• Nenhum resultado encontrado

Todos os eritrócitos têm precipitados da Hb Koln que é

No documento Doença dos Eritrócitos (páginas 42-46)

Microscopia eletrônica de um eritrócito com vários corpos de Heinz agregados à membrana. A agregação desses precipitados causa a oxidação das lipoproteínas, alterando-lhe a

A precipitação de corpos de Heinz é decorrente de processos oxidativos induzidos ou Hb). A oxidação da oxi-Hb os hemicromos (sulfa- hemoglobina), culminando com a desagregação das globinas alfa e beta, que se precipitam e

). Informações detalhadas sobre esse processo pode ser rocitários" e "Células Falciformes".

Figura 60. Microscopia eletrônica de varredura de um eritrócito com corpos de Heinz se

As principais formas da indução de corpos de Heinz se devem a: a)

medicações oxidantes (ex.: sulfas, hidrazinas), ou por contaminação ambiental (poluentes oxidantes); b) causas hereditárias

deficiências de enzimas (G6PD, SOD, catalase, GPx). Destaque especial deve ser dada

hemoglobinas instáveis foram descritas pela primeira vez por Dacie em 1960, e a partir desta data mais de 300 tipos diferentes foram descritos em todo o mundo. São hemoglobinas variantes, causadas geralmente por mutações recentes que atingem determinado membro de uma família e sem que um dos pais apresentassem a alteração. Por essa razão são conhecidos por "fresh mutation". Os portadores de Hb instáveis apresentam as manifestações clínicas da doença, bem como as alterações laboratoriais, após processos indutores que facilitam a oxidação da hemoglobina variante, tais como: febre alta, medicações oxidantes, infecções por vírus (provavelmente relacionadas com febres altas). A partir do processo que desencadeia

da Hb instável, o portador padece de anemia hemolítica crônica de graus variáveis entre discreto (Hb 10,0 g/dl) a grave (Hb: 4 g/dl), esplenomegalia em 80% dos casos, icterícia, cianose (devido à elevação da metahemoglobina), hepatomegalia em c

reposição de sangue.

O desencadeamento fisiopatológico da doença se deve à oxidação da Hb instável, que pode ser originada por uma ou mais mutações na globina alfa ou beta. As mutações que ocorrem na globina beta causam lesões oxi

das hemoglobinas instáveis acontecem na região ou superfície interna da molécula de hemoglobina, envolvendo quase sempre aminoácidos hidrofóbicos e com ponto isoelétrico neutro. A mudança de um a

grupo heme, fato que permite a entrada da água e a oxidação do ferro e, conseqüentemente da hemoglobina. Essa oxidação causa excessiva formação de metahemoglobina da Hb instável que se instabiliza, desagregando o tetrâmero

mutação. A globina precipitada é que forma os corpos de Heinz visíveis nas microscopias ópticas (figura 58) e eletrônica (

Heinz inicia-se com a alteração da proteína banda 3 da membrana eritrocitária, que induz a reação com o complemento e, conseqüentemente, ao passar pelo SRE do baço se tornam alvos preferenciais dos macrófagos (

deixando-os deformados em esquisócitos e células mordidas ( diminuída – principal causa da hemólise e anemia.

Microscopia eletrônica de varredura de um eritrócito com corpos de Heinz se projetando e deformando o eritrócito.

As principais formas da indução de corpos de Heinz se devem a: a) causas adquiridas icações oxidantes (ex.: sulfas, hidrazinas), ou por contaminação ambiental (poluentes

causas hereditárias por Hb instáveis, metahemoglobinemias hereditárias,

deficiências de enzimas (G6PD, SOD, catalase, GPx).

