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5.7 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

5.7.1 Tecnologia Educativa: Moodle/Exabis®

A tecnologia usada para construção do ePortfólio foi o Exabis® versão 2.1, que é uma extensão para o sistema de gestão de aprendizagem, AVA Moodle®, (Open Source Curso Mangement System), compatível nas versões 1.8 e 1.9 a ferramenta. A escolha do Moodle/Exabis® aconteceu pela participação da pesquisadora em um curso para professores sobre a AVA em questão, em maio de 2010 ofertado pela UEPG e em agosto ofertado pela UFSC. Neste último curso, houve aproximação da pesquisadora com um professor do departamento de informática, em que foi concordado entre ambos e entre a orientadora do presente estudo, o manuseio da ferramenta Exabis® para fins de testes para sua usabilidade institucional posterior.

A partir da plataforma Moodle® estruturou-se com a ferramenta Exabis® um PE no cuidado de enfermagem no período puerperal imediato. Foram utilizados os recursos como: fórum de dúvidas a cada etapa da ABP, chat de dúvidas com a pesquisadora (disponível de segunda a sexta-feira, das 19:00 as 21:00), vídeo de abertura de boas- vindas aos alunos no ambiente, fórum de notícias, arquivos Pdf (artigos, manuais, protocolos e recomendações do Ministério da Saúde), arquivos de Power Point narrado (3°estágio do Trabalho de Parto e Puerpério

Imediato - 4°estágio do Trabalho de Parto) , Caso Clínico com links (criação de página web), vídeos do Youtube (formação do globo de segurança de Pinard) e o uso dos questionários disponíveis no Moodle®.

Nessa perspectiva, a plataforma serviu como base para subsidiar as etapas da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), pois oferecia ferramentas síncronas (em tempo real como chat) e assíncronas (os fóruns onde os alunos postavam seus comentários e questionamentos ao pesquisador em horários distintos) para subsidiar o ensino ativo e interativo.

A estruturação do PE teve inicio em agosto de 2010 contando com a participação de uma bolsista pelo Programa de Pós-Graduação em Informática pela Universidade Federal de Santa Catarina onde inúmeros testes foram realizados com a ferramenta Moodle/Exabis® com término em abril de 2011.

5.8 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTUDO Figura 2: Processo de ensino-aprendizagem.

Todos os alunos (n=28) aceitaram participar da pesquisa, e, em local apropriado e arejado nas instalações da UEPG, bloco M foram selecionados a participar do estudo, distinguindo-se entre grupo experimental e controle. Os grupos foram selecionados mediante sorteio, com a finalidade de garantir a mesma oportunidade de participação para ambos os grupos. No sorteio,os alunos receberam em

mãos, os envelopes pardos e lacrados, onde ao abri-los, cada aluno recebia uma folha branca, tamanho A4, onde constava o nome do grupo (experimental e controle) e a numeração seqüencial (1 a 14), tendo como exemplo, Grupo Experimental – 1, Grupo Controle – 5.

Nesse contexto, os grupos foram organizados, grupo teste (experimental) e grupo controle, de 14 alunos cada. Os grupos receberam intervenção didática específica, sendo que, no grupo controle, uma docente da disciplina de Saúde Materno-Infantil usou métodos tradicionais no ensino, porém apropriando-se da proposta da ABP, e por sua vez, no grupo experimental (tratamento), a pesquisadora utilizou a intervenção didática/tecnológica com o Portfólio Eletrônico/Exabis®, tendo como base a ABP igualmente. As respostas tanto do Pré-teste quanto do Pós-teste, do grupo controle foram lacradas em envelopes pardos e devidamente identificadas como, grupo controle, aluno 1, 2, 3....14. E, para o grupo experimental tanto o Pré quanto o Pós-teste, foi realizado na plataforma Moodle®.

Ressalta-se que após fazer o pré-teste (grupo controle) o questionário de cada aluno foi inserido em envelopes pardo, identificados e lacrados impedindo nova visualização do mesmo até o término do conteúdo (intervenção didática), quando então foi aplicado o pós-teste, 30 dias após o pré-teste, igualando-se ao grupo experimental.

Desta forma, por 30 dias aconteceu a intervenção didática no grupo experimental, onde os mesmos tiveram 8 horas/aula presenciais, para aprender a manusear a ferramenta Moodle/Exabis® e, em seguinda, toda a construção do conhecimento aconteceu a distância, estando a pesquisadora disponível diariamente, em horários pré - determinados, pelo chat no ambiente Moodle®. Já no grupo controle, a intervenção didática presencial aconteceu em 15 horas/aula, ou seja, 5 dias de intervenção, 3h/aula por dia. O período de execução aconteceu entre os dias 23 de maio a 23 de junho de 2011.

Destaca-se que na disciplina de Saúde Materno-Infantil, tanto os alunos do grupo experimental quanto do controle mantiveram as aulas da disciplina, porém o grupo experimental, pôde realizar as atividades do conteúdo Puerpério Imediato a distância, quando lhe conviesse, tendo como prazo, os 30 dias determinados. Por outro lado o grupo controle, em 15 horas/aula, realizaram todas as fases da ABP mediante conteúdo trabalhado em sala de aula. Em seguida, aconteceu a aplicação do Pós-teste, com as mesmas questões realizadas anteriormente no Pré- teste.

Assim, as avaliações da aprendizagem realizadas durante o estudo foram caracterizadas como somativas e formativas. A opção por fazer essa associação entre as avaliações aconteceu por considerá-las necessárias por sua relevância no processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, como esse estudo abrange o ensino universitário, tal relevância assume proporções maiores, uma vez que, as expectativas em torno do aluno graduando, ou seja, expectativas dele próprio e da sociedade, são elevadas, principalmente pela busca do profissional competente, ativo enfim, do indivíduo capacitado à resolução de problemas pertinentes a uma ou mais áreas de conhecimento (LEITE, 2011).

Sendo assim, esse processo de associação, não se resume apenas na demonstração de número de atividades, mas, sobretudo visa observar o desempenho do aluno de enfermagem a luz da integralidade, criatividade e colaboração no processo ensino-aprendizagem para o cuidado no período puerperal imediato.

A análise formativa representa a avaliação onde o aluno passa a conhecer seus erros e acertos, encontrando, maior estímulo para um estudo colaborativo e dinâmico dos conteúdos, como também, a sua orientação fornecida pelo professor, principalmente por meio do mecanismo de feedback. Já na avaliação somativa sua importância advém por determinar o grau de domínio do aluno em uma área de aprendizagem (OLIVEIRA, 2007).

O processo de execução do e-Portfólio/Exabis® do grupo experimental aconteceu de acordo com as sete (7) etapas da aprendizagem baseada em problemas, como mostra a Figura 2 abaixo.Salienta-se que a descrição do processo de execução encontra-se no manuscrito 6.1.

5.9 VARIÁVEIS DO ESTUDO