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1 INTRODUÇÃO

2.5 MOTIVAÇÃO

2.5.1 Teorias do Conteúdo da Motivação

A década de 50 foi um período fértil para o desenvolvimento de conceitos de motivação, destacando-se algumas teorias que foram fundamentais para o desenvolvimento e discernimento do ser humano, como as seguintes: teorias das necessidades de Maslow; teoria de dois fatores (ou teoria da motivação-higiene) de Herzberg (ROBBINS, 1999, p.134). Outras teorias surgiram na época como relata Stoner (1999, p.326) sendo esse o caso da Teoria ERG, do psicólogo Cayton Alderfer, e a Teoria da Necessidade de Realização, de John Atkinson.

Segundo Stoner (1999, p.327) as teorias de conteúdo enfatizam a compreensão dos fatores internos que fazem com que os indivíduos ajam de certo modo, no entanto e apesar de parecer simples na prática a motivação torna-a muito mais complicada pelo que recebe as seguintes críticas: as necessidades variam de indivíduo para indivíduo e mudam de acordo com o tempo; o modo como as necessidades são traduzidas em comportamentos também varia muito; mesmo que as necessidades fossem coerentes o comportamento não o é; o modo como as pessoas reagem à satisfação das necessidades ou à sua ausência de satisfação e por fim alguns dizem que esta teoria não se adapta bem a todos os lugares.

2.5.1.1 Teoria das Necessidades de Maslow

De acordo com Maximiano (2012), a mais importante das explicações modernas sobre o conteúdo da motivação estabelece que as pessoas são motivadas essencialmente pelas necessidades humanas. Quanto mais forte a necessidade, mais intensa é a motivação. Uma vez que satisfeita a necessidade, extingue-se o motivo que movimenta o comportamento e a motivação cessa. Certas necessidades são instantâneas, como a necessidade de procurar abrigo numa situação de insegurança; outra tem ciclo de satisfação mais longo, e não atendidas de momento a momento.

O estudo da motivação requer também o conhecimento das necessidades humanas. A Teoria das Relações Humanas constatou que quando estas necessidades estão satisfeitas, o individuo procura atender suas necessidades mais complexas. A motivação se refere ao comportamento dentro da pessoa, que é causado por objetivos de satisfazer suas necessidades.

Conforme Bergamini (1997, p. 71):

Maslow [...] baseado – se nas suas observações como psicólogo clinico, propõe duas premissas básicas a respeito ao comportamento motivacional. Em primeiro lugar, supõe que as pessoas desempenhem o papel característico de seres que perseguem a satisfação dos seus desejos, estamos principalmente motivadas em atendê-los. Numa segunda etapa, acredita que, quando essas necessidades não possam ser satisfeitas, geram estados de tensão que levam o individuo a comportar-se numa tentativa de reduzir tal tensão e recuperar, assim o equilíbrio interno perdido. Uma vez satisfeita determinada carência ou necessidade, ela perde seu potencial enquanto força motivadora de comportamento.

As necessidades primárias são as fisiológicas, que dizem respeito à sobrevivência das pessoas dentro ou fora da organização. Exemplo: fome, sede, sono e o sexo. Já às

necessidades secundárias são as afetivas-sociais e as de auto realização, cujas, constituem o topo da hierarquia.

Fig. 1- Hierarquia das Necessidades de Maslow Fonte: Robbins, 2006, p. 133.

Conforme Robbins (2006, p.133), Abraham Maslow dividiu sua hierarquia em cinco categorias, que são elas: 1) Fisiológicas: inclui a fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades do corpo; 2) Segurança: inclui a segurança e proteção contra danos físicos e emocionais: 3) Social: inclui afeição, aceitação, amizade e sensação de permanecer em um grupo; 4) Estima: inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia: e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção e 5) Auto realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser; inclui crescimento, alcance de seu próprio potencial e autodesenvolvimento.

2.5.1.2 Teoria dos Dois Fatores da Motivação (Teoria de Herzeberg)

A teoria de Herzeberg é dividida entre dois fatores que influenciavam diretamente no comportamento do individuo dentro da sociedade, sendo eles: os higiênicos e os motivacionais. Os fatores higiênicos são os que incluem: o salário do funcionário, a supervisão, os companheiros de trabalho e as políticas organizacionais da empresa. Os fatores de motivação incluem: a realização, o reconhecimento, a responsabilidade e a natureza do trabalho em si.

De acordo com Spector (2006, p. 288-289), a teoria dos dois fatores (ou teoria da motivação-higiene) de Herzeberg afirma que a motivação resulta da natureza do trabalho em

si, e não de recompensas externas ou das condições de trabalho. As necessidades humanas no trabalho estão divididas em duas categorias – as derivadas da natureza animal dos seres humanos, como as necessidades físicas, e as que são relacionadas a um nível mais elevado, habilidade única dos humanos para o crescimento psicológico.

2.5.1.3 Teoria ERG e Teoria da Necessidade de Realização

Na teoria ERG, Cayton Alderfer, basicamente concordava com Maslow, segundo o relato de Stoner (1999, p.326), no entanto ela apresentava dois pontos diferentes em relação à teoria das necessidades de Maslow. A primeira deve-se ao fato de Alderfer ter dividido as necessidades em apenas três categorias: as necessidades existenciais, as necessidades de relacionamento e as necessidades de crescimento. Cada uma destas categorias dá origem a uma das letras da sigla ERG, as quais em inglês querem dizer respectivamente, existence (E),

relatedness (R) e growth (G). A segunda, e mais importante, refere-se ao fato de Alderfer

enfatizar que quando as necessidades mais altas são frustradas, as necessidades inferiores retornam, mesmo que já tenham sido satisfeitas.

Na teoria da necessidade de realização, John Atkinson, afirma que todos os adultos saudáveis têm um reservatório de energia útil, mas os meios pelos quais essa energia é liberada dependem: da força do motivo básico ou da necessidade básica envolvida; da expectativa do indivíduo de ter sucesso e do valor de incentivo do objetivo (STONER, 1999, p.326).

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