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Capítulo 2. Enquadramento metodológico

2.4. Técnica de recolha de dados

A tabela 2.1 - Questões de investigação e técnicas de recolha de análise de dados, esquematiza as técnicas que serão utilizadas neste estudo no processo de investigação para responder às questões desta pesquisa.

Tabela 2.1 - Questões de investigação e técnicas de recolha de análise de dados

Questões de investigação Técnicas de recolha e análise de dados

- Como decorreu o processo de interação e colaboração nos fóruns de discussão do curso?

Análise de conteúdo da interação e colaboração dos participantes nos fóruns através do modelo de colaboração de Murphy (2004).

Entrevista a moderadores e coordenador do curso. - Qual foi o papel desempenhado pelos

participantes no processo de ensino e aprendizagem?

Análise de conteúdo da interação e colaboração dos participantes nos fóruns através do modelo de colaboração de Murphy (2004).

Entrevista a moderadores e coordenador do curso. 1. - Qual foi o papel desempenhado pelos

professores moderadores no ambiente

online?

Análise de conteúdo da interação e colaboração dos participantes nos fóruns através do modelo de colaboração de Murphy (2004).

Entrevista a moderadores e coordenador do curso. - Como as ferramentas assíncronas de

comunicação utilizadas no curso

contribuíram para o processo de interação e colaboração?

Entrevista a moderadores e coordenador do curso.

Para obter mais informações e recolher depoimentos a fim de ilustrar aspectos relevantes deste estudo definimos utilizar a técnica da entrevista semiestruturada por ser um método de excelência para recolha de informação (Amado, 2017) e uma fonte essencial de evidências para o estudo de caso (Yin, 2001, p. 107). Para Yin (2001, p. 112), uma das mais importantes fontes de informações para um estudo de caso são as entrevistas.

A entrevista propiciará maior contato entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa (moderadores e coordenador), permitindo enxergar a questão sob várias perspectivas e analisar com intensidade e profundidade os dados coletados nas diferentes fontes (Goldenberg, 2004), o que possibilitará a triangulação com os dados analisados nos fóruns temáticos de discussão.

Como qualquer outro método de investigação a entrevista também exige um planejamento cuidadoso, Amado (2017), aponta os seguintes procedimentos para realização da entrevista: escolha dos entrevistados, definição de objetivos, construção do guião, redação das questões, tipo e sequência das perguntas, duração e possibilidade de gravação, entre outros itens. Procedimentos esses que serão seguidos para realização deste estudo.

Outro fator importante apontado por Amado (2017) e que agrega valor ao resultado da entrevista, refere-se ao momento da entrevista, no qual o entrevistador deve: exercer seu poder de escuta, utilizar perguntas de aquecimento, lidar com as situações de silêncio, controlar o fluxo das informações, enquadrar as perguntas, evitar interrogatórios, certificar-se que está sendo entendido e manter neutralidade. Para a preparação da entrevista semiestruturada foi elaborado o instrumento Guião de entrevista (Amado 2017, p. 216) para moderadores (anexo I) e para coordenador de curso (anexo II) e, seguidas as orientações de Bell (2010, p. 138) para seleção dos tópicos, elaboração das perguntas e testagem do instrumento.

Seguindo as orientações de Amado (2017, p. 218) e de (Goldenberg, 2004, p. 57) foram elaboradas questões abertas, singulares, claras e neutrais, e enunciadas de forma simples e objetiva, sem induzir e confundir o entrevistado, tentando abranger diferentes pontos de vista.

As entrevistas foram semiestruturadas, sem uma imposição rígida de questões, sendo uma para moderadores e uma para o coordenador do curso, por possibilitarem ao entrevistador explorar aspectos em maior profundidade, uma vez que permitem uma grande liberdade de resposta para o entrevistado (Amado, 2017, p. 210).

As entrevistas foram organizadas em 4 blocos temáticos, com as seguintes categorias: Processo de ensino e aprendizagem, Prática pedagógica dos moderadores, Aprendizagem colaborativa, Ferramentas de interação e comunicação, incluindo perguntas de experiência e perguntas de conhecimento (Amado, 2017, p. 220) e, uma pergunta aberta para que o entrevistado possa complementar com algum aspecto que considere pertinente frente à temática abordada, permitindo assim uma flexibilidade e uma maior abertura para que os participantes possam expor dados e informações que acharem relevantes.

Frente à impossibilidade da pré testagem das entrevistas junto aos participantes do curso, pelo fato de muitos participantes não pertencerem mais à Instituição, somado ao fato de terem se passado mais de 2 anos da realização do curso e não termos acesso aos mesmos, optou-se por validar todos os instrumentos com um especialista da área de eLearning e com 1 moderador do curso, tendo todas as sugestões pertinentes sido acrescentadas nos instrumentos.

Seguindo as orientações de Goldenberg (2004), Bell (2010) e (Amado 2017), foram realizadas 3 entrevistas semiestruturadas, sem uma imposição rígida de questões, o que permitirá ao entrevistado liberdade para discorrer sobre o tema proposto (Amado, 2017, p. 210), sendo 1 com o coordenador do curso e 2 com moderadores, por estarem prontamente disponíveis e mais acessíveis.

A gestão da entrevista seguiu as orientações de Goldenberg (2004, p. 57) e Amado (2017, p. 217) propiciando uma conversa informal, espontânea; estimulando um ambiente propício para criar a confiança do entrevistado, uma vez que as memórias são seletivas e o entrevistado poderá contar apenas o que quer, a fim de manter um interesse real e respeito pelos pesquisados, com flexibilidade e criatividade para explorar novos problemas e com sensibilidade para encerrar a entrevista.

Pela razão do pesquisador e dos pesquisados estarem em países diferentes, foi utilizado o Skype, versão 8.0, ferramenta de comunicação em tempo real que permite gravação. Segundo Salmons (2010) os investigadores ficam mais à vontade para responder questões online, dado que pode diminuir ou eliminar o constrangimento que poderia ter para responder questões presencialmente.

As entrevistas serão individuais, previamente agendadas e terão a duração média de quarenta minutos. Com autorização dos participantes, as entrevistas serão gravadas e as transcrições serão feitas na íntegra, preservando o anonimato e a descrição dos participantes.

Conforme orientação de Amado (2017), foram realizados os dois processos fundamentais para categorização e análise do conteúdo das entrevistas: o recorte e a diferenciação vertical dos documentos e o reagrupamento e a comparação horizontal das unidades de registro.

Nesse sentido, foi elaborado o Quadro 6.1 - Matriz para análise das entrevistas, incluindo as categorias, já especificadas no guião da entrevista, subcategorias, indicadores e unidades de registro (anexo III).

Os dados qualitativos serão alvo deste objeto de estudo e analisados segundo o modelo de identificação e mensuração de colaboração em ambientes

online, conforme Quadro 6.2 - Instrumento de identificação e mensuração da

colaboração numa discussão online assíncrona (anexo IV) adaptado do quadro

Instrument for the identification and measurement of collaboration in an OAD6, elaborado por Elizabeth Murphy (2004, p. 426-427), incorporando exemplos de indicadores citados pelos participantes do curso objeto deste estudo.

Como complemento da análise qualitativa e, conforme orientações de Bardin (1977), faremos a análise temática, contagem de temas/indicadores, de acordo com a unidade de registro e codificação adotadas no quadro 6.2 (adaptado do modelo de Murphy), seguindo as regras de enumeração para calcular frequência.