• Nenhum resultado encontrado

Para a realização deste teste foram selecionados os suportes metálicos que obtiveram maior massa de Sb/Sb2O3 pertencente a cada grupo de eletrocorrosão e, também, selecionado os eletrodos que não sofreram eletrocorrosão. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 12.

Tabela 12: Resultados obtidos no teste de adesividade (Strip Test)

Fita Procedimento Peso da Fita

(g) Fita + Sb/Sb2O3 (g) Massa Sb/Sb2O3 aderida (g) A1 1 min + 4 V (9V) 0,0159 0,0179 0,002 A4 1 min + 2 V (9V) 0,0169 0,0188 0,0019 A10 2 min + 4 V (6V) 0,0134 0,015 0,0016 A14 3 min + 2V (6V) 0,0122 0,0128 0,0006 A16 2 min + 4V (4V) 0,0116 0,0116 0 A19 2 min + 2V (4V) 0,0122 0,0126 0,0004 AA9 Eletrodeposição (9V) 0,016 0,0172 0,0012 AA6 Eletrodeposição (6V) 0,0158 0,017 0,0012 AA4 Eletrodeposição (4V) 0,0133 0,0143 0,001 C2 2 min + 4V (9V) 0,0145 0,016 0,0015 C4 1 min + 2V (9V) 0,017 0,0185 0,0015 C9 1 min + 4 V (6V) 0,014 0,0153 0,0013 C14 3 min + 2V (6V) 0,0126 0,0136 0,001 C15 1 min + 4V (4V) 0,0117 0,0128 0,0011 C18 1 min + 2V (4V) 0,0131 0,0139 0,0008 CC9 Eletrodeposição (9V) 0,0145 0,0156 0,0011 CC6 Eletrodeposição (6V) 0,0155 0,0165 0,001 CC4 Eletrodeposição (4V) 0,0165 0,0181 0,0016

Por meio dos dados obtidos no teste e expostos na Tabela 12, pode-se construir gráfico mostrado na Figura 20, para melhor visualização.

Figura 20 - Gráfico com os valores obtidos pelo teste de adesividade

0 ,0 0 2 0,0 0 1 9 0,0 0 1 6 0 ,0 0 0 6 0 0,0 0 0 4 0 ,0 0 1 2 0 ,0 0 1 2 0 ,0 0 1 0 ,0 0 1 5 0 ,0 0 1 5 0,0 01 3 0,0 01 0 ,0 0 1 1 0 ,0 0 0 8 0 ,0 0 1 1 0 ,0 0 1 0,0 0 1 6 0 ,0 1 7 9 0 ,0 1 8 8 0 ,0 1 5 0 ,0 1 2 8 0 ,0 1 1 6 0 ,0 1 2 6 0 ,0 1 7 2 0 ,0 1 7 0 ,0 1 4 3 0 ,0 1 6 0 ,0 1 8 5 0,0 15 3 0 ,0 1 3 6 0 ,0 1 2 8 0 ,0 1 3 9 0 ,0 1 5 6 0 ,0 1 6 5 0 ,0 1 8 1 A 1 A 4 A 1 0 A 1 4 A 1 6 A 1 9 A A 9 A A 6 A A 4 C 2 C 4 C 9 C 1 4 C 1 5 C 1 8 C C 9 C C 6 C C 4

ENSAIO DE ADESIVIDADE

Observa-se que a diferença de potencial aplicada às fitas metálicas no valor de 2 volts, se comparadas as fitas que passaram pela eletrocorrosão a 4 volts, obtiveram menor massa aderida à fita adesiva, ou seja, pode-se dizer que existe uma maior aderência do Sb/Sb2O3 quando a fita é submetida a uma tensão de 2 volts.

O eletrodo A16 aparece com o valor de 0,0 g pois não houve eletrodeposição do antimônio na superfície do metal, conforme pode ser visto na Figura 21. Apesar da imagem apresentar um recobrimento da cor preta, na amostra percebe-se um recobrimento com coloração diferente dos demais. Uma cor mais esbranquiçada no meio da amostra, onde deveria estar com a coloração preta. Fato este que aconteceu em grande parte das eletrodeposições a 4 volts, nas amostras de aço.

Com relação as amostras que não passaram pelo processo de eletrocorrosão, todas apresentaram resultados semelhantes entre si. Não sendo possível obter uma conclusão de qual metal possui a melhor adesão na superfície.