Destaque especial deve ser dada à formação de corpos de Heinz nas Hb instáveis hemoglobinas instáveis foram descritas pela primeira vez por Dacie em 1960, e a partir desta data mais de 300 tipos diferentes foram descritos em todo o mundo. São hemoglobinas nte por mutações recentes que atingem determinado membro de uma família e sem que um dos pais apresentassem a alteração. Por essa razão são conhecidos por "fresh mutation". Os portadores de Hb instáveis apresentam as manifestações clínicas da omo as alterações laboratoriais, após processos indutores que facilitam a oxidação da hemoglobina variante, tais como: febre alta, medicações oxidantes, infecções por vírus (provavelmente relacionadas com febres altas). A partir do processo que desencadeia

da Hb instável, o portador padece de anemia hemolítica crônica de graus variáveis entre discreto (Hb 10,0 g/dl) a grave (Hb: 4 g/dl), esplenomegalia em 80% dos casos, icterícia, cianose (devido à elevação da metahemoglobina), hepatomegalia em crianças, e necessidade de

O desencadeamento fisiopatológico da doença se deve à oxidação da Hb instável, que pode ser originada por uma ou mais mutações na globina alfa ou beta. As mutações que ocorrem na globina beta causam lesões oxidativas mais intensas, com maior grau de anemia. As mutações das hemoglobinas instáveis acontecem na região ou superfície interna da molécula de hemoglobina, envolvendo quase sempre aminoácidos hidrofóbicos e com ponto isoelétrico minoácido por outro diferente afrouxa a proteção que realiza ao grupo heme, fato que permite a entrada da água e a oxidação do ferro e, conseqüentemente da hemoglobina. Essa oxidação causa excessiva formação de metahemoglobina da Hb instável que liza, desagregando o tetrâmero a2b2 com precipitação da globina que contém a mutação. A globina precipitada é que forma os corpos de Heinz visíveis nas microscopias

) e eletrônica (figuras 59 e 60). A deformação dos eritrócitos com corpos se com a alteração da proteína banda 3 da membrana eritrocitária, que induz a reação com o complemento e, conseqüentemente, ao passar pelo SRE do baço se tornam alvos preferenciais dos macrófagos (figura 61). A macrofagocitose retira parte

os deformados em esquisócitos e células mordidas (figura 36), e com a sobrevida principal causa da hemólise e anemia.

43 Microscopia eletrônica de varredura de um eritrócito com corpos de Heinz se

causas adquiridas por

icações oxidantes (ex.: sulfas, hidrazinas), ou por contaminação ambiental (poluentes por Hb instáveis, metahemoglobinemias hereditárias,

Hb instáveis. As

hemoglobinas instáveis foram descritas pela primeira vez por Dacie em 1960, e a partir desta data mais de 300 tipos diferentes foram descritos em todo o mundo. São hemoglobinas nte por mutações recentes que atingem determinado membro de uma família e sem que um dos pais apresentassem a alteração. Por essa razão são conhecidos por "fresh mutation". Os portadores de Hb instáveis apresentam as manifestações clínicas da omo as alterações laboratoriais, após processos indutores que facilitam a oxidação da hemoglobina variante, tais como: febre alta, medicações oxidantes, infecções por vírus (provavelmente relacionadas com febres altas). A partir do processo que desencadeia a oxidação da Hb instável, o portador padece de anemia hemolítica crônica de graus variáveis entre discreto (Hb 10,0 g/dl) a grave (Hb: 4 g/dl), esplenomegalia em 80% dos casos, icterícia, cianose rianças, e necessidade de

O desencadeamento fisiopatológico da doença se deve à oxidação da Hb instável, que pode ser originada por uma ou mais mutações na globina alfa ou beta. As mutações que ocorrem na dativas mais intensas, com maior grau de anemia. As mutações das hemoglobinas instáveis acontecem na região ou superfície interna da molécula de hemoglobina, envolvendo quase sempre aminoácidos hidrofóbicos e com ponto isoelétrico minoácido por outro diferente afrouxa a proteção que realiza ao grupo heme, fato que permite a entrada da água e a oxidação do ferro e, conseqüentemente da hemoglobina. Essa oxidação causa excessiva formação de metahemoglobina da Hb instável que a2b2 com precipitação da globina que contém a mutação. A globina precipitada é que forma os corpos de Heinz visíveis nas microscopias ). A deformação dos eritrócitos com corpos de se com a alteração da proteína banda 3 da membrana eritrocitária, que induz a reação com o complemento e, conseqüentemente, ao passar pelo SRE do baço se tornam alvos ). A macrofagocitose retira partes dos eritrócitos, ), e com a sobrevida

Figura 36. Célula mordida em sangue periférico de paciente com corpos de Heinz causado pela

Figura 61. Microscopia eletrônica de varredura mostrando a fagocitose de eritrócitos com corpos de Heinz no SRE do baço, em sangue de pessoa com Hb instável (Hb Koln).

