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Trânsito da União

No documento CÓDIGO ADUANEIRO DA UNIÃO (páginas 87-89)

TÍTULO VII REGIMES ESPECIAIS

SECÇÃO 2 Trânsito da União

Artigo 233.º

Obrigações do titular do regime de trânsito da União e do transportador e do destinatário de mercadorias que circulem ao abrigo do regi-

me de trânsito da União

1. O titular do regime de trânsito da União é res- ponsável por:

a) Apresentar as mercadorias intactas e as in- formações necessárias na estância aduaneira de destino no prazo fixado, respeitando as medidas adotadas pelas autoridades aduanei- ras para garantir a sua identificação;

b) Respeitar as disposições aduaneiras relativas ao regime;

c) Salvo disposição em contrário da legislação aduaneira, prestar uma garantia para assegu- rar o pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a quaisquer dívidas aduaneiras ou de outras imposições, tal como previsto noutras dispo- sições em vigor aplicáveis, que possam vir a ser constituídas em relação às mercadorias. 2. As obrigações do titular do regime ficam cum- pridas e o regime de trânsito termina quando as mercadorias a ele sujeitas e as informações ne- cessárias estiverem disponíveis na estância aduaneira de destino, nos termos da legislação aduaneira.

3. O transportador ou o destinatário das merca- dorias que receba as mercadorias sabendo que as mesmas circulam ao abrigo do regime de trânsito da União é igualmente responsável pela apresentação das mercadorias intactas na es- tância aduaneira de destino no prazo fixado, res- peitando as medidas adotadas pelas autoridades aduaneiras para garantir a sua identificação. 4. Mediante pedido, as autoridades aduaneiras podem autorizar qualquer das seguintes simplifi- cações no que respeita à sujeição das mercado- rias ao regime de trânsito da União ou ao termo desse regime:

a) O estatuto de expedidor autorizado, que per- mite ao titular da autorização sujeitar merca- dorias ao regime de trânsito da União sem as apresentar à alfândega;

b) O estatuto de destinatário autorizado, que permite ao titular da autorização receber mer- cadorias que circulem ao abrigo do regime de

trânsito da União para um local autorizado, para pôr termo ao regime nos termos do artigo 233.º, n.º 2;

c) A utilização de selos de um modelo especial, quando seja exigida a selagem a fim de assegu- rar a identificação das mercadorias colocadas sob o regime de trânsito da União;

d) A utilização de uma declaração aduaneira com um número reduzido de informações obrigatórias para sujeitar as mercadorias ao regime de trânsito da União;

e) A utilização de um documento de transporte eletrónico como declaração aduaneira para sujeitar as mercadorias ao regime de trânsito da União, desde que contenha os elementos dessa declaração e esses elementos estejam disponí- veis para as autoridades aduaneiras à partida e à chegada, a fim de permitir a fiscalização aduaneira das mercadorias e o apuramento do regime.

Artigo 234.º

Mercadorias que atravessem o território de um país ou um território situado fora do território

aduaneiro da União ao abrigo do regime de trânsito externo da União

1. O regime de trânsito externo da União é aplicável às mercadorias que atravessem um país ou um território situado fora do território aduaneiro da União se estiver preenchida uma das seguintes condições:

a) Essa possibilidade esteja prevista num acordo internacional;

b) A travessia desse país ou território seja efetuada ao abrigo de um título de transporte único, emitido no território aduaneiro da União.

2. No caso previsto no n.º 1, alínea b), o funcionamento do regime de trânsito externo da União é suspenso enquanto as mercadorias se encontrarem fora do território aduaneiro da União.

Artigo 235.º Delegação de poderes

A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.º, a fim de determinar as condições de concessão das autorizações a que se refere o artigo 233.º, n.º 4.

Artigo 236.º

Atribuição de competências de execução

A Comissão especifica, por meio de atos de exe- cução, as regras processuais aplicáveis:

a) À sujeição das mercadorias ao regime de trânsito da União e ao termo desse regime; b) À operação das simplificações a que se refere

o artigo 233.º, n.º 4;

c) À fiscalização aduaneira das mercadorias que atravessem o território de um país ou o terri- tório situado fora do território aduaneiro da União ao abrigo do regime de trânsito externo da União, a que se refere o artigo 234.º. Os referidos atos de execução são adotados pe- lo procedimento de exame a que se refere o arti- go 285.º, n.º 4.

CAPÍTULO 3

Armazenamento

SECÇÃO 1 Disposições comuns Artigo 237.º Âmbito

1. Ao abrigo de um regime de armazenamento, as mercadorias não-UE podem ser armazenadas no território aduaneiro da União sem serem sujei- tas:

a) A direitos de importação;

b) A outras imposições previstas noutras dispo- sições em vigor aplicáveis;

c) A medidas de política comercial, na medida em que estas não proíbam a entrada das mercadorias no território aduaneiro da União ou a sua saída desse território.

2. As mercadorias UE podem ser sujeitas ao re- gime de entreposto aduaneiro ou de zona franca nos termos da legislação específica da União, ou a fim de beneficiarem de uma decisão de con- cessão de reembolso ou dispensa de pagamento dos direitos de importação.

3. Caso se verifique uma necessidade económica e a fiscalização aduaneira não seja afetada desfavoravelmente por esse facto, as autoridades aduaneiras podem autorizar o armazenamento de mercadorias UE numa instalação de armazenamen- to destinada a entreposto aduaneiro. Essas mercadorias não devem ser consideradas como estando sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro.

Artigo 238.º

Duração do regime de armazenamento

1. O período de permanência das mercadorias sob o regime de armazenamento é ilimitado.

2. Em circunstâncias excecionais, as autoridades aduaneiras podem fixar um prazo para o apuramento do regime de armazenamento, nomeadamente se o tipo e a natureza das mercadorias puderem, no caso de um depósito a longo prazo, constituir uma ameaça para a saúde humana, dos animais ou das plantas, ou para o ambiente.

Artigo 239.º

Atribuição de competências de execução

A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à sujeição de mercadorias UE ao regime de

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