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“É no templo que recebemos as mais grandiosas bênçãos de Deus referentes à vida eterna.

Os templos são efetivamente os portões do céu.”

Da Vida de Ezra Taft Benson

“S

ou grato ao Senhor por minha lembrança quanto ao templo se estender até os tempos de criança”, disse o Presidente Ezra Taft Benson. “Lembro- me muito bem, ainda era menino quando vol- tava do trabalho no campo e dirigia- me à velha casa da fazenda em Whitney, Idaho. Dava para ouvir minha mãe cantando ‘Neste Mundo’ (Hinos, nº 136).

Ainda consigo vê- la em minha lembrança, inclinada sobre a tábua de passar, vários jornais no chão, passando longas faixas de tecido branco, e gotículas de suor a cobrir- lhe a testa. Quando perguntei o que estava fazendo, ela disse: ‘São mantos do templo, filho. Seu pai e eu vamos ao templo (…)’.

Ela, então, colocou o velho ferro de passar sobre o fogão, puxou uma cadeira para perto de mim e me falou sobre o trabalho no templo — como é importante poder ir ao templo e participar das sagradas ordenanças ali realizadas. Também expressou sua fervo- rosa esperança de que um dia seus filhos, netos e bisnetos tivessem a oportunidade de desfrutar dessas bênçãos inestimáveis.

Essas doces lembranças sobre o espírito do trabalho no templo foram uma bênção em nossa casa na fazenda. (…) Tais lembranças voltaram quando realizei o casamento de cada um de nossos filhos e netos, isto é, os netos e bisnetos de minha mãe, sob a influência do Espírito, na casa do Senhor.

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Ensinamentos de Ezra Taft Benson

1

Os templos são símbolos de tudo o que mais amamos. O templo é o lugar na Terra mortal mais próximo do céu.2

[O] templo será uma luz para todos [da] região — um símbolo de tudo o que mais amamos.3

O templo é uma lembrança constante de que Deus deseja que a família seja eterna.4

[O templo] é um símbolo persistente e visível de que Deus não deixou o homem tateando na escuridão. É um lugar de revelação. Embora vivamos em um mundo decaído — um mundo iníquo —, lugares santos foram designados e consagrados para que homens e mulheres dignos pudessem aprender a ordem do céu e obedecer à vontade de Deus.5

[O templo é] uma testemunha viva de que o poder de Deus pode derrotar os poderes do mal em nosso meio. Muitos pais, mem- bros da Igreja ou não, procuram uma proteção contra a crescente avalanche de iniquidade que ameaça engolfar os princípios cris- tãos. Concordo plenamente com uma declaração feita pelo Presi- dente Harold B. Lee, durante a Segunda Grande Guerra. Ele disse: “Falamos de segurança nos dias de hoje e ainda não conseguimos compreender que (…) nós construímos o templo santo em que podemos encontrar os símbolos por meio dos quais será gerado um poder que salvará esta nação da destruição”.6

Durante uma festa no Hilton Hotel, em Beverly Hills, Los Angeles, Califórnia, o Presidente dos Estados Unidos pediu- me que [como seu Secretário da Agricultura] cumprimentasse o líder de uma das repúblicas mais jovens no mundo, presidente de 88 milhões de pessoas espalhadas em cerca de 3 mil ilhas em 1.600 quilôme- tros de extensão, uma nação que passara a existir havia poucos anos. Ao sentar- nos à mesa para o jantar, que fora patrocinado em grande parte pela indústria do cinema e ao qual compareceram muitos astros e estrelas famosos, pude olhar para uma bela janela de sacada. Lá fora, no final da avenida, sobre uma colina, vi a suave claridade dos holofotes em torno do glorioso Templo de Los

Angeles e, com alegria, mostrei- o a meus convidados e amigos da nossa mesa e de outras mesas. Pensei, naquele momento: “Muito do que acontece aqui, esta noite, é passageiro e sem importância. As coisas duradouras, as coisas que são reais, as coisas que são importantes são aquelas representadas no templo de Deus”.7

Que [o templo] seja uma lembrança constante de que a vida é eterna e de que os convênios que fazemos na mortalidade podem durar para sempre.8

2

Precisamos das ordenanças e dos convênios do templo para poder entrar na plenitude do sacerdócio

e preparar- nos para voltar à presença de Deus.

Quando nosso Pai Celestial colocou Adão e Eva sobre esta Terra, assim o fez tendo em mente o objetivo de ensinar- lhes uma maneira de voltarem a Sua presença. Nosso Pai prometeu- lhes um Salvador para redimi- los de sua condição decaída. Ele lhes deu o plano de salvação e ordenou- lhes que ensinassem seus filhos sobre a fé em Jesus Cristo e o arrependimento. Além disso, Adão e sua posteri- dade receberam de Deus o mandamento de ser batizados, receber o Espírito Santo e entrar na ordem do Filho de Deus.

