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Teste da utilização de QR Code para divulgar resultados obtidos a partir da

3.3 Divulgação da informação através de QR Code

4.2.2 Teste da utilização de QR Code para divulgar resultados obtidos a partir da

O processo de elaboração de um modelo de divulgação dos resultados utilizando QR

Code apresentou as seguintes etapas:

- criação de um endereço na rede mundial de computadores (site): através do site

WordPress.com foi criado de forma gratuita um site para divulgação dos resultados

coletados;

- confecção de páginas específicas: ao site previamente criado, foram adicionadas páginas específicas para cada ponto de amostragem de água de abastecimento humano pesquisado pelo trabalho;

- introdução de resultados de qualidade da água nas páginas específicas: em cada página foi adicionada uma tabela com os resultados de qualidade da água correspondente a um ponto de amostragem de água para consumo humano;

- criação de QR Codes: com as páginas devidamente elaboradas, copiou-se o respectivo link e iniciou-se a criação dos QR Code. Os QR Code foram confeccionados de forma gratuita no site QR Code - Gerador de código QR, sendo um para cada ponto amostrado;

- confecção de etiquetas de divulgação: foram elaboradas etiquetas contendo o QR Code específico de cada ponto de amostragem e uma breve informação do estudo que a originou; - divulgação dos resultados: para divulgação dos resultados de qualidade da água de consumo humano da UFERSA-Mossoró, sugere-se que as etiquetas sejam fixadas aos respectivos pontos amostrados (bebedouros e torneiras), previamente elencados pelo plano proposto de amostragem proposto por Jácome (2018).

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os pontos de coleta selecionados no presente trabalho referem-se aqueles correspondentes ao segundo e terceiro mês do cronograma sugerido por Jácome (2018), totalizando 29 pontos de coletas (27 torneiras e 2 bebedouros) localizados em 21 edificações, conforme especificado no item 4.2.1.1.

Os resultados são apresentados em duas partes principais. A primeira se refere aos resultados observados de qualidade da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró e a segunda trata da proposta de divulgação dos referidos resultados.

5.1 Resultados observados de qualidade da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró

5.1.1 Temperatura

Os Gráfico 1 e 2 apresentam os resultados de temperatura das amostras de água coletadas em setores/edificações correspondentes ao segundo e terceiro mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018), respectivamente.

Gráfico 1 – Valores de temperatura da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, observados em amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no segundo mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Notas: (E19) Casa 01 da Vila Feminina. (E20) Casa 02 da Vila Feminina. (E21) Casa 03 da Vila Feminina. (E22) Casa 04 da Vila Feminina. (E23) Casa 06 da Vila Feminina. (E24) Casa 07 da Vila Feminina. (E18) Alojamento Feminino. (B22) DCAN II – Departamento de Ciências Animais II. (B01) Central de Aulas I. (B21) DCAN I – Departamento de Ciências Animais I. (A13) LAB-Saúde – Laboratório de Medicina Veterinária, Preventiva e Saúde Animal. (A24) LAB-IMP – Laboratório de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia Veterinária.

Os resultados apresentados no Gráfico 1 indicaram valores de temperatura da água variando entre 27,3 (edificação A24) e 40,2 °C (edificação E18), resultando uma média de 32,87 °C.

No segundo mês do cronograma de amostragem previsto por Jácome (2018), constam dois bebedouros como pontos de coleta de água. No entanto, somente o bebedouro da Central de Aulas I (B01) estava acessível para coleta, cuja temperatura da água resultou em 23,1 °C. A ausência de funcionário na Escola Estadual Francisco Martins de Souza (edificação F08) impossibilitou a coleta de água no bebedouro da referida edificação. Segundo Pádua e Ferreira (2006), a água fria é mais agradável do que a água quente. Portaria de Consolidação n°5 (BRASIL, 2017) não especifica um padrão para temperatura da água.

