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Utley (1982) em seu estudo realizou uma pesquisa teórica onde investigou publicações existentes sobre técnicas de amostragem para monitoramento sonoro. O autor encontrou três importantes técnicas de amostragem as quais oferecem embasamento para o cálculo de descritores acústicos. A primeira técnica determina que seja necessário um valor médio diário de medições em um determinado período de dias. A segunda aborda que há necessidade de se determinar um valor do nível de pressão sonora de hora em hora de um monitoramento. A terceira técnica determina que as medições possam ser realizadas apenas em uma parte do dia como das 12 horas às 24 horas.

Skarlatos; Drakatos (1992), criaram um método de cálculo para o tempo mínimo de monitoramento sonoro, em que as amostras de níveis de pressão sonora eram classificadas de acordo com a contribuição de energia acústica de cada classe de amostragem. Constatou-se ao final do estudo que o tempo mínimo de monitoramento para o cálculo do Leq representa um monitoramento de longo prazo, com um erro negligenciável.

Gaja et al. (2003), realizaram uma pesquisa com duração de 5 anos, em que ao longo deste tempo houve inúmeras medições sonoras. O objetivo foi determinar um tempo de monitoramento acústico de 24 horas para o cálculo do Leq, que representasse o nível equivalente sonoro anual. Chegou-se a conclusão que a amostragem aleatória para os dias é mais significativa em relação à amostragem de dias consecutivos. Também se notou que a estratégia de amostragem envolve medições com dias escolhidos ao acaso e é necessário pelo menos 6 dias de monitoramento, para que o nível de pressão sonora de 24 horas represente o nível equivalente sonoro anual.

No estudo de Donato Monti e Vecchione (2006), foi desenvolvido um modelo matemático através da formula do Leq com a finalidade de prever o tempo mínimo de monitoramento sonoro. Na elaboração do modelo matemático foi utilizado o Nível de Exposição Sonora (SEL) com a finalidade de caracterizar os diferentes tipos de veículos.

Donato (2007) realizou um estudo com o objetivo de se obter o cálculo do tempo mínimo de monitoramento sonoro. Desta maneira foi utilizado um modelo de previsão do Leq, que levou em consideração o fluxo veicular horário e o grau de incerteza do valor do Leq. Conclui-se que é possível obter uma descrição correta do nível equivalente de pressão sonora através de vários monitoramentos de período curto, respeitando as incertezas em relação ao nível de pressão sonora horário.

Romeu et al. (2011), realizaram um estudo, cujo o objetivo foi determinar se os monitoramento sonoros em um curto período de tempo para estimativa do Indicador de ruído diurno Ld, possui boas estimativas. A pesquisa foi realizada ao longo de 48 horas em dias alternados em Barcelona – Espanha, e mais 8 cidades situadas na região metropolitana de Barcelona. Na avaliação dos resultados encontrados, ficou evidente que para monitoramentos em ruas comuns, como baixo volume de tráfego, quanto maior o tempo de monitoramento menor o erro cometido em relação a um monitoramento de curto prazo. Dessa forma, para as características da pesquisa dos autores supracitados, o monitoramento de longo prazo, ou seja, de 1 hora ou mais, é estatisticamente mais eficiente em relação ao monitoramento com intervalo de tempo menor que 1 hora.

Giraldo e Fernández (2011) realizaram um estudo sobre a representatividade da unidade de tempo de amostragem sonora de 15 minutos em relação à amostragem de 1 hora, utilizando o Leq, objetivando assim a otimização do uso de medidores sonoros e redução de custos de monitoramento de ruído ambiental. Constatou-se que na amostra pelo menos dois períodos de monitoramento acústico com duração de 15 minutos, representam o nível equivalente sonoro para 1 hora de medição, com tolerância de 2dB e probabilidade de ocorrência de 95%.

Mendonça et al. (2012), realizaram um estudo onde analisaram a influência da geometria das vias no ruído urbano e também a representatividade da tempo de 5 minutos de coleta de dados em relação ao tempo de 15 minutos. Os autores analisaram 12 pontos na cidade de São Carlos - SP. Para o estudo geométrico do local foram identificados as geometrias e o perfil topográfico e verificou-se que, à medida que a altura das edificações aumenta em relação à largura da via, o ruído também aumenta. Já para a análise de representatividade foi utilizado regressão múltipla, correlação e teste de hipótese e verificou-se que não há diferença significativa entre o Leq do tempo de amostragem de 5 minutos em relação ao Leq do tempo de amostragem de 15 minutos.

. Maruyama; Kuno; Sone (2013) realizaram um estudo onde foi analisado o tempo mínimo de medição sonora necessário para se realizar o cálculo do Leq eficazmente, seguindo características de uma rodovia. O modelo proposto pelos autores se baseia na influência de quatro variáveis de tráfego, o volume do tráfego, percentagem de veículos pesados, velocidade média dos veículos pesados e percentagem de ônibus. O foco deste estudo foi examinar qual a quantidade de ônibus, passando pelo ponto de monitoramento, é necessária para se estimar o tempo mínimo de monitoramento em uma rodovia de fluxo intenso.

Analisando os estudos citados neste capítulo, faz-se a necessidade de elencar parâmetros os quais sejam semelhantes a esta pesquisa, como mostra o Quadro 3.

Quadro 3 – Parâmetros semelhantes

Autores Parâmetros semelhantes a esta pesquisa

Utley (1982) Realizou pesquisa teórica sobre o tema. Skarlatos; Drakatos

(1992)

Analisou o tempo mínimo de monitoramento acústico a partir do desenvolvimento de um método matemático.

Gaja et al. (2003), Estudou o nível de significância dos dados de amostragens aleatórias. Donato et al. (2006) Desenvolveram um modelo matemático, caracterizando os diferentes

tipos de veículos.

Donato (2007) Utilizou um modelo de previsão do Leq, que levou em consideração o fluxo veicular horário e o grau de incerteza do valor do Leq. Giraldo e Fernández

(2011)

Analisaram a representatividade da unidade de tempo de amostragem sonora de 15 minutos em relação à amostragem de 1 hora, aplicando a

diferença em módulo do nível equivalente sonoro de 15 minutos em relação ao nível equivalente sonoro de 1 hora.

Mendonça et al. (2012)

Analisaram a representatividade do tempo de 5 minutos de coleta de dados em relação ao tempo de 15 minutos através da regressão múltipla,

correlação e teste de hipótese. Maruyama; Kuno;

Sone (2013)

Analisaram o estudo do tempo mínimo de medição sonora, necessário para se realizar o cálculo do Leq, seguindo características de uma

rodovia. Romeu et al. (2011)

Analisaram o qual o erro estimado de um monitoramento sonoro de mais de 1 hora, em relação ao monitoramento sonoro em período menor que 1

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