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A obra de Moscovici, La Psychanalyse, son image, son public, contém a matriz da teoria e surgiu em 1961 na França. A teoria aparentemente não vingou de imediato, fazendo sua reaparição com força total no início dos anos 80. A pesquisa de Moscovici, voltada para fenômenos marcados pelo subjetivo, captados indiretamente, cujo estudo se baseava em metodologias inabituais da época, fugia aos cânones da ciência psicológica normal de então. Seria preciso esperar quase vinte anos para que o degelo do paradigma permitisse o despontar de possibilidades divergentes (ARRUDA, 2002).

Para Moscovici(1978), a RS consegue incutir um sentido ao comportamento, integrá- lo numa rede de relações, a qual está vinculada ao seu objeto, fornecendo ao mesmo tempo as noções, as teorias e os fundos de observação que tornam essas relações estáveis e eficazes. Sua reflexão compreende a produção de conhecimentos plurais, constitui e reforça a identidade dos grupos, como influi em suas práticas e como estas reconstituem seu pensamento. As teorias que circulam na comunidade científica, nos meios de comunicação de massa e nas conversas do dia a dia, além das memórias coletivas, servem, segundo a TRS, para dar às pessoas o conhecimento que se tem sobre grupos que serão utilizados para serem alvos de projeções, quando na criação de representações que sirvam de proteção contra determinada ameaça (JOFFE, 2003).

Reconhece-se, geralmente, que as RS são como sistemas de interpretação, que regem nossa relação com o mundo e com os outros, orientando e organizando as condutas e as comunicações sociais. Igualmente intervêm em processos tão variados quanto à difusão e a assimilação dos conhecimentos, no desenvolvimento individual e coletivo, na definição das identidades pessoais e sociais, na expressão dos grupos e nas transformações sociais (JODELET, 2001).

O conceito de RS atravessa as ciências humanas e não é patrimônio de uma área em particular, nos últimos anos, tem aparecido com grande frequência em trabalhos de diversas áreas. Ele tem fundas raízes na sociologia, e uma presença marcante na antropologia e na história das mentalidades. A psicologia social aborda as representações sociais no âmbito do seu campo, do seu objeto de estudo, que é a relação do indivíduo com a sociedade. Ela reflete sobre como os indivíduos, os grupos, os sujeitos sociais, constroem seu conhecimento a partir da sua inscrição social e cultural, por um lado, ecomo a sociedade constrói esse conhecimento com os indivíduos. Ou seja, como interagem sujeitos e sociedade para construir a realidade (ARRUDA, 2002).

O estudo das RS investiga como se formam e como funcionam os sistemas de referência que utilizamos para classificar pessoas e grupos e para interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana Representar, de acordo com esta perspectiva, não significa reproduzir ou duplicar, representar significa mais do que isso, significa reconstruir. Em outras palavras, representar é participar ativamente do processo de construção da sociedade e de si (ALVES-MAZZOTTI, 2009).

Cotidianamente, os conhecimentos são postos, articulados e se legitimam objetivando tornar próxima e conhecida a realidade, bem como estabelecer mecanismos de controle através das regras de grupo. As RS não são estanques, transformam-se a cada nova realidade posta . Sendo assim, uma das grandes contribuições da TRS como proposta para se compreender a construção social da realidade é unir, numa mesma explicação, dimensões cognitivas e sociais (FERREIRA; BRUM, 2000; IBÁÑEZ GRACIA, 1988).

Moscovici (1984) chama a atenção de que se vive em um mundo que privilegia a ciência behaviorista, porém, em se tratando de RS, o que conta é o ser humano na condição de quem pergunta, busca respostas ou pensa e não na maneira como ele processa a informação ou se comporta. A ênfase recai sobre o compreender e não sobre o comportar-se. As explicações, as afirmações e os conceitos emitidos pelas pessoas, sobre certos temas correspondem a "teorias" do senso comum.