Gráfico 2 - Valores de temperatura da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, observados em amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no terceiro mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Notas: (A22) Laboratório de Sementes. (F18) Centro de Convivência Oeste. (B23) Pós-Graduação em Ciência Animal. (A23) Centro Integrado de Laboratórios do DCAN. (A25) Laboratório de Biologia Celular e Histologia. (E01) Casa 01 da Vila Masculina. (E02) Casa 02 da Vila Masculina. (E03) Casa 03 da Vila Masculina. (A12) LAB-PARH – Laboratório em Produção Animal e Recursos Hídricos /

Centro Integrado de Laboratórios em Ciências e Recursos Hídricos.

Para as torneiras amostradas nas edificações especificadas para o terceiro mês do cronograma, os valores de temperatura da água variaram entre 26,7 e 34,8 °C no BWC 1 da Casa 03 da Vila Masculina e no prédio de Pós-Graduação em Ciência Animal (B23), respectivamente, apresentando uma média de 30,29 °C.

No terceiro mês do cronograma sugerido por Jácome (2018), três bebedouros foram listados como pontos de coleta de água. Contudo, a coleta foi realizada apenas no bebedouro do Centro Integrado de Laboratórios do DCAN (A23), visto que o bebedouro do Laboratório de Sementes (A22) encontrava-se sem água e o Laboratório em Produção Animal e Recursos Hídricos atualmente não conta com a presença de bebedouro. O bebedouro da edificação (A23) apresentou temperatura da água de 29,3 °C.

5.1.2 Turbidez

O Gráfico 3 e Gráfico 4 apresentam os resultados de turbidez das amostras de água para consumo humano da UFERSA-Mossoró coletadas em edificações previstas para o segundo e terceiro mês do cronograma, respectivamente.

Gráfico 3 - Valores de turbidez da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, observados em amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no segundo mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Notas: (E19) Casa 01 da Vila Feminina. (E20) Casa 02 da Vila Feminina. (E21) Casa 03 da Vila Feminina. (E22) Casa 04 da Vila Feminina. (E23) Casa 06 da Vila Feminina. (E24) Casa 07 da Vila Feminina. (E18) Alojamento Feminino. (B22) DCAN II – Departamento de Ciências Animais II. (B01) Central de Aulas I. (B21) DCAN I – Departamento de Ciências Animais I. (A13) LAB-Saúde – Laboratório de Medicina Veterinária, Preventiva e Saúde Animal. (A24) LAB-IMP – Laboratório de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia Veterinária.

Os valores de turbidez variaram entre 0,11 e 0,34 uT nas edificações Casa 02 da Vila Feminina (E20) e Laboratório de Medicina Veterinária, Preventiva e Saúde Animal (A13), respectivamente. Todas as amostras de água apresentaram valores inferiores ao valor máximo permitido (VMP) estabelecido pela Portaria de Consolidação n°5 (BRASIL, 2017), de 5 uT. Para o bebedouro amostrado, verificou-se valor de turbidez de 0,41 uT.

Gráfico 4 - Valores de turbidez da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, observados em amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no terceiro mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Notas: Notas: (A22) Laboratório de Sementes. (F18) Centro de Convivência Oeste. (B23) Pós- Graduação em Ciência Animal. (A23) Centro Integrado de Laboratórios do DCAN. (A25) Laboratório de Biologia Celular e Histologia. (E01) Casa 01 da Vila Masculina. (E02) Casa 02 da Vila Masculina. (E03) Casa 03 da Vila Masculina. (A12) LAB-PARH – Laboratório em Produção Animal e Recursos Hídricos / Centro Integrado de Laboratórios em Ciências e Recursos Hídricos.

Para os pontos das edificações referentes ao terceiro mês do cronograma, os valores observados de turbidez variaram entre 0,32 e 1,27 uT (prédios de Laboratório em Produção Animal e Recursos Hídricos / Centro Integrado de Laboratórios em Ciências e Recursos

Hídricos (A12) e Laboratório de Sementes (A22), respectivamente), estando todos os valores inferiores ao valor máximo permitido (5 uT). A água do bebedouro do Centro Integrado de Laboratórios do DCAN (A23) apresentou valor de turbidez de 0,41 uT, sendo o único bebedouro alvo de coleta, considerando o terceiro mês do cronograma de amostragem.