Célula mordida em sangue periférico de paciente com corpos de Heinz causado pela deficiência de G-6-PD.

Microscopia eletrônica de varredura mostrando a fagocitose de eritrócitos com corpos de Heinz no SRE do baço, em sangue de pessoa com Hb instável (Hb Koln).

44 Célula mordida em sangue periférico de paciente com corpos de Heinz causado pela

Microscopia eletrônica de varredura mostrando a fagocitose de eritrócitos com corpos de Heinz no SRE do baço, em sangue de pessoa com Hb instável (Hb Koln).

Laboratorialmente as hemoglobinas instáveis apresentam

(alguns casos chegam a 70%), precipitação da Hb instável ao calor (37

anemia que pode ser geralmente normocítica (VCM normal) e hipocrômica. As alterações morfológicas se caracterizam por aniso

intensidades variáveis. A pesquisa de corpos de Heinz com azul de crezil brilhante é sempre positiva. Eletroforeticamente a Hb instável geralmente apresenta a mesma mobilidade da Hb A (devido à mutação entre os aminoácidos não envolver diferença de carga elétrica).

possível observar nos casos de mutações de globina beta a presença de globinas alfa livres (figura 62).

Figura 62. Eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose mostrando a Hb Koln como um rastro entre a Hb S e Hb A2 (asterisco), além da disposição difusa da globina alfa livre

Laboratorialmente as hemoglobinas instáveis apresentam-se com reticulocitose aumentada os chegam a 70%), precipitação da Hb instável ao calor (37oC a 50

anemia que pode ser geralmente normocítica (VCM normal) e hipocrômica. As alterações morfológicas se caracterizam por aniso-poiquilocitose, policromasia e hipocromia de des variáveis. A pesquisa de corpos de Heinz com azul de crezil brilhante é sempre positiva. Eletroforeticamente a Hb instável geralmente apresenta a mesma mobilidade da Hb A (devido à mutação entre os aminoácidos não envolver diferença de carga elétrica).

possível observar nos casos de mutações de globina beta a presença de globinas alfa livres

Eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose mostrando a Hb Koln como um rastro entre a Hb S e Hb A2 (asterisco), além da disposição difusa da globina alfa livre

45 se com reticulocitose aumentada C a 50oC), além da anemia que pode ser geralmente normocítica (VCM normal) e hipocrômica. As alterações poiquilocitose, policromasia e hipocromia de des variáveis. A pesquisa de corpos de Heinz com azul de crezil brilhante é sempre positiva. Eletroforeticamente a Hb instável geralmente apresenta a mesma mobilidade da Hb A (devido à mutação entre os aminoácidos não envolver diferença de carga elétrica). Porém, é possível observar nos casos de mutações de globina beta a presença de globinas alfa livres

Eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose mostrando a Hb Koln como um rastro entre a Hb S e Hb A2 (asterisco), além da disposição difusa da globina alfa livre (seta).

Inclusões de parasitas em eritrócitos

Três importantes inclusões de parasitas em eritrócitos são causas de anemias hemolíticas, tratam-se da malária, babesiose

