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Teste #1

No documento Pedro Almeida Oliveira (páginas 88-93)

6. TESTES

6.4. Testes do sistema de controlo de pressão em vidros duplos

6.4.1. Teste #1

Topping utilizado

Modelo 14

Quando se enroscaram as válvulas nos toppings numa delas optou-se por colocar cola entre o topping e a válvula. Com isto pretendia-se ver se existe estanquicidade na zona de aperto da válvula. Como se pode ver na Figura 6-16 um dos toppings está marcado a preto na zona da tampa e este é o que tem a cola.

Figura 6-16 – Toppings com cola e sem cola

Montagem do vidro duplo

Durante o processo de montagem do vidro duplo notou-se que para aplicar o butilo no perfil intercalar era necessário trocar os toppings. Como o modelo desenhado tem uma saliência para acomodar a válvula, quando se coloca o perfil na passadeira da butiladora este não fica nivelado com ela, não sendo possível fazer uma distribuição do butilo satisfatória. A solução encontrada na altura foi trocar os toppings apenas para a aplicação do butilo, utilizando 4 toppings comuns, e depois trocar dois deles pelos toppings em desenvolvimento. Isto pode ainda trazer problemas de estanquicidade, porque os toppings que ficam no vidro não têm butilo, ficando uma pequena zona do vidro duplo sem a primeira selagem.

TESTES

Figura 6-17 – Zona sem 1ª selagem

Depois da montagem do vidro duplo é necessário deixar o silicone curar durante 24 horas. Passado este tempo fizeram-se cortes no silicone na zona onde os toppings têm a tampa. Depois de removido o silicone necessário as válvulas ficam acessíveis. Nesta altura verificou-se que existe a possibilidade de algum do silicone invadir o espaço da válvula através da tampa, sendo por isso necessário melhorar o desenho da tampa.

De notar ainda a existência de alguns sais dissecantes encontrados no interior da câmara-de-ar do vidro duplo, isto indica que os sais conseguem atravessar as folgas existentes entre o topping e o perfil intercalar nomeadamente na zona do furo do topping.

Figura 6-19 – Sais dissecantes que invadiram o espaço interior do vidro duplo

Teste de passagem de ar

Seguindo o procedimento descrito anteriormente verificou-se que este sistema de válvulas permite a injeção e extração de ar com sucesso.

TESTES

Teste de estanquicidade

Com este teste percebeu-se que a estanquicidade da janela não estava assegurada. Como se vê pela Figura 6-21, a formação de bolhas junto das válvulas denuncia a existências de fugas de ar.

Figura 6-21 – Teste de estanquicidade mal sucedido

Observando de mais perto, percebeu-se que na válvula da esquerda (Figura 6-22 esq.) a fuga de ar parecia ter origem na zona da rosca, e como esta válvula era a que não tinha cola na rosca conclui-se que esta seria a causa para a fuga de ar. Na válvula da direita (Figura 6-22 dir.) as bolhas pareciam formar-se no corpo da válvula e além disso era audível que a válvula não fechava completamente. Numa primeira análise julgou-se que seriam os sais dissecantes que poderiam ter-se introduzido na válvula impedindo o seu bom funcionamento, mas posteriormente verificou-se que o perfil onde a válvula estava aplicada não tinha sais no seu interior. Desconhece-se então a origem deste problema, podendo-se apenas afirmar que esta fuga se deveu a um defeito de funcionamento da válvula. Também se pode afirmar que a cola aplicada nesta válvula assegurou a estanquicidade entre a válvula e o topping.

Figura 6-22

Problemas encontrados

1. Aplicação do butilo;

2. Silicone pode invadir a zona da válvula através da tampa; 3. Encaixe entre o topping e o perfil não é suficientemente forte; 4. Sais dissecantes invadem a camara de ar;

5. Fuga de ar na zona de aperto das válvulas; 6. Não funcionamento de uma das válvulas.

Soluções

A saliência existente nos toppings é necessária para acomodar a válvula e não pode ser removida. Por isso uma possível solução para o problema 1 passaria por fazer a aplicação do butilo em 3 dos perfis intercalares unidos em forma de U e com toppings nas extremidades abertas para evitar a queda dos sais dissecantes. Depois no 4º perfil seriam aplicados os dois toppings com a válvula. Os toppings seriam montados de forma a que a sua saliência não tocasse na passadeira como se quer mostrar na Figura 6-23. Desta forma também se conseguia resolver o problema da falta de butilo nos cantos, porque com esta solução o topping com válvula já teria algum butilo aplicado faltando apenas o encaixe final. Outro problema que se resolveria é o do aparecimento de sais na câmara (problema 4) porque os furos dos toppings estão virados para o mesmo perfil, e este perfil não irá levar sais dissecantes por três razoes: para evitar a passagem dos sais para a câmara; evitar que alguns sais entrem para a válvula impedindo o seu funcionamento; facilitar o escoamento do gás através do perfil.

Figura 6-23 – Sugestão de montagem dos toppings no perfil

Para impedir que algum silicone entre na zona da válvula (problema 2) deve-se alterar o desenho da tampa, a solução adotada está na Figura 6-24.

Figura 6-24 – Nova tampa

O problema 3 surge porque os modelos de topping utilizados foram alterados para acelerar e facilitar a impressão 3D. Estes modelos não têm as ranhuras necessárias para fazer um encaixe seguro entre o perfil e o topping (Figura 6-25). Para além disso os toppings tiveram ainda de ser lixados para conseguirem entrar no perfil porque a sua largura era superior ao espaço interior do perfil.

Figura 6-25 – Melhorias no topping utilizado

A fuga de ar pela zona de aperto da válvula (problema 5) era previsível e o facto de se ter optado por colocar cola numa delas já correspondia a uma solução possível para esta situação. A origem deste

TESTES

problema pode estar na existência de folgas entre o topping e a válvula, o aperto da válvula não ter sido feito com o binário recomendado pelo fabricante ou ainda um desenho pouco eficaz da zona de acoplamento da válvula.

Figura 6-26 – Recomendações para o furo da válvula

Figura 6-27

A imagem da esquerda da Figura 6-27 corresponde a uma vista em corte do topping utilizado nestes testes. Depois de se pedir mais informações ao fabricante Schrader International pode-se ver que formato do modelo não satisfaz as recomendações do fabricante. O modelo da direita foi alterado de maneira a que a válvula já possa ser apertada no topping de forma eficaz. Em relação ao binário de aperto o fabricante recomenda que este seja entre 0,4 e 0,6 N.m.

No documento Pedro Almeida Oliveira (páginas 88-93)

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