5.1.3 Cloro residual, coliformes totais e Escherichia coli

Os Gráficos 5 e 6 apresentam os resultados de cloro residual (livre, total e combinado) nas amostras de água de torneiras nas edificações referentes ao segundo e terceiro mês do cronograma, respectivamente. Considerando a restrição do kit de medição de cloro residual livre total (comparação visual), alguns resultados correspondem ao intervalo de concentração de acordo com a escala adotada no kit (0 a 3,5 mg/L).

Gráfico 5 - Valores de cloro residual (livre, total e combinado) da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, observados em amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no segundo mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Notas: (E19) Casa 01 da Vila Feminina. (E20) Casa 02 da Vila Feminina. (E21) Casa 03 da Vila Feminina. (E22) Casa 04 da Vila Feminina. (E23) Casa 06 da Vila Feminina. (E24) Casa 07 da Vila Feminina. (E18) Alojamento Feminino. (B22) DCAN II – Departamento de Ciências Animais II. (B01) Central de Aulas I. (B21) DCAN I – Departamento de Ciências Animais I. (A13) LAB-Saúde – Laboratório de Medicina Veterinária, Preventiva e Saúde Animal. (A24) LAB-IMP – Laboratório de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia Veterinária.

Os valores de cloro residual (livre, total e combinado) variaram entre 0,0 e 1,3 mg/L. Dos 12 pontos de coleta, três apresentaram ausência de cloro, sendo eles a Casa 07 da Vila

Feminina (E24), Laboratório de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia Veterinária (A24) e Laboratório de Medicina Veterinária, Preventiva e Saúde Animal (A13). O bebedouro do Central de Aulas I (B01) apresentou valores de 0,6, 0,6 e 0,0 mg/L para cloro residual livre, total e combinado, respectivamente. De acordo com Portaria de Consolidação n°5 (BRASIL, 2017), todas as amostras de água apresentaram valores inferiores ao valor máximo permitido (verificar Quadro 2). Vale ressaltar que esta Portaria especifica obrigatoriedade de concentração mínima (0,2 mg/L) de cloro residual livre (CRL) em toda a extensão do sistema público de distribuição (reservatório e rede). Nas edificações E23, E24, A13 e A24, os valores de CRL (0,1; 0,0; 0,0 e 0,0 mg/L, respectivamente) não atenderam ao mínimo recomendado pela Portaria de Consolidação nº 5.

Gráfico 6 - Valor de cloro residual (livre, total e combinado) da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, observado em amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no terceiro mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Notas: (A22) Laboratório de Sementes. (F18) Centro de Convivência Oeste. (B23) Pós-Graduação em Ciência Animal. (A23) Centro Integrado de Laboratórios do DCAN. (A25) Laboratório de Biologia Celular e Histologia. (E01) Casa 01 da Vila Masculina. (E02) Casa 02 da Vila Masculina. (E03) Casa 03 da Vila Masculina. (A12) LAB-PARH – Laboratório em Produção Animal e Recursos Hídricos / Centro Integrado de Laboratórios em Ciências e Recursos Hídricos.

Quanto a valores máximos, tal como observado para os pontos correspondentes ao segundo mês do cronograma, todas as amostras de água também apresentaram valores inferiores ao valor máximo permitido estabelecido pela Portaria de Consolidação n°5 (BRASIL, 2017).

No geral, os valores de cloro residual (livre, total e combinado) em amostras de água coletadas em pontos de edificações relativas ao terceiro mês do cronograma, variaram entre 0,0 e 0,8 mg/L. Dentre as 15 amostras de água de torneiras, verificou-se ausência de cloro em cinco delas, localizadas nas Casas 01 e 03 da Vila Masculina. O bebedouro do Centro Integrado de Laboratórios do DCAN (A23) apresentou valores de 0,0 mg/L para cloro residual livre, total e combinado. Assim, considerando o teor mínimo recomendado de CRL (0,2 mg/L), observou- se desconformidade em 9 pontos amostrados (A22, E1 - pia da cozinha, E1 - tanque da lavanderia, E1 - BWC1, E2 - pia da cozinha, E2 - tanque da lavanderia, E3 - pia da cozinha, E3 - tanque da lavanderia e E3 - BWC1).

