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TEMPORADA 4, EPISÓDIO 9, “THE ONE WHERE THEY’RE GOING TO PARTY!”

Ross e Chandler estão entusiasmados, pois um velho amigo a quem chamam de Gandalf virá à cidade e eles estão planejando uma noite mágica cheia de diversão.

Joey: Por que vocês chamam esse cara de Gandalf? Chandler: Gandalf, o mago!

(Joey faz cara de quem nunca ouviu falar.) Ross: Você não leu O senhor dos anéis no colégio? Joey: Cara, no colégio eu transava!

Junte uma agente especial do FBI, encarregada por seu chefe de investigar os casos mais bizarros e sem solução; um cientista maluco retirado de um hospital psiquiátrico para ajudar a desvendar o que a ciência não consegue explicar; e seu filho, um sujeito brilhante mas de passado obscuro, que parece ser o único capaz de controlar a esquisitice do pai. Adicione a isso uma série de crimes inexplicáveis que parecem seguir um “padrão”, embora não tenham relação direta, a não ser o fato de envolverem todo tipo de aberrações; e, ainda, uma megacorporação, na verdade a maior empresa de tecnologia do mundo, que parece estar associada ao desenvolvimento das mais misteriosas inovações científicas, normalmente ligadas aos crimes bizarros investigados pelo FBI. Se a executiva número dois da tal corporação for uma misteriosa mulher com um braço artificial, e o seu presidente um homem ainda mais misterioso, que costumava ser colega de pesquisas do cientista maluco, além de ser interpretado por ninguém menos do que Leonard Nimoy, estamos falando de Fringe.

No melhor estilo Arquivo X (veja página 27), com direito a bizarrices envolvendo dimensões paralelas, supersoldados que mudam de forma, teletransporte, bioterrorismo em níveis inimagináveis, e todo tipo de tecnologia estranha quase beirando a ficção científica ou mesmo a magia, este seriado tornou-se um sucesso nerd. Seu nome vem de Fringe Science (usualmente traduzido como “Ciência de Borda”), que se refere a campos de estudo que se afastam radicalmente das áreas tradicionais da ciência, investigando fatos inexplicáveis ou inconcebíveis, e considerados como pseudociência pela maioria dos cientistas respeitáveis.

Fusão mental vulcana (Vulcan mind meld)

“Minha mente para sua mente… Meus pensamentos para os seus pensamentos…“ Quando Spock pronunciou tais palavras pela primeira vez, no episódio da primeira temporada de Jornada nas Estrelas: “Dagger of the mind”, os olhos de nerds no mundo todo se arregalaram, e uma nova tradição nascia. A telepatia humana, ou o hipnotismo, não chegavam aos pés da capacidade de absorver pensamentos e imagens das mentes alheias, própria de nossos amigos do planeta Vulcano.

O episódio foi ao ar pela primeira vez no dia 3 de novembro de 1966. A técnica foi utilizada em histórias de todas as outras séries de Jornada, e em vários dos filmes.

Essa capacidade, junto com o vulcan nerve pinch (toque neural vulcano, que faz um inimigo perder os sentidos e desmaiar na hora ao ter pressionado um nervo entre o pescoço e o ombro) são as técnicas mais desejadas por qualquer nerd.

G

Gaiman, Neil

Escritor preferido por nove entre dez nerds. Um dos volumes de sua série de quadrinhos, Sandman, foi fotografado na mesa de centro de Sheldon e Leonard.

O escorpiniano Neil Richard Gaiman, nascido em 1960 em Portchester, no sul da Inglaterra, é considerado um roteirista de quadrinhos genial pelas séries Sandman, Orquídea negra, Os livros da magia e outras obras-primas da nona arte. Como se não bastasse, ele também roteiriza cinema (veja-se o roteiro de Beowulf, filme de 2007 dirigido por Robert Zemeckis) e é autor de alguns dos livros mais fantásticos da literatura contemporânea, como Deuses americanos, Os filhos de Anansi, Lugar nenhum, Belas maldições (este em parceria com Terry Pratchett) e The

graveyard book, sem nos esquecermos de suas maravilhosas coletâneas de contos e poemas e obras infantojuvenis como Coraline. Veja em nosso site alguns links para o trabalho desse inglês genial e que, mesmo se negar ser um nerd, nós, nerds, sempre o consideraremos como uma inspiração.

