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Técnicas e Artefatos Utilizados na Etapa de Contextualização

e um Novo Objeto de Aprendizagem Juliana Braga e Rita Ponchio

2.3 Técnicas e Artefatos Utilizados na Etapa de Contextualização

O artefato gerado na etapa de contextualização é o relatório de aná- lise de contexto. Em geral, esse relatório é concebido baseado em técnicas de entrevistas com os demandantes e potenciais alunos a utilizarem o OA. A seguir, é apresentado um modelo de relatório de contextualiza- ção sugerido na metodologia INTERA. Esse modelo pode ser utilizado como um guia para a entrevista de levantamento de contexto. O preen- chimento do modelo varia de acordo com o OA a ser concebido. Portanto, não há necessidade de preenchimento de todos os campos mostrados no modelo, assim como outros campos podem ser adicionados, conforme a necessidade. O modelo de contextualização proposto é dividido em con- formidade com três tipos de informação: o primeiro é a caracterização geral do OA; o segundo é sobre as questões de reusabilidade do OA; e o terceiro é sobre o cenário de uso do OA.

2.3.1 Caracterização Geral do OA

A caracterização do OA envolve os seguintes aspectos:

• Tipo do OA: descrever os tipos de mídias digitais em que será ge- rado o OA, por exemplo, se é um vídeo, uma animação, um texto, um gráfico, se possui som, entre outros.

• Problema pedagógico: é a descrição do problema pedagó-

gico que o OA pretende auxiliar, como, por exemplo: baixo ren- dimento dos alunos em determinado tópico, dificuldade em re- alizar os exercícios propostos. Descrever bem qual o problema

pedagógico que o OA deve auxiliar contribui muito para que ele seja desenvolvido.

• Objetivos pedagógicos que se deseja atingir: é a descrição de

quais são os objetivos pedagógicos que seu OA pretende alcançar para favorecer a aprendizagem, como, por exemplo, desenvolvi- mento de estudos independentes, sistemáticos e autoaprendiza- gem; direcionamento do estudante para a emancipação intelec- tual, entre outros.

• Área de conhecimento: define qual é a área em que o OA será uti-

lizado, como Ciências Exatas, Ciências Humanas, Matemática etc.

• Disciplina principal: indica em que disciplina o OA pode ser uti-

lizado, como, por exemplo, psicologia da educação, estatística, lin- guagem de programação, ciência cognitiva etc.

• Ementa em que o OA se encaixa: campo reservado para que, se

necessário, indicar a ementa da disciplina em que o OA se insere. Sugere-se citar, dentro da ementa, quais os tópicos com os quais o OA está relacionado. Exemplo: CIÊNCIA COGNITIVA: Esta disci- plina objetiva a apresentação de ferramentas teóricas e práticas no estudo de sistemas cognitivos. Arquitetura de sistemas cogni- tivos; cognição como processamento de informação; modelagem de sistemas cognitivos; inteligência natural e artificial; evolução cognitiva; cognição social, etc.

• Descrição breve do OA: descrição resumida do Objeto de Apren-

dizagem que se pretende construir.

• Público Alvo: indicar para o qual o OA será projetado: estudantes

de nível superior do curso de Ciência da Computação; discentes da pós-graduação em Neurociências; alunos da licenciatura em matemática etc.

• Conhecimento prévio do público alvo: qual o conhecimento

prévio que os alunos deverão ter para usar o seu OA, como, por exemplo, matemática básica, inglês etc.

• Grau de Acessibilidade: qual o grau de acessibilidade que os es-

se serão pessoas com deficiência visual e/ou auditiva ou outros tipos de dificuldades de aprendizagem.

• Fluência tecnológica: que tipo de conhecimento prévio sobre a

tecnologia a ser utilizada os alunos deverão possuir, como, por exemplo, informática básica, linguagem de programação JAVA etc.

2.3.2 Características de Reúso

Durante a contextualização, deve-se começar a pensar sobre as características que o OA deve conter para ser reutilizado. Para apoiar essas ideias, sugere-se apontar:

• Disciplinas que o OA também poderá ser reutilizado: indica

outras disciplinas, além da disciplina principal, para as quais o aluno poderá utilizar este mesmo OA, como, por exemplo, se um OA é utilizado em matemática básica, pode ser que ele também possa ser utilizado em estatística.

• Tópicos dentro das disciplinas: indicar, dentro das disciplinas

de reúso, quais tópicos são relacionados com o OA. Por exemplo, o tópico sobre média aritmética poderá ser usado em matemática básica, e o tópico medidas de tendência central, em estatística.

• Componentes do OA: se possível, indicar o número de compo-

nentes em que o OA pode ser dividido, para que sua granularidade diminua e o seu reúso aumente. Por exemplo: um OA que ensina o funcionamento de uma célula pode ser dividido em célula animal e célula vegetal. Dessa forma, ele poderá ser aproveitado tanto para o tópico de biologia animal como para o tópico de biologia vegetal. Outro exemplo: uma videoaula pode ser definida em ou- tros pequenos vídeos; neste caso, indicar quais os tópicos de cada vídeo.

2.3.3 Cenário de uso do OA

O cenário de uso do OA já pode ser identificado na etapa de contex- tualização. Isso ajudaria o professor demandante a ir delineando melhor

o OA, que ainda é uma ideia. A seguir alguns itens que podem ajudar na definição do cenário:

• Modalidade: a distância ou presencial

• Descrição do cenário: é uma descrição de uma situação peda-

gógica (cenário) em que o OA poderá ser aplicado. Exemplo de cenário: As animações do OA sobre biologia celular podem ser

apresentadas aos alunos dentro do ambiente Tidia-Ae, sem a ne- cessidade de explicação prévia pelo professor. Posteriormente, o professor pode sugerir várias atividades relacionadas à biologia celular. Como exemplos de atividades, pode-se citar: 1- O aluno deverá assistir à animação 1 e responder ao questionário sobre o tema do vídeo.