Entrar na ordem do Filho de Deus equivale hoje a entrar na plenitude do Sacerdócio de Melquisedeque, que só é recebida na casa do Senhor.

E tendo Adão e Eva concordado com esses requisitos, Deus lhes disse: “Tu és segundo a ordem daquele que foi sem princípio de dias ou fim de anos de toda a eternidade para toda a eternidade” (Moisés 6:67).

Três anos antes da morte de Adão, ocorreu um grande evento. Ele tomou seu filho Sete, o neto Enos e outros sumos sacerdotes que faziam parte de sua linha direta de descendência, com outros de sua posteridade digna e levou- os a um vale chamado Adão- ondi- Amã. Nesse lugar, Adão deu sua última bênção a esses des- cendentes dignos.

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Como, pois, Adão levou seus descendentes à presença do Senhor?

Resposta: Adão e seus descendentes entraram na ordem do sacerdócio de Deus. Hoje diríamos que eles entraram na casa do Senhor e receberam suas bênçãos.

A ordem do sacerdócio de que falam as escrituras também é às vezes citada como a ordem patriarcal, porque foi conferida de pai para filho. Mas essa ordem também é descrita na revelação moderna como uma ordem de governo familiar, no qual um homem e uma mulher fazem um convênio com Deus — exatamente como Adão e Eva — de ser selados para a eternidade, de ter progênie e de fazer a vontade e a obra de Deus durante toda a mortalidade.

Se um casal for fiel a seus convênios, eles terão o direito de rece- ber a bênção do mais alto grau do reino celestial. Tais convênios, hoje, só podem ser realizados na casa do Senhor.

Adão seguiu essa ordem e trouxe sua posteridade à presença de Deus. (…)

 Só se pode entrar nessa ordem do sacerdócio quando obede- cemos a todos os mandamentos de Deus e buscamos as bênçãos dos pais, como fez Abraão (ver Abraão 1:1–3), indo à casa de nosso Pai. Elas não são recebidas em nenhum outro lugar sobre a Terra!

(…) Vão ao templo — a casa de nosso Pai — receber as bênçãos de seus pais para que possam ter direito às mais elevadas bênçãos do sacerdócio! “Pois, sem isso, nenhum homem pode ver o rosto de Deus, o Pai, e viver” (D&C 84:22).

A casa de nosso Pai é uma casa de ordem. Frequentamos Sua casa para entrar nessa ordem do sacerdócio que nos dará direito a tudo o que o Pai possui, se formos fiéis.9

3

Por meio das ordenanças e dos convênios do templo, podemos receber proteção e as maiores

bênçãos de Deus referentes à vida eterna.

As bênçãos da casa do Senhor são eternas. Elas têm a maior importância para nós porque é no templo que recebemos as mais

grandiosas bênçãos de Deus referentes à vida eterna. Os templos são efetivamente os portões do céu.10

O Senhor deseja que todos os homens e mulheres adultos da Igreja recebam as ordenanças do templo. Isso significa que eles devem ser investidos e que todos os casais casados legalmente devem ser selados para a eternidade. Essas ordenanças fornecem proteção e bênção ao casamento. Seus filhos também são aben- çoados ao nascer no convênio. O fato de nascer no convênio dá a esses filhos o direito a uma bênção de progenitura que lhes garante paternidade eterna independentemente do que aconteça com os pais, e enquanto os filhos permanecerem dignos das bênçãos.11

Não acham significativo que atualmente os santos estejam dis- persos sobre a face do mundo e que, nessa situação, templos sejam disponibilizados para eles? Por meio das ordenanças que recebe- rem nos templos santos, eles estarão armados com retidão e com o poder de Deus, em grande glória.12

Existe um poder associado às ordenanças do céu — sim, o poder da divindade — que pode e vai vencer as forças do mal se esti- vermos dignos dessas bênçãos sagradas. [Nossa] comunidade será protegida, nossa família será protegida, nossos filhos estarão a salvo se vivermos o evangelho, se frequentarmos o templo e se vivermos próximos ao Senhor. (…) Que Deus nos abençoe como santos para vivermos dignos das ordenanças e dos convênios feitos nesse local sagrado.13

A cerimônia do templo foi concedida por um Pai Celestial sábio para ajudar- nos a tornarmo- nos mais semelhantes a Cristo.14

Não conseguiremos habitar na companhia de seres celestiais, a menos que sejamos puros e santos. As leis e ordenanças que levam homens e mulheres a afastar- se do mundo e tornar- se santificados são administradas somente nesses locais sagrados. Elas nos foram concedidas por revelação e são compreendidas por revelação. É por isso que um dos Presidentes da Igreja referiu- se ao templo como a “universidade do Senhor”.15

Nenhum membro da Igreja pode se aperfeiçoar sem as ordenan- ças do templo. É nossa missão ajudar aqueles que não possuem essas bênçãos a recebê- las.16

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4

Temos o privilégio de abrir as portas da salvação a nossos antepassados.

