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Trabalhos sobre caracterização do minério do Morro do Ouro 62

Fotomicrografia 2.2 Ouro potencialmente não extraído – 2D 48 

2.5   DEPÓSITO DE MORRO DO OURO 49

2.5.6   Trabalhos sobre caracterização do minério do Morro do Ouro 62

Os trabalhos em periódicos, dissertações e teses sobre características e variabilidade do minério do Morro do Ouro são escassos. Encontram-se trabalhos relacionados ao tratamento de minérios quanto à flotação e cominuição, geoestatística, geoquímica e gênese do depósito e relatórios técnicos20. No Quadro 2.3 encontram-se os principais

trabalhos relacionados com o depósito Morro do Ouro ou regiões adjacentes.

Relatórios internos realizados por diversas consultorias, apontam para uma relação direta entre teor de ouro e distribuição de arsênio e enxofre. Estudos efetuados na UNESP – Campus Rio Claro e em laboratórios do Grupo Rio Tinto, situados na Austrália (LATTI, 1999a, 1999b) e também pela Cook University, na Austrália mostram que o ouro está intimamente associado à pirita e à arsenopirita, seja em fraturas, em meio a clusters ou inclusos em partículas livres. Apesar do trabalho ter sido realizado em apenas 3 amostras, o relatório elaborado a pedido da Rio Tinto mostrou que:

 arsenopirita é mais abundante nas porções alteradas (oxidadas) e a pirita no minério sulfetado. No presente trabalho não se verificou esse tipo de relação.  os corpos de minério diferem em termos de distribuição de ouro: zonas

oxidadas contém mais ouro grosso liberado e ultrafino com significativa inclusão em gangas. Ouro em zonas sulfetadas associam-se predominantemente aos sulfetos.

 perda de ouro no processo ocorre em ouro ultrafino e associados às gangas, principalmente silicatos. Recuperação da fração +0,020 mm de ouro livre e associado a sulfetos pode ser baixo para um rejeito de 0.08 ppm ainda mais na fração -0,020 mm µm com 0,03 ppm de ouro.

 ocorrência de ouro associados aos sulfetos em solução sólida: pirita contém baixa concentração de ouro em solução sólida.

Quadro 2.3 - Principais trabalhos relacionados ao depósito Morro do Ouro

Ano Tema Titulo Autor Publicado em:

1991 geologia estrutural

Enquadramento litoestratigráfico e estrutural do depósito de ouro do Morro do Ouro FREITAS-SILVA, F.H. Dissertação de mestrado - UnB 1991 geologia estrutural

Controles litoestruturais do depósito de ouro do Morro do Ouro

FREITAS-SILVA, F.H. et al. 6º Simpósio de geologia de Minas Gerais 1993 sensoriamento remoto O comportamento espectral e radiométrico dos filitos carbonosos portadores de mineralizações auríferas na Faixa Brasília

MENESES, P. R. et al.

Anais do VII SBSR

1996 metalogênese Geologia, mineralização e lavra do Morro do Ouro - Paracatu (MG) MARQUES, F.B

Congresso Brasileiro de Geologia

1996 metalogênese

New ideas regarding the origin and tectonic setting of mineral deposits (Morro Agudo Zn-Pb and Morro do Ouro Au) in the Paracatu-Vazante fold belt, Minas Gerais

THORMAN, C.H

Congresso Brasileiro de Geologia

1996 metalogênese Metalogênese do depósito Morro do Ouro FREITAS-SILVA, F.H.

Congresso Brasileiro de Geologia - Salvador

1996 metalogênese Metalogênese do depósito Morro do

Ouro

FREITAS-SILVA, F.H.

Tese de doutorado 1998 metalogênese An overview of main auriferous regions

of brazil MARTINI, S. L.

Revista Brasileira de Geociências

2001 metalogenese Geologia e recursos minerais do

depósito Morro do Ouro

MOLLER, J. C. et al.

Bacia do São Francisco - SBG 2000 petrografia Estudo petrográfico e mineralógico de

rochas na Mina Morro do Ouro. DAITX et al. Trabalho técnico

2000 sensoriamento remoto

Modelo exploratório para depósitos auríferos do tipo Morro do Ouro com base em dados e técnicas de sensoriamento remoto SWALF, P.S. Dissertação de mestrado - Unicamp 2001 geoestatística

Modelagem geológica e estocástica da porção NE da Mina de Morro do Ouro, Paracatu.

SILVA, A. H. M.

Dissertação de mestrado - Unicamp

2002 flotação Ouro – Rio Paracatu Mineração - RPM MELLO MONTE,

M. B. CETEM

2003 sensoriamento remoto

Remote sensing signature of the Morro do Ouro gold deposit, Minas Gerais, Brazil, using reflectance spectrometry: application to mineral exploration using spaceborne multispectral sensors

SWALF, P.S. Revista Brasileira de Geociências

2006 hidrogeologia Estudos hidrogeológicos na mina Morro

do Ouro CHAPADEIRO, E. XIV CBAS

2009 geoquímica Gênese de depósitos dos filitos

carbonosos do depósito Morro do Ouro ALMEIRA, B.S.

Dissertação de mestrado - UnB 2011 flotação

Desenvolvimento de uma rota de processo de dessulfurização de rejeitos de um minério aurífero sulfetado

JUNIOR, G.G.O. Dissertação de mestrado - UFMG

Ano Tema Titulo Autor Publicado em:

2012 moagem

Moagem Semiautógena piloto do minério de ouro da Rio Paracatu Mineração

SILVA, A.L. Dissertação de

mestrado - USP

2013 geometalurgia Morro do Ouro geological model with a

metallurgical view ESPER, E.

GeoMet – AUSIMM Conference

2015 metalogênese

Local and regional mass tranfer during thrusting, veining and boudinage in the genesis of the giant shale-hosted Paracatu Gold Deposit, Minas Gerais, Brazil

OLIVER, N.H.S. Economic Geology

Obs: Organizado por ano de publicação.

Segundo relatório realizado pela Blue Coast em 2010, o minério sulfetado apresenta como principais características (BLUE COAST METTALURGY, 2010):

 74% de liberação de ouro com grãos de ouro acima de 10 µm passíveis de serem totalmente recuperadas. 35% das partículas liberadas são abaixo de 10 µm e não são recuperadas por processos de flotação.

 no geral, as partículas liberadas têm recuperação média de 86% na flotação.  até 8% não será recuperada pois estão em “solução sólida” com arsenopirita e

pirita.

 recuperação global no circuito de flotação é de aproximadamente 78%.

Ainda em 2010, um outro estudo a respeito da perda de ouro para o rejeito foi realizado pela AMTEL na qual foi constatado a perda de ouro no circuito de lixiviação pelo fenômeno de preg-robbing, além presença de ouro submicroscópico associado à pirita e arsenopirita (11% de ouro residual de sulfeto no circuito de finos) (AMTEL, 2010). A partir de 2013, dentro de um programa estratégico de longo prazo, iniciou-se uma série de trabalhos de geometalurgia com o intuito agregar conhecimento e melhorar a previsão de desempenho do minério nas usinas de processamento.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

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