Resultados e Discussão
para 160ºC. Mesmo após 14h a esta temperatura nada havia mudado. A mistura chegou a ser aquecida ate 210ºC por 24h, sempre adicionando um pouco mais de CHD após algumas horas, pois o mesmo poderia ser removido da mistura reacional frente às altas temperaturas empregadas.
Mesmo assim não foi possível observar a formação do produto de
interesse. Ao analisar o produto bruto por RMN de 1H, foi verificado que se
tratava, na verdade, de uma mistura de produtos de degradação.
Diante destes resultados foi possível concluir que a obtenção de derivados do tipo dibenzobacterioclorinas requer um novo planejamento sintético (podendo ou não envolver o composto 91). Uma vez que este trabalho de doutorado já se encontrava em fase final, esta tarefa deverá figurar como foco de outros trabalhos futuros do Laboratório de Química Bio-Orgânica.
4.7 – Considerações Finais
Devido ao tempo até então investido e frente aos resultados obtidos até este ponto, decidimos que não era viável continuar investindo esforços em tentativas de obtenção de derivados do tipo dibenzobacterioclorinas, pelo menos não neste momento. A síntese da bacterioclorina 91, a obtenção dos compostos
95, 171 e 176 através de acoplamento cruzado com Pd, bem como a avaliação
preliminar das propriedades fotofísicas de todos os derivados do tipo bacterioclorinas foram alvo de uma publicação no Organic & Biomolecular Chemistry, publicado pela Royal Society of Chemistry.
Resultados e Discussão
4.8 – Outras Publicações Obtidas e Trabalhos Apresentados em Congressos
Além do trabalho destacado anteriormente, também conseguimos outras publicações em conjunto com outros membros do grupo e também mediante colaboração com o grupo da professora Ana M. Pires, da UNESP Presidente Prudente.
De OLIVEIRA, K. T.; SOUZA, J. M.; GOBO, N. R. S.; ASSIS, F. F.;
BROCKSOM, T. J. “Basic concepts and applications of porphyrins,
chlorins and phthalocyanines as photosensitizers in photonic therapies”
Revista Virtual de Química 2015, 7, 310.
CAMACHO, S. A.; AOKI, P. H. B.; DE ASSIS, F. F.; PIRES, A. M.; DE
OLIVEIRA, K. T.; AROCA, R. F.; CONSTANTINO, C. J. L. “Co-
deposition of gold nanoparticles and metalloporphyrin using the langmuir-blodgett (lb) technique for surface-enhanced raman scattering (SERS)” Appl. Spectrosc. 2015, 69, 451.
De OLIVEIRA, K. T.; MOMO, P. B. ASSIS, F. F.; FERREIRA, M. A.
B.; BROCKSOM, T. J. “Chlorins: natural sources, synthetic
developments and main applications” Curr. Org. Synth. 2014, 11, 42. DE SOUZA, J. M.; DE ASSIS, F. F.; CARVALHO, C. M. B.;
CAVALEIRO, J. A. S.; BROCKSOM, T. J.; DE OLIVEIRA, K. T. “Synthesis of non-aggregating chlorins and isobacteriochlorins from meso-tetrakis(pentafluorophenyl)porphyrin: a study using 1,3-dipolar
cycloadditions under mild conditions” Tetrahedron Lett. 2014, 55, 1491.
CAMACHO, S. A.; AOKI, P. H. B.; ASSIS, F. F.; PIRES, A. M.;
OLIVEIRA, K. T.; CONSTANTINO, C. J. L. “Supramolecular
arrangements of an organometallic forming nanostructured films”
Durante seu desenvolvimento, este trabalho foi divulgado em vários congressos científicos de caráter nacional e internacional.
16th Brazilian Meeting on Organic Synthesis. “Synthesis of new
bacteriochlorin derivatives with long-wavelength absorption” Buzios -
Brasil, 2015.
15th International Photodynamic Association World Congress. “Synthesis
of a new bacteriochlorin derivative with long-wavelength absorption: A potential dye for use as a photosensitizer” Rio de Janeiro - Brasil, 2015. Eighth International Conference on Porphyrins & Phthalocyanines.
“Synthesis of 3,4-dibromo-2-(2-nitroethyl)-1H-pyrrole: a precursor for the synthesis of tetrabromobacterioclorins” Istanbul - Turquia, 2014.
15th Brazilian Meeting on Organic Synthesis. “Synthesis of 3,4-dibromo-
1H-pyrrole-2-carbaldehyde: a building block for preparation of tetrabromobacteriochlorins” Campos do Jordão – Brasil, 2013.
Conclusões
5 – Conclusões
A síntese da tetrabromobacterioclorina 91 foi efetuada com sucesso em um total de 10 etapas com 0,41% de rendimento global. Quando comparada a sínteses totais de produtos naturais mais complexos, fica evidente que nossa abordagem não parece tão atrativa, porém, dentro da química de derivados porfirínicos esta pode ser considerada uma síntese sofisticada e de alto nível de inovação.
Vale ressaltar ainda que a síntese do pirrol 83, utilizado como bloco construtor para 91, também representou um desafio sintético relevante e que os estudos de aumento de escala, realizados nas etapas iniciais da obtenção de 83, foram cruciais para permitir a viabilidade da rota sintética até 91.
Apesar da existência de outros compostos com bandas de absorção ainda mais deslocadas para o vermelho, os compostos 95, 171 e 176 representam uma grande contribuição para a química de cromóforos de NIR. Além do mais, esses compostos constituem novas arquiteturas moleculares de interesse. Também este é o primeiro relato de em que reações de acoplamento cruzado
envolvendo bacterioclorinas ocorrem nas quatro posições não reduzidas do
anel.
Vale ressaltar ainda, que esta é a primeira vez que a reação de Heck é empregada em sistemas do tipo bacterioclorinas. No que diz respeito à tetrabromobacterioclorina 91, seu potencial de gerar novos compostos com absorção no NIR ainda não foi completamente explorado, de forma que vários outros tipos de acoplamentos podem ser testados, visando a maximização do portfólio molecular que este composto pode fornecer.
Perspectivas Futuras
6 – Perspectivas Futuras
Uma abordagem bastante interessante que ainda é possível explorar com a bacterioclorina 91 é o uso de reações de carbonilação mediadas por paládio. Esse tipo de reação utiliza monóxido de carbono gasoso, o qual geralmente é borbulhado pela solução contendo o substrato e o catalisador de paládio, ou simplesmente aplicando uma atmosfera de CO sobre a mistura reacional.
Recentemente, Ulven83 desenvolveu uma nova metodologia, na qual
o CO é gerado ex situ, ou seja, em um vaso reacional separado daquele que contem a mistura reacional, capturado, e então utilizado na forma de atmosfera sobre a mistura reacional. As vantagens dessa nova metodologia são: i) o CO é gerado a partir do cloreto de oxalila (198), o qual é muito mais acessível quando comparado a outros reagentes que também podem ser utilizados com o mesmo intuito; ii) o gás é gerado em pequena quantidade, não mais do que o necessário para se possa executar a reação.
A bacterioclorina 91 poderia ser convertida no seu respectivo
derivado tetraformilado 199, mediante uso do CO, gerado a partir do (COCl)2,
Perspectivas Futuras