Os indivíduos na condição de pensadores ativos reelaboram as informações fruto de diversos episódios ao nível das interações sociais e ao estabelecerem um diálogo do individual com o social, tratam de construir as suas próprias representações e de comunicá-las para os demais indivíduos, fomentando assim um ciclo que se retroalimenta constantemente. Para o referido autor, as pessoas leigas que não dispõem de um arsenal de instrumentos científicos tendem a analisar o mundo de forma semelhante, isto porque, o mundo em que vivem é eminentemente social. Portanto, não são criadas por um indivíduo de forma isolada, pessoas e grupos criam representações ao longo da comunicação e da cooperação. Ao serem criadas, acabam ganhando uma vida própria, circulam, encontram-se, atraem-se, repelem-se e abrem espaço para o surgimento de novas representações, enquanto outras, mais antigas, acabam desaparecendo (MOSCOVICI, 1984).

As RS possuem três dimensões: a informação, a atitude e o campo de representação ou imagem (MOSCOVICI, 1978). A informação se refere à organização dos conhecimentos que o grupo possui a respeito do objeto. A atitude corresponde à orientação global, favorável ou desfavorável, ao objeto da representação. O campo é o espaço que possibilita a articulação das informações e a manifestação das atitudes.

De acordo com Arruda (2002), a TRS operacionalizava um conceito para trabalhar com o pensamento social em sua dinâmica e em sua diversidade. Partia da premissa de que existem formas diferentes de conhecer e de se comunicar, guiadas por objetivos diferentes, formas que são móveis, e define duas delas, presentes na nossa sociedade: a consensual e a científica. A diferença, no caso, não significa hierarquia nem isolamento entre elas, apenas propósitos diversos. O universo consensual seria aquele que se constitui principalmente na conversação informal, na vida cotidiana, enquanto o universo reificado se cristaliza no espaço científico, com seus cânones de linguagem e sua hierarquia interna. Ambas, portanto, apesar de terem propósitos diferentes, são eficazes e indispensáveis para a vida humana. As representações sociais constroem-se com maior frequência na esfera consensual, embora as duas esferas não estejam totalmente divididas.

O universo consensual privilegia a sociedade como uma criação visível, contínua, que possui sentido e finalidade, em resumo, nessa visão o ser humano é a medida de todas as coisas. Já o universo reificado enfoca a sociedade como um sistema de entidades sólidas, básicas, invariáveis, que são indiferentes à individualidade e não possui identidade, as coisas são, em verdade, a medida do ser humano. A sociedade é vista como um sistema de diferentes papéis e classes e seus membros considerados desiguais. A compreensão do universo reificado é obtida através das ciências, conquanto a compreensão do universo consensual ocorre por intermédio das RS (MOSCOVICI, 1984).

Existem dois processos envolvidos na elaboração de uma RS e que tem por objetivo tornar familiar o que é estranho. Segundo a teoria de Moscovici existe a “ancoragem” que classifica e rotula aquilo que não está categorizado e o processo da “objetivação”, que consiste em transformar uma abstração em algo material descobrindo a qualidade icônica de uma ideia. Os processos de objetivação e ancoragem articulam três funções básicas das RS: a função cognitiva e de integração da novidade; função de interpretação da realidade e a função de orientação das condutas do grupo social (MOSCOVICI, 1984;JODELET, 1989, 2001).

Na ancoragem, a representação vai buscar o sistema de pensamento social preexistente que dá sentido à representação. Trata-se da inserção do objeto dentro de uma estrutura previamente constituída e familiar, fornecendo um contexto inteligível ao objeto. Assim, o objeto é traduzido em sentido e significado, instrumentalizando o conhecimento e enraizando-o na estrutura cognitiva. Já a objetivaçãoconcretizaria em imagens aquilo que é abstrato e distante, alguns elementos comuns sobre o objeto são previamente selecionados entre os dados fornecidos no decorrer de processos comunicativos e, depois, esses elementos são integrados em um todo coerente e retidos pelo indivíduo (JODELET; MADEIRA, 1998).

Quanto à análise da ancoragem Jodelet (1989) distingue três aspectos: como atribuição de sentido, que corresponde à criação de uma rede de significações em torno do objeto na qual ele é inserido e avaliado como fato social; como instrumentalização do saber, considerando que o sistema de interpretação constituído pelo sujeito funciona como um código comum, permitindo classificar indivíduos e acontecimentos e como enraizamento no sistema de pensamento, o que significa que a integração da novidade se faz sempre sobre um “já pensado” e, nesse processo, tanto podem prevalecer esquemas resistentes que impedem a assimilação da novidade, como esta pode modificar modelos de pensamento arcaicos. Sendo assim, a formalização do conhecimento ocorre após esses dois processos familiarizando o sujeito ao objeto (MOSCOVICI, 2003).

