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10 técnicas comuns usadas para manipular a opinião pública – Engenharia Sociais e suas armadilhas

No documento 1 O que é humanidade? (páginas 31-42)

A Engenharia Social nunca esteve tão presente no nosso dia quanto é hoje. Ela está em todos os lugares, embora você não perceba. As ideias de Skinner e sua trupe do behaviorismo, em conjunto com a ascensão da Neurologia, mapearam o ser humano de Cabo a Rabá. Especialistas dessa área encontram-se em praticamente em todos os segmentos, mas principalmente, na publicidade. O que eles querem é te persuadir, te manipular a fazer o que eles programaram para você. Esse post fala sobre os princípios das técnicas mais comuns de manipulação da opinião pública usadas atualmente, que seria bom você ler para ficar um pouco mais antenado e não cair em tudo que eles falam ou apresentam.

HIERARQUIA SOCIAL

O QUE É HIERARQUIA SOCIAL

Hierarquia social são os níveis e posições de cada indivíduo dentro de uma sociedade. A hierarquia social faz com que as pessoas sejam divididas em grupos, de acordo com uma estrutura, entre as classes mais ricas, a classe média e as classes mais baixas.

A hierarquia social pode ser exemplificada com uma pirâmide, onde, a parte de baixo concentra as camadas mais pobres da sociedade, e quanto mais perto chega do topo da pirâmide estão concentradas as classes mais ricas, como milionários, por exemplo. Essa classificação existe há muito tempo, desde a época do feudalismo, que caracterizava as sociedades como escravos, artesãos, plebe, exército e os reis.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica a hierarquia social brasileira em classes: A, B, C, D e E. Essa classificação é feita de acordo com a renda de cada família, onde a classe E são as pessoas muito pobres,

que vivem com menos de um salário mínimo, a classe D é a média-baixa, a classe C é a classe média, composta por uma grande parte da população, a classe B é média-alta e a classe A é formada pelos milionários e bilionários.

http://www.significados.com.br/hierarquia-social/

HUMANIZAÇÃO

Humanização é a ação ou efeito de humanizar, de tornar humano ou mais humano, tornar benévolo, tornar afável.

A humanização é um processo que pode ocorrer em várias áreas, como Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas, etc. Sempre que ocorre, a humanização cria condições melhores e mais humanas para os trabalhadores de uma empresa ou utilizadores de um serviço ou sistema.

O processo de humanização implica a evolução do Homem, pois ele tenta aperfeiçoar as suas aptidões através da interação com o seu meio envolvente. Para cumprir essa tarefa, os indivíduos utilizam recursos e instrumentos como forma de auxílio. A comunicação é uma das ferramentas de grande importância na humanização.

Humanização na Saúde

A humanização na saúde implica uma mudança na gestão dos sistemas de saúde e seus serviços. Essa mudança altera o modo como usuários e

trabalhadores da área da saúde interagem entre eles. A humanização na área da saúde tem como um dos seus principais objetivos fornecer um melhor atendimento dos beneficiários e melhores condições para os trabalhadores.

Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos indivíduos vão sofrer mudanças positivas, criando novos profissionais mais capacitados que melhoram o sistema de saúde.

Humanização e SUS

A humanização é um assunto tão importante na área da saúde que em 2003 foi lançado o Humaniza SUS, que representa a Política Nacional de Humanização (PNH), que tem como objetivo melhorar o Sistema Único de Saúde.

Para alcançar um patamar mais elevado a nível de saúde, o Humaniza SUS pretende inovar na área da saúde. De acordo com o Ministério da Saúde as principais inovações são:

Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores;

Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos; Aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão;

Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde;

Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, etnia, origem, gênero e orientação sexual;

Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua dissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho;

Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil e mais resolutivo;

Compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento;

Compromisso com a articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde;

Luta por um SUS mais humano, porque construído com a participação de todos e comprometido com a qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos e qualquer

Coisificação

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A coisificação humana

Por: José Silvano dos Santos

O senso comum caracteriza-se como uma "praga" que até os dias atuais trava o desenvolvimento da humanidade.

A humanidade poderia estar num estágio, espiritualmente, mais avançado se não fosse a inexistência de uma maioria que rejeita a visão global e racional dos fatos. Porém, a culpa não é totalmente do senso comum, há por detrás disso uma superestrutura "canina" que investe e aposta alto na perpetuação e manutenção dessa forma de conhecimento, que não só trabalha para manter sua existência como existe e se mantém em função deste.

É uma estrutura constituída de poderes: O poder político, formado pelos três poderes da República, o poder religioso e a Indústria Cultural (Mídia).

