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Um Término Para Viagens Intermináveis ?

Recomeça...

Se puderes, sem angústia e sem pressa

e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro,

dá-os em liberdade,

enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade. Miguel Torga

Também o autor deste trabalho quis dar-se ao luxo de ser viajante. Em maio de 2011, no processo de elaboração do mesmo, viajou para Lisboa com o intuito de - à imitação (um tanto quanto presunçosa, diga-se de passagem) de Santo Antonio, Padre Vieira, Almeida Garrett, Miguel Torga , Fernando Pessoa, do viajante saramaguiano, das duas viajantes de Oliveira e de sua própria avó – se tornar por alguns dias um viajante, lançando seus próprios olhares, construindo seus próprios caminhos, deixando-se conduzir por suas próprias sensibilidades. Afinal, acompanhar os processos de viagem dos outros lhe aguçou sua própria vontade, seus próprios desejos de também ele “perceber na própria pele”, os sentidos de romper com o “espaço quadriculado”.

E lá se foi ele por Lisboa, à busca de indícios que possam falar de encontros entre diferentes olhares, em busca de metáforas que pudessem, de uma forma ou outra, contemplar outras percepções históricas. Após dez dias de viagem e cerca de duas mil fotos tiradas, duas cenas escolheu este mesmo autor para concluir suas reflexões sobre viagens e viajantes.

A primeira, refere-se ao largo de São Domingos, no centro de Lisboa, junto ao mesmo á parte histórica da cidade. Neste largo, hoje nada mais do que um espaço vazio calçado

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com pedrinhas em frente à igreja do santo de mesmo nome, funcionou o tribunal da Inquisição. Nela, como se pode ver nas imagens a seguir, encontrou o viajante uma lápide comemorativa mandada fazer recentemente pela comunidade judaica, sobre os eventos transcorridos há séculos e de triste memória. Vejamos a cena:

Eis ai o viajante-autor deste trabalho, diante da praça e do monumento. Assim, como as viajantes de oliveira no início de sua viagem, não resiste o viajante ( e a segunda imagem pode dar bem o ar cerimonioso da fisionomia) em assumir um ar contemplativo e de veneração por estar ali diante daquele “espaço histórico”. No entanto, assim como as viajantes de Oliveira que não se deixaram seduzir pelo aviso do comandante americano e foram salvar a bonequinha muçulmana ou o viajante saramaguiano que procurou desconfiar das primeiras impressões sobre os lugares que

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visitava, este viajante que agora vos escreve também quis ver mais de perto do que realmente se tratava. E, ao assim fazer, ficou surpreendido com o que encontrou. Veja o leitor também:

O Monumento, em si, é uma homenagem aos judeus mortos naquele lugar há mais de quinhentos anos. O viajante se impressiona. Não fosse este monumento, e nenhuma outra referência alia haveria sobre este massacre e as mortes que ali ocorreram. No entanto, é também outro o motivo que lhe fascina.

O autor-viajante poderia aqui fazer suas as próprias palavras do viajante saramaguiano:

O viajante gosta dos seus vinte sentidos e a todos acha poucos, embora seja capaz, por exemplo, e por isso se contenta com os cinco que trouxe ao nascer, de ouvir o que vê,

de ver o que ouve, de cheirar o que sente na ponta dos dedos... ( SARAMAGO, 2003,

p. 36 )

È que o viajante-autor deste trabalho, se de um lado não pode deixar de “ver” os gritos dos judeus perseguidos ou “ouvir” os rostos desesperados não pode deixar também de contemplar a inscrição grafitada de forma quase subreptícia em volta da estrela comemorativa. Nela pode-se ler claramente: Liberdade para o Povo Palestino!

Sim, caro leitor, por um momento, também eu senti-me como os viajantes que analisamos neste trabalho; também eu fui contemplado com um “encontro” entre

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diferentes perspectivas: como, ao contemplar a dor dos judeus em minha condição de visitante daquele monumento, não lembrar também da dor dos palestinos?