Os templos são construídos e dedicados para que, por meio do sacerdócio, os pais possam ser selados a seus filhos e os filhos possam ser selados a seus pais. Essas ordenanças de selamento aplicam- se tanto aos vivos quanto aos mortos. Se deixarmos de ser selados a nossos progenitores e a nossa posteridade, o propósito desta Terra, a exaltação do homem, será completamente destruído, no que nos diz respeito. 17

Não é suficiente que o marido e a mulher sejam selados no templo para garantir sua exaltação — se forem fiéis —, eles devem também estar eternamente ligados a seus progenitores e fazer com que [essas ordenanças] sejam realizadas para seus ancestrais. “Eles, sem nós”, disse o Apóstolo Paulo, “não podem ser aperfeiçoa- dos—nem podemos nós, sem nossos mortos, ser aperfeiçoados” (D&C 128:15). Nossos membros precisam entender que eles têm a responsabilidade pessoal de garantir que estejam ligados a seus ancestrais — ou, como as sagradas escrituras denominam, a nossos “pais”. Esse é o significado da seção 2, versículo 2, de Doutrina e Convênios, em que Morôni diz que Elias “plantará no coração dos filhos as promessas feitas aos pais e o coração dos filhos voltar- se- á para seus pais”.18

Quando penso em genealogia, vejo pessoas — pessoas que eu amo e que estão esperando que nossa família, a posteridade delas, ajude- as a alcançar a exaltação no reino celestial.19

Temos o privilégio de abrir as portas da salvação para as almas que podem estar presas nas trevas do mundo dos espíritos, a fim de que recebam a luz do evangelho e sejam julgadas da mesma forma que nós. Sim, “as obras que eu faço” — realizar as salva- doras ordenanças do evangelho em favor de outros — “também [as fareis]” (ver João 14:12). Quantos milhares de nossos familiares ainda aguardam essas ordenanças seladoras?

Convém perguntar: “Já fiz tudo o que poderia como alguém que está neste lado do véu? Serei eu um salvador para eles — meus próprios ancestrais?”

Sem eles, não podemos ser aperfeiçoados! A exaltação é um assunto de família.20

O véu é muito fino. Vivemos na eternidade. Tudo é como um dia para Deus. Imagino que, para o Senhor, não exista o véu. Tudo é um grande e único evento. Tenho certeza de que há regozijo no céu quando nos encontramos [no templo]. Nossos ancestrais se regozijam; e minha esperança e oração é que aproveitemos ao máximo as oportunidades que nos são concedidas de frequentar o templo regularmente.21

Aqueles dentre vocês que já trabalharam em sua genealogia, que sabem o quanto é importante esse trabalho e já sentiram a empol- gação gerada por unir as famílias e conhecer seu nobre legado, pre- cisam compartilhar essa empolgação com outros. Ajude- os a ver a alegria e o senso de realização que você vê nessa obra. Precisamos converter mais membros da Igreja a esse trabalho. Há muito ainda a ser feito, como devem saber; e há muitos, muitos membros que poderiam trabalhar e que adorariam fazer essa obra, bastando que alguns de nós — todos vocês — acendam a chama que há neles por meio do seu entusiasmo, seu exemplo e sua devoção. 22

5

As crianças e os jovens precisam saber quais são as bênçãos que os aguardam no templo.

O templo é um local sagrado, e as ordenanças do templo têm natureza sagrada. Devido a essa característica, às vezes relutamos em conversar sobre o templo com nossos filhos e netos.

Como consequência, muitos não desenvolvem um desejo genuíno de frequentar o templo; ou, quando o visitam, fazem- no sem terem sido preparados para as obrigações e os convênios que ali assumem.

Creio que uma compreensão ou informação adequada ajudaria imensuravelmente a preparar nossos jovens para irem ao templo. Essa compreensão, acredito, reforçará neles o desejo de buscar as bênçãos de seu sacerdócio da mesma maneira que Abraão buscou as suas (ver Abraão 1:1–4).23