Dentre as abordagens teóricas complementares, a que mais tem se destacado é a do psicólogo francês Jean-Claude Abric, desenvolvida em 1976 em Aix-en-Provence e conhecida como Teoria do Núcleo Central ou abordagem estrutural das representações. Os pesquisadores desta região ficaram conhecidos como o Grupo do Midi e, segundo Denise Jodelet, “foi o único a desenvolver uma metodologia própria e adequada às suas proposições teóricas” (SÁ, 1998, p. 67). Em resumo, a sua essência consiste na elaboração de uma estrutura para a RS formada por um núcleo central e elementos periféricos onde sua organização estrutural, e não seu conteúdo é o diferencial entre uma representação e outra (ABRIC, 1994).

Abric (2001, p. 28) conceitua representações sociais como:

o conjunto organizado de informações, atitudes, crenças que um indivíduo ou um grupo elabora a propósito de um objeto, de uma situação, de um conceito, de outros indivíduos ou grupos, apresentando- se, portanto, como uma visão subjetiva e social da realidade.

O campo da abordagem estrutural funciona como sistema de interpretação da realidade determinando comportamentos. Esta concepção define quatro funções para as RS: de saber; identitária; de orientação e justificadora. A função de saber permite aos indivíduos adquirirem conhecimentos, compreendê-los dentro de um sistema de valores sociais e estabelecerem a comunicação social e as relações sociais. A função identitária define a identidade social e pessoal dos atores sociais e, ainda, permite a especificidade dos grupos No que diz respeito à função de orientação, esta norteia os comportamentos e as práticas sociais;

tem um caráter prescritivo dos comportamentos, definindo o que é lícito, aceitável ou não dentro de um contexto social. Já a função justificatória permite aos atores sociais explicar e justificar as suas tomadas de posição e as suas condutas em dada situação (ABRIC, 2001).

Na abordagem estrutural as RS são organizadas num duplo sistema: central e periférico. O sistema central ou núcleo central é identificado através das palavras que são primeiramente evocadas e possuem alta frequência de evocação. Este sistema tem como função gerar o significado das RS determinando sua organização e possui como características: a ligação com a memória coletiva, normas e a história do grupo; ser consensual (define a homogeneidade do grupo); ser estável; ser coerente e rígido (resiste às mudanças, pouco sensível ao conteúdo imediato) (ABRIC, 2001).

O núcleo central é composto por elementos que desempenham papel privilegiado na representação, no sentido que os outros elementos dependem dele diretamente porque é em relação a ele que se definem seu peso e seu valor para o sujeito. O sistema periférico é identificado através das demais palavras evocadas, possui variedade maior e uma frequência menor. Representa o resultado entre as interações das experiências cotidianas dos indivíduos. Sua função é permitir a adaptação à realidade concreta respeitando a diferença de conteúdo. Tem como características permitir a integração de experiências e histórias individuais; tolerar a heterogeneidade do grupo (tolera as contradições); ser flexível (sensível ao conteúdo imediato) e evolutivo. A diferença entre os dois é que, enquanto o núcleo central, estável e resistente às mudanças, está relacionado à memória coletiva dando significação, consistência e permanência a representação, os elementos periféricos permitem a adaptação à realidade e proteção ao núcleo central (ABRIC, 2001).

O estudo dos conteúdos implica, assim, abarcar o campo da RS, ou seja, a totalidade de expressões, imagens, ideias e valores presentes no discurso sobre o objeto. Essa forma de abordagem também abarca as dimensões da representação, ou seja, o seu campo estruturado, a atitude que ela carrega e que lhe dá sua coloração afetiva, e o componente de informação que ela contémA RS deve ser estudada articulando elementos afetivos, mentais e sociais, e integrando, ao lado da cognição, da linguagem e da comunicação, as relações sociais que afetam as representações e a realidade material, social e ideal (das ideias) sobre a qual elas vão intervir (JODELET, 2001, 2002).