Malária: é uma protozoose com ampla distribuição mundial, notadamente nas regiões tropicais

e temperadas. A infecção é transmitida pelo mosquito que serve como vetor de quatro espécies do gênero Plasmodium: P. vivax, P. falciparum, P. malariae

ao P. falciparum (figura 63) e

responsável pela maior parte dos indivíduos afetados por malária em todo o mundo, incluindo o Brasil. O P. vivax causa infecções capazes de causarem a mo

malária tem início na fêmea do mosquito, após obter sangue humano por meio da picada, oportunidade em que as formas sexuadas (gametócitos) evolui para as formas infecciosas (esporozoitos). São as formas infecciosas que são

picada do inseto. Os esporozoitos passam para as células do parênquima hepático onde se multiplicam e dividem, produzindo merozoitos nessa fase pré

hepática se rompe, os parasitas pen identificadas pela forma anelada (

eritrócito produz transformações (merozoito) até se tornar maduro (esquizonte). As

65 e 66 mostram essa fase madura do plasmódio. Na análise laboratorial, o

caracteriza por parasitemia maciça com pequenas formas aneladas com duplos grânulos de cromatina; os gametócitos têm a forma de banana ou elíptica. Nas infecções por

eritrócitos são grandes (reticulócitos), com grânulos de Schuffner oriundos de microtúbulos degradados.

Figura 63. Sangue periférico de paciente com malária causada por forma anelada co

Inclusões de parasitas em eritrócitos

Três importantes inclusões de parasitas em eritrócitos são causas de anemias hemolíticas,

malária, babesiose e bartolenose.

é uma protozoose com ampla distribuição mundial, notadamente nas regiões tropicais e temperadas. A infecção é transmitida pelo mosquito que serve como vetor de quatro espécies

Plasmodium: P. vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale. As infecç

) e P. vivax (figura 64) são as mais comuns. O P. falciparum responsável pela maior parte dos indivíduos afetados por malária em todo o mundo, incluindo o

causa infecções capazes de causarem a morte do portador. O ciclo vital da malária tem início na fêmea do mosquito, após obter sangue humano por meio da picada, oportunidade em que as formas sexuadas (gametócitos) evolui para as formas infecciosas (esporozoitos). São as formas infecciosas que são injetadas em outros indivíduos através da picada do inseto. Os esporozoitos passam para as células do parênquima hepático onde se multiplicam e dividem, produzindo merozoitos nessa fase pré-eritrocítica. Quando a célula hepática se rompe, os parasitas penetram nos eritrócitos, e suas presenças são possíveis de serem identificadas pela forma anelada (figuras 63 e 64). A evolução do ciclo vital do plasmódio no eritrócito produz transformações (merozoito) até se tornar maduro (esquizonte). As

mostram essa fase madura do plasmódio. Na análise laboratorial, o

caracteriza por parasitemia maciça com pequenas formas aneladas com duplos grânulos de cromatina; os gametócitos têm a forma de banana ou elíptica. Nas infecções por

eritrócitos são grandes (reticulócitos), com grânulos de Schuffner oriundos de microtúbulos

Sangue periférico de paciente com malária causada por P. falciparum forma anelada com duplo grânulo de cromatina.

46 Três importantes inclusões de parasitas em eritrócitos são causas de anemias hemolíticas,

é uma protozoose com ampla distribuição mundial, notadamente nas regiões tropicais e temperadas. A infecção é transmitida pelo mosquito que serve como vetor de quatro espécies . As infecções devido

P. falciparum é o

responsável pela maior parte dos indivíduos afetados por malária em todo o mundo, incluindo o rte do portador. O ciclo vital da malária tem início na fêmea do mosquito, após obter sangue humano por meio da picada, oportunidade em que as formas sexuadas (gametócitos) evolui para as formas infecciosas injetadas em outros indivíduos através da picada do inseto. Os esporozoitos passam para as células do parênquima hepático onde se eritrocítica. Quando a célula etram nos eritrócitos, e suas presenças são possíveis de serem ). A evolução do ciclo vital do plasmódio no eritrócito produz transformações (merozoito) até se tornar maduro (esquizonte). As figuras P. falciparum se caracteriza por parasitemia maciça com pequenas formas aneladas com duplos grânulos de cromatina; os gametócitos têm a forma de banana ou elíptica. Nas infecções por P. vivax, os eritrócitos são grandes (reticulócitos), com grânulos de Schuffner oriundos de microtúbulos

No documento Doença dos Eritrócitos (páginas 42-46)

Documentos relacionados