Como sugest˜ao para trabalhos futuros, pode-se expandir a interface para ler outros tipos de arquivos n˜ao necessariamente dependentes da estrutura fornecida pelo libFAU- DES. Ainda nessa mesma linha, pode-se incluir uma interface gr´afica, para que o usu´ario entre manualmente com nomes de eventos e registradores ModBus, o que seria bastante interessante para a expans˜ao de sistemas em que novos eventos surgem, como foi feito na Sec¸˜ao 5.3.
Tamb´em seria interessante uma implementac¸˜ao e an´alise do desempenho tanto da interface quanto do programa supervis´orio em um SO de tempo real. Isso significaria reduc¸˜ao na variabilidade e uma maior repetibilidade dos resultados de controle devido a maior determinismo que esses tipos de sistemas operacionais tem no tempo de pro- cessamento de entradas e execuc¸˜ao de tarefas, o que se assemelharia a aplicac¸˜oes feitas diretamente em CLPs. Casos de variac¸˜oes cronol´ogicas na ocorrˆencia de eventos como o que ´e mencionado na Sec¸˜ao 5.2 potencialmente sumiriam ou seriam bastante reduzidos.
Finalmente, pode-se dizer que com essa estrutura ´e poss´ıvel tamb´em se focar mais no desenvolvimento de cada uma das partes do sistema de controle, e resolver os problemas um a um, mas de maneira mais gen´erica. Algumas das quest˜oes que podem ser traba- lhadas na ´area da Teoria de Controle Supervis´orio seriam: qual a melhor maneira de ler os sinais de baixo n´ıvel? Qual a melhor maneira de se traduzir esses sinais em eventos? Como podemos definir uma linguagem universal de descric¸˜ao de autˆomatos e como po- demos desenvolver um algoritmo ou sistema para rodar qualquer autˆomato de maneira gen´erica? ´E poss´ıvel fazer isso de maneira determin´ıstica?
Enfim, a ´area de Sistemas a Eventos Discretos ´e muito interessante e parece ter v´arias aplicac¸˜oes no mundo real, mas ainda ´e necess´ario um esforc¸o para melhor levar os con- ceitos desenvolvidos na academia para a ind´ustria. Esse trabalho ´e apenas mais um de uma s´erie de trabalhos que vem se desenvolvendo ao longo dos anos com o objetivo de se atingir esse maior alcance dos Sistemas de Controle a Eventos Discretos. Observando-se na literatura, atrav´es de artigos como (FABIAN; HELLGREN, 1998) e (WONHAM; CAI;
RUDIE, 2018) percebemos que h´a pelo menos 20 anos (se n˜ao mais), est´a se fazendo esse movimento. Os passos s˜ao pequenos, mas com a pesquisa n˜ao s´o na pr´opria ´area da Teoria de Controle Supervis´orio, como nas ´areas de computac¸˜ao e inform´atica, h´a de se diminuir esse gap que existe entre o mundo industrial e o mundo acadˆemico.
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