobre o público chega ao ponto de algumas pessoas sentirem cheiro de lixo nas latas e nas frutas em que alguns desses novos seres ficam apoiados. As frutas são de plástico, e os latões eram usados para o transporte de creme hidratante e perfume. Portanto, não podem ter esse odor ruim, que é uma contextualização da memória de algumas pessoas - diz Walmor. - Outras querem levar os bichos para casa. Afinal, eles nem precisam ser alimentados. Ficam ali, paradinhos, sem sujar nada.

Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/artista-plastico-walmor-correa-usa- taxidermia-para-criar-animais-hibridos-improvaveis-2966771

Antropologia do Objeto

A obra, em princípio, não possui origem em ritual e não se correlaciona com rituais (excepcionais ou cotidianos).

Semiótica/Descritores (tudo comunica; o que comunica?)

- Objeto Simbólico

PLÁSTICO (SIGNIFICADOS)

A obra de Walmor Corrêa nos traz a ilusão da materialidade do lixo, o que o plástico, neste caso, é parceiro.

GESTÃO DE ACERVOS

A gestão dos acervos centraliza-se no conhecimento ontológico e deontológico sobre os objetos e as coleções do museu, estabelecendo políticas, projetos e rotinas frente aos acervos. A Conservação Preventiva é um foco de gestão sustentável aos acervos, a qual viabiliza os objetivos primordiais de toda instituição museológica, partindo do estudo de comportamento material dos objetos, pela possibilidade de estudos em Ciência da Conservação e pelo monitoramentos das camadas de invólucros dos objetos, sendo elas as formas de acondicionamento, o armazenamento, as características arquitetônicas das Reservas Técnicas e das salas expositivas, a estabilidade de temperatura e umidade relativa, a incidência de níveis de iluminância e de radiações nocivas aos acervos, sobretudo com materialidade orgânica. Ainda devem ser levados em consideração os riscos aos quais os acervos estão expostos, sendo eles em relação à Água (inundações e outros eventos), Fogo (incêndios), Criminosos (Roubo e Vandalismo), bem como de ações antrópicas equivocadas que geram um dos processos decorrentes de Forças Físicas ou Dissociação. Os agentes biológicos podem estar presentes nos museus, agindo a partir do registro de dois graus celsius nas RTs ou nas áreas expositivas.

Localização do Objeto no MAC

Monitoramento ambiental Agentes de Deterioração

Não há monitoramento ambiental

Há riscos de deterioração por Agentes Biológicos, Fogo (instalações elétricas), Água (instalações hidráulicas), TI, URI, Poluentes (atmosféricos – extrínsecos e por contato – intrínsecos), de Dissociação, da ação de Forças Físicas e degradação por Luz (níveis de iluminância e radiação UV ou IR).

Processos de Degradação e Danos Detectados no Objeto Não foram detectados danos aparentes na obra.

PLÁSTICO (COMPORTAMENTO FÍSICO-QUÍMICO)

Alguns plásticos podem tornar-se quebradiços, opacos, apresentar uma superfície oleosa ao toque, exalar odores característicos (ácidos ou adocicados), ter a cor alterada (torna-se mais escuro, mais amarelado ou perder completamente a cor), deformar-se (mudando a aparência estrutural ou diminuindo de tamanho), apresentar corrosão pela proximidade de metais, produzir gases. Através dos processos de deterioração também podemos identificar os tipos de plástico.

QUADRO METODOLÓGICO DA TRILOGIA MUSEOLÓGICA

CRITÉRIO 3: SUSTENTABILIDADE OU USO SOCIAL

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Objeto 3 (b) Aparelho de telefone Artista/Marca Século Ano Museu XIX

MJC (b)

Materialidade Técnica/Coleção

Plástico, metal Máquinas

MUSEALIZAÇÃO

Os processos de musealização compreendem todas as ações, as rotinas e as estratégias realizadas no âmbito do museu, a fim de valorar o bem cultural, possibilitar acesso a informações e significados a ele identificados, resultando em produtos que retornarão à interlocução com a sociedade.

Descrição Documentação

Aparelho de telefone na cor preta, confeccionado em bakelite, acionado por magneto. Na lateral direita há uma manivela de metal pintada na cor preta. O fio elétrico ;e revestido de plástico e a tomada que prende o cabo à parede é também de plástico. Na parte inferior há uma placa de metal onde aparece inscrições com carimbos vermelhos (datas) e na parte de trás há uma placa de Patrimônio da Casa Civil.

Nº Procedência

70 Doado pela Casa Civil em 2001

Valores Identificados

- Valor histórico (como registro de uma época);

- Valor sociológico (técnica, status, habitus).

Trajetória/Hipóteses de Percurso/Exposições Utilizado pela Casa Civil

Conservação

Rotinas Intervenções realizadas

Não há rotinas de conservação Não há referências de intervenções

PLÁSTICO (TIPOLOGIAS)

Para identificarmos os polímeros que constituem o objeto seria necessário a realização de ensaios físico-químicos. Baseado em informações obtidas no Inventário do museu e dados obtidos em pesquisa, provavelmente temos a presença de polietileno (isolamento dos fios elétricos), o corpo revestido de plástico está identificado como bakelite, mas é preciso uma investigação.