Quando se compara os tipos de metais corroídos, observa-se que, na média, as fitas de aço apresentam uma menor adesão quando comparadas as de cobre, porém as amostras que, isoladamente, apresentaram menor massa no adesivo e, por consequência, maior adesão na superfície metálica foram as amostras de aço submetidas a eletrocorrosão com potencial de 2 volts.

Ao comparar as amostras que sofreram o processo de eletrocorrosão, com as que não sofreram tal processo, percebe-se, pela média, que as amostras que não passaram pelo processo de eletrocorrosão apresentam uma maior adesão do depositado na superfície dos metais, possivelmente devido a menor rugosidade da superfície, o que proporciona uma maior área de contato das partículas de Sb/Sb2O3 com a superfície do metal.

5 CONCLUSÕES

Pode-se concluir que o método usado para obtenção do óxido de antimônio por Tymecki (2006), não pôde ser confirmado através da caracterização por difração de raios X, possivelmente pela camada do óxido ser delgada.

De acordo com a análise realizada pelo método gravimétrico, conclui-se que o cobre é mais sensível a eletrocorrosão que o aço inox, pois apresentou uma maior perda de espessura média, em alguns casos chegando a ser totalmente corroída.

Com a análise dos resultados obtidos após os ensaios de rugosidade em conjunto com o teste de retilineidade, pode-se concluir que, no geral, a superfície do cobre que recobre o fenolito apresenta uma maior rugosidade, quando comparada a superfície das fitas de aço inox, o que pode proporcionar uma menor adesão do Sb/Sb2O3 depositado na superfície da fita de cobre.

No geral, as imagens de MEV mostraram que foi possível obter diferentes tipos de morfologia do depositado na superfície do metal e ainda foi possível observar que na maioria das amostras quase toda a superfície das fitas, seja as de aço inox seja as de cobre, estavam recobertas com o Sb/Sb2O3, porém com grânulos e aglomerados de diferentes tamanhos, o que pode influenciar diretamente na condução dos sinais transmitidos por esses eletrodos.

De acordo com as classificações das morfologias pode-se dizer que houve a formação de depósitos na forma de pó, pois o eletrodo tornou-se de cor preta tão rapidamente quanto se iniciou a deposição do metal e estes depósitos apresentaram uma baixíssima aderência na superfície das fitas metálicas podendo ser removidos facilmente.

Após a realização do teste de adesividade (strip test) não se foi possível obter uma conclusão exata sobre esta propriedade nas fitas, pois na média as fitas de cobre apresentaram uma menor quantidade de massa aderida à fita adesiva. Porém quando se analisa os suportes isoladamente, o que possuiu menor massa aderida na fita adesiva foi de aço inox, submetido a uma eletrocorrosão com potencial de corrente de 2 volts durante 2 minutos e uma eletrodeposição com potencial de corrente de 4 volts.

Finalmente, pode-se concluir que dentre os dois metais escolhidos para realização destes tratamentos superficiais e levando em consideração apenas essa característica e a metodologia utilizada, o aço inox seria a melhor opção para o uso em biossensores, por apresentar uma maior resistência a corrosão, maior cobertura do Sb/Sb2O3 e a amostra com maior adesão do depositado em sua superfície.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, M. L. Reconhecimento da rugosidade em imagens monocromáticas por meio de análise de textura. [s.l.] UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, 2011.

STANDARD, A. S. T. M. D3359-09e2. Standard Test Methods for Measuring Adhesion by Tape Test. ASTM International, 2009.

B. NASCIMENTO, V.; ANGNES, L. Eletrodos Fabricados por “Silk-Screen”. Química Nova, v. 21, n. 5, p. 614 – 629, 1998.

BAHADIR, E. B.; SEZGINTÜRK, M. K. Electrochemical biosensors for hormone analyses. Biosensors and Bioelectronics, v. 68, p. 62–71, jun. 2015.

BARRETT, C. S.; CUCKA, P.; HAEFNER, K. The crystal structure of antimony at 4.2, 78 and 298° K. Acta Crystallographica, v. 16, n. 6, p. 451-453, 1963.

BRITTON, H. T. S.; JACKSON, P. Structure of potassium antimony tartrate. J. Inorg. Nucl. Chem., v. 31, n. 1965, p. 2958–2962, 1969.

