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3 METODOLOGIA

3.2 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

Segundo Lakatos e Marconi (1991), toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregadas. As autoras ainda mencionam que o levantamento de dados é o primeiro passo de qualquer pesquisa, sendo realizado de duas maneiras: dados primários e secundários.

Para Godoy (1995), os dados são considerados primários quando produzidos por pessoas que vivenciaram diretamente o evento que está sendo estudado e os dados são secundários quando coletados por pessoas que não estavam presentes na ocasião de sua ocorrência.

Lakatos e Marconi (1991), complementam que os dados primários, ou seja, aqueles elaborados pelo autor são relatos de visitas a instituição, documentos de arquivos, contratos, entre outros. Já os de origem secundária abrangem toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses e meios de comunicação orais, como rádio, gravações e filmes.

No estudo em questão utilizaram-se tanto dados primários quanto dados secundários e os instrumentos utilizados para a coleta desses dados serão detalhados a seguir.

3.2.2 Instrumento de coleta de dados

Santos (2004, p. 90), menciona que “coletar dados é juntar as informações necessárias ao desenvolvimento dos raciocínios previstos nos objetivos. No caso de uma monografia, a referência para a coleta são os objetivos específicos”.

São vários os procedimentos para a realização da coleta de dados, que alteram de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação, as técnicas de pesquisa descritas por Lakatos e Marconi (1991) são: entrevista, observação, coleta documental, questionário, formulário, testes, medidas de opiniões e de atitudes, técnicas mercadológicas, sociometria, história da vida.

Para a realização deste trabalho foram coletados dados por meio de três fontes principais: análise documental, entrevistas e observação.

Referente à análise documental existem algumas fontes de informação para que uma pesquisa seja efetuada, no estudo em questão utilizaram-se três tipos de fontes de informação, a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a pesquisa na internet.

Para Lakatos e Marconi (1991), na pesquisa documental a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser realizadas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre ou depois.

As principais instituições pesquisadas a fim de obter dados ou documentos, foram o Ministério do Turismo – MTur e Santa Catarina Turismo S/A - SANTUR, ambas apresentam informações gerais sobre turismo; a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP, referindo-se a classificação econômica do Brasil por renda familiar; entre outras.

A pesquisa bibliográfica conforme Trujillo (1974 apud Lakatos e Marconi 1991), tem por objetivo permitir ao pesquisador o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações. Desta forma estão compreendidos neste tipo de fonte de informação todos os livros, artigos e periódicos usados para dar sustento ao referido estudo.

Os principais autores mencionados foram Falcão e Abitia, no âmbito do turismo social; Prahalad, Toretta e Yunus, no que tange a Base da Pirâmide; Prahalad e Porter nos conceitos de estratégias.

A pesquisa eletrônica se refere ao material utilizado pela pesquisadora que está publicado na internet, desta maneira os artigos, as matérias de jornais e revistas especializadas, as pesquisas e os estudos publicados no meio virtual e que foram utilizados no decorrer desse estudo estão contidos nesse tipo de fonte de informação.

As principais revistas especializadas pesquisadas no meio eletrônico foram a Revista de Administração de Empresas - RAE, Observatório de Inovação do Turismo – Revista Acadêmica, Revista Turismo em Análise, Revista HSM Management, todas apresentam artigos relacionados ao segmento de turismo e estratégia.

A entrevista também foi utilizada como meio de coleta de dados para embasar o presente trabalho. Para Lakatos e Marconi (1991), a entrevista é um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para auxiliar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

Seguindo os conceitos de Richardson (1989) foi utilizada no presente estudo a entrevista dirigida, sendo que esta possui como característica o fato de as perguntas já estarem previamente formuladas e em uma ordem preestabelecida.

Lakatos e Marconi (1991), mencionam que a preparação da entrevista é um etapa importante da pesquisa, exigindo algumas medidas, tais como: planejamento da entrevista, conhecimento prévio do campo e preparação específica, organizando roteiros ou formulários com as questões importantes. Essas etapas foram seguidas no presente estudo.

Nas duas entrevistas realizadas foram utilizados roteiros previamente elaborados pela pesquisadora e, com a permissão da participante da pesquisa, foi utilizado um caderno como forma de registrar os depoimentos e opiniões. As entrevistas duram cerca de duas horas e foram complementadas pela troca de informações via e-mail.

Goldemberg (2000), apresenta que um dos problemas das entrevistas é detectar o grau de veracidade dos depoimentos. Trabalhando com esse instrumento de pesquisa é fundamental ressaltar que o indivíduo nos revela as informações que ele deseja revelar. Sendo assim o método de observação é uma alternativa para complementar o método da entrevista.

Richardson (1989) afirma que a observação é indispensável em qualquer pesquisa científica, visto que ela pode ser utilizada conjuntamente com outra técnica de coleta de dados como também pode ser utilizada exclusivamente. Porém é necessário que se tenha um prévio conhecimento do que se pretende observar, permitindo que sejam registrados apenas os fenômenos que mereçam atenção.

De acordo com os conceitos de Lakatos e Marconi (1991), a observação utilizada nesse projeto é a observação não-participante, na qual o pesquisador tem contato com a comunidade, grupo ou realidade estudada, mas não se integra a ela, permanecendo de fora.

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