É importante compreender o significado das RS da QV, pois isso representa um passo significativo nas mudanças das práticas sociais, na medida em que o discurso, as representações e as práticas são mutuamente gerados.O enfoque positivo dos estudos em questão demonstra que a vivência nessa condição atualmente não é mais uma sentença de

morte como se enxergava há alguns anos. O acesso às políticas, as mudanças na sociedade, os avanços nas terapias farmacológicas e nos estudos do campo biopsicossocial estão trazendo benefícios a essa população. As mudanças representacionais estão acontecendo de forma lenta, mas, já são uma realidade na temática do HIV/Aids (OLTRAMARI, 2008).

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que consiste em um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. Constitui basicamente um instrumento da Prática Baseada em Evidências (PBE). A PBE caracteriza-se por uma abordagem voltada ao cuidado clínico e ao ensino fundamentado no conhecimento e na qualidade da evidência. Envolve, pois, a definição do problema clínico, a identificação das informações necessárias, a condução da busca de estudos na literatura e sua avaliação crítica, a identificação da aplicabilidade dos dados oriundos das publicações e a determinação de sua utilização para o paciente (SOUZA; SILVA; CRAVALHO, 2010).

O presente trabalho consiste em um estudo com coleta de dados realizado através do levantamento bibliográfico nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), especificamente Lilacs, Bdenf e Medline. Considerando a relevância do tema e buscando conhecê-lo através do olhar de diversos autores.

Foi utilizada a Revisão Integrativa de Literatura (RIL), já que esta possibilita a tomada de decisões e a qualidade para a prática clínica, considerando a síntese de resultados de pesquisas sobre determinada temática, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para um maior aprofundamento do conhecimento do tema investigado e ainda tendo como característica a exaustão da busca dos estudos com a inclusão de material publicado e material não publicado (SANTOS; SILVA, 2013).

Segundo Gil (2008) ela é desenvolvida com base em um material já elaborado, constituído de artigos científicos, publicados e, periódicos em intervalos de tempo regulares ou irregulares, com colaboração de diversos autores, sendo as revistas, atualmente, a fonte bibliográfica mais importante, por suas pesquisas serem mais profundas e melhor elaboradas.

A principal vantagem da revisão integrativa está no fato de possibilitar ao pesquisador cobrir diversos fenômenos, tornando-se uma vantagem maior, quando se trata de uma pesquisa com dados muito dispersos como, por exemplo, quando se quer pesquisar algo envolvendo todas as regiões brasileiras, pois seria impossível o pesquisador percorrer todo o território (GIL, 2008).

Conforme proposto por Souza, Silva e Carvalho (2010) foram seguidas seis etapas para condução da presente revisão de literatura: 1ª fase – Elaboração da pergunta norteadora; 2ª fase – Busca ou amostragem na literatura; 3ª fase – Coleta de dados; 4ª fase – Análise crítica dos estudos incluídos; 5ª fase – Discussão dos resultados; 6ª fase – Apresentação da revisão integrativa.

• A primeira etapa deste estudo compreendeu a escolha da questão norteadora: “quais são os conteúdos nas publicações científicas sobre Representação Social da qualidade de vida no campo HIV/aids?”

• A segunda etapa compreendeu a coleta de dados. Os dados foram coletados durante os meses de agosto de 2016 a novembro de 2016 nos portais virtuais da Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (Capes), na Base de dados da enfermagem (Bdenf), naLiteratura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e no Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline), em obras publicadas no recorte temporal de 2006 e 2016.

Empregou-se como critério de inclusão: a apresentação simultânea das palavras Aids e representação social/representações sociais e qualidade de vida no conteúdo de seus resumos, haja vista a inexistência de todos os termos padronizados, no vocabulário Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), que refletisse os de interesse nesta revisão; artigos disponíveis na íntegra e gratuitos nas bases de dados descritas anteriormente e artigos publicados entre 2006 e 2016. Neste processo, e tendo em vista o objetivo do estudo, foram em pregados como critérios de exclusão: publicações que não possuíam texto completo ou resumo disponíveis em português; publicações que não discutiam a temática proposta nesta revisão integrativa; artigos de revisão integrativa; e aqueles que se encontraram repetidos nas bases de dados.

• Na terceira etapa, definiram-se as informações a serem extraídas dos trabalhos selecionados. Os dados foram coletados, mediante um formulário produzido pelos autores, com o objetivo de garantir o desenvolvimento da revisão com rigor metodológico. As informações extraídas dos estudos incluíram conteúdos relacionados à: identificação da publicação (título, ano, local onde foi realizada); identificação dos pesquisadores e identificação da pesquisa (técnicas de pesquisa para produção de dados e objetivos).