CALIL, S. S.; SILVA, P. R. Q. DA. Biossensores : estrutura , funcionamento e aplicabilidade. p. 1–20, 2011.

CHAN, K. M. Quantitative Chemistry Experimental Technique (I): pH Measurement by Antimony Electrode. Innovative School-level - XXXIV, n. August, p. 75–88, ago. 2012.

CHEN, M. et al. Development of glucose amperometric biosensor based on a novel attractive enzyme immobilization matrix: Amino derivative of thiacalix[4]arene. Analytica Chimica Acta, v. 687, n. 2, p. 177–183, 2011. DIAMOND, D. Principles of Chemical and Biological Sensors. Nova Iorque: John Wiley & Sons, Inc., 1998.

DINI, J. W. Electrodeposition: The Materials Science of Coatings and Substrates. Reprint ed. Livermore, California: Noyes Publications, 1993.

FILHO, J. M. C. Processos especiais de usinagem Eletroerosão. Disponível em:

<http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/crichigno/materiais/Processos_ especiais.pdf>. Acesso em: 23 set. 2015.

FILHO, O. F.; CAPELATO, D. M. Biossensores. Química Nova, p. 12, jan. 1992. FURTADO, R. F. et al. Aplicações de biossensores na análise da qualidade de alimentos.Documentos, 117. Fortaleza: [s.n.].

GAMBURG, Y. D.; ZANGARI, G. Introduction to Electrodeposition: Basic Terms and Fundamental Concepts. In: Theory and Practice of Metal Electrodeposition. 1a. ed. Nova Iorque: Springer Science, 2015. v. 1p. 1–24. HARPER, A.; ANDERSON, M. R. Electrochemical glucose sensors- developments using electrostatic assembly and carbon nanotubes for biosensor construction. Sensors, v. 10, n. 9, p. 8248–8274, 2010.

Electrochemical Biosensors for the Detection and Quantification of Biomarkers ? Bioengineering & Biomedical Sci, v. 2, n. 4, p. 1–5, 2012.

IUPAC. Electrochemical Biosensors: Recommended Definitions and ClassificationInternational Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC). Grã Bretanha: [s.n.].

KASSANOS, P. et al. Towards the development of an electrochemical biosensor for hCGbeta detection. Physiological measurement, v. 29, n. 6, p. S241–54, jun. 2008.

KILLARD, A. J.; SMYTH, M. R. Creatinine biosensors: Principles and designs. Trends in Biotechnology, v. 18, n. 00, p. 433–437, 2000.

LEE, J. O. et al. Aptamers as molecular recognition elements for electrical nanobiosensors. Analytical and Bioanalytical Chemistry, v. 390, p. 1023– 1032, 2008.

LIMA, R. M. M. DE. Desenvolvimento de Protótipos Biossensores Eletroquímicos para Avaliação de Níveis Glicêmicos e Sequências Nucleotídicas. [s.l.] Universidade Federal de Pernambuco, 2011.

LINCOT, D. Electrodeposition of semiconductors. Thin Solid Films, v. 487, n. 1- 2, p. 40–48, 2005.

LISBOA, A.; BARIN, C. S. Eletrodeposição de Ligas Metálicas Nobres para Fabricação de Jóias e Jóias Folheadas. Artigo Original, v. 8, n. 1, p. 27–33, 2009.

LONG, F. et al. Recent Progress in Optical Biosensors for Environmental Applications. In: RINKEN, T. (Ed.). . State of the Art in Biosensors: Environmental and Medical Applications. 1a. ed. Rijeka: InTech, 2013. v. 1p. 3–28.

LOWE, C. R. Overview of Biosensor and Bioarray Technologies. Handbook of Biosensors and Biochips. 1. ed. Cambridge, UK: Wiley, 2008.

MALHOTRA, B. D.; TURNER, A. P. F. Advances in Biosensors: Perspectives in Biosensors. 1a. ed. Stamford: JAY Press INC., 2003.

MONOŠÍK, R.; STREĎANSKÝ, M.; ŠTURDÍK, E. Biosensors - classification, characterization and new trends. Acta Chimica Slovaca, v. 5, n. 1, p. 109–120, abr. 2012.

