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Lista de Abreviaturas

3 C ASO DE ESTUDO

4.9 M ÉTRICAS AMBIENTAIS – E MISSÕES DIÁRIAS

4.10.4 U TILIZAÇÃO DE COMBUSTÍVEL AUXILIAR

O consumo semanal de combustível é uma métrica importante pois a quantidade de combustível é o principal custo de operação da instalação e é um dos valores garantia do fabricante. Calcula-se a partir dos registos iniciais e finais de contagem de gasóleo de alimentação aos queimadores da câmara de incineração primária deduzindo a contagem de retorno, adicionado dos registos iniciais e finais de contagem de gasóleo de alimentação ao queimador da câmara de incineração secundária.

F

F Ff p consumo1º Ff Fp retorno1º Ff Fp consumo2º

I (L L ) (L L ) (L L ) (Eq. 2.39)

Constata-se para linha 31 IF= 8889.3 kg/ semana e para a linha 32 IF=8826.3 kg/semana, para ambas as linhas a métrica do consumo de combustível auxiliar excede o valor garantia fixado em 7200 kg/semana.

Através da equação 2.40 foi calculado a métrica do consumo específico de combustível auxiliar por tonelada de resíduo tratado.

F FW W I I I  (Eq. 2.40)

Para a linha 31 na incineração de RH verifica-se IFW=103 kg combustível auxiliar/ton H btq, enquanto que para os RM constata-se IFW=129.1 kg combustível auxiliar/ton H btq. Para a linha 32 na incineração de RH verifica-se IFW= 110 kg combustível auxiliar/ton H btq enquanto que para os RM IFW=119.3 kg combustível auxiliar/ton H btq., constatando- se assim que que os RM necessitam de mais combustível auxiliar na sua incineração.

4.10.5 CONSUMO DE UREIA

O consumo de solução de ureia está dependente da natureza dos resíduos a incinerar e é efetuada por injeção direta de uma solução de ureia na conduta de ligação entre a câmara de incineração secundária e o recuperador de calor, através de um processo catalítico não seletivo, específico para a redução de NOx. Os valores observados na operação permitem concluir o consumo médio da solução de ureia na linha 31 é de 1.3 L solução de ureia/h para os RH, de 3.1 L solução de ureia /h para os RM e 0.7 L solução de ureia /h para a utilização de gasóleo simples (período noturno), no caso da linha 32 para os RH é de 1.8 L solução de ureia /h, para os RM é de 4.2 L solução de ureia /h e 1.1 L solução de ureia /h para a utilização de gasóleo simples, sendo calculados a partir dos valores médios observados para o caudal de ureia.

O indicador de consumo de ureia determina-se de acordo com

u U U w L C I I  (Eq. 2.41) Em que; u un,i i

L

L

 t

(Eq. 2.42)

Sendo dado a partir dos valores médios de caudal de ureia correspondentes a cada um dos vários períodos ao longo da semana em foram incinerados resíduos de cada uma das tipologias, sendo IW a quantidade total de resíduos dessa tipologia incinerados nessa semana.

A concentração de ureia (CU) não é disponibilizada no Manual de Operação mas pode ser estimada com base no seguinte: admitindo uma concentração de cerca de 600ppm NO de efluente não tratado, a redução do conteúdo em NO até 100mg/Nm3 e um excesso de 10%, pode concluir-se que a concentração da solução é de cerca de 500 gramas de ureia por litro de solução.

Nestas circunstâncias estima-se que os indicadores de consumo de ureia na linha 31 para os RH seja de IU=1.8 kg ureia /ton H btq, enquanto que para os RM seja de IU=3.7 kg ureia/ton H btq e para a utilização de gasóleo simples é de 0.3 kg/h Na a linha 32 para os RH estima-se que IU=2.5 kg ureia /ton H btq enquanto que para os RM seja de IU=4.2 kg ureia /ton H btq e para a utilização de gasóleo simples é de 0.6 kg/h.

