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Tabela 6 Demografia, município de São Paulo Município de São Paulo Brasil

No documento UNIDADE DE PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO UPP (páginas 57-62)

Área total 1.509 Km2 8.547.403,5 Km2 População total projetada

para 2004

10.804.867 habitantes 179.443.103 habitantes

I DH, posição da cidade de São Paulo no ranking estadual ( SP)

69 posição estadual com o índice de 0,8659

72 posição mundial com o índice de 0,775

Esperança de vida ao nascer 70,66 anos 68,82 anos

Fontes: SEMPLA; I BGE; I PEA; PNUD2

A área do município de São Paulo ocupa apenas 0,018% do território nacional, e mesmo assim concentra 6,0% da população total do país. Apresenta, porém, uma expectativa de vida ao nascer superior em 1 ano 10 meses e 2 dias a média nacional (tabela 9). No indicador relativo à qualidade de vida, o I DH — Í ndice de Desenvolvimento Humano — o município ocupa, novamente, uma posição melhor que a do país.

O conjunto de indicadores relacionados com a habitação (tabela 7 - Habitação, município de São Paulo) mostra que o município possui 0,07% dos domicílios nacionais. Contudo, temos uma população aproximada de 1,16 milhões de pessoas em 2018 favelas, um problema social que atinge 10,74% das pessoas do município.

Tabela 7 - Habitação, município de São Paulo

Número de domicílios no município de São Paulo

3.039.104 Número de

domicílios nacionais

46.570.967 (I BGE 2001)

Média de moradores por

Domicílio no município 3,43 pessoas Estimativa do número de habitantes das favelas no município

Ano Habitantes 1971* 39 mil pessoas 1974-75* 104 mil pessoas 1980* 359 mil pessoas 1983* 414 mil pessoas 2000 1.160.590 pessoas Favelas em 2003 2.018

Fonte dos dados: Sehab, Secretaria Municipal da habitação e desenvolvimento urbano de São Paulo; I BGE 2000; TAÏEB; BARROS 1989: 118

2 Disponível na internet no domínio

Esse percentual está praticamente estável desde a década de 80. É importante ressaltar que as estatísticas fazem distinção entre favela e cortiço, e por isso a quantidade de pessoas em moradias precárias talvez seja muito superior aos 10,74% mostrados.

A prefeitura de São Paulo, no seu Sumário de Dados 2004: 391 considera como:

"...favela e assemelhados os agrupamentos de, no mínimo duas unidades habitacionais precariamente construídas e dispostas de forma desordenada em um mesmo lote, cuja propriedade não é legalizada para aqueles que a ocupam."

A educação no município (tabela 8 - Educação, município de São Paulo) tem uma taxa de analfabetismo 6,52% menor que a nacional. Nota-se a divisão política estabelecida quanto à responsabilidade por determinadas categorias de ensino, assim o município se ocupa principalmente do ensino infantil (455) e creches (877), e por sua vez o estado (de SP) do ensino fundamental (1239) e médio (597).

Tabela 8 - Educação, município de São Paulo Taxa de analfabetismo

nacional

11,4%

para pessoas de 10 anos ou mais Taxa de analfabetismo no município ,88% para pessoas de 10 anos ou mais

Creches municipais 877 unidades Escolas de suplência no

município 15*

Escolas municipais de ensino infantil no município

459 Escolas de ensino médio federal

no município 01

Escolas estaduais de ensino infantil no município 01*

Escolas de ensino médio

estadual no município 597

Escolas de municipais de

ensino fundamental 458*

Escolas de ensino médio

particular no município 563

Escolas de estaduais de

ensino fundamental 1239

Escolas de ensino médio

municipal 08

Escolas particulares de ensino fundamental no município

1902*

I nstituições de ensino superior públicas ( universidades e faculdades estaduais e federais) no município

05 * *

Escolas de ensino profissional no município

307*

I nstituições de ensino superior particulares no município ( faculdades e universidades)

136 * * * (tabela do sítio http:/ / escola.edunet.sp.gov.br/ consulta.asp)

* * Lista do sítio: www.jornaldosestagiarios.com.br) SME, Secretaria municipal da educação de São Paulo 2004 I BGE (2000)

O setor particular de ensino tem presença marcante no município, é 27,2 vezes maior que o número de instituições superiores públicas; e supera o ensino fundamental estadual em 663 escolas.

A escolaridade do chefe de família paulistano foi analisada por Lucia Maria BÓGUS e Suzana PASTERNAK (2004). Nessa pesquisa foi identificada uma melhora geral, evoluindo de 9% de chefes de família sem nenhuma instrução para 5,87% em um período compreendido entre 1991 e 2000.

Os indicadores selecionados para a área da saúde (tabela 9 — Saúde, município de São Paulo), revelam que a taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos é 17,62% inferior a média nacional, um provável indicador de melhores condições sanitárias e de atendimentos médicos.