Galactica

Esta série espacial teve duas versões. Battlestar Galactica estreou em setembro de 1978 na rede ABC, com o boato de que a produção dos episódios custava 1 milhão de dólares por hora. Efeitos especiais, naves impressionantes, armas laser, heróis viajando pelo espaço tentando salvar a humanidade de ser destruída por vilões malignos e tecnológicos, os cylons (no Brasil, cilônios). A premissa da série se parecia tanto com o que tínhamos visto no cinema, em Star Wars, que os produtores destes filmes processaram a ABC por plágio...

Seja como for, o seriado caiu no gosto dos nerds de plantão diante da telinha, apesar de terem sido produzidos apenas 21 episódios. Todos gostavam do comandante Adama, de seu filho Apollo, de seu impulsivo amigo Starbuck. Em 1980, tentou-se relançar a série, agora chamada Galactica 1980, com nova concepção; foram dez episódios.

O tempo passou e, após várias tentativas de ressuscitar o seriado, em 2003 foi lançada uma minissérie retomando a história da espaçonave perdida, à mercê dos cilônios, em busca do planeta Terra. Tínhamos de novo Adama e Apollo, porém Starbuck agora era uma mulher! A partir de 2004 a minissérie virou seriado e teve quatro temporadas. Mas não se enganem: a qualquer momento Galactica voltará, na televisão ou no cinema.

Filme de ficção científica sobre um seriado de ficção científica, e que é uma sátira aos seriados de ficção científica... Lançado em 2000, com direção de Dean Parisot, a história conta o que acontece a um bando de atores desempregados, que fizeram muito sucesso com uma série de Sci fi cancelada, e agora vivem de comparecer a convenções e dar autógrafos aos fiéis fãs da série. Soa familiar? Pois é.

O problema é que os atores do seriado – que têm lá as suas diferenças fora das câmeras – são contatados por um grupo de alienígenas que captou as transmissões dos episódios e acredita que eles são exploradores espaciais de verdade... então, os recrutam para ajudar a salvar o seu planeta de vilões espaciais muito reais – e ameaçadores!

O roteiro é hilariante e o filme está cheio de citações nerds, tendo também personagens nerds que ajudam nossos heróis a salvar os alienígenas, o dia – e a Terra, incidentalmente. Veja também o verbete “Never give up, never surrender”, na página 151.

Galileu

Galileo Galilei foi um matemático, físico, astrônomo, e filósofo italiano que viveu entre 1564 e 1642 e teve um papel fundamental na chamada Revolução Científica, período que se iniciou a partir de suas descobertas e marcou a transformação da ciência numa disciplina de conhecimento estruturado e prático, não mais atrelada à filosofia.

Entre suas contribuições, Galileu desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos em queda (no vácuo, todos os corpos caem com a mesma aceleração constante, independentemente de suas massas) e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana (veja o verbete “Newton, Isaac”, na página 151). Sim, se você se lembrou dos inertial dampeners das naves de Star Trek (“neutralizadores de inércia”), já percebeu que, sem Galileu, nada de naves espaciais ficcionais...

O cientista desenvolveu, ainda, vários instrumentos, como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termômetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. Ele também aperfeiçoou o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vênus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea.

era o centro do Universo, enquanto a Terra e outros planetas giravam ao seu redor. Essa teoria causou ao cientista problemas com a Inquisição Romana, por ser contrária ao geocentrismo, a tese de que a Terra era o centro do Universo, defendida pelo Igreja Católica. Eventualmente, a Igreja declarou o heliocentrismo como falso e proibiu Galileu de divulgar essa teoria. Quando ele voltou a fazê-lo em Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo, seu livro mais famoso, foi julgado pela Inquisição, forçado a renegar sua teoria e a passar o resto da vida em prisão domiciliar.

