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TAUBATÉ Monteiro Lobato é símbolo Taubaté: Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo.

NARIZINHO ARREBITADO E NARIZINHO ARREBITADO

28) TAUBATÉ Monteiro Lobato é símbolo Taubaté: Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo.

Comemorando o cinqüentenário do livro Urupês e a XVI Semana de Monteiro Lobato, o livro ressalta a vida de Lobato, seus principais feitos, suas lutas e suas obras. Lembra que ao mesmo tempo em que criava suas obras, como A Menina do Narizinho Arrebitado, Lobato se "aprofundava na observação da problemática nacional". Informa também que a literatura infantil de Monteiro Lobato foi reunida pela Editora Brasiliense, em 17 volumes. O primeiro trabalho do gênero tinha o "título hoje imortal" Narizinho Arrebitado.

1970

29) MURALHA, Sidônio. Um personagem chamado Pedrinho: a vida de Monteiro para os alunos lerem e os professores também. São Paulo: Brasiliense.

O autor, num diálogo travado com o personagem Pedrinho, conta a vida de Monteiro Lobato. Em uma passagem da narração lembra que a editora de Monteiro Lobato falira porque a Light cortou a energia elétrica. Porém, antes da falência o escritor já havia publicado Urupês, Idéias de Jeca Tatu, Cidades Mortas, Negrinha, A Onda Verde, Narizinho Arrebitado, O saci, O Marquês de Rabicó e outros livros. Neste livro há uma menção também aos nomes dados aos jornais escolares que se referem às obras de Lobato, como Narizinho Arrebitado, Lobatinho e Picapau Amarelo. Segundo o autor, antes de morrer, Lobato visita a Bahia e assiste à opereta infantil extraída de Narizinho Arrebitado, apresentada no Teatro Guarani, com mais de 100 figurantes. Ao final deste livro, o autor coloca uma breve biografia cronológica sobre Lobato. Nela informa que, em 1921, Lobato dedicou-se à literatura infantil e com Narizinho lançou o sítio do Picapau Amarelo e seus célebres personagens.

30) Monteiro Lobato. In: Grandes personagens da nossa história. São Paulo: Abril Cultural, p. 941-956.

A biografia do autor é contada por D. Benta, tendo como cenário o Sítio do Picapau Amarelo e todos seus personagens. Conta-se que Monteiro Lobato, por volta de 1918, estava muito ocupado em editar livros, e por conta disso escrevia muito pouco. Só em 1920 é que escreve um conto História do Peixinho que Morreu Afogado. A partir daí, "resolveu ampliar o conto, misturando-o com cenas da sua infância passada em Taubaté". O conto recebe então, em 1921, o título de Narizinho Arrebitado, "que depois passaria a chamar Reinações de Narizinho".

1972

31) DONATO, Mário. O meu Lobato. O Estado de São Paulo, São Paulo, ano II, nº 97, p. 5-6.

O artigo consiste em um depoimento do autor sobre suas impressões ao conhecer Lobato quando ainda menino e depois quando passou a conviver com ele quando já era jornalista. Cita A Menina do Narizinho arrebitado, dizendo que foi a obra autografada que Monteiro Lobato lhe deu ao visitá-lo em sua Cia Monteiro Lobato, acompanhado por seu pai, que, por sua vez, trabalhava na Editora do escritor. Aponta ainda que a literatura lobatiana, "quase toda dos tempos de O Minarete e Revista do Brasil é utilitarista, pois sua intenção é antes de tudo ‘reformar e consertar’. Até sua literatura infantil tem uma preocupação didática”. O autor afirma ainda que

Lobato não era um "imaginativo", pois a idéia central de o Narizinho foi-lhe dada pelo escritor Toledo Malta.

32) HECKER Fº, Paulo. O problema da literatura infantil. O Estado de São Paulo, São Paulo, ano XVII, nº 798, 12 nov. 1972, Suplemento Literário.

O artigo defende a idéia de que a literatura infantil é um gênero menor, visto que, na maioria das vezes, é feita para distrair as crianças e "não responde a uma necessidade genuína de expressão. É algo fabricado porque facilmente comerciável”. Para o autor, há cinco pontos que devem ser contemplados para se obter uma boa literatura infantil: o autor deve manter viva a psicologia infantil, ou seja, deixar ressaltado o ponto de vista da criança; não pensar que a criança é uma "'boboca', quando (...) é um ser de paixões fáceis, (...) além de possuir o senso crítico"; o autor deve falar à inteligência do leitor; o autor deve se preocupar em dominar o sentimento básico da criança, o medo; e, finalmente, a obra é "o ditado do inconsciente ou o talento (...), as receitas não resolvem”. Se a literatura feita para criança contempla estes cinco itens, então se tem uma literatura tão rara como uma adulta. E atendendo a estes requisitos, existem alguns bons autores infantis, como Perrault, Grimm, Collodi, Amicis, e Monteiro Lobato, especialmente com sua primeira criação do gênero, Reinações de Narizinho (1921).

33) KAIROVSKY, Lúcia. A consciência do mundo. O Estado de São Paulo, São Paulo, nº 798, 12 nov. 1972, Suplemento Literário.

O artigo defende que a leitura deveria dar à criança significado sobre o mundo em que vive e exigir esforço dela na hora de concatenar as idéias. A leitura infantil ideal deveria apresentar personagens com múltiplas características, como bondade, maldade e esperteza e não uma coisa ou outra, de modo maniqueísta. Para a autora, a literatura infantil deveria retirar o "desnecessário e alienante", o fantástico, o super-herói, o valentão e mostrar a competição às crianças; e deveria, ainda, ter humor e ser menos ilustrada, deveria "apresentar uma pretensa solução que, de repente, é negada, e a solução passa a ser outra”. A autora acredita ainda que a televisão é mais sedutora que a literatura, porque é "espetáculo, a criança pode participar, de alguma maneira", enquanto na literatura, os elementos são dispostos de forma tal que a criança "não tem o que fazer a não ser sentar-se e ler (...), o que se permite é apenas uma mudança de postura”. Segundo a autora, talvez isso explique o porquê de se editar "dez vezes menos livros do que há 51 anos", quando Narizinho Arrebitado teve 50.000 exemplares numa única edição.

1973

34) DANTAS, Paulo. Presença de Lobato. São Paulo: Editora do Escritor.

O autor conta a história da vida de Monteiro Lobato em primeira pessoa. Usando textos autobiográficos do escritor, faz uma montagem, cortando,

colando, escrevendo e transcrevendo, como se fosse o próprio Lobato falando. Um dos tópicos abordado no livro é a literatura infantil lobatiana. E pelas próprias palavras de Lobato lembra que tudo começou com uma simples história contada por Toledo Malta de um peixinho que morrera afogado por ter desaprendido a nadar. Lobato afirma que esta história logo depois virava a história de Narizinho.

1975