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JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

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ABRIL MAIO JUNHO

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JULHO AGOSTO SETEMBRO

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OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

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Figura 29 – Calendário da Pesca –Tainha (Atividade 6)

Período de defesa - pesca proibida da tainha

Período de pesca-“Corrida da Tainha”

Período de alimentação entrada no estuário

Período de desova- saída do estuário.

Tainha desovada ,no mar podendo chegar até o norte de Santa Catarina.

Período de maturação-alimentando-se para produzir energia para o desenvolvimento das gônadas.

DISCUSSÃO

A elaboração deste trabalho faz parte de um projeto direcionado aos pescadores intitulado ”Restabelecimento da Capacidade Produtiva do Sistema Ambiental da Pesca Artesanal no Extremo Sul do Brasil” financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente e coordenado pelo Laboratório de Recursos Pesqueiros Artesanais do Departamento de Oceanografia da Furg. Faz parte de um conjunto de cursos a serem dados para os pescadores englobando desde aspectos de dinâmica das águas, poluição até noções de biologia e da pesca das 4 espécies que constituem a base da pesca no estuário. A tainha é uma dessas espécies. Cada tema está sendo tratado de maneira diferenciada, visando soluções variadas, em termos didático-pedagógicos, para atingir um mesmo público-alvo.

Os cursos serão dados a pescadores de 8 comunidades do estuário, preferencialmente no período em que a pesca se encontra proibida na área (junho à setembro).

A estratégia de elaboração e oferecimento de cursos no âmbito do projeto, foi organizada em três fases distintas (Reis, 2002):

1ª Fase – Compilação de informações científicas sobre os diferentes temas. Realizada por especialistas, que produzem um texto completo e detalhado.

2ª Fase - Transformação do Texto-base, produzido na 1ª fase, em material didático- pedagógico, de fácil compreensão por parte dos pescadores. Esta fase trata do referido trabalho, que teve com resultado o Manual do Professor.

3ª Fase- Oferecimento de cursos para pescadores, baseado no Manual do Professor produzido na fase anterior.

Os cursos serão ministrados por pessoas com afinidade com o público-alvo e habituados em tratar com alunos de baixa ou nenhuma escolaridade. O Manual do Professor também poderá ser utilizado por professores do ensino fundamental, quando estiverem trabalhando nos assuntos relacionados com os recursos pesqueiros do estuário da Lagoa dos Patos. Nesta situação, é indicado que o professor aproveite as atividades do Manual e faça visitas locais relacionados com pesca da região, tais como: trapiches da 4ª Seção da Barra; Mercado Municipal, comunidades de pescadores, etc. Deve ser utilizado os materiais regularmente empregados pelas comunidades pesqueiras para que o aluno tenha uma noção

dos recursos de pesca, da forma como acontece o seu comércio, seu valor como produto de consumo dos pescadores, sua captura e prevenção.

Seguindo os procedimentos sugeridos neste trabalho, espera-se ter atingido o seu objetivo principal, que é de ampliar e relacionar o conhecimento tradicional do pescador com os conhecimentos científicos, de modo a preservar e garantir a produção pesqueira como um recurso rentável comercialmente e de consumo próprio.

A valorização do conhecimento tradicional associada ao conhecimento científico representa uma troca de informações entre a comunidade pesqueira e a comunidade científica, que significa, mais que transmitir o conhecimento científico, ter o mérito de fazer com que o pescador se manifeste, os acadêmicos os ouçam e juntos construam as bases para a valorização e melhor entendimento da atividade pesqueira.

CONCLUSÃO

Ao término da elaboração deste trabalho, pode-se constatar que é possível realizar a tarefa proposta adequadamente, atingindo seu principal objetivo - transformar o conhecimento científico em uma informação acessível e de fácil compreensão. Essa não é uma tarefa simples e fácil, já que tem-se a impossibilidade de utilizar técnicas muito avançadas e nem se valer de recursos que poderiam facilitar a transmissão destas informações, pelo simples fato de serem inexistentes nos locais de aplicação (comunidades pesqueiras). A principal razão da dificuldade baseia-se no público a que se destina este trabalho, que possui, na sua grande maioria, pouca ou nenhuma instrução.

Por isso, o material produzido buscou na criatividade da representação - com desenhos, fotos e figuras – a tradução da idéia principal de cada assunto desenvolvido.

Sugere-se que o resultado deste trabalho seja repassado para o pescador por instrutores da própria comunidade e acadêmicos em conjunto, aliando, assim, dois requisitos: possuírem o conhecimento e sejam portadores de uma linguagem simples, formando uma equipe que, se supõe, seja adequadamente preparada para aplicar o material produzido.

Torna-se essencial que esse trabalho seja testado junto ao público-alvo para verificar se os objetivos propostos são devidamente atingidos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

Alarcón, M. D. C. S. 2002. Ecologia Reprodutiva da tainha Mugil platanus (Gunther, 1880) do estuário da Lagoa dos Patos, Rio Grande – RS.

Berkes, F. 1998. Sacred ecology: Traditional Ecological Knowledge and Resource Management. Braun-Brumfield, Michigan. 209pp.

Berkes, F.; Mahon, R.; McConney, P.; Pollnac, R & Pomeroy, R. 2001. Managing small scale fisheries – Alternative Directions and Methods. IDRC, Canada. 309pp.

Diegues, A. 1993 A pesca artesanal no litoral brasileiro: cenário e estratégias para sua sobrevivência. Série: Documentos e Relatórios de Pesquisa, São Paulo, USP/CEMAR, 44p. Diegues, A. 1993b. Realidades e falácias sobre pescadores artesanais. Série: Documentos e Relatórios de Pesquisa nº7, São Paulo, USP/CEMAR, 15p.

Haimovici, M., J. P. Castello. e C. M. Vooren. 1998. Pescarias. P. 205-218. In: Seeliger, U., C. Odebrecht e J. P. Castello (eds). Os ecossistemas costeiros e marinho do extremo sul do Brasil. Editora Ecoscientia, Rio Grande – RS.

IBAMA-CEPERG/RS. 1999. Desembarque de pescado no Rio Grande do Sul. Ministério do Meio Ambiente, Publicação Especial. Rio Grande, 30p.

Lopes, L. A. 2001. A pesca de crustáceos e peixes na Lagoa dos Patos, RS, Fundação Universidade do Rio Grande.

Reis, E. G. 1993. Classificação das atividades pesqueiras na costa do Rio Grande do Sul e qualidade das estatísticas de desembarque. Atlântica, Rio Grande, 15: 107-114.

Reis, E. G. 1999. Pesca artesanal na Lagoa dos Patos: histórico e administração pesqueira. P. 81-84. Seminário internacional “Por uma História Multidisciplinar do Rio Grande”. 24 a 28 de maio, Rio Grande-RS.

Reis, E.G. (Coord.). 2001. Projeto Restabelecimento da Capacidade Produtiva do Sistema Ambiental da Pesca Artesanal no Extremo Sul do Brasil. Fundo Nacional do Meio Ambiente. 26pp.

Reis, E. G.; P. C. Vieira & V.S. Duarte. 1994. A pesca artesanal no estuário da Lagoa dos Patos e costa do Rio Grande do Sul. Atlântida, Rio Grande, 16.69-86.

Vieira, J. P. e C. Scalabrin. 1991. Migração reprodutiva da “tainha” (Mugil platanus Günther, 1880) no sul do Brasil. Atlântica, Rio grande-RS, 13 (1): 131-141

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