Os livros de Galileu foram incluídos no Index, a lista negra da Inquisição, sendo censurados e proibidos. Mas foram publicados nos Países Baixos, onde o protestantismo havia já substituído o catolicismo, o que havia tornado a região livre da censura do Santo Ofício. Diz a lenda que, ao sair do tribunal após sua condenação, ele teria dito a célebre frase: “Eppur si muove! ” (“Contudo, ela se move! ”), referindo-se à Terra.

Considerado o pai da ciência moderna, Galileu foi o primeiro físico a utilizar a matemática como base de suas teorias. Pioneiro no uso de dados empíricos através de experimentos sistemáticos, ele contribuiu decisivamente para a criação do método científico.

Gates, Bill

William Henry Gates III, nascido com esse nome pomposo em 28 de outubro de 1955, tornou-se mundialmente conhecido como Bill Gates. Não apenas por ter eventualmente se tornado o homem mais rico do mundo, mas por ser um dos criadores e o principal arquiteto da Microsoft (verbete na página 137).

Embora Bill Gates e a Microsoft tenham sido amplamente questionados ao longo dos anos por práticas comerciais “não ortodoxas” (vulgo competição desleal), e o seu mais difundido produto, o sistema operacional Windows não seja exatamente uma grande maravilha (apesar de ser ainda o mais utilizado em computadores pessoais, por uma larga margem), é certo que sua capacidade como empreendedor ajudou enormemente a criar a revolução dos computadores pessoais.

Da fundação da Microsoft em 1975, até se tornar o número um da lista de homens mais ricos do mundo (onde esteve entre 1995 e 2007, sendo atualmente o número dois), Bill Gates foi uma das grandes forças do mercado de tecnologia, ditando tendências e buscando inovações que levassem os computadores ao maior público possível. Ao longo dos anos, passou a dedicar parte de seu tempo a atividades filantrópicas, culminando com a criação, ao lado de sua esposa, da

fundação Bill & Melinda Gates, em 2000.

Depois de deixar a presidência efetiva da Microsoft em 2008, ele continua se dedicando a atividades filantrópicas. Estereótipo perfeito do geek, com seus óculos de fundo de garrafa e interesse em computadores, Bill Gates é talvez o maior exemplo da ascensão dos nerds pela tecnologia, que vem abrindo todas as portas através do poder econômico.

Gato de Schrödinger, O

Se um nerd possuir um gato, existe uma chance de 50% de seu nome ser Schrödinger, e de 50% de não ser. Isso nos 50% dos casos em que ele ainda estiver vivo, é claro.

Brincadeiras à parte, o famoso “gato de Schrödinger” é um experimento mental, isto é, uma situação hipotética proposta pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, em 1935, para ilustrar o paradoxo de uma interpretação da mecânica quântica conhecida como superposição quântica. Para entender a superposição de forma simplificada, aqui vai um exemplo: a mecânica quântica nos diz que, se determinada partícula subatômica pode estar em uma de duas posições A e B, num determinado momento, só é possível determinar a posição real dessa partícula no momento em que efetivamente medirmos sua posição.

Até que isso ocorra, a partícula estará numa “superposição” das duas posições, ou seja, está ao mesmo tempo em uma e outra posição. Assim sendo, a equação que descreve essa posição, conhecida como função psi, descreverá a tal superposição, como se distribuísse a probabilidade de a partícula estar tanto em A como em B.

Isso levou Schrödinger a publicar um extenso artigo, que incluía estes parágrafos:

“Um gato é preso em uma câmara de aço, junto com o seguinte dispositivo (que deve ser protegido contra interferência direta do gato): em um contador Geiger, há uma quantidade mínima de substância radioativa, tão pequena que talvez, durante o período de uma hora, um dos átomos decaia, mas também, com a mesma probabilidade, talvez nenhum átomo decaia; se isso (o decaimento) acontecer, o tubo do contador se descarrega, e através de um relé libera um martelo que quebra um pequeno frasco de ácido cianídrico” (N.A.: ooops, liberação de cianureto, igual a morte certa...). “Se o sistema for deixado sozinho por uma hora, alguém poderia dizer que o gato ainda está vivo se nesse período nenhum átomo decaiu. A função psi desse sistema mostraria isso descrevendo o gato como simultaneamente morto e vivo, ‘misturado’ ou ‘dividido’ em partes iguais.”