PESQUISA MUSEOLÓGICA

A pesquisa museológica compreende uma forma específica de olhar a “coisa”, no sentido científico, transformada em objeto pela ação da preservação, em seus meandros de valoração e de permanente revisão teórico-metodológica. Campos científicos como a Sociologia, a Antropologia, as Artes, a História, a Semiologia e as Ciências Exatas e da Terra, possibilitam- nos repensar a visada frente ao objeto museológico, firmando a pesquisa museológica como conjunto teórico-metodológico autônomo e dinâmico. Questionar ao objeto sobre representatividade social e coletiva e lhe reconhecer o poder de parte central (ou centralizada) do construto das sociedades e dos produtos humanos. Há um âmbito de controle político marcado no campo do patrimônio a ser considerado nesta mirada.

Sociologia do Objeto

Os telefones que funcionavam com magnetos remontam ao século XIX. O magneto é um gerador elétrico que utiliza ímãs para a produção de impulsos periódicos de corrente alternada. Ao contrário de um dínamo, um magneto não contém um comutador para produzir corrente contínua. É classificado como uma forma de alternador, embora seja geralmente considerado distinto da maioria dos outros alternadores, que utilizam bobinas de campo em vez de ímãs permanentes. Magnetos acionados por manivelas foram usados para fornecer eletricidade nos antigos sistemas telefônicos.

Referência: http://museu.coopermiti.com.br/museu/?MuseuId=1113&CategoriaId=21

Antropologia do Objeto

A obra, em princípio, não possui origem em ritual e não se correlaciona com rituais (excepcionais ou cotidianos).

Semiótica/Descritores (tudo comunica; o que comunica?)

- Objeto simbólico - Objeto icônico

PLÁSTICO (SIGNIFICADOS)

O aparelho de telefone em casa representava status, por muitos anos. As instituições e repartições públicas o possuíam. Era um aparelho de uso cotidiano, porém de acesso restrito, considerando que poucos o tinham ou dispunham da possibilidade de se comunicar por ele.

GESTÃO DE ACERVOS

A gestão dos acervos centraliza-se no conhecimento ontológico e deontológico sobre os objetos e as coleções do museu, estabelecendo políticas, projetos e rotinas frente aos acervos. A Conservação Preventiva é um foco de gestão sustentável aos acervos, a qual viabiliza os objetivos primordiais de toda instituição museológica, partindo do estudo de comportamento material dos objetos, pela possibilidade de estudos em Ciência da Conservação e pelo monitoramentos das camadas de invólucros dos objetos, sendo elas as formas de acondicionamento, o armazenamento, as características arquitetônicas das Reservas Técnicas e das salas expositivas, a estabilidade de temperatura e umidade relativa, a incidência de níveis de iluminância e de radiações nocivas aos acervos, sobretudo com materialidade orgânica. Ainda devem ser levados em consideração os riscos aos quais os acervos estão expostos, sendo eles em relação à Água (inundações e outros eventos), Fogo (incêndios), Criminosos (Roubo e Vandalismo), bem como de ações antrópicas equivocadas que geram um dos processos decorrentes de Forças Físicas ou Dissociação. Os agentes biológicos podem estar presentes nos museus, agindo a partir do registro de dois graus celsius nas RTs ou nas áreas expositivas.

Monitoramento ambiental Agentes de Deterioração A reserva técnica 1 possui

desumidificadores e medição de umidade e temperatura através de termohigrômetro instalado na entrada.

Há riscos de danos provocados pelo Fogo (instalações elétricas), Água (instalações hidráulicas), TI, URI (ambiente bastante úmido e com baixa ventilação), Poluentes (atmosféricos, transferidos por contato e intrínsecos). Não há riscos de Dissociação e deterioração por Agentes Biológicos; baixo risco de ação de Forças Físicas e degradação por Luz (níveis de iluminância e radiação UV ou IR); baixo risco de Criminosos;

Processos de Degradação e Danos Detectados no Objeto Não há danos aparentes de degradação.

PLÁSTICO (COMPORTAMENTO FÍSICO-QUÍMICO)

Alguns plásticos podem tornar-se quebradiços, opacos, apresentar uma superfície oleosa ao toque, exalar odores característicos (ácidos ou adocicados), ter a cor alterada (torna-se mais escuro, mais amarelado ou perder completamente a cor), deformar-se (mudando a aparência estrutural ou diminuindo de tamanho), apresentar corrosão pela proximidade de metais, produzir gases. Através dos processos de deterioração também podemos identificar os tipos de plástico.

A lata de lixo composta por restos construídos em plásticos, do artista Walmor Correa, nos traz mais um deslocamento acerca da sustentabilidade social. O aparelho de telefone, por sua vez, remete-nos a um objeto de uso cotidiano, porém marcado pelo status de quem o possuía, na época de fabricação do objeto analisado.

QUADRO METODOLÓGICO DA TRILOGIA MUSEOLÓGICA