Duas inscrições, duas perspectivas: mas a mesma lembrança da dor, que se ouve, que se

vê, que se sente, que se imagina. “Só os viajantes acabam”, nos diz novamente o

viajante saramaguiano. E mesmo estes podem prolongar-se em “memória, em lembrança, em narrativa”(p.475-476). Judeus e palestinos tornam-se também eles parte dessa memória da viagem, não apenas no Largo de São Domigos, mas agora também neste trabalho.

Mas, ainda não refeito pela emoção desse dialogo de sentimentos e perspectivas históricas. vai o viajante-autor deste trabalho passear pelo vizinho e contíguo Largo da Figueira. E de repente, como se novamente os “vinte sentidos” lhe saltassem a vista depara-se com uma imagem na parte traseira de um ônibus. “Tateie” o leitor com seus próprios olhos:

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Assim como o viajante saramaguiano e as viajantes de Oliveira, também agora este viajante se coloca diante de um dilema do tipo “ovo e galinha”: são os azulejos que dão vida ao corpo humano, ou é o corpo humano que dá vida aos azulejos? Ou talvez dito de outro modo: é possível existir um monumento, uma paisagem, um “pedaço de terra” que não seja –direta ou indiretamente -parte da experiência humana? Ou ainda é possível conceber uma existência humana que não esteja enraizada em determinada experiência espaço-temporal?

O trabalho que aqui concluímos e agora entregamos à reflexão do leitor quis, de certa forma, lidar com estas duas questões que a experiência do autor-viajante apresentada nesta conclusão vem, de certa forma sintetizar.

A primeira se refere às distintas possibilidades de se entender outros tempos e espaços, num processo de permanente reconstrução de sentidos. A análise deste processo á luz das metáforas das viagens permitiu a ruptura com a pretensa “linearidade” dos tempos e espaços. A percepção das sutilezas e dos detalhes apresentados, a observação das especificidades dos discursos dos viajantes e dos meandros das suas linguagens (remetendo-se a outros autores e tempos históricos) tinham como duplo objetivo sensibilizar para a idéia de que as representações espaço-temporais são construções histórico-ideológicas e apontar possíveis implicações que tais representações podem ter no entendimento do “mundo” em que vivemos.

Da mesma forma, a segunda questão está diretamente vinculada ao protagonismo humano nesse processo de interpretação do mundo: Se o enigma “ovo-galinha” nos acompanhou ao longo deste trabalho foi justamente para que as relações dos indivíduos com esses mesmos tempos e espaços não parecessem dicotomizadas: os viajantes ao longo da própria viagem foram se ressignificando a ponto de perguntarmos: é o viajante que faz a viagem? Ou é a viagem que faz o viajante?

Ou, ainda, é possível separar viagem e viajante? Definitivamente, o tempo/espaço do viajante é o tempo/espaço do eterno reencontro que a viagem permite: do “antigo” com o “novo”, do “longe” com o “perto”, do “semelhante” com o “diferente”.

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Por isso, as viagens não terminam: nem minha avó (ainda viva quando do término deste trabalho) desistiu de voltar para sua terra, nem as viajantes de Oliveira morreram simplesmente, nem o viajante saramaguiano terminou sua viagem sentado à beira mar e nem eu próprio consigo me desligar do impacto das experiências que vivi em Lisboa.

O que está em jogo, não são apenas viagens, nem encontros. Mas sim projetos. É disto que falou este trabalho.

É disto que fala Sophia, ela também uma viajante, fascinada pelo Mediterrâneo:

Esta foi sua empresa: reencontrar o limpo Do dia primordial. Reencontrar a inteireza Reencontrar o acordo livre e justo

E recomeçar cada coisa a partir do princípio

Em sua empresa falharam e o relato De sua errância erros e derrotas De seus desencontros e desencontradas lutas

É moroso e confuso

Porém restam

Do quebrado projecto de sua empresa em ruína

Canto e pranto clamor palavras harpas Que de geração em geração ecoam Em contínua memória de um projecto Que sem cessar de novo tentaremos.

Uma viagem não se esgota em suas possibilidades de término cronológico, pois é um projeto “que sem cessar de novo tentaremos”!

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