Tabela 9 - Saúde, município de São Paulo Taxa de mortalidade

infantil nacional

32,70

por mil nascidos vivos

Taxa de mortalidade infantil do município3

15,08

por mil nascidos vivos

Volume de esgoto

tratado por dia no Brasil 5.137.171 m3 Volume de esgoto tratado por dia no município 2.019.536 m3

Taxa de domicílios ligados à rede geral de água no Brasil

81,1%

Taxa de domicílios ligados à rede geral de água no município

98,6%

Í ndice de tratamento dos esgotos coletados no Brasil

34,21%

Í ndice de tratamento dos esgotos coletados no município

67 %

Coeficiente de Leitos SUS por mil habitantes no Brasil

2,8

Coeficiente de Leitos SUS por mil habitantes no município

1,68

Hospitais municipais 15 Unidades básicas de saúde

( UBS) no município 385

SEADE; SMS; I BGE, Brasil em síntese e pesquisa nacional de saneamento básico, documento extraído da internet, Recursos Físicos, no sítio: http:/ / portal.saude.gov.br/ saude/ aplicacoes/ anuario2001/ recfis/ introd.cfm

O volume de esgoto tratado por dia no município é responsável por 39,31% do volume nacional. A taxa de domicílios do município ligados à rede geral de água

3 Freqüência com que ocorrem os óbitos infantis (menores de um ano) em uma população, em relação a cada mil nascidos

é 17,5% maior que a média nacional. O índice de tratamento dos esgotos coletados municipais supera em 32,79% a média nacional.

Quanto aos leitos hospitalares públicos (SUS) o município apresenta um índice inferior ao nacional, uma deficiência nesse quesito da saúde que pode ser sanada com investimentos em equipamentos.

Tabela 10 - Finanças, município de São Paulo

PI B do Município R$ 188.443.920.000 PI B do Brasil R$ 1.346.028.000.000 PI B do município em relação ao PI B nacional 14% Rendimento médio do brasileiro R$ 866,10 Rendimento médio do paulistano R$ 1.320,00 Orçamento aprovado

pela câmara municipal

em 2004 R$ 14.294.000.000 em 2004 I nvestimento em programas sociais no município R$ 540 milhões (SDTS 2003)

Fonte dos dados: BACEN, Banco Central; I BGE, Brasil em síntese; PMSP, Prefeitura Municipal de São Paulo; PNUD; SDTS, Secretaria municipal do desenvolvimento e trabalho e solidariedade de São Paulo

As finanças (tabela 10 - Finanças, município de São Paulo) correspondem a 14% do total nacional do Produto I nterno Bruto. O rendimento médio do paulistano é superior em R$ 613,9 ao nacional. O orçamento municipal para o ano de 2004 corresponde a 7,59% do PI B do município. Os maiores investimentos do orçamento municipal em 2004 foram para a Educação (24,85% ) e a Saúde (17,72% ).

A infra-estrutura do município (tabela 11 – I nfra-estrutura, município de São Paulo) apresenta números superiores a qualquer outro município nacional, a simples idéia da gestão do trânsito de São Paulo com 5.128.234 veículos cadastrados, além de mais de 15 mil ônibus trafegando por mais de 46 mil logradouros é impressionante.

Os indicadores de infra-estrutura são para uma cidade "o conjunto de instalações necessárias às atividades humanas, como a rede de esgotos e de

abastecimento de água energia elétrica, coleta de águas pluviais [ ver tabela 9 - Saúde, município de São Paulo] , ..." (Aurélio Buarque de Holanda FERREI RA 1999:1110).

Tabela 11 - I nfra-estrutura, município de São Paulo

Viadutos 137 Postes de iluminação 445.980 Logradouros 46 mil Transportes Veículos cadastrados 5.128.234 Total de ônibus da frota de urbana 15 mil Táxis 32,7 mil Estações de Metro 52 Linhas de ônibus 1.291

Fonte dos dados: DETRAN (2000); Siurb (2003); SPTrans (2004) A infra-estrutura é um dos elementos necessários para se estabelecer uma "densidade de articulações", para permitir que a concentração urbana ingresse no mercado global (Fany DAVI DOVI TCH 2003: 137). Nesse sentido, o município de São Paulo está constantemente pressionado para aumentar as suas redes de telecomunicações, de informações e de transportes.

Os transportes públicos e de cargas representam uma séria desvantagem para o município, no sentido de existirem diversos gargalos no escoamento de produtos e pessoas, em especial pela opção rodoviária.

A continuidade da área urbana, na qual a cidade de São Paulo está inserida, representa um desafio na organização da rede de infra-estrutura, conforme apontaram Raquel ROLNI CK e Nadia SOMEKH (2002: 127):

"A maior parte das redes de infra-estrutura está hoje [ 2002] sob a esfera de poder estadual ou federal. Por outro lado, como se trata de redes que ultrapassam as fronteiras de um município, dificilmente uma cidade, isoladamente, tem força política para determinar a estratégia de investimentos e gestão dessas infra-

estruturas. Entretanto a presença ou ausência dessas redes de serviços, sua qualidade e disponibilidade no território municipal é absolutamente determinante do próprio modelo de gestão territorial, com enormes impactos na economia das cidades."

O município apesar de dispor de um orçamento maior que o de alguns estados da federação, não pode dispensar verbas estaduais e federais nem empréstimos internacionais.

No documento UNIDADE DE PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO UPP (páginas 57-62)