PACHALY, R. Análise da rugosidade superficial do esmalte humano exposto ou não à ação de agente clareador após escovação com diferentes dentifrícios. [s.l.] Universidade Federal de Santa Maria, 2009.

PATHAK, P.; KATIYAR, V. K.; GIRI, S. Cancer Research - Nanoparticles, Nanobiosensors and Their Use in Cancer Research. Cancer Research, v. 3, p. 1–14, 2007.

PEREIRA, A. C.; SANTOS, A. D. S.; KUBOTA, L. T. Tendências em modificação de eletrodos amperométricos para aplicações eletroanalíticas. Quimica Nova, v. 25, n. 6 A, p. 1012–1021, 2002.

PERUMAL, V.; HASHIM, U. Advances in biosensors: Principle, architecture and applications. Journal of Applied Biomedicine, v. 12, n. 1, p. 1–15, 2014.

PONTE, H. DE A. Fundamentos da Eletrodeposição: Introdução. Disponível em: <http://www.gea.ufpr.br/arquivos/lea/material/Fundamentos da Eletrodeposicao.pdf>. Acesso em: 28 dez. 2015.

PRAYOGA, I. .; MULYASURYANI, A.; PRASETYAWAN, S. Construction and Characterization of Conductometric Biosensor for Determination of the Diazinon Concentration. Makara J. Sci., v. 18, n. 1, p. 26–30, 2014.

PUNDIR, C. S.; YADAV, S.; KUMAR, A. Creatinine sensors. TrAC - Trends in Analytical Chemistry, v. 50, p. 42–52, 2013.

REITZ, F. J. et al. Aplicando o MSA na medição da rugosidade superficial. Banas Qualidade, p. 118 – 125, set. 2009.

ROSATTO, S. S. Desenvolvimento de um Biossensor Amperométrico para Fenol a Base de Peroxidase e Sílica Modificada. [s.l.] Universidade Estadual de Campinas, 2000.

Rugosidade. Disponível em:

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/.../09_Capitulo_3_- _Rugosidade.pdf>. Acesso em: 5 out. 2015.

SHANTILATHA, P.; VARMA, S.; MITRA, C. K. Designing a Simple Biosensor. In: MALHOTRA, B. D.; TURNER, A. P. F. (Eds.). . Advances in Biosensors: Perspectives in Biosensors. Stamford: JAY Press INC., 2003. p. 2.

SILVA, M. V. F. et al. CORROSÃO DO AÇO-CARBONO: UMA ABORDAGEM DO COTIDIANO NO ENSINO DE QUÍMICA. Química Nova, v. 38, n. 2, p. 293– 296, 2015.

Site Sigma Audrich. Disponível em:

<http://www.sigmaaldrich.com/catalog/product/aldrich/244791?lang=pt&region= BR>. Acesso em: 30 jul. 2015.

SOUZA, M. DE F. B. ELETRODOS QUIMICAMENTE MODIFICADOS APLICADOS À ELETROANÁLISE: UMA BREVE ABORDAGEM. Química Nova, v. 20, n. 2, p. 191–195, 1997.

TURNER, A. P. F. Biosensors. Current Opinion in Biotechnology, v. 5, p. 49– 53, 1994.

TYMECKI, L.; ROZUM, B.; KONCKI, R. A Very Simple Biosensing System for Educational Purposes. In: Chem. Anal. (Warsaw). Varsóvia: [s.n.]. v. 51p. 977– 985.

UNGUREANU, G. et al. Arsenic and antimony in water and wastewater: Overview of removal techniques with special reference to latest advances in adsorption. Journal of Environmental Management, v. 151, p. 326–342, 2015.

VARDAR SEZGIN, H.; GÖKÇEL, H. İ.; DILGIN, Y. Adsorptive anodic stripping voltammetric determination of antimony(III) on a glassy carbon electrode using rivastigmine as a new chemical receptor. Sensors and Actuators B: Chemical, v. 209, p. 686–694, mar. 2015.

WANG, J. Electrochemical biosensors: Towards point-of-care cancer diagnostics. Biosensors and Bioelectronics, v. 21, n. 10, p. 1887–1892, abr. 2006.

ZHANG, S.; WRIGHT, G.; YANG, Y. Materials and techniques for electrochemical biosensor design and construction. Biosensors & bioelectronics, v. 15, p. 273–282, 2000.

Documentos relacionados