As conclusões concretizadas não são suficientes para uma formulação correta de um geopo- límero. Apesar da análise dos azulejos antigos e dos polímeros se apresentarem como pro- dutos que resultam na colmatação das suas lacunas, é importante definir uma metodologia para dar continuidade a este estudo, pois é de facto interessante que os geopolímeros possam vir a ser produto de eleição como solução de restauro de materiais cerâmicos. Deste modo, com atenção no interesse em aprofundar e melhorar alguns aspetos relacionados com o es- tudo de geopolímeros, numa tentativa de novas e mais precisas formulações, identificam-se seguidamente alguns domínios no âmbito, que se julgam pertinentes no desenvolvimento de estudos futuros:
Os ensaios realizados devem ir mais além, para que seja possível fazer uma abordagem mais aprofundada e, deste modo, uma análise mais completa dos produtos utilizados (químicos, mineralógicos e microestruturais).
Estudar o comportamento da relação azulejo/produto quando aplicado em suporte, isto é, realizar a sua aplicação in situ em edifícios antigos. Deste modo, é possível analisar com mais exatidão o comportamento de polímeros e geopolímeros, com mais variáveis, podendo-se alterar a sua composição com o intuito de melhorar o seu comportamento.
Caracterizar as formulações dos geopolímeros com idades mais avançadas 90 e 180 dias, para resultados mais precisos.
Aprofundar o estudo do uso de cinzas provenientes da queima da cortiça como ativador alcalino, na formulação geopolimérica, realizando ensaios químicos e mineralógicos, considerando agora, também, a variação do teor em água da solução.
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