Vale mencionar que, de acordo com o Art. 34 desta Portaria de Consolidação nº 5, “é obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede) (BRASIL, 2017, p. 443).

Para o sistema da UFERSA, visando segurança sanitária, interpreta-se que a água deve apresentar uma concentração mínima de 0,2 mg/L de cloro residual livre (CRL). Esta interpretação tem como base considerações realizadas, em geral, para sistema de abastecimento de água para consumo humano1, dentre as quais, citam-se: (a) mesmo o tratamento sendo adequado, a água pode se deteriorar ao longo da distribuição (BRASIL, 2006a); (b) admite-se que a estanqueidade plena e sistemática do sistema de distribuição é uma condição difícil de alcançar (BRASIL, 2006a); (c) deve haver atendimento à concentração mínima de CRL em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede) de maneira a prevenir uma possível (re)contaminação e/ou a proliferação de microrganismos no sistema de distribuição (BRASIL, 2016a); (d) os teores de CRL mantidos no sistema de distribuição são, em si, indicadores da qualidade da água e da segurança sanitária do sistema de distribuição, visto que os valores usualmente exigidos (0,2 mg/L) são os considerados suficientes para a inativação bacteriana (BRASIL, 2006a) e (e) concentrações de CRL menores do que 0,2 mg/L podem indicar, dentre outros, consumo excessivo do cloro residual no sistema de distribuição ou necessidade de pontos secundários de cloração (recloração) devido à extensão da rede de distribuição (BRASL, 2016a).

Assim, com relação ao CRL na água do sistema da UFERSA, observa-se a importância

1 Sistema de abastecimento de água para consumo humano (BRASIL, 2017, p. 432): “instalação composta por um

conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição”.

de: (a) monitorar a concentração de cloro residual livre no início do sistema para verificar se a água fornecida pela CAERN está de acordo com a Portaria de Consolidação nº 5; (b) investigar a existência de consumo excessivo de cloro no sistema e (c) verificar a necessidade de aplicação de cloro para manutenção de teores mínimos de CRL de 0,2 mg/L.

O Quadro 3 apresenta os resultados de presença e/ou ausência de coliformes totais e

E. coli das amostras de água referentes aos pontos de amostragens previstos para o segundo

mês do cronograma.

Quadro 3 - Resultados de coliformes totais e E. coli observados na água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, de amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no segundo mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Setor/edificação Localização da torneira

Presença ou ausência/100 mL Coliformes

totais E. coli

E20 - Casa 02 da Vila Feminina Cozinha Ausência Ausência

E21 - Casa 03 da Vila Feminina Cozinha Ausência Ausência

E22 - Casa 04 da Vila Feminina Cozinha Ausência Ausência

E23 - Casa 06 da Vila Feminina Cozinha Ausência Ausência

E24 - Casa 07 da Vila Feminina Cozinha Presença Ausência

E19 - Casa 01 da Vila Feminina Cozinha Ausência Ausência

E18 - Alojamento Feminino Cozinha Ausência Ausência

B22 - DCAN II(a) BWC Masculino Ausência Ausência

B01 - Central de Aula I BWC Masculino Ausência Ausência

B21 - DCAN I(b) Copa Ausência Ausência

A13 - LAB-Saúde(c) Pia do Laboratório Ausência Ausência

A24 - LAB-IMP(d) Pia do Laboratório Ausência Ausência

Notas: (a) Departamento de Ciências Animais II. (b) Departamento de Ciências Animais I. (c) Laboratório de Medicina Veterinária, Preventiva e Saúde Animal. (d) Laboratório de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia Veterinária.

Dentre as 12 torneiras amostradas em pontos relativos ao segundo mês do cronograma (Quadro 3), em apenas uma verificou-se a presença/100 mL de coliformes totais, localizada na Casa 07 da Vila Feminina (E24). De acordo com Brasil (2017), caso observe-se resultado positivo de coliformes totais, deve-se realizar recoletas em dois dias consecutivos para confirmação desta situação. Os resultados obtidos a partir das duas recoletas de amostras na edificação em questão (E24) são apresentados no Quadro 4.