O poder político aposta numa Educação que tem por objetivo a formação de uma massa de alienados, porém, muito submissos ao Capitalismo. É a formação de uma espécie de "gado humano".

O poder religioso, digamos até "fundamentalismo tropical", se mantém graças ao senso comum, um tipo que é manipulado e amordaçado desde que nasce. Tem por dever ser o "coitadinho", andar curvado, não expor suas opiniões aos pais, ao patrão e ao clero em troca de privilégios. E se fizer algo diferente disso para o patrão é logo taxado de comunista, revoltado para os pais e louco para os líderes religiosos.

Para a Indústria Cultural, o senso comum, é imprescindível, pois sendo um tipo de rebanho que pouco pensa, prefere que pensem por ele, age por impulsos. Não sabe que esta atitude faz com que o sistema se aproprie de sua mente através da ideologia da classe dominante, e de seu corpo ditando o seu vestuário, o que beber/comer; que remédio tomar, etc. E até de suas atitudes, transformando o ser humano, ora desumanizado pelas cifras volumosas da globalização, numa coisa.

A animalização de pessoas

Vidas Secas: a animalização do ser humano

e a humanização do animal

Posted by: Estela Santos , novembro 23, 2013 Vidas-Secas

Cena do filme Vidas Secas (1963), dirigido por Nelson Pereira dos Santos Na década de 30, na 2ª fase do Modernismo brasileiro, surge o romance regionalista nordestino, caracterizado como uma literatura social, pois discute as realidades socioculturais de determinadas localidades, sem perder o caráter ficcional universal. Vidas Secas, de Graciliano Ramos, é um dos romances inaugurais desse moderno estilo brasileiro regionalista.

Escrito em 1938, Vidas Secas é o único livro de Graciliano Ramos escrito em 3ª pessoa e, sem dúvidas, o mais voltado para o drama social que angustia sua região, o nordeste brasileiro. O romance, em um curto espaço de tempo, narra o cotidiano de uma família de retirantes que tenta fugir da seca do sertão nordestino.

No contexto de sofrimento e de injustiças são apresentados os personagens. Todos revelados fisicamente derrotados pelo sol e moralmente humilhados pelas desigualdades sociais. Devido à falta de expectativa de vida, os

sertanejos se submetem a uma rotina em busca de saída da miséria. A família é composta pelo pai Fabiano, a mãe Sinhá Vitória, os filhos mais velho e mais novo e a cachorra Baleia. Fabiano, ao consolidar-se como vaqueiro de uma fazenda abandonada, desfruta de um período curto de estabilidade, mais tarde acaba por se frustrar e ver seus sonhos se acabando.

A família representa os tantos outros humanos que têm sido reduzidos pela hostilidade da natureza e pela injustiça da sociedade. A narrativa passa a limpo a luta de tantos outros sertanejos, não só contra a força da natureza, mas também a luta contra a estrutura social instaurada a partir do poder econômico e político.

Na obra, a animalização do ser humano (zoomorfização) é notória, principalmente, no personagem Fabiano e a humanização do animal (antropomorfização) na cachorra Baleia que, embora sendo um animal, é como um membro da família e apresenta as sensações mais humanas de toda a narrativa.

Tanto a animalização, quanto a humanização são evidentes na obra em

diversos aspectos: pela influência do espaço, do meio social, das condições de vida, pelo tempo, sobretudo o tempo psicológico – que marca as características humanas da cachorra Baleia –, e pela linguagem dos sertanejos.

O sertão em Vidas Secas

O aspecto que mais contribui para a animalização de Fabiano é o espaço: o sertão nordestino, que é como um personagem dentro da obra. O sertão é descrito com precisão, a paisagem é seca e silenciosa. A existência miserável dos sertanejos é consequência das condições em que eles vivem, do

determinismo do espaço. Os sertanejos são obrigados ao meio natural, isto é, a seca. Fabiano, juntamente com a família, rasteja pelo sertão à procura de sobrevivência, arrasta-se em busca da condição mínima de vida. Há outro aspecto importante, o meio social em que se encontram os retirantes: há falta de recursos básicos e há violência da exploração por parte daqueles que têm poderes – como os personagens Dono das terras e o Soldado amarelo.