Através da análise da métrica do consumo de ureia, constata-se que os RM exigem um maior consumo de ureia, justificado por estes conterem mais materiais azotados em comparação que os RH.

Em relação ao consumo de ureia por tonelada de resíduo tratado, não existe valor garantia para respetiva comparação.

4.10.6 CONSUMO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

A utilização de uma suspensão aquosa de Ca(OH)2 (leite de cal) está relacionado com o controlo da ocorrência de gases ácidos nos efluentes gasosos (SO2, HCl e HF), realizada no lavador de gases após o recuperador de calor.

A consumo da solução de leite de cal foi determinado a partir dos registos disponíveis de caudal, tendo-se concluído que o consumo especifico de solução de leite de cal na linha 31 é de 25 L solução leite de cal/h para os RH, de 18.6 L solução leite de cal/h para os RM e 12 L solução leite de cal/h para a utilização de gasóleo simples (período noturno), no caso da linha 32 para os RH é de 32.0 L solução leite de cal/h, para os RM é de 25.0 L solução leite de cal/h e de 11.0 L solução leite de cal/h para a utilização de gasóleo simples.

O consumo específico de hidróxido de cálcio é dado de acordo com

lc lc LC W L C I I  (Eq. 2.43)

em que a CLC é a concentração do leite de cal (50g Ca(OH)2/L, correspondente a cerca de 5% em massa), IW é a quantidade dos resíduos tratados em massa e o volume de suspensão de leite de cal utilizada é dado por

LC lci i

L 

L t (Eq. 2.44)

Sendo dado a partir dos valores médios de caudal de leite de cal correspondentes a cada um dos vários períodos ao longo da semana em foram incinerados resíduos de cada uma das tipologias, sendo IW a quantidade total de resíduos dessa tipologia incinerados nessa semana.

Nestas circunstâncias estima-se que os indicadores de consumo de Ca(OH)2 sejam no caso da linha 31 para os RH de ILc=30.0 kg Ca(OH)2 /ton H btq, e para os RM de ILc=19.6 kg Ca(OH)2/ton H btq e para a utilização de gasóleo simples é de 6.2 kg/h. No caso da

linha 32 para os RH, de ILc = 40.0 kg Ca(OH)2 /ton H btq, e para os RM ILc é de 26.5 kg Ca(OH)2/ton H btq. e para a utilização de gasóleo simples é de 5.75 kg Ca(OH)2/h.

Os valores atrás referidos são excessivos relativamente aos valores garantia, considerando-se que devem ser significativamente reduzidos, visto as reduzidas emissões de HCl, HF e SO2 e o seu respetivo cumprimento dos valores limite de emissão.

Através da análise da métrica do consumo de hidróxido de cálcio, verifica-se que os RH exigem um maior consumo de hidróxido de cal, justificado por estes incluírem mais matérias plásticos em comparação que os RH.

Acresce que a instalação prevê a adição direta de CaO, mas não há qualquer registo que a instalação faça uso de CaO.

Os valores atrás referidos comparam desfavoravelmente pois excedem significativamente o valor garantia fixado para a instalação.

4.10.7 NÚMERO DE TRABALHADORES

O número de operadores em permanência na instalação são dois em cada turno, com a responsabilidade das operações de pesagem e carga de resíduos e ainda acompanhamento e manipulação local dos dispositivos de arraste de resíduos e escórias; há ainda um operador em permanência na sala de controlo a fazer o acompanhamento das variáveis operatórias e o ajuste de parametrizações, se necessário. A instalação está dotada de dispositivos de operação automática, mas a visualização das condições de combustão tem que ser feita a partir dos postigos disponíveis in loco. Ocasionalmente a instalação necessita de mão-de-obra ocasional para tarefas de manutenção semanal ou de emergência. Durante o período noturno há apenas um operador na sala de controlo. Nestas circunstâncias a instalação necessita para operar de pelo menos 7 operadores.