Quadro 4 - Resultados de cloro residual livre, coliformes totais e E. coli observados na água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, de amostras referentes à recoleta em torneira de um setor/edificação prevista no segundo mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Setor/edificação E24 - Casa 07 da Vila Feminina

Localização da torneira Cozinha

Primeira recoleta

Presença ou ausência/100 mL

Coliformes totais Presença

E. coli Ausência CRL mg/L 0 Segunda recoleta Presença ou ausência/100 mL

Coliformes totais Presença

E. coli Ausência

CRL mg/L 0

Com a confirmação da presença de coliformes totais na água da torneira da Casa 07 da Vila Feminina (E24), conforme Quadro 4, seguiu-se a recomendação de Jácome (2018): foi executada uma amostragem investigativa em ponto a montante do reservatório da residência em questão. A água coletada no ponto da tubulação a montante deste reservatório apresentou ausência/100 mL de coliformes totais e de E. coli. Desta forma, inferiu-se que o reservatório da edificação E24 estava contaminado em termos de coliformes totais. Com isso, será solicitada à administração, uma ação corretiva, ou seja, limpeza do referido reservatório.

Vale mencionar que a detecção de bactérias do grupo coliformes totais, no qual se inclui a E. coli, não indica uma relação exclusiva com recontaminação de origem fecal, mas serve para indicar a integridade do sistema de distribuição (BRASIL, 2006a). Por exemplo, infiltrações na rede podem permitir o acúmulo de sedimentos e de matéria orgânica e promover o desenvolvimento de bactérias, incluindo aquelas do grupo coliforme que não E. coli (Ibid.).

No Quadro 5 constam os resultados de presença e/ou ausência de coliformes totais e

E. coli das amostras de água referentes aos pontos de amostragens previstos para o terceiro mês

do cronograma.

Quadro 5 - Resultados de coliformes totais e E. coli observados na água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, de amostras coletadas em torneiras de setores/edificações previstas no terceiro mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Setor/edificação Localização da torneira

Presença ou ausência/100 mL Coliformes

totais E. coli

F18 - Centro de Convivência Oeste BWC Feminino Ausência Ausência B23 - Pós-Graduação em Ciência

Animal Copa Ausência Ausência

A23 - Centro Integrado de

Laboratórios do DCAN(a) BWC Feminino Ausência Ausência

A25 - Laboratório de Biologia

Celular e Histologia BWC Feminino Ausência Ausência

E01 - Casa 01 da Vila Masculina Cozinha Ausência Ausência E01 - Casa 01 da Vila Masculina Tanque da

Lavanderia Ausência Ausência

E01 - Casa 01 da Vila Masculina BWC 1 Ausência Ausência

E02 - Casa 02 da Vila Masculina Cozinha Ausência Ausência E02 - Casa 02 da Vila Masculina Tanque da

Lavanderia Ausência Ausência

E02 - Casa 02 da Vila Masculina BWC 1 Ausência Ausência

E03 - Casa 03 da Vila Masculina Cozinha Presença Ausência E03 - Casa 03 da Vila Masculina Tanque da

Lavanderia Ausência Ausência

E03 - Casa 03 da Vila Masculina BWC 1 Presença Presença

A12 - LAB-PARH(b) BWC Feminino Ausência Ausência

Notas: (a) Departamento de Ciências Animais. (b) Laboratório em Produção Animal e Recursos Hídricos / Centro Integrado de Laboratórios em Ciências e Recursos Hídricos.

Nos pontos amostrados referentes ao terceiro mês do cronograma de coleta (Quadro 5), verificou-se a presença/100 mL, tanto para coliformes totais quanto para Escherichia coli, na torneira do BWC 1 da Casa 03 da Vila Masculina (E03). Para mesma edificação, constatou-se também a presença/100 mL de coliformes totais na torneira da cozinha. Devido à desconformidade da qualidade da água, duas recoletas foram executadas visando a confirmação da possível contaminação, cujos resultados constam no Quadro 6.