“É típico desses casos que uma indeterminação originalmente restrita ao domínio atômico tenha sido transformada em uma indeterminação macroscópica, que pode então ser resolvida por observação direta. Isso nos impede de, tão ingenuamente, aceitar como válido um ‘modelo nebuloso’ para representar a realidade. Por si só, ele não traria qualquer imprecisão ou contradição. Existe uma diferença entre uma fotografia tremida ou desfocada e uma foto de nuvens e bancos de neblina.”

Apesar de ter sido proposto apenas como uma linha de raciocínio do tipo “advogado do diabo”, o paradoxo do gato simultaneamente vivo e morto, que só assume de fato um dos dois estados quando abrimos a caixa para espiar, tornou-se um clássico da cultura nerd.

Genius

Esse popular brinquedo lançado no Brasil pela Estrela, em 1980, foi o primeiro “jogo eletrônico” a surgir por estas paragens. Era uma versão do jogo original americano chamado Simon, produzido pela Hasbro, e tinha por base exercitar a memória visual e sonora do jogador. Basicamente, consistia de quatro botões de cores diferentes que emitiam sons harmônicos e se iluminavam sequencialmente, em padrões que se repetiam após 8, 14, 20 ou 31 movimentos. O jogador tinha que pressionar os botões na ordem correta para repetir a sequência, ou criar seus próprios padrões. Pouco elaborado, se compararmos com os videogames de hoje em dia; mas, para um jogo de 1980, até que já era um bom começo.

Guerra nas Estrelas

Google

Pode até parecer incrível, mas já existia internet antes do Google. Hoje em dia, porém, é difícil navegar pela web sem passar pelo site de busca mais popular do planeta. Estima- se que o Google concentre atualmente mais de 85% de todas as buscas feitas na internet, sem contar acessos a outros serviços como Gmail, Google Maps e Google Earth. Esses dois últimos são um verdadeiro sonho nerd realizado, com as fotos de cada local do Street View, além das imagens de satélite da Terra e fotos do espaço no Google Earth.

Pela facilidade de encontrar informações sobre praticamente qualquer assunto na internet, o Google é, sem dúvida, uma das maiores ferramentas nerds da atualidade.

Goonies, Os

Esse filme de 1985 marcou a infância de muitos adolescentes nerds que hoje são adultos e não perderam o encanto – nem o nerdismo. Dirigido por Richard Donner, com roteiro baseado numa história de Steven Spielberg, conta a aventura de um grupo de crianças, que se autointitulam Os Goonies, e procuram por um tesouro com a ajuda de um mapa encontrado por um deles. Achar o tesouro será a única forma de os garotos conseguirem dinheiro para impedir que seu bairro seja transformado em um campo de golfe por empresários gananciosos. Mas achar o tesouro não é fácil, especialmente porque eles terão de enfrentar a família de malfeitores Fratelli, e o desfigurado Sloth, que mete medo em todos.

Granger, Hermione

Essa personagem é nerd até a ponta do último fio de seu volumoso (e quase sempre despenteado) cabelo. Criada pela autora J.K. Rowling para a série de livros de Harry Potter, Hermione é uma muggle (trouxa, segundo a tradução tosca para o português) nascida com poderes mágicos, o que a faz ser convidada a estudar na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts, na Inglaterra.

Essa bruxa adolescente apresenta as características nerds básicas: grande inteligência, paixão pelos livros, grande capacidade de usar os conhecimentos que adquire na vida diária, e é malvista pelos não nerds na escola. Hermione é uma das poucas heroínas nerds retratadas da literatura, já que muitas vezes os nerds ficcionais pertencem ao sexo masculino.

Gravidade

Sem ela, voaríamos livres pelo espaço, sem peso, sem medo de cair – e sem ar para respirar, é claro, já que, além de nós, a atmosfera terrestre também só está aqui por causa dela. A gravidade já foi definida como a força de atração entre corpos físicos, proporcional às massas dos ditos corpos e a uma constante gravitacional, e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles – isso de acordo com a lei da gravitação universal de Newton, publicada em 5 de julho de 1687.