A linguagem do romance é direta e seca, como a natureza do sertão. A incapacidade linguística de comunicação dos retirantes é representada no personagem Fabiano. Ele se comunica por meio de ruídos e frases

incoerentes, pois não consegue elaborar frases coesas e coerentes,

No romance, os personagens humanos são apresentados de maneira bruta e áspera, vítimas da atmosfera caracterizada pela seca que absorve a

humanidade dos sertanejos, como se fossem camaleões que se adaptam ao ambiente. A cachorra Baleia, embora sendo um animal, apresenta grandes sensações humanas. Provê alegrias e tristezas, vida e morte. Cabe a ela o momento mais dramático da narrativa. Já aos demais personagens, cabem a sobrevivência na seca do sertão nordestino.

Fabiano, sobretudo, é o tempo todo apresentado como um bicho, aliás, o próprio se julga como um, “Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.” e logo depois, como se tivesse medo de que alguém tivesse ouvido, “ – Você é um bicho, Fabiano.” e em seguida reafirma “ – Um bicho, Fabiano” (RAMOS, 1992, p. 18). Embora Fabiano tenha se tornado um vaqueiro, isso não exclui a sua condição de animal, pois a posição é apenas provisória e um tanto ilusória. Veja o trecho a seguir que evidencia que Fabiano possui características e costumes como os dos animais:

quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada,

monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (RAMOS, 1992, p. 20)

O sertanejo tinha grande dificuldade para falar e argumentar. Balbuciava poucas coisas, palavras sem significação, suas falas se assemelham aos grunhidos de animais. Pela falta de habilidade com a fala, dispara, em vários momentos, apenas “Ah!” (grunhido). Seus “barulhos” são reflexos claros de animalização. E devido ao fato de estar sempre à sombra do pai, o filho mais velho herda a mesma inabilidade com a fala. Em outro momento, Sinhá Vitória vendo-se sem perspectivas e chorando, reclama da vida miserável que leva e se questiona sobre até que ponto é viável aquela vida, aquela vida de bicho.

Baleia

A Baleia, diferente de seus donos, apresenta-se em um papel humano. No capítulo intitulado Baleia, onde é narrada a sua morte, o narrador atribui várias características humanas à cachorra, uma série de descrições que, geralmente, não são atribuídas aos animais.

Em primeiro momento o narrador declara que “a cachorra espiou o dono desconfiada” (RAMOS, 1992, p. 87), como se ela estivesse prevendo que seria sacrificada. Após levar o tiro, Baleia “andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo” (RAMOS, 1992, p. 88). Um pouco antes de morrer, ela reflete sobre o que estava acontecendo e suas últimas lembranças são apresentadas pelo narrador.

São atribuídos os processos mentais de afeição e de desejo a Baleia. Ela aprova ações ao movimentar sua cauda, desaprova ações ao se mostrar séria e não gosta de expansões violentas. Enfastiava-se com os barulhos de Fabiano, às vezes sentia vontade de mordê-lo, às vezes sentia vontade de demonstrar seu afeto pelos donos e vontade de latir como um meio de

expressar oposição sobre as ações deles. Também são atribuídos, a ela, processos mentais de cognição e percepção , tais como: “acreditava”, “admitia”, “achava”, “estranhou”, “não sabia”, “sentiu”, “percebeu” e “franziu”.

Em toda a narrativa, Baleia é apresentada como um membro importante da família, não é vista como animal, pelo contrário: “Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o chiqueiro das cabras”. (RAMOS, 1992, p. 85, 86)

Por fim, veja mais um trecho do momento da morte da cachorra Baleia, no qual são atribuídas mais características humanas a ela:

Não se lembrava de Fabiano. Tinha havido um desastre, mas Baleia não atribuía a esse desastre a impotência em que se achava nem percebia que estava livre de responsabilidades. Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração. Precisava vigiar as cabras: àquela hora cheiros de suçuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. (RAMOS, 1992, p. 89)

A cachorra baleia, ao longo de todo o romance, sonha, sente alegria, tristeza e dor. Como já dito antes, cabe a ela o momento mais dramático da narrativa, ou seja, o momento de sua própria morte. Baleia tem suas desconfianças e vontades. Mostra-se, inclusive, responsável pela caça que alimentava os familiares, como se tivesse obrigação de sustentá-los durante o período de miséria. Em contraponto, Fabiano não se dava bem com os homens, tinha dificuldade de se comunicar, pouco demonstrava sentimentos e raciocínio, um homem bruto e seco, assim como clima do nordeste. Ele e sua família se ocupam do papel de sertanejos que fogem da seca nordestina brasileira, que vivem como bichos, que lutam contra as forças da natureza em busca da sobrevivência no sertão e que, ainda sim, sentem a miséria na pele.Psicanálise Textura. São Paulo, nº 2, 2002.

A parte boa da humanidade:

No documento 1 O que é humanidade? (páginas 31-42)

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