Quadro 6 - Resultados de cloro residual livre, coliformes totais e E. coli observados na água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, de amostras referentes à recoletas em torneiras de um setor/edificação prevista no terceiro mês do cronograma de amostragem definido por Jácome (2018)

Setor/edificação E03 - Casa 03 da Vila Masculina

Localização da torneira Cozinha BWC1

Primeira recoleta

Presença ou ausência/100 mL

Coliformes totais Presença Presença

E. coli Ausência Presença

CRL mg/L 0 0

Segunda recoleta

Presença ou ausência/100 mL

Coliformes totais Presença Presença

E. coli Ausência Presença

Na primeira e segunda recoletas verificou-se presença/100 mL de coliformes totais nas duas torneiras amostradas, localizadas na cozinha e no BWC 1 da Casa 03 da Vila Masculina (E03). A presença de E. coli foi verificada em ambas as torneiras durante a segunda recoleta. Desta forma, procedeu-se com uma amostragem investigativa em ponto a montante dos reservatórios (torneira localizada na área de serviço) da Casa 03 da Vila Masculina, cujos resultados estão no Quadro 7, tendo indicado ausência/100 mL de coliformes totais e E. coli. Assim, para este caso (edificação E03), os resultados indicaram uma recontaminação fecal no reservatório predial. Da mesma forma como comentado para a Casa 07 da Vila Feminina (E24), será solicitada à administração, uma ação corretiva, ou seja, limpeza de dois reservatórios Casa 03 da Vila Masculina.

Vale mencionar que, no âmbito de sistema de distribuição, de acordo com Brasil (2016a, p. 17), a detecção de E. coli na água “é um sinal inequívoco de tratamento insuficiente da água ou de (re)contaminação fecal durante a distribuição dela. Nesse caso, torna-se necessária a execução de ações corretivas para o reestabelecimento da normalidade.”

Quadro 7 - Resultados de cloro residual livre, coliformes totais e E. coli observados na água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, de amostra de água coletada em uma ponto à montante do reservatório da Casa 03 da Vila Masculina

Setor/edificação E03 – Casa 03 da Vila Masculina

Localização da torneira Área de serviço

Coliformes totais (Presença ou ausência/100 mL) Ausência E. coli (Presença ou ausência/100 mL) Ausência

CRL (mg/L) 0

Ainda para a Casa 03 da Vila Masculina (E03), quanto à concentração de CRL, observaram-se valores (0 mg/L) inferiores ao recomendado pela Portaria de Consolidação nº 5 (BRASIL, 2017), tanto nos pontos de uso da residência (cozinha e BWC1: Quadro 6) quanto no ponto à montante do sistema predial (Quadro 7). Disso, ressalta-se a importância da manutenção de CRL em todo o sistema de forma preventiva, visando a segurança sanitária, como já comentado.

5.2 Proposição de um modo de divulgação dos resultados de qualidade da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró

Considerando a possibilidade da UFERSA-Mossoró implementar uma plano de amostragem de água para consumo humano como aquele sugerido por Jácome (2018), propõe- se que a divulgação dos resultados de qualidade da água para consumo humano seja feita utilizando a tecnologia de QR Code.

Para testar a utilização de QR Code para divulgar resultados obtidos a partir da amostragem de água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró, inicialmente foi criado um endereço na rede mundial de computadores, cujo print é apresentado no Apêndice B. A este site, foram adicionadas 29 páginas com os resultados de qualidade da água, uma por ponto amostrado. No Apêndice C tem-se um print da página relativa ao bebedouro localizado Centro Integrado de Laboratórios do DCAN (A23), cuja amostra foi coletada no dia 13/02/2019. Além disso, foram elaboradas 29 etiquetas de divulgação, uma por ponto amostrado. A Figura 13 ilustra um possível modelo de etiqueta de divulgação dos resultados de qualidade da água para consumo humano da UFERSA, campus Mossoró.

Figura 13 - Etiqueta para divulgação de resultados de qualidade da água para consumo humano da UFERSA-Mossoró

A Figura 14 apresenta etiquetas de divulgação de resultados de qualidade da água

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