Embora alguns políticos desavisados tenham supostamente tentado revogar a lei da gravidade, ela permaneceu firme e vigente até 1915, quando foi publicada a teoria da relatividade geral, de Albert Einstein. A partir daí, ficamos sabendo que a equação de Newton era uma aproximação que, embora bastante aceitável na maioria das situações dentro do nosso planeta, não era muito

adequada para cálculos da ação da gravidade entre corpos celestes, e, consequentemente, para fins de viagens espaciais – que, afinal, são um objetivo pessoal importante para uma significativa parcela de nerds.

Para nosso alívio, hoje podemos planejar nossas viagens espaciais tranquilamente, sabendo que a gravidade é um atributo da curvatura do espaço-tempo. A presença de massa distorce o espaço-tempo em sua vizinhança, e as alterações na geometria afetam a trajetória de corpos com massa e também da luz que viajar na região distorcida.

De um jeito ou de outro, continuamos presos ao nosso velho planeta, e sujeitos a nos esborrachar em caso de queda de qualquer altura considerável. Como já disse uma vez um sábio nerd: “Oh gravity, thou art a heartless bitch” (Sheldon Cooper, em The big bang theory, primeira temporada).

Grissom, dr. Gil, e Hodges, David

Se tivéssemos de eleger o nerd mais nerd de todos os seriados policiais, sem dúvida alguma o eleito seria o doutor Gil Grissom, da série CSI – Crime Scene Investigation. Grissom é um cientista, biólogo/entomologista com PHD e larga experiência como legista, que trabalha como criminalista e supervisor de análises de cenas de crimes na polícia de Las Vegas, Estados Unidos. Intelectual, irônico, solitário e brilhante em seu trabalho, Grissom tem grande interesse no estudo da decomposição dos tecidos vivos, além de conhecer insetos de todos os tipos. Seu passatempo é uma “fazenda de corpos” – um local onde “cultiva” corpos mortos para estudar seus padrões de decomposição e as formas de instalação das colônias de insetos, estudos que o ajudam a descobrir indícios que levem à prisão dos criminosos de Las Vegas. Sim, é isso mesmo que você está pensando: ele analisa o que os vermes comeram para descobrir há quanto tempo um corpo foi morto. Nojento, mas científico!

Tornou-se uma espécie de mentor para seus comandados da equipe de investigação de cenas de crimes, especialmente para David Hodges, um técnico de laboratório que veio trabalhar em Las Vegas, esforçando-se para seguir os passos do genial Grisson. As três séries da franquia CSI são na verdade um festival de nerdice, pois, na sua maioria, os personagens cientistas e legistas que se dedicam a analisar cenas de crimes nos seriados de Vegas, Nova York e Miami, têm um pé no mundo nerd – e usam seus conhecimentos diversificados para botar criminosos nas cadeias americanas. Ah, se a vida real imitasse a ficção nesse caso...

Guia do mochileiro das galáxias, O

No ano de 1979, o escritor e comediante inglês Douglas Adams (1952-2001) lançou o livro O guia do mochileiro das galáxias (The hitchhiker’s guide to the galaxy). Segundo um de seus biógrafos (ninguém menos que Neil Gaiman), uma lenda diz que ele teve a ideia de escrever a história após viajar como mochileiro pedindo carona pela Europa, e deitar-se num gramado olhando para as estrelas – imaginando que alguém deveria escrever um guia para pessoas que fossem pedir carona pelo espaço.

As primeiras histórias do guia nasceram em 1978, com seis episódios de um programa de rádio para a BBC, emissora de rádio e televisão inglesa. Douglas tentava firmar-se como escritor de roteiros, tendo trabalhado com membros do Monty Python (veja verbete na página 143) e submetendo sinopses para o seriado Dr. Who (verbete na página 74). E estava absolutamente despreparado para o sucesso do seriado de rádio. Na esteira do sucesso, veio o convite para transformar o enredo do programa em livro... e o resto é história.