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MANGABEIRA VI CONJ CIDADE VERDE

ÁREA INVADIDA

R. TEN HUGO O SILVA

R. D RAU ZIO FER REI RA R. D RAU ZIO FER REI RA

R. TEN. HUGO O. SILVA

R. JOSÉ BATISTA DE LUCENA

R. E UCLI DES DA CUN HA

Fonte: Levantamento no Local e PMJP Elaboração: Antônio Willamys

N CONVENÇÕES: SITUAÇÃO EM 2004 PROJETO Figura 4.16 TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO CENTRO DA U.V. 07 CONVENÇÕES:

4.3.5 Unidade de vizinhança 10

A unidade de vizinhança 10 localiza-se quase no final do conjunto, todavia todas as transformações realizadas no projeto original também foram bastante significativas. Primeiramente os equipamentos comunitários não foram construídos, a exceção da creche que, depois de várias invasões, conseguiu atender aos seus objetivos (Figura 4.20).

Uma característica peculiar dessa unidade é que ela está situada na periferia do conjunto onde a sua face Leste limita-se com a área destinada ao tratamento de esgoto sanitário do conjunto. Por conta disso, a CEHAP não construiu na área que se encontra neste intervalo, mas os invasores não tomaram conhecimento das restrições da área e ocuparam toda a lacuna deixada por questões de salubridade, uma vez que as habitações, segundo as normas, não poderiam ser construídas muito próximas das lagoas de estabilização (Figuras 4.17, 4.18, 4.19 e 4.20).

Mesmo essa unidade não estando rodeada por todos os lados, a sua face oeste limita-se com a via coletora que dá acesso ao Conjunto Valentina Figueiredo e também funciona atualmente como uma das opções de tráfego devido ao saturamento da rua Josefa Taveira e por ela estar limitando- se com os Conjuntos Cidade Verde e Mangabeira VI.

A interferência da via Coletora nessa unidade é notada nos desenhos da situação atual, onde o comércio predomina em detrimento do uso residencial que foi locado na parte posterior. Tanto as residências quanto o comércio formam uma massa compacta de construções, entretanto observa- se, no arranjo morfológico, uma tentativa de se aproximar da configuração das quadras do conjunto do entorno, apesar do empacotamento (adensamento) e das dimensões das vias de acesso que tiveram suas medidas subdimensionadas. O que se pode concluir em relação às ruas estreitas é que as pessoas não possuem automóveis, razão por que eles são dispensáveis, tornando o espaço mais humano. Outro fator que pode ter interferido é a falta de espaço para isso, visto que essas áreas são bastante disputadas, levando os invasores a restringi-las ao máximo no momento de configurá-las. Outro fenômeno que deve ser observado diz respeito à não ocupação de toda a área, ficando esta destinada à escola sem ser ocupada até o momento. Pela configuração dos espaços, pode-se concluir que houve alguma pressão por parte dos moradores da porção leste para que aquele espaço não fosse ocupado. O interessante é que eles também são invasores, comprovando assim a existência de uma ordem criada por essas pessoas no sentido de proteger a qualidade dos seus imóveis.

Figura 4.17: Vista aérea da U.V. - 10

Figura 4.18: Um dia comum na U.V -10

Figura 4.19: Um dia comum na U.V -10

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES COMÉRCIO CRECHE ESCOLA-FUNDAMENTAL PRAÇA/ÁREA LIVRE HABITAÇÃO COMÉRCIO CRECHE USO INDUSTRIAL PRAÇA/ÁREA LIVRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS HABITAÇÃO R . E M A NU E L L. D E LU C E N A

RUA SÃO PEDRO

RUA SÃO PEDRO

R . E M A NU E L L. D E L U C E N A

Fonte: Levantamento no Local e PMJP Elaboração: Antônio Willamys

N CONVENÇÕES: SITUAÇÃO EM 2004 PROJETO Figura 4.20 TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO CENTRO DA U.V. 10 CONVENÇÕES: 30 0 30 M

4.3.6 Unidade de vizinhança 12

No projeto, observa-se que apenas a escola e a associação de moradores foram previstas para o centro da unidade de vizinhança, ficando a maior parte dela destinada à praça. O comércio e o serviço constavam no seu entorno como parte constituinte da mesma (Figura 4.23).

Dos equipamentos citados, só foi colocada em prática a escola de primeiro grau(ensino fun- damental) que parece um elemento estranho na área, por conta das barreiras arquitetônicas, como muros altos e a locação feita também de forma incorreta. A associação de moradores é entendida no projeto como um centro de convergência dos moradores para refletir sobre como enfrentar a realidade. A não execução dela demonstra o desinteresse do governo em criar espaços destinados à discussão dos problemas em conjunto.

A área destinada à praça, por sua vez, da mesma forma que a associação de moradores, caracteriza-se por ser mais um espaço simbólico onde as pessoas poderiam se encontrar. No entanto o centro da UV foi transformado num outro centro, sendo que mais introspectivo. O processo de ocupação da sua face, voltada para a rua Alfredo F. da Rocha, deu-se da mesma forma das demais, ou seja, o comércio predomina por causa da demanda crescente de pessoas querendo comprar alguma coisa de que estão precisando e aproveitam para fazê-lo. Esse fenômeno acontece em outros locais da cidade considerados corredores de ligação de uma parte a outra.

Analisando-se o mapa detalhado das estruturas construídas, podemos observar a grande diferença na configuração desse assentamento, porquanto ele estruturou-se ao redor da área livre, formando assim um vazio central de convívio da comunidade que acabara de surgir. Para entender esse fenômeno, basta observar a configuração espacial da proposta original, cuja vizinhança imediata é praticamente inexistente, porque a maioria dos lotes não está voltada diretamente para a área livre, criando um certo distanciamento entre ambos. O que também contribuiu para a impessoalidade da área foi o fato de sua face oeste estar limitando-se com uma via Coletora. Isso a torna distante dos lotes que ficam voltados para ela, devido ao trânsito muito intenso.

Por causa desses erros de configuração dos espaços, a área foi ocupada na sua periferia, preenchendo exatamente a lacuna deixada pelo projeto. A vizinhança imediata foi criada pelos moradores, só que, dessa vez, configurando-a de forma mais introspectiva, pois o acesso ficou mais restrito aos moradores do seu entorno imediato. Outro aspecto que se pode mencionar é que o tamanho da área foi diminuído, tornando-a mais intimista, mais fácil de abarcar, visto que devido ao tamanho excessivo das praças das cidades, elas passam a ser pouco freqüentadas, tornam-nas sem pouco uso e seus equipamentos são alvo de vandalismo.

Figura 4.21: Vista aérea da U.V. - 12

Figura 4.22: Via de acesso ao assentamento e o espaço interno.

ESCOLA FUNDAMENTAL