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1. Introdução

2.5. Tecnologias relacionadas com o projeto

2.5.4. Tecnologias de Aparelhos Móveis

Pode-se entender como comunicação móvel aquela o qual existe a possibilidade de movimento relativo entre partes ou as partes sistêmicas envolvidas. Como exemplo, a comunicação de uma aeronave e uma base terrena, ou mesmo a comunicação entre telefones celulares. Já em uma comunicação fixa, não há movimento entre as partes envolvidas. Temos como exemplo um link de microondas entre uma estação rádio base e uma central de comutação e controle de um sistema de telefonia celular.

Até início da década de 90 [HRef-12] a transmissão de dados sobre redes de comunicação móvel era através da conexão de modems de baixa velocidade a terminais telefônicos móveis analógicos. Está época foi conhecida como a primeira geração de celular.

O serviço celular funcionava através da divisão de uma cidade ou região em pequenas áreas geográficas denominadas células, sendo cada uma delas servida pelo seu próprio conjunto de rádios transmissores e receptores de baixa potência. O tamanho das

células situa-se na faixa de 500 metros a 10 quilômetros. Quando a chamada de um celular alcança uma torre de transmissão e recepção, a mesma é transferida para o sistema de telefonia fixa regular [HRef-12]. Cada célula possui diversos canais com o objetivo de prover serviços para muitos usuários simultaneamente. À medida que um usuário se movimenta na cidade, o sinal do seu telefone celular passa automaticamente de uma célula para outra, sem sofrer interrupção (fenômeno conhecido como "handoff" ou "handover").

Essa primeira geração de sistemas celulares caracterizava-se basicamente por ser analógica, utilizando modulação em freqüência para voz e modulação digital FSK (Frequency Shift Keying) para sinalização. O acesso à canalização é obtido através do FDMA (Frequency Division Multiple Access) [HRef-12]. Nessa época, havia vulnerabilidade às interferências e facilidade de interceptação (escuta) das conversações.

Na metade da década de 90 os celulares digitais surgiram como uma opção. Estes celulares permitem conexões mais confiáveis e com menor ruído. Esta tecnologia, que veio depois da tecnologia pregada pela primeira geração (1G) de telefones móveis, foi batizada de 2G

A tecnologia 2G [HRef-13] permite transmissões com taxas de até 19 kbps (kilobits por segundo) e é oferecida pelas operadoras de telefonia em várias opções de pacotes. Fazem parte desse segmento os padrões CDMA (Code Division Multiple

Access), TDMA (Time Division Multiple Access) e GSM (General System Mobile Communication).

Atualmente o Brasil já está trabalhando com a tecnologia 2,5G. Através dela o usuário pode conectar seu laptop ou seu PDA à internet de qualquer lugar com velocidade de até 144kbps através dos celulares 2,5G ou ainda da placa PCMCIA. A tecnologia 2,5G disponibiliza serviços como envio e recebimento de mensagens multimídia, download de vídeo, monitoramento à distância. (figura 27)

A expectativa é de que, daqui a 2 anos, [26] a massificação possibilitada pela queda de preços faça com que quase metade dos usuários de telefonia celular usufruam desses serviços. Esse crescimento estará refletido também no tráfego gerado por eles, de modo que o número de mensagens SMS e os minutos WAP devam triplicar em 2006.

Figura 27: Conexão de aparelhos móveis conectados na Internet

Mesmo não estando ainda os sistemas de segunda geração totalmente amadurecidos e firmemente estabelecidos, já se trabalha intensamente no desenvolvimento da terceira geração. Este trabalho está sendo liderado mais uma vez pela Europa e patrocinado pelo ITUR (International Telecommunications Union -

Radiocommunications sector) e ETSI (European Telecommunications Standard Institute). O objetivo é criar um sistema móvel de terceira geração que será denominado

UMTS (Universal Mobile Telecommunications System).

Atualmente, milhões de assinantes [27] (exemplo: assinantes das operadoras na Coréia do Sul) utilizam o padrão CDMA2000 da tecnologia 3G. Estes assinantes usuários dos serviços de dados HSPD - High Speed Packet Data (dados/pacotes em alta velocidade), têm ao seu dispor, uma gama de aplicações que somente uma tecnologia com velocidade de transmissão de dados superior a 2 Mbps poderia oferecer, tais como: transmissão on-line e real-time de eventos, shows e programas de TV (ex: jogos de futebol da Copa FIFA 2002), jogos multiusuários de alta-definição, vídeo-conferência, acesso à Internet em alta velocidade, dentre outros.

As chamadas de dados do tipo HSPD, podem propiciar transmissões de dados de até 153,6 kbps, tanto no download quanto no upload, simultaneamente. A disponibilidade destas transmissões para uma chamada depende da disponibilidade dos recursos naquele momento. [27]

2.5.4.1. MMS – Serviço de Mensagens Multimídia

O MMS [28] é um serviço de mensagens multimídia para dispositivos móveis. Ele é uma evolução do SMS, no qual era permitido somente o envio de mensagens de texto. O MMS promete oferecer um ambiente completo para aplicações multimídia, envolvendo imagens, texto, áudio, vídeo etc, podendo funcionar nas redes já instaladas. Com o MMS as mensagens podem vir acompanhadas de informações sobre a sincronização e apresentação das diversas mídias enviadas.

Multimídia consiste de um ou mais elementos de mídia (texto, voz, imagem e vídeo); e a combinação destes elementos de forma ordenada e sincronizada cria uma apresentação multimídia. O MMS vai possibilitar um intercâmbio de um ou mais elemento de mídia entre usuários, sem a necessidade de o serviço ser prestado em tempo real. Deseja-se que o MMS aproveite os avanços já realizados na área de multimídia e dos serviços de mensagem atuais, adicionando requisitos específicos para mobilidade, buscando sempre manter a compatibilidade e reutilizar os padrões já estabelecidos. [28]

O MMS permite exibição de imagens em formato JPEG, WBMP, GIF87a e GIF89 que podem ser mostradas em múltiplos quadros e sincronizadas com texto e voz. Para a sincronização entre os conteúdos usa-se a Synchronized Multimedia Integration

Language (SMIL).

O MMS (figura 28) deve englobar redes diferentes sendo que a conexão e a garantia de compatibilidade entre elas se dá pelo uso do IP e dos protocolos de mensagem da Internet. [28]

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