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Fio 17 FIGURA

4.1 TABELA E GRÁFICO DAS TEMPERATURAS

Na tabela II estão os valores registrados através do DSC, das temperaturas de transição das mesofases nos dez pri meiros compostos da série homóloga 4 (4 1 -n-nanoxibenzoiloxi) benzi, lideno 4 "-n-alcoxianilina.

As fases nemãticas e esmética C apresentadas pe los compostos, foram identificadas por raio-x e através das tex turas vistas no microscópio. As fases esméticas monotrõpicas não puderam ser identificadas por este processo porque elas são mui_ to instáveis, tendo um intervalo de temperatura muito pequeno.

A fusão dos compostos desta série ocorre a tempe raturas elevadas, geralmente acima de 9 0 ° C . Os dois primeiros compostos da série apresentam somente a mesofase nemática, por larga faixa de temperatura; desde 100°C até 22 9° C para o prime_i ro composto da série e desde 104°C até 23 6°C para o segundo mem bro da série.

A fase Sç aparece a partir do terceiro membro da série» A temperatura em que ocorre a transição desta fase para a nemática, Ts/N / aumenta a medida que aumenta o número de car bonos na cadeia alqullica dos membros da série.

Na tabela também estão registrados os valores das temperaturas de fusão para uma segunda medida nas amostras. Quando se faz uma segunda medida na amostra, a temperatura em

que ocorre a fusão é geralmente mais baixa do que a temperatura de fusão registrada na primeira.medida da amostra. A diferença no valor da temperatura de fusão entre a primeira e a segunda me dida, ocorre porque a amostra, virgem vem de uma recristalização feita no processo de recristalização, em presença de um solvente. Jã para a segunda medida, a recristalização ocorre apenas median te a perda de calor. Outras medidas realizadas na mesma amostra terão valores para a temperatura de fusão iguais aos valores da segunda medida.

Na recristalização da amostra, ocorrida por res friamento, as temperaturas registradas são bem menores do que as temperaturas de fusão. As fases monotrõpicas ocorrem a partir do segundo membro da série, sendo que, a partir do quinto composto da série, o gráfico registra a ocorrência de duas fases monotrõ picas.

O gráfico da figura 23 apresenta as temperaturas de transição de fase em relação ao número de carbonos que caracte

riza o composto da série. Na transição de nemãtico para isotrõpi co pode-se notar o efeito par-lmpar no valor da T ^ j , c°m os lores da temperatura dos compostos com número par de carbonos na cadeia alquílica tendendo a subir em relação aos valores das tem peraturas dos compostos com número ímpar de carbonos. 0 conjunto todo das decresce a medida que aumenta o número de carbonos da cadeia alquílica, Pode-se fazer duas curvas, uma passando pe los pontos das dos membros com número par de átomos de car bono na cadeia alquílica, outra passando pelos pontos V i coin número ímpar de átomos de carbono. As duas curvas tendem a se en contrar a medida que aumenta o número de átomos de carbonos na cadeia alquílica dos membros da série.

Como as Tg^N aumentam com o aumento do número de carbono na cadeia alquílica e as diminuem com o aumento do número de carbono, na cadeia alquílica o intervalo de temperatu ra em que a amostra apresenta fase nemática diminui considerave^ mente para os últimos compostos da série. Assim, no NBBPA-3 o in tervalo de fase nemática é de 9 0°C e no NBBDA-10 é de apenas 21°C.

Os comportamentos apresentados pelos compostos da série NBBAA, vistos através da tabela II e do gráfico da figura 23, se assemelham aos comportamentos da maioria das séries homõ

24 25 Iogas descritos na literatura. '

O gráfico da figura 24 faz uma comparação entre os valores da temperatura de fusão para uma primeira e uma segun da medida na amostra. Com excessao do primeiro e do quarto mem bro da série, a temperatura de fusão na segunda medida apresenta valores mais baixos.

O gráfico da figura 25 ilustra o registro do DSC realizado durante o aquecimento e o resfriamento na amostra de NBBDA-10 em sua segunda medida. Cada pico corresponde a uma mu dança de fase, as quais, através do estudo de raio-x, foram iden tifiçados como: Cr ---- > Sc ---- > N ---- I no aquecimento e

„ ' „ Cr no resfriamento.

I » N ---- -> Sc ---> Sj ---- > S ZI ---»

As fases Sj e S ^ são as fases monotrõpicas, as quais não pude ram ser identificadas por raio-x.

TABELA II - Temperatura de transição de fase (°C) da sêrie NBBAA. .0 C9H19 ° - < Õ ) - 0 - < 0 ) - CH=N - < õ ) -0-CnH....- ... - “2n+l Cr sC N n

r

Tl T 2 t s/n TN/I 1 + 100,0 100,3 229 ,0 72,0 227,0 <- 2 -v 104,2 101,2 236,0 60,0 *98,0 234,0 +- 3 + 9 8,8-105,4 104,5 134 ,6 224 ,0 76,0 *79,0 132,0 222 ,0 4 + 94,6 90,5-96,6 148,8 221,8 65,0 *80,0 146 ,0 220,0 •<- 5 + 91,2 86,0 158,8 215,3 <60 *75,0-79,0 156,6 213,7 6 -* 87,8 71,0 164,2 212,0 <60 *75,6-81,0 162,0 210,0 7 -* 92,5 81,0 169 ,5 206,5 <60 *76,0-83,0 167,0 205,0 8 + 95,2 92,4 173,0 204 ,0 <60 *75,0-84,0 171,0 202,6 9 + 104 ,8 101,6 174,5 199 ,5 73,0 *75,0-86,0 171,0 197,0 10 + 96,0 94,0 176,0 197,5 69 ,0 *75,9-87,0 174 ,0 196,0 -e

T 1 - Temperatura de fusão do cristal virgem e cristalização T2 - Temperatura de fusão para medidas posteriores

T S/N ~ temperatura transição de Esmético C para Nemático .Tn^ - Temperatura de transição de Nemático para Isotrõpico

* - Temperatura para fases monotrópicas

-*■ - Temperaturas obtidas aquecendo a amostra <■ - Temperaturas obtidas resfriando a amostra

T

(X

r,c, Z3

FIGURA 23 - Gráfico das temperaturas de transição das diferentes fases em função do número de átomos de carbonos (n). ( A ) ; ( 0 ) ; ( o ) ; temperatura das fases monotrõpicas T ( * ) e Tc t t ( + ).

T(

°c

)

Fiei 2,4

FIGURA 24 - Gráfico da temperatura em relação ao número de carbo nos, comparando a temperatura de fusão para uma pri meira medida na amostra (amostra virgem) e para medi das posteriores realizadas na mesma amostra.

a

h

F i e ?

2 * 5

FIGURA 25 - Registro do DSC dos picos de transiçáo de fase ocor ridos com a amostra do NBBDA-10 em sua segunda medi da. Na parte superior os picos registrados no aqueci mento e na parte inferior os picos registrados duran te o resfriamento, vendo-se os dois picos das fases monotrõpicas prõximo a recristalização.

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