• A quarta etapa compreendeu a avaliação dos estudos incluídos na RIL. Essa etapa equivale à análise de dados realizada em uma pesquisa convencional. Tratando-se de RIL, aplicou-se inicialmente a leitura analítica ordenando as informações das fontes, permitindo a obtenção de respostas ao problema, seguida da leitura interpretativa relacionando o que o autor afirma como possíveis soluções. O material foi organizado pela similaridade de conteúdo.

• Na quinta etapa realizou-se a interpretação dos resultados. Para a etapa de discussão dos resultados obtidos nas pesquisas foi realizada comparação com conhecimento teórico sobre a temática. Para melhor compreensão, a discussão foi subdivida em três tópicos, de acordo com os estudos selecionados, são eles: Fatores determinantes da qualidade de vida; Representações Sociais do HIV/Aids; Percepções acerca da qualidade de vida de pessoas que vivem com HIV/Aids. Os resultados apresentados foram discutidos à luz de autores, cuja produção mostrou-se pertinente para a análise do objeto de estudo em tela.

• E, por fim, a sexta etapa corresponde à apresentação da revisão/síntese do conhecimento, consistindo no agrupamento dos principais resultados evidenciados na análise dos estudos envolvidos.

4 RESULTADOS

Após a busca de artigos indexados nas bases do portal da Capes e dos resumos disponíveis online, foram selecionadas todas as publicações nacionais cujo título ou resumo fizessem referência à “Representação Social da Qualidade de Vida das PVHA”.

Visando minimizar os vieses da pesquisa, a busca nas bases de dados foi realizada em um único dia, e a análise dos resultados feita por um único pesquisador, mantendo assim a equidade das informações coletadas.

A busca foi feita a partir da combinação entre os descritores HIV/Aids, Qualidade de Vida e Representação Social. A primeira combinação foi “HIV/Aids” AND “Qualidade de Vida”, sendo encontrado um total de 89 artigos. Após análise dos resumos, 78 foram

excluídos por não se adequarem à temática desta pesquisa, por estarem repetidos ou por não terem o texto completo disponível, conforme mostra o fluxograma abaixo (Figura 1).

Figura 1- Fluxograma da seleção dos artigos encontrados na BVS.

A segunda combinação foi entre os descritores “Hiv/Aids” AND “Representação Social”, essa busca totalizou 19 publicações, sendo 16 excluídas pelos mesmos motivos citados anteriormente (Figura 2). Já a terceira e última combinação foi entre os três descritores mencionados, “HIV/Aids” AND “Qualidade de Vida” AND “Representação Social”, essa busca encontrou apenas 3 artigos, que não puderam ser incluídos nesta revisão, pois dois eram repetidos e um não se enquadrava à temática da pesquisa (Figura 3).

Base de Dados: LILAC, BDENF, MEDLINE Descritores: Hiv/Aids AND Qualidade de Vida

Incluídos: 11 Excluídos: 78 Não relacionados à temática: 56 Texto completo Não

Disponível: 2 Repetidos: 20 Resultados: 89

Figura 2- Fluxograma da seleção dos artigos encontrados na BVS.

Figura 3- Fluxograma da seleção dos artigos encontrados na BVS. Base de Dados: LILAC,

BDENF, MEDLINE Descritores: Hiv/Aids AND

Representação Social Incluídos: 3 Excluídos: 16 Não relacionados à temática: 6 Texto Completo Não

Disponível: 3 Repetidos: 7 Resultados: 19

Base de Dados: LILAC, BDENF, MEDLINE

Descritores: Hiv/Aids AND Qualidade de Vida AND

Representação Social Incluídos: 0 Excluídos: 3 Não relacionados à temática: 1 Repetidos: 2 Resultados: 3

A partir dos critérios de busca, o resultado foi considerado pouco quantitativo, com total de 14 estudos, incluindo teses, dissertações e artigos. Após leitura interpretativa das obras selecionadas, os estudos tiveram suas principais informações dispostas em uma tabela, contendo dados sobre a procedência do estudo, o ano de